Pokémon Mythology RPG 13
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Mensagem por Cunha Dom Set 13 2020, 18:36

E não é que a filha da puta quase o fez! Assim, não que fosse segredo pra mim que Karinna teve um passado difícil, mas toda aquela tempestade de sentimentos ter sido literalmente jogada, empurrada, e usada para estapear a loira me deixou meio incomodado. Não como se a gente não soubesse que seria mais ou menos daquele jeito, mas uou, pega leve aí, minha senhora. Tu sabe que treinadores nem sempre vão pras ruas se aventurar por que eles têm escolhas, né? A maioria não tem! Viver como andarilho e as custas de um esporte perigoso que te coloca a extremos a troco de migalhas não é exatamente o alvo de criação que um pai tem para um filho, e quase nunca é o alvo de um adulto como carreira, e antes que alguém apareça para dizer o contrário, eu disse QUASE NUNCA é. Não é uma carreira segura ou confortável, e a chance de você morrer tentando atingir um objetivo mínimo nessa vida é ABSURDAMENTE ALTA.

A introdução sobre a questão das cartas já havia me deixado um tanto alerta. A madame esclarecia sua posição, e tudo que ela podia fazer era te ajudar a entender o momento no qual você se encontra, então deixa eu ver se entendi, a velha era terapeuta? Ah, claro, para quê abrir um consultório se tu pode perambular para lá e para cá com um parque de diversões, né? Uma piada idiota era tudo o que eu precisava para aliviar a tensão mental, o que eu não pude dizer sobre Karinna, que a cada segundo que passava parecia apertar minha mão mais e mais. Se ela ao menos pudesse ouvir o que eu to pensando, acho que tudo ficaria mais simples para ela...

...ou ela simplesmente ia me chamar de idiota e me ignorar. Enfim! Conflitos religiosos e de crenças vinham a tona logo na primeira carta, e para alguém como eu, que jamais sequer cogitou pensar sobre fé ou assuntos a fim, me causava certa curiosidade, sabe? Como era sentir essa questão no âmago do seu ser, a ponto de ser um dos seus principais pontos de tormento? Talvez, como bem dito pela senhora, era um conflito que necessitava paciência dela. E essa era unicamente o ponto que prendia minha atenção. Ficava tão imerso na possibilidade de ter fé que me desprendia do resto.

Quando me dei conta, a senhora já tinha começado a falar da segunda carta e quando ouvi a descrição, eu tremi com a menor possibilidade do que ela poderia vir a falar quando chegasse a MINHA VEZ.

Mas não estamos falando de mim, e sim de Karinna. Eu olhava rapidamente para a loira, para entender como ela poderia vir a reagir. Nunca é fácil falar sobre o passado, porque todos temos partes dele mais escuras do que gostaríamos. A morte de um ente querido, como você pode tentar proteger alguém que ama, e nem que tente matar alguém pra isso. Essas foram minhas experiências, experiências das quais eu não gosto de relembrar o tempo todo, e para Bley... isso foi ainda pior. Pude ver algumas lágrimas escorrerem de seu rosto quando ela apertou minha mão um pouco mais e a juntou para perto de seu corpo. Eu me aproximei. Não sabia o que tudo aquilo significava para ela, mas com certeza não era fácil. Eu entendia, porque para mim também não seria. Não sabia exatamente como o gesto seria interpretado por ela, mas me permiti trocar a mão que pressionava a sua, enquanto a envolvia com meu braço esquerdo, numa espécie de abraço meio sem-jeito, enquanto minha expressão de pesar se tornava nítida em minha face. Não se confunda, eu não sentia pena. Apenas...

...imaginava partilhar do mesmo problema.

A terceira carta veio, e a minha compreensão se foi. Não sabia como reagir ou o que expressar, mas me deixava com ar de grandes expectativas diante da loira. Ela não tinha o que temer, não é? Podia transformar o que quisesse em sua vida. Pelo menos, foi assim que eu entendi, e assim todo aquele passado difícil, poderia ser deixado para trás. Mas minhas interpretações realmente cabiam nessa situação? Tudo que eu tenho são uma série de expectativas e... eu não tive tempo para pensar em mais nada. O silêncio perdurou, a conclusão não veio...

...mas a quarta carta veio. E COMO VEIO!

Com a quarta carta eu finalmente enrubesci por completo. Se antes, em algum momento, eu havia ficado meio nervoso, com a quarta carta, meu amigo, eu perdi completamente um jeito de me conter. Engoli seco e voltei ao normal assim que pude, somente para olhar para Karinna e encontrar seus olhos com os meus. Nesse momento, eu me perdia em seu olhar, e me preenchia com expectativas que...

...eu não iria concretizar naquele momento. Eu tive a deixa, e tive coragem. Faltou o momento. Dar um primeiro beijo DURANTE uma leitura de tarô, pode não ser exatamente o melhor momento de todos e eu tinha plena ciência disso. Me recolhia em manter minhas expectativas iniciais e via ela se aproximar mais para deitar sua cabeça em meu ombro, e em seguida eu beijava sua testa. A madame dizia que não precisava dizer mais nada e eu concordava. Acho que Karinna também...

...

PRÓXIMA CARTA! Por favor, próxima carta. Me deixe mais um pouco nesse transe e eu vou ter feito Karinna gastar dinheiro comigo pra nada, porque não vou sequer escutar a bendita Madame! Enfim, o desfecho veio e apontava para uma necessidade de transformação da menina e dessa vez, sendo bem honesto, sequer pude teorizar sobre o que se tratava, mas agora tinha a certeza de que havia acabado. Meus olhos se encontravam com os de Karinna mais uma vez antes de ela dizer alguma coisa. Eu sorria e a respondi. - Todo mundo tem seus demônios, é uma das coisas que te torna humana. - Dizia para ela. Eu, honestamente, não via nada demais.

Mas agora era minha vez. Olhava nos olhos da madame antes de pedir por minha vez. - Certo. Pode mandar bala, Madame. - Dizia com certa convicção no olhar, apesar de ter faltado expressão na boca. Não havia sorriso dessa vez, apenas... expectativa? Indiferença?

...é o que eu iria descobrir.

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Mensagem por Shianny Seg Set 14 2020, 04:59

Não é engraçado como as palavras de uma completa desconhecida são capazes de tanto retirar, quanto de impor um peso enorme nos corações inocentes (ou não tão) de tão jovens companheiros de sociedade?

Quer dizer, é inegável quão perfeita havia sido a leitura de Tshilaba a respeito das vivências e possibilidades que cercavam a especialista de psíquicos, quase como se a mulher fosse capaz de transcender a existência simplória de seres humanos através de simplórias cartas de baralho - apesar do fato de que, teoricamente, precisava do auxílio da energia de Karinna para que pudesse fazê-lo com maestria. Ora, quão fácil é se manter cético diante de um vislumbre d'alma tão profissionalmente orquestrado pelas mãos e pelo deque da misteriosa mulher?

— Sabe, menina... — Madame disse, com um sorriso complacente, dando um tapinha manso nas costas de sua mão antes de afastar a própria cadeira da mesa, levantando com certa dificuldade; Mancava, era possível perceber, quando a cigana se afastou na direção de um pequeno e discreto balcão nos fundos da tenda, parcialmente oculto por um biombo idêntico aos tantos que já haviam passado anteriormente. — Não tem mal algum em precisar de um empurrãozinho para conseguir se resolver consigo mesma, às vezes. — Comentou, enquanto enchia duas xícaras com uma garrafa térmica. — Inclusive, em certas ocasiões, isso é mais que necessário, até. — Comentou, distraída, antes de retornar para a mesa; Sem cerimônias, repousou as louças na frente do casal, antes de se acomodar mais uma vez na cadeira recém-abandonada. — É de cidreira. — Acrescentou, sem pressa, antes de recuperar as cartas espalhadas e as recolocar no monte até então esquecido, recostando-se e volvendo a atenção para os objetos.

Embaralhou-os, mais uma vez, com paciência até invejável - e era difícil saber se para oferecer um momento de silêncio para a moça atordoada, ou simplesmente por não sentir a menor vontade de apressar as coisas após uma consulta "íntima" como a recém-realizada. Os dedos brincavam nas bordas das cartas, mesclando-as horizontal, vertical e até diagonalmente; Deliciava-se, inclusive, com a ideia de que tipo de informações poderiam escorrer das escolhas iminentes do ruivo inquieto que acompanhava a criminosa.

— Bem, você já sabe como funciona, não é? Acredito que não vou ter que tirar tanto tempo explicando, mas pode me dizer se precisar. — Dirigiu-se ao policial, coçando a ponta do nariz no processo, antes de endireitar a coluna e espalhar, mais uma vez, o deque por cima da toalha da mesa, onde a belíssima mandala repousava, testemunha daquela sessão de segredos expiados. — Me diga só, cinco ou três, e será a sua vez. — Pontuou, afastando mais uma vez as mãos dos retângulos que encaravam, silenciosos, a feição estática de Fernandez.

E como não poderiam, não é?

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Não existem números nas cartas. Eu os coloquei para que ficasse mais simples para que vocês escolhessem.

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Mensagem por Karinna Seg Set 14 2020, 08:22


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— Humana, é.
— respirei fundo — Fazia tempo que não me permitia lembrar disso.

Para ser bem honesta, precisava mesmo de um tempinho para tentar reorganizar os neurônios. Apesar de estar confortável no ombro do ruivo e minha vez já ter passado, todas as informações que Madame passou ricocheteavam dentro do meu consciente, que buscava uma resposta simples e unificada para, bom, todas as perguntas levantadas na leitura mística. Era fato inegável que, sim, deixar o meu passado para trás era essencial, mas como seguir em frente aberta às possibilidades que me aguardam? Como abaixar minha guarda tão cuidadosamente construída durante os anos, assim, de um dia para o outro? Quer dizer, eu o fiz agora e me sinto mais confortável do que nunca envolta no braço de Daisuke, mas... Sei lá. Um hábito não se muda rapidamente assim, né?

— É... Talvez eu precise mesmo de um empurrãozinho. — ergui a cabeça mais uma vez para fitar o Ranger — ... Você também, né? — provoquei, dando uma gargalhada logo em seguida; ora, apesar de ser nova em tudo isso que está acontecendo aqui, não sou nenhuma idiota — Me fala... Como você consegue estar tão tranquilo? — balancei a cabeça algumas vezes no ombro do ruivo em busca da posição perfeita para se acomodar; eu me referia às cartas, mas sabe-se lá como ele interpretaria, de qualquer maneira eu estava nervosa com as duas situações também — Quer dizer... Parece. — voltei minha atenção para Madame que servia os chás em cima da mesa; cara, em qualquer outra circunstância eu JAMAIS beberia algo servido por uma estranha, mas com todo esse papo de que preciso me permitir mais às coisas, derrubei uma das barreiras tão mencionadas com MUITO receio — Obrigada. — ergui a cabeça, aproximando ainda mais minha cadeira da de Daisuke; encostei meu braço no dele, me aconchegando ainda mais no braço que me enlaçava — Calma aí. — soltei minha mão da do ruivo, buscando a louça e dando um único gole na bebida de cidreira — Hm........ Que delícia. — menti, claro, nunca fui fã de chás já que nunca me serviram de nada... em que mundo uma simples ervinha vai me acalmar? — ... — com uma segunda golada, coloquei a xícara de volta sobre a mesa, buscando a mão do Ranger mais uma vez, agora entrelaçando os dedos sobre sua perna — Daisuke... — tornei a deitar a cabeça sobre seu ombro, suspirando logo em seguida — Tô aqui, tá?

Não sabia muito bem qual seria a reação do ruivo diante das leituras. Quer dizer, diante de algumas das conversas que já tivemos dá para saber que o Ranger guarda bastante coisas dentro de si mesmo, assim como eu. Ter todas essas lembranças — que não faço ideia de quais sejam — magnificadas é um processo desgastante, dolor, irritadiço. Torci para que ao menos a minha presença aliviasse um pouco o ressurgimento de certos esqueletos enterrados há muito tempo...

Vamos ver.


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Mensagem por Cunha Seg Set 14 2020, 17:23

Madame Tshilaba se mostrava compreensiva diante a comoção causada pela leitura de Tarot de Karinna. Também, não era para menos, né? Eu podia dizer que a loira tinha revivido metade dos pesadelos dos quais não a deixavam dormir, só por suas expressões. Quando questionado sobre precisar de um empurrãozinho, eu acabei sorrindo, meio sem graça.

- Acho que daqui a pouco alguém vai me chutar ao invés de empurrar de leve. - Falava com a garota e ria em seguida, diante da provocação. - Eu... não sei. Na verdade, não acho que estou tranquilo, só achei que precisava te apoiar mais do estava afetado. - E sorria para a garota. - Sabe, eu entendo que não da pra gente dividir todos os sentimentos, e... - Eu parava momentaneamente. Aquela frase não era minha, era do meu irmão e mais uma vez, ele se provava estar mais presente do que eu conseguia imaginar. Eu sorria. - ...bem, meu irmão dizia que não da pra dividir e compartilhar tudo que a gente sente. As vezes, ser apenas uma extensão dos sentimentos de alguém, ser imerso para entender e apoiar, era o suficiente. - Assim que eu terminava de falar, Tshilaba chegava com duas xícaras de chá. - Ah, sério? Meu favorito. Obrigado. - Agradecia e segurava a xícara, soltando brevemente a mão de Karinna para pega-la, e soprava de leve seu conteúdo antes de dar um gole leve e coloca-la em cima da mesa. Apreciava o sabor um pouco antes de prosseguir.

- E bem... ele costumava acertar. - Terminava. Por fim, a Madame finalmente me dava o aval para fazer minha escolha. - Sim, eu entendi. Obrigado. - Falava para a senhora. Talvez por ter sentido o efeito da coisa toda, Karinna se solidarizava, dizendo que estava por perto. Eu tentava olha-la nos olhos antes de respondê-la. - Eu sei. - Lhe dava outro beijo na testa e sorria em seguida. - Obrigado.

Meus olhos estavam fixos nas cartas, imaginando qual eu deveria escolher. Tinha uma das cartas que me chamava a atenção, por não estar alinhada em coluna com nenhuma outra, e era por ela mesma que eu iria começar. - Essa daqui primeiro. - Apontava com a mão direita, ainda livre para a carta 22. Com as outras duas, não tinha muito critério, mas foram quase que automáticas, com meu único critério sendo a própria aleatoriedade. - Essa e essa. - Respectivamente, para 11 e 16. Pensava um pouco, eram simplesmente cartas, mas eu não conseguia me decidir com quais terminar, apesar disso não fazer SENTIDO ALGUM. Por fim, para não demorar demais, fui guiado pelo mesmo critério das duas anteriores, finalizando enquanto apontava para a 3 e a 17. - Por fim essas duas. - Falava e voltava a envolver a mão boa de Karinna logo em seguida.

Eu tinha sim, curiosidade sobre o que podia acontecer...

...não. Não era curiosidade. A verdade é que eu queria saber o que a senhora em questão tinha para mim, e assim, apertei um pouco a mão da garota, enquanto meus olhos se fixavam na figura da cigana logo a minha frente.

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Mensagem por Shianny Ter Set 15 2020, 20:45

Paciência - essa é uma palavra que, definitivamente, é intrínseca às atitudes e trejeitos esboçados pela enigmática senhora que titereava o baralho responsável por desvendar e revelar tormentos, bons e maus agouros de visitantes desavisados que arriscavam uma leitura de suas essências, independentemente de quão amargas elas pudessem se revelar.

Durante o breve período de interação entre os companheiros de sociedade, em momento algum Tshilaba se dispôs a interromper ou ousar sua própria pontuação do caso. A cigana assistiu com tranquilidade impecável enquanto os jovens discutiam e se acalentavam daquele jeitinho discreto, oferecendo suporte e companhia ao outro enquanto tinham de enfrentar a maré de emoções oferecida pelas cartas espalhadas por sobre a mesa - e um sorriso singelo despontou do canto de sua boca quando, momentos após, o ruivo se dedicou aos retângulos repousados sobre a mandala testemunha de cada uma das decisões de viajantes, e praticamente todas as leituras.

— É complicado decidir, quando você presencia algo assim, não? — Comentou, enquanto atentava-se às escolhas apontadas pelo lutador. Despreocupada, iniciou o mesmo procedimento de outrora, retirando os objetos excedentes e os empilhando de lado, reorganizando as cartas escolhidas na específica ordem de cruz. — Imagino que, talvez, você lembre as explicações do que cada carta significa. — Disse Tshilaba, volvendo a atenção na direção de Fernandez. — Então, vou só resumir antes de virá-las. Se precisar, me pergunte, e eu desenvolvo um pouco mais. Tudo bem? — Sugeriu, com um sorriso simples. Então, levou a mão na direção da primeira carta, recém-centralizada, dando um toque suave em seu verso enquanto olhava para o hoennniano. — Problema. — Simplificou, logo antes de virar e revelar o arcano que ali se escondia.

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— Hmm. — Murmurou, silenciando-se por alguns instantes, como se tirasse um tempo para que pudesse absorver o significado por detrás da figura que encarava o trio ao redor da mesa. — Essa é difícil. Na verdade, é um pouco surpreendente que apareça assim. — Admitiu, juntando as mãos na borda do móvel, respirando profundamente. — Veja, essa é A Imperatriz. — Disse, os orbes focados na expressão da mulher da realeza. — É uma carta fortemente ligada à feminilidade - o que não exatamente se aplica apenas às mulheres. Na verdade, é comum que sejam os homens que mais precisem trabalhar isso. Lidar com os problemas com certa sensibilidade talvez seja a maneira mais fácil de exemplificar isso. — Comentou, tamborilando os dedos com discrição. — É uma carta muito boa, eu tenho que admitir, porque ela tem uma aura positiva muito, muito forte. Mesmo retratada como um problema, não costuma ser algo drástico. — Continuou, o olhar subindo na direção do pôr-do-sol estampado nas íris do rapaz. — A Imperatriz está aqui para te lembrar do caminho. Ela sussurra que você perdeu a conexão com a natureza, a criatividade; Um período de depressão, quem sabe? — Explicou, com um suspiro relaxado. — Ela diz que talvez você precise, também, prestar um pouco mais de atenção em si mesmo. Além disso, aconselha cuidado em suas relações, pois você pode acabar passando por superprotetor extremo, ou até mesmo controlador. — Acrescentou, enquanto os dedos se voltavam para a carta esquerda. — Não deve ser difícil. Ela também denuncia sua capacidade de passar por provações complicadas, também. — Findou, com um sorriso simples estampando-se nos lábios.

— A influência do passado. — Relembrou, apontando para a segunda carta; E, então, a virou.

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— ...Oh, menino. — Madame deixou escapar um riso simples, rouco como a própria voz. — Você tem muita energia positiva aí dentro, não tem? — Disse, balançando a cabeça em negativa. — É incrível como sua leitura é repleta de positividade, independente até mesmo de sua colocação. — Comentou, observando o astro celeste que cumprimentava à todos. — Esse é O Sol. Faz sentido que tenha tirado A Imperatriz, de certa forma; Ele diz que sua vida familiar foi bem... Unida, no passado. — Disse, mas o olhar volveu na direção do ruivo, com... Uma pitada de preocupação, por assim dizer. — Mas... Ela também avisa sobre uma criança interior que possa ter sido perdida. Que, por um período, você perdeu o brilho, um período em que a luz de viver desapareceu do seu campo de visão. — Uma pausa. — Ocorreu um acontecimento no seu passado que danificou seu entusiasmo, o otimismo, e te desviou do caminho; Algo que te fez questionar tudo, e te guiou para onde hoje está. — Concluiu, e puxou ar mais uma vez.

— ...As tendências ao futuro. — Apresentou a terceira carta, à direita, virando-a em passo lento.

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— ... ...A Lua. — E então, um sussurro. A expressão de Madame amenizou, devagar, o cenho franzindo-se com delicadeza antes que o ar escapasse por uma fresta discreta entre os lábios. — Veja, a Lua é uma carta de certa dualidade. — Disse, então, após um breve momento de silêncio. — Ela indica que é hora das recompensas por todo o esforço que passou nos últimos tempos, mas também poderá reviver a melancolia de um passado distante, trazendo à tona memórias que não estavam mais tão vívidas, intensas. É importante, muito importante que você não se prenda à essas lembranças, Daisuke, ou você pode naufragar. — Aconselhou, com um suspiro ameno. — Você precisa, também, tomar cuidado. Cuidado para não fantasiar uma realidade que não é sua, cuidado para não se iludir com os fantasmas que espreitam ao seu redor. Precisa se precaver contra os sentimentos de medo e ansiedade que virão, e precisa se blindar contra as energias negativas que poderão pairar sobre seus ombros. — Instruiu, uma das mãos se estendendo para que pudesse repousar sobre a livre que ainda era exibida pelo rapaz.

Sussurrou, então, em timbre vertiginoso que invocava as essências orbitando pela atmosfera daquela tenda afastada do universo real:

— ...A Lua é um alerta, e ela clama por sua atenção.

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Mensagem por Cunha Qua Set 16 2020, 01:42

As primeiras palavras de Madame já me jogavam uma isca para quebrar a tensão, que de bom grado eu aceitava. Ria e a respondia. - Sim... a indecisão acaba por nos tomar as vezes. Mas acho que não me arrependerei das minhas escolhas. - Falava de frente para a senhora, com certa ansiedade na voz. - Certo. Eu me lembro bem do que cada uma das ordens representa. Então, pode ficar a vontade para somente recaptular.

A primeira carta veio, e as palavras da Madame quando falava sobre as cartas de Karinna ecoaram na minha mente antes mesmo da cigana virar sua carta. "...é basicamente um resumo da sua situação atual, se quiser colocar desse jeito. Ela é o problema que você tem que lidar, a questão que te atormenta e que você precisa resolver" e bem, quando a Imperatriz apareceu e Tshilaba me jogou seu significado, eu fiquei com uma certa duvida sobre seu significado num primeiro momento. Lidar com meus problemas com certa sensibilidade? Que problema meu precisa que eu seja mais cuidadoso ao lidar com ele? Sério, não me veio nenhum a mente. Eu fiquei reflexivo, acho que suficiente para começar a olhar para a xícara ao invés da moça. O rotineiro sorriso de minha face se dissipava e meus pensamentos profundos não podiam ser escondidos de minha face. Mas quando a Madame falou que a carta era pra me lembrar do caminho, as coisas começaram a fazer sentido.

Recentemente, eu havia, de fato, desviado do que planejei pra minha vida de treinador. É, eu não queria ser um Ranger de fato, mas cedi as mordomias de conquistar alguns itens com maior facilidade. Um item aqui, uns status e pontos ali, e isso devia bastar. Não fosse a frustração de ser nomeado como membro de uma organização tão podre quanto a corporação que chutou Mirajane. A mesma organização que baniu minha amiga por lutar por quem precisava e por denunciar um babaca... e aqui estava o tal lado superprotetor. Eu de fato fico tão imerso em defender a Mira que, sim, eu entrava num período de depressão, somente para tentar proteger a reputação dela?

...

Próxima carta. A segunda carta, de acordo com a Madame Tshilaba, "...representa a influência que o seu passado possui em relação à questão atual". Prestei atenção desde o início, mas ficava cada vez mais introvertido. Nem me dava conta de quando deixava de envolver Karinna momentaneamente e soltava sua mão para apoiar os cotovelos nas coxas, enquanto olhava para a bendita xícara de chá. Eu pegava e soprava um pouco mais o seu líquido antes de tomar mais dois goles durante a leitura da cigana. Minha família foi unida durante bastante tempo. Até Gary sair em sua jornada, éramos muito unidos e próximos. E o aviso da criança perdida? Poxa, eu quero mesmo ter me encontrado com essa mulher antes. Eu havia perdido sim o meu brilho, mas... eu havia encontrado ele de novo. Depois de tanto tempo, eu finalmente havia me lembrado do meu sonho de me tornar treinador. Eu questionei tudo o que era, o que fui, e cheguei a conclusão que me levou aonde estou agora.

Não estava arrependido. Soprei mais uma vez o líquido antes de terminar o chá e com a mão esquerda, eu pegava na direita de Karinna, novamente. Antes de ouvir sobre a terceira carta "...ela revela as tendências ao futuro próximo". Engoli seco. Eu realmente não sabia se gostaria de ouvir sobre isso, mas tudo bem, vamos lá. Era chegada a hora das recompensas, mas sobre o aviso do passado? ...Madame falava, certamente, sobre minha intenção de visitar o túmulo de Gary. Eu nunca o fiz, mas estava chegando a hora de eu me despedir de meu irmão. Eu precisava por fim ao meu luto. A perda era eterna, mas eu não posso viver minha vida lamentando isso e tinha plena consciência desse fato, e quando alertado sobre não me envolver numa realidade que não era minha, ficava claro: eu devia trilhar meu próprio caminho enquanto treinador. Não seguir os passos de Gary.

E isso era necessário ficar claro. Eu parei por um momento, me encostei na cadeira e envolvi meu braço novamente na loira. Olhei para cima pensativo, e sorri finalmente antes de direcionar o olhar para a Madame. - Sei exatamente do que você esta falando... acho que precisava ouvir isso. - Dizia para a Tshilaba. - Mas por favor, não pare. - Lhe lançava um olhar confiante antes de voltar a prestar atenção em tudo que ela tinha para me dizer.

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Mensagem por Karinna Qua Set 16 2020, 10:00


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Conforme Madame ia lendo algumas das cartas para Daisuke, eu diria que consegui sentir um leve nervosismo tomar conta dele aos poucos. Aliás, acho curiosa essa diferença entre as nossas personalidades. Acho que não tem como sermos MAIS diferentes um do outro... Em tudo. Por exemplo, eu estava tão desesperada e nervosa que na primeira carta já comecei a me tremer, já o ruivo não, que por mais que esteja tenso, não deixa transparecer muito.

Daisuke tirou seu braço de trás de mim e soltou minha mão para tomar um pouco do chá e, acredito eu, para também refletir um pouco. Não queria me sentir uma intrusa nas devaneações do ruivo, então, tudo que fiz foi encostar as costas na cadeira e continuar observando Tshilaba falar, agora com minha mão direita esticada sobre minha coxa. Sei muito, muito pouco sobre a história do ruivo, mas me parece que ele justamente conquistou aquilo que eu tanto desejo: não deixar o passado interferir no futuro. Parece que tenho muito mais para aprender com esse implicante do que imaginei, né?

Quem diria.

Me permiti não falar nada durante a leitura; pelo menos não durante as três primeiras cartas. Daisuke precisava do seu momento e eu não queria interrompê-lo, né? Meus olhos, às vezes, voltavam-se para o rosto do Ranger, tentando buscar alguma mudança clara de expressão ou alguma indicação que precisasse da minha ajuda. Mas lá estava ele — aparentemente — tranquilo, terminando de tomar seu chá. Um leve sorriso despontou do meu rosto quando percebi que, bom, era visível que eu estava me preocupando demais com ele... Ai, ai. Talvez seja realmente hora de finalmente aceitar tudo aquilo que a carta dos Enamorados me falou alguns minutos atrás.

Senti a mão de Daisuke encontrar a minha mais uma vez, deitando sua palma levemente sobre o dorso da minha, praticamente cobrindo-a quase toda pela diferença de tamanho. Como estava prestando atenção no que Tshilaba dizia para ele, tomei um leve susto, mas logo virei a mão para cima para entrelaçar nossos dedos novamente. Voltei meu olhar para o Ranger, abrindo um leve sorriso e consentindo de leve com a cabeça assim que seu braço me envolveu: queria que ele tivesse certeza que eu estava ali por ele caso precisasse. Deitando minha cabeça de volta em seu ombro, tornei a olhar a mística mulher, que se preparava para ler o restante de suas cartas.


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Mensagem por Shianny Qua Set 16 2020, 17:08

Repito: Não é engraçada a maneira como palavras de uma estranha são tão capazes de atingir um âmago oculto nos corações de dois viajantes aventureiros?

A pausa de Tshilaba, naquele momento, parecia ter sido essencial; Como um maestro com plena ciência de como se deve ditar o ritmo da orquestra, alternava-se entre arremessar a bomba de uma só vez, no caso de Karinna, e pouco a pouco, para o lado de Daisuke. Era difícil dizer ao certo o que a motivara a decidir por tal balanço de informações mas, oh, o efeito seguia como o planejado, atravessando muralhas erguidas como se nada mais fossem que fúteis cercados de madeira para bebês.

Madame, como qualquer um pode perceber, não era um bebê.

— ...Fico feliz que diga isso. — Ela disse, com o timbre rouco de sempre; Um sorriso sincero, embora discreto, curvou-se em seus lábios, e a mulher moveu pacientemente o pescoço de um lado para o outro, antes de enfim volver a atenção na direção da quarta carta, aquela posicionada no sentido norte. — Essa, aquilo que nós não queremos enxergar. — Relembrou, antes de virar mais uma vez o retângulo disposto sobre a mandala.

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— ...Ah, viram só? — Tshilaba riu, tranquila, balançando a cabeça com discrição. — Eu disse que ela costumava aparecer bastante. — Comentou, estalando o indicador de uma mão com o polegar. — Com certeza você lembra do Mago. — Continuou. — Bem, de cara, ele já diz que você tem o poder e a capacidade para realizar aquilo que deseja; Mas, eu não acho que seja isso que eu precise falar para você. — Acrescentou, os orbes âmbar subindo na direção dos alaranjados do rapaz. — Embora seja muito bom, nem sempre a ação é o melhor dos caminhos. Às vezes, é necessária a sabedoria para ter uma postura passiva e, bem, para isso, se é preciso trabalhar ouvir, compreender; Ter uma sensibilidade e tato com as coisas, e pensar antes de simplesmente fazer. — Explicou. — Acima de tudo, é preciso tomar cuidado para que você não pule etapas, ou que sua boa vontade não seja suprimida por nenhum tipo de mal direcionamento, ou por crenças que você evitou trabalhar. Atente-se sempre à esses detalhes. — Concluiu e, então, a mão repousou sobre a última carta, no sul da figura de cruz.

— A possível solução para o problema inicial. — E a virou.

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— ...Hm. — Tshilaba murmurou, e movimentou-se vagarosamente na cadeira. — Enfim, temos O Diabo. — Apresentou, descansando os antebraços sobre a borda do móvel em que as cartas de apoiavam. — Essa também é uma carta de certa dualidade. — Comentou, tamborilando os dedos com delicadeza sobre a mandala retratada na toalha de mesa. — Acho que... Posso dizer que, aqui, ela alerta contra o exagero. — Disse, enfim, após alguns segundos de silêncio. — Às vezes, você é aprisionado em padrões de comportamento e ações que, bem, você acredita serem necessárias, por assim dizer - mas, de certa forma, acaba fazendo um desserviço a si mesmo, seja como pessoa, ou em relação ao meio que te rodeia. — Explicou. — É preciso que você entenda a hora de determinar quando parar, quando sair desse ciclo. Prudência talvez seja uma boa palavra, também, para que você se atente aos riscos e apegos extremos; Evite-os, para que não se desenvolva em algo que simplesmente não seja saudável. — Disse, se recostando à cadeira. — Para que você não se perca num abismo de desejo que, de certa forma, estrague sua experiência nesse plano mundano. Entende?

...
Hm.

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Mensagem por Cunha Qua Set 16 2020, 18:51

Após retirar um sorriso da cigana, pude sentir Karinna se deitar de novo em meu ombro, logo que eu a envolvia em meu braço. Eu tenho que admitir, apesar de estar sendo exposto, eu realmente estava gostando de passar um tempo com Karinna. Quer dizer, com certeza não eram os nossos planos iniciais para um dia no parque de diversão, mas tê-la por perto enquanto eu refletia sobre os acontecimentos passados na minha vida, bem como do futuro dela, era reconfortante de certa forma.

Lembrava-me das observações sobre as cartas novamente "...eu a interpreto como aquilo que nós não queremos enxergar". Dizia coisas como eu conseguir realizar tudo o que queria, mas que me faltava cautela, e bem, eu não tinha como julgá-la por isso. Minha falta de cautela quase matou uma porção de gente doente em Mountrock, minha falta de cautela quase danificou não só minha imagem pública, como a de uma amiga também, e mais um monte de coisas que se eu tivesse pensado melhor antes de fazer, com certeza não teria passado por tantas complicações. Eu ficava de fato meio cabisbaixo com isso, esse mesmo ímpeto foi tal prejudicial que a Oficial Rammer mesmo me deu esporro... várias vezes, durante a minha missão de entrada nos Rangers. Inclusive, recomendou que eu escalasse o mais rápido possível nas patentes. Suspirei, e deixei nítido na face que eu reconhecia do que Madame falava.

E a possível solução do problema inicial... "A possível solução para o problema inicial". Eu honestamente, não sabia exatamente o que podia vir daí. Achava que me problema inicial estava praticamente resolvido, mas o que será que poderia ser? A curiosidade me tomou por um breve momento antes de ouvir as palavras da então Madame.

...e sim. Ela falava sobre meu treinamento excessivo. Sobre minha busca incessante pelo meu aprimoramento, e falava muito mais sobre prudência. Incrivelmente, as duas ultimas cartas apontavam para um mesmo problema meu, que novamente, me incomodou ser mencionado. Muito provavelmente, falava sobre aproveitar um pouco mais o momento também, não buscar tanto os meus sonhos a ponto de esquecer do agora e bem... quando ela falou isso, eu só conseguia tentar mirar os olhos azuis de Karinna. Depois de alguns breves segundos, eu fechava os olhos novamente, sorria, e me virava para Tshilaba. - É... sei exatamente sobre o que quer dizer. - E ria. - Obrigado pela paciência, Madame Tshilaba. E pela leitura também. - Falava com um sorriso confiante tomando minha face.

Acho que autoconhecimento é realmente algo incrível. Eu sei que ainda tem muito o que posso fazer para melhoras, mas eu me sentia mais confiante após a leitura. Os defeitos pontuados eram justamente os que eu vinha... trabalhando. É, até mesmo o último, talvez eu precise mesmo apreciar um pouco mais a companhia de meus companheiros, seja eles os Pokémon, meus colegas de sociedade, meus amigos e bem...

A de Karinna também.

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Mensagem por Karinna Qua Set 16 2020, 21:56


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Por fim, Madame Tshilaba continuava lendo as cartas para Daisuke. Inclusive, uma delas chamou minha atenção, fazendo com que meus olhos arregalassem por um único segundo... "O Diabo". Engraçado como certas coisas possuem diferentes significados em diferentes culturas e pensamentos. Parando para pensar, é algo semelhante à minha situação: milhões e milhões de pessoas rezam e oram todos os dias para Arceus e, bom, cá estou eu amaldiçoando-o a cada oportunidade que tenho. Triste saber que a maioria delas não sabe de verdade o ser sádico e perverso que ele é. Assim, eu sei que todo o motivo dessa leitura de tarô foi para me fazer seguir em frente, mas acho que ainda posso praguejar um pouco antes de fazê-lo, né?

— É... Parece que você também é meio perturbado da cabeça. — brinquei, dando uma leve gargalhada após Daisuke fitar meus olhos por alguns segundos; de repente, o consciente refrescou a memória sobre o suposto tesouro que nos seria entregue — Então... — levantei a cabeça, voltando meu olhar para a mística mulher — É só... Isso? — perguntei, tentando ser o mais simpática possível; sei lá, né? não acho que deveria perguntar diretamente se ganharíamos alguma coisa, Natalie diz que é muito feio ficar cobrando as coisas dos outros — ... — mas eu qUERO MEU TESOURO EU SEI QUE NÃO DEVERIA PEDIR E QUE DEVERIA EVOLUIR PRA SER UMA PESSOA MELHOR MAS NÃO CONSIGO DEIXAR DE SER AVARENTA ASSIM TÃO RÁPIDO — Quer dizer, hm, não sei. — respirei fundo, corando levemente; por algum motivo desconhecido, fiquei envergonhada, talvez por conta da energia tão grande que a mulher emanava. argh, logo eu que não tenho problema nenhum em cobrar os outros — Ai, fala você, Daisuke...

Sem graça, dei uma leve risada, voltando meu olhar para o canto da sala, observando alguns incensos que estavam acessos por ali. Respirei fundo tentando me recompor, soltando rapidamente minha mão direita da de Daisuke assim que ele começou a falar.

— NÃÃÃO! DEIXA! — tapei a boca do ruivo com medo de que ele cobrasse a mulher, era capaz de sairmos de mãos vazias além das cabeças desparafusadas — O que ele quer dizer é... — tirei a mão da boca do Ranger quando percebi que não ia continuar falando, limpando-a em sua própria calça jeans e fazendo uma careta logo em seguida — Obrigada. De verdade, Madame Tshilaba. — dei uma risada — Acho que eu realmente precisava disso. Colocar em prática vai ser difícil, mas... — novamente estendi a mão sobre a mesa, esperando que os dedos do Ranger mais uma vez encontrassem os meus; voltei meu olhar, fitando seus olhos alaranjados por um bom tempo antes de falar, prontamente abrindo um leve sorriso de canto de boca — Agora tenho alguém para me ajudar nisso.

Honestamente, eu esperava ter de verdade, apesar de não saber qual seria a reação de Daisuke caso algum dia descubra que faço parte da organização que a dele luta para combater. Espero que ele nunca saiba, mas, sei lá, sabe? Algo dentro de mim está começando a se sentir confortável em querer confidenciar a esses malditos olhos até mesmo o mais escondido dos meus segredos. Burrice, né? Eu sei. Parece que desde que entrei nesse parque não estou pensando direito... Deve ter algum nome pra esse tipo de maluquice.

Melhor deixar isso para lá.


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