Pokémon Mythology RPG
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— ...Sabe, eu sei bem que às vezes, na maioria delas, o simples fato de saber não basta para colocar em prática uma mudança no estilo de vida, no comportamento, e tudo o mais. — A mulher falou, enquanto pacientemente recolhia suas cartas e as unia em um único monte, alinhando-as antes de repousá-las sobre a mesa, um pouco mais de canto dessa vez. — Eu ofereço um guia para as pessoas que aparecem por aqui, mas não sou ingênua o suficiente para acreditar que todos saem daqui completamente revigorados, com os problemas resolvidos e comportamentos moldados. — Continuou, enquanto se recostava na cadeira, os orbes se dirigindo para o teto da tenda por um instante. — Não é ruim que isso não aconteça. O importante é simplesmente você... Tentar, sabe? E isso basta. — Concluiu, antes que o olhar enfim se voltasse na direção da dupla que, por conta de Bley, sofriam com um breve cenário de digo-não-digo.

...

Um sorriso quase zombeteiro brincou nos lábios de Madame, e a mulher balançou a cabeça em concordância singela, enquanto cruzava os braços em frente ao peito. Observou ambos os jovens que, pelo menos naquele momento, estavam relaxados o suficiente consigo mesmos para que permitissem o emergir de intimidade discreta, com dedos entrelaçados e âmagos em sincronia delicada; E divertiu-se, principalmente, com a agitação de Bley a respeito de sabe-se lá o quê a loira queria abordar naquele momento.

Madame, porém, talvez já tivesse algumas suposições.

— É. Era só isso. — Respondeu, os olhos âmbar passeando pela imagem dos dois. — Espero que se divirtam no resto das atrações, meninos. Podem ir. — Tshilaba despediu-se, ajeitando-se mais uma vez na cadeira e tomando as cartas em mãos, tomando seu tempo para tranquilamente guardá-las no espaço abaixo do móvel, em sabe-se lá onde.

...
...
...

— Ah, na verdade. — A mulher falou de repente, após um longo período de silêncio forçado, e só quando o casal já quase desaparecia pelos biombos que encaminhavam para a saída. — Tem mais uma coisa, sim. — Comentou, se inclinando para a lateral enquanto retirava uma caixa média debaixo da mesa, colocando-a centralizada sobre a mandala; O objeto era um pouco menor que as costas dos assentos, e era decorado com estágios da lua por todo o seu entorno. — ...Fazia um tempo desde que eu não vi ninguém se levantar imediatamente e ir embora, quando acabasse a consulta. Ou... Que só não cobrasse alguma coisa pra poder ir embora. — Riu, sem pressa, coçando a bochecha com a ponta da unha do anelar. — Então, quero dar um presente para vocês. — Disse, apontando na direção da caixa. Um pequeno buraco escuro se acomodava em seu topo, com espaço suficiente para que uma mão passasse. — Peguem qualquer coisa daí de dentro, e fiquem com o que sair. — Disse, simples, se recostando mais uma vez na cadeira. — Não adianta tentar descobrir o que é, todas as coisas estão dentro de esferas lisas. — Acrescentou, com um sorriso relaxado.

— E aí vocês podem sair antes de abrir, e não precisam forçar um sorriso se não gostarem do que vier. — Madame brincou, dando uma piscadela e movimentando o pescoço em sentido anti-horário, paciente. — De qualquer jeito, espero de verdade que aproveitem a estadia. Esse foi um lugar criado com bastante carinho. — Comentou, dispersa.

E então?

Sorteiem um número de 1 a 10 e enviem o resultado durante o post. Haverá uma esfera negra com a etiqueta do resultado colada à ela, se quiserem narrar. Podem abrir aí dentro, ou do lado de fora, como preferirem - e ela abre desencaixando uma metade da outra. Boa sorte.


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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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Eu ouvia atentamente as primeiras palavras da Madame sobre a "luz" que ela nos dava e eu compreendia. Compreendia também, que o que importava de fato, não era mudar de uma vez, e sim ir tentando, aos poucos, mirando algo melhor para si. Balançava a cabeça algumas vezes, em afirmativa, antes de ouvir a provocação de Karinna. Eu ria, e em seguida a alfinetava de volta, fingindo inicialmente certa decepção. - É... sabe, eu até tentei, mas não consegui tirar o seu título de perturbada. Vou ter que me esforçar muito pra atingir esse nível. - Dizia em seguida, fingindo certa determinação. Até batia meu punho na palma de minha mão e imediatamente gargalhava. Eu até quis tentar segurar a risada, mas era impossível pra mim.

Após isso, a loira ficou meio hesitante, como se estivesse pensando algo mas estivesse sem graça de falar. No fim das contas, ela ainda pedia para eu falar alguma coisa. E eu não tinha nem ideia do que ela queria que eu falasse. Ergui uma sobrancelha para a loira e alternei as pupilas entre Karinna e Tshilaba algumas vezes, quando finalmente tomei coragem de perguntar do que diabos ela tava falando, a menina simplesmente enfiou as mãos na frente da minha boca. Honestamente, tem formas melhores de me fazer ficar quieto, Karinna. Mas tudo bem, dessa vez eu vou perdoar hahaha.

Em seguida, Bley resolveu apenas agradecer, mas não apenas isso. Depois de literalmente enfiar a mão na minha boca, a garota acabava limpando ela na minha calça. Tenho que admitir, não prestei atenção em mais nada, eu simplesmente fiquei muito vermelho e comecei a suar frio. Mano... se ela tava com a mão na minha calça, significa que...? Ela...

...
...
...

Eu realmente fiquei um tempo perdido nesse pensamento. Eu abaixava a cabeça, envergonhado quase que de imediato, e agradecia nervosamente para a Madame, uma vez mais. - Sim. Obrigado por tudo Madame. - Falava, de uma forma robótica e nervosa, o rubor ainda na face. Inferno. Agora eu só queria sair dali e me enfiar num buraco. Mas felizmente, a atmosfera me ajudou a acalmar. Com um clima muito mais carinhoso, Karinna acabava dizendo, indiretamente, que contava comigo para ajuda-la a lidar com todas as suas questões. Eu não tardei em pegar na mão da garota mais uma vez, logo que ela falava aquilo. Com um sorriso, eu lhe assentia: - Pode acreditar que tem.

Em seguida, eu levantava, ainda de mãos dadas com Karinna e me preparando para sair, já que Tshilaba havia falado que não tinha mais nada a acrescentar. Quando perto da saída, ela nos chamava a atenção uma vez mais, dizendo que havia um presente para gente. Espera, presente? AH! Era esse o tal do tesouro, por isso que Bley tinha ficado daquele jeito. Meu deus, Daisuke, você é muito sonso! Enfim, que bom que tudo acabou bem para todos. - Ah, que isso, não precisava. Muito obrigado. - Dizia, indo até a mesa e retirando uma esfera lisa de dentro da caixa, com o número 10 num papel. - Dez... - Falava assim que o via. Não fazia a menor ideia do conteúdo da esfera, mas ficava curioso e tentava abri-la, primeiro puxando uma parte por cima da outra, e felizmente, desencaixava de primeira.

Me dava logo de cara com o conteúdo e ele se revelava como...

Aventura no parque ft. Karinna

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Agora que a vergonha se dissipou um pouco do meu organismo, posso ficar mais tranquila e pensar corretamente diante de algumas das coisas que acontecem ao meu redor. Quer dizer, óbvio que certas situações ainda me deixam sem graça, mas longe de ficar abestalhada igual eu estava quando nos encontramos ainda no portão. Talvez a leitura de Madame Tshilaba tenha ajudado a me libertar um pouco desse receio absurdo que tenho em me abrir mais para as pessoas. Mas enfim, Daisuke achou que eu não percebi, mas bastou eu limpar a mão na calça dele que, bom, o rosto dele ficou quase da cor do cabelo. Revirei os olhos, dando uma leve gargalhada que ficou presa pela boca para não deixá-lo ainda mais sem graça... Ai, ai. Uma brincadeira inocente e ele quase saiu correndo. Acho que agora sei como deixá-lo sempre sem graça... Não me culpem, não posso fazer nada se ser sádica faz parte da minha personalidade.

— Obrigada. — tornei a agradecer, claro, com um gosto amargo na boca; eu QUERIA meu tesourinho — ... — levantamos, ainda de mãos dadas, nos encaminhando para o corredor — Dais- — voltei minha atenção para o rapaz, erguendo um pouco a cabeça; iria mencionar o fato de que agora ele teria que limpar minha mão, mas fui interrompida quando ouvi a voz da mística mulher ecoar no fundo — Pois não? — perguntei, girando a cabeça de forma que conseguisse vê-la pelo canto dos olhos — Ai, nossa! Que surpresa agradável! — tá, até eu mesma tive que me segurar para não rir da minha cara-de-pau absurda; honestamente, tinha certeza que dava para ver o brilhos nos meus olhos assim que ela mencionou o tal "presente" — ...

Voltamos até a mesa, observando uma caixa colocada em cima da mesma. Soltei brevemente a mão de Daisuke, já que só possuo uma mão funcional de verdade, aproveitando para buscar a minha que continha o número "6" grudado em um papel. Agradeci com a cabeça e, como a própria Madame sugeriu, preferi logo virar de costas e caminhar na direção da saída; eu me conheço, se viesse algo que não me serve de nada, eu não conseguiria esconder minha cara feia e desagradável. Ta aí algo que acho que preciso melhorar também... Não é que essa mulher é boa mesmo?

— Vem, implicantezinho. — já na entrada do corredor, voltei meu olhar para o Ranger, que por algum motivo decidia abrir sua esfera ali — Temos muita coisa pra ver ainda. Abre no caminho. — sorri, voltando minha atenção para os biombos e caminhando na frente; os olhos, focados na esfera, pensavam em uma maneira de abri-la sem precisar utilizar a mão machucada e sofrer de dor mais uma vez — Que inferno. — reclamei, sussurrando para mim mesma, já observando a saída do lugar à poucos metros de distância — Daisuke... — à essa altura, o ruivo já havia me alcançado; respirei fundo, frustrada por não conseguir fazer NADA sozinha, logo eu que nunca precisei de ninguém minha vida inteira — ... — os pés pararam próximos à saída e voltei minha atenção para o rosto do Ranger, que por sua vez me fitava de volta intrigado — Me ajuda? — estendi a esfera para ele — Mas ó... Se o seu presente for melhor que o meu, você vai trocar comigo. Não tô nem brincando. — minha expressão se fechou, mas não consegui me segurar, soltando uma risada presa poucos segundos depois — Pode guardar na minha bolsa. — suspirei, voltando o olhar para o lado de fora da barraca, observando a grande quantidade de gente passando de um lado para o outro — Agora você tem que limpar minha mão pra não ficar mais com nojo de mim, né? — provoquei, revirando os olhos para o Ranger e apertando de leve sua bochecha com a mão direita — Agora... Difícil vai ser encontrar um lugar tranquilo pra fazer isso. — bufei, me esquecendo da parte vazia que vimos mais cedo, aproveitando para aproximar meu corpo de Daisuke e deitar a cabeça no ombro dele uma vez mais — Você é mais alto que eu... Fica a dica aí.


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— Divirtam-se, meninos... — Despediu-se, enfim, Madame, enquanto acompanhava o distanciamento da especialista em psíquicos com o olhar. — ...Mas não demais! — Completou, em voz alta, assim que a moça de cabelos dourados desapareceu por detrás dos biombos, restando apenas o ruivo pubertário no interior da área aberta da barraca de Tshilaba.

O caminho para o lado de fora foi tranquilo e fácil, considerando que entrada e saída mesclavam-se em uma só; Arrisco dizer que o exterior recebeu ambos os aventureiros com uma rajada ofuscante de luz, visto a escuridão natural (e mística, de certa forma) que se apossava da tenda da cartomante. O homem que guardava a saída, ao enxergar as esferas abertas nas mãos dos membros de Virtuum, limitou-se a dar um sorriso discreto e os cumprimentou com um menear relaxado de cabeça, enquanto terminava de conversar/explicar a respeito do funcionamento da atração para uma dupla de idosos que tomava a dianteira em uma pequena fila de quatro pessoas.

Voltando ao ponto inicial, temos os caminhos da direita e da esquerda - esse último, com bem mais aglomeração que o primeiro. Além disso, o rapaz teria de dar conta do ferimento sujo de Bley ou, pelo menos, era isso que havia prometido que faria, anteriormente - então, para onde iriam e o que os jovens fariam a partir dali?

Cunha escreveu:
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Karinna escreveu:
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...uma Power Herb. Eu fiz uma cara de aparente surpresa, não imaginava receber um item que fosse útil para treinadores. Sabe aqueles souvenirs? Imaginei receber um. Talvez um cordão, algo do tipo, sei lá. Eu agradeci à Madame pelo presente, antes de que Karinna me chamasse para seguirmos em frente. - Certo, certo. Vamos indo. - E fui caminhando até chegarmos na entrada, onde parávamos por um breve momento, e me virei para Karinna, observando-a encarar sua esfera lisa antes de pedir minha ajuda para abrir sua esfera. - Ajudo, sim! - Respondia, sinalizando a ausência de qualquer problema com a tarefa. Desencaixava a esfera e mostrava o conteúdo dela para a garota, um TinyMushroom. - Um TinyMushroom... acho que da pra vender no Centro Pokémon. - Comentava, antes de guardar o cogumelo no bolso maior da mochila da loira.

Enquanto eu encarava a multidão que ia para lá e para cá, eu procurava algum lugar que menos gente trafegasse, e de preferência que tivesse um banco, onde eu pudesse sentar com Karinna para trocar o seu curativo. Ela me lembrava disso, e apertava minha bochecha com a mão direita. - Até parece que eu tenho nojo de você. - Falava já rindo. De onde ela tirou essa ideia absurda?! Enfim, ela não dava indícios de onde havia tirado, mas comentava que seria difícil arranjar um lugar para fazer isso, e recostava sua cabeça em meu ombro. - Ah, tem aquele lugar perto na entrada. Quase não passava ninguém por lá. - Comentava, me lembrando do contraste entre as duas vias que existia anteriormente. - Vem. - Dizia, antes de pegar na sua mão direita para guiá-la pelo caminho, até o local onde quase não trafegavam pessoas quando chegamos.

Não foi difícil chegar até lá, e não foi difícil achar um banco para nos sentarmos, assim que o encontrava, tratei de sentar do lado esquerdo da menina, e assim que me sentava, começava a revirar a mochila, procurando por algumas coisas. - Viu? Não foi tão difícil. - Dizia para ela, com os olhos fixos na mochila. Eu tinha alguns lenços novos, que podia usar para limpar o ferimento e tal, então tratava de pegá-los. Um deles eu dobrava cuidadosamente algumas vezes, outro eu abria por completo na coxa direita, onde esperava que a garota colocasse a mão, e pegava mais um, e do jeito que ele estava, eu colocava também sob minha coxa esquerda. Eu entregava o lenço dobrado para Karinna, antes de lhe dizer alguma coisa. - Aqui. Esse é pra você morder. Eu sei que dói, mas vou tentar ser o mais cuidadoso possível, ta bom? - Sorria para ela. - Aliás, eu não sei se tenho álcool e ataduras na mochila, você tem algum aí? - Perguntava para a garota.

Sim, havia a possibilidade de eu ter os dois na mochila, mas não vou entrar nesse mérito. Eu tinha comprado um kit de primeiros-socorros depois de me formar na academia Ranger, só não sabia ao certo se havia trago comigo, uma vez que minha passagem em Rinshin me tentou bastante para aliviar um pouco o peso da mochila que carregava comigo.

...enfim.

Aventura no parque ft. Karinna

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Agora vinha a parte ruim.

Já falei que Natalie me traumatizou com todo esse negócio de limpar machucado? Digamos que a ruiva não é lá tão delicada quanto parece: ainda na casa do lenhador na entrada do deserto, Chase regou minhas mãos com álcool e eu quase morri de tanta ardência. Inclusive, talvez seja uma boa hora de mandar uma mensagem para saber se não a encontro por aqui pelo parque, já que eu tinha quase certeza de que ela viria para cá com Luch. Se bem que... É, melhor não falar sobre nos encontrarmos. Não quero que ela veja o quão abestalhada eu fico perto de Daisuke, apesar de estar morrendo de saudades.

— Nojo talvez você não tenha mesmo, mas... — dei uma risada, dando a mão direita para que o Ranger me guiasse até a parte vazia que vimos anteriormente — Deixa pra lá.

Devaneei um pouco enquanto caminhávamos até o local mencionado, tornando a pensar um pouco na leitura do meu tarô. Não me entenda mal, respeito demais o místico e tudo que se atrela a isso por motivos já explicados anteriormente, mas nunca fui de ligar muito para essas coisas. A parte complicada é que Madame Tshilaba praticamente leu minha vida inteira e todos os obstáculos que eu mesma coloco no meu próprio caminho como um livro... Algo que te faz parar para pensar em como mudar toda essa situação, entende? Não sou ingênua em imaginar que conseguiria moldar minha existência tão bruta e estúpida em um piscar de olhos, mas posso começar aos poucos, né? Primeiro sendo sincera sobre algumas coisas.

E talvez seja hora para isso.

Nos sentávamos em um banco, onde suspirei por finalmente não estar no meio de toda aquela muvuca. Sei lá, acho que me acostumei a não ficar em locais absurdamente populosos com muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo.

— Não vou morder, eu aguento dor, garoto. — revirei os olhos, estufando o peito e erguendo levemente a cabeça quando Daisuke me entregava um paninho, jogando-o em cima de sua outra perna; dói pra cacete, mas não vou mentir, mas não ia passar essa vergonha, né? — Tem um pouquinho de álcool na minha bolsa, calma aí. — aproveitei para me ajeitar, colocando meus pertences no chão e me inclinando para pegar o pequeno frasco de vidro — Toma. — entreguei na mão do ruivo, posicionando minha mão machucada sobre sua coxa; a outra, livre, segurava a barra do meu vestido, escondida — Sem ataduras, quero deixar minha mão respirar um pouco. — encostei as costas no banco, cerrando os olhos com força quando vi que Daisuke começaria a limpar minha mão — aaaaAA! VOCÊ QUER ME MATAR? — reclamei, sentindo a ardência e dor descomunal que fez até mesmo a minha pressão cair — DESCULPA É QUE ARDE MUITO MAS EU AGUENTO TÔ SÓ RECLAMANDO UM POUQUINHO- — disse, sem pausa alguma entre as palavras, ainda com os olhos fechados; quando dei por mim, havia acabado — Ai. — abri os olhos lentamente, um de cada vez, voltando meu olhar para o ruivo que, bom, ria de mim — Não tem graça.

Quando observei minha mão, estava limpa, somente com os pontos mal feitos que não tinha jeito de mudar. Abri um sorriso de orelha-a-orelha e, bom, o que faríamos agora? Acho que deveríamos ver o resto das atrações, mas parte de mim queria ficar um pouquinho mais nesse banco, conversando e aproveitando que quase não havia ninguém passando por essa área. Não vou mentir, também gostava da parte que poderia ficar sozinha com Daisuke.

— Obrigada, implicantezinho. — tornei a fitar o ruivo, ainda com o sorriso gigante estampado no rosto, que aos poucos se desfazia e dava lugar a um leve olhar — Você... Acha que a leitura da Madame era certa? — eu disse que seria sincera, não disse? perguntei quando nossos olhos mais uma vez se perdiam um no outro — Digo, também sobre as nossas vidas, mas, sobre a minha quarta carta. — sentia meu rosto corar de leve; ajeitei o corpo, virando-o de frente para Daisuke e esticando minhas pernas por cima das suas coxas, algo que tinha certeza que o deixaria sem graça — Acho que é melhor ser sincera. — dei uma leve risada da situação, aproveitando para deitar a cabeça sobre as costas do banco — Faz um bom tempo que não sinto vontade de te socar, é um bom sinal, né? — gargalhei, buscando o boné do Ranger e colocando-o sobre a minha cabeça, que ficava todo torto por conta do coque — Mas... Para de ficar com vergonha. Me diz, o que você acha?


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- Não tô dizendo que não aguenta, é só que... - Parei por um momento. Karinna havia me dito várias vezes que colocar álcool na ferida era extremamente dolorido, mas se ela estava conseguindo lidar melhor com a dor, quem sou eu para julgar, né? - Ah, deixa pra lá então. - Dei de ombros, e logo a loira me entregava o álcool, mas dizia que não queria ataduras. O ferimento não estava lá tão feio, só estava... com muito sangue seco por perto. Puta que pariu, pra infeccionar era dois pulos. Quando vi que a garota havia fechado os olhos, eu aproveitei que ela estava distraída e joguei uma boa quantia de álcool no ferimento.

Bley reclamava, e eu ria. No fim das contas, ela só estava querendo posar de forte um pouco mais. Não era como se ela estivesse acostumada, e enquanto ela reclamava, eu aproveitava o lenço que estava na minha mão para secar a região em volta do ferimento e tirar qualquer sujeira que estivesse por lá. No fim, eu terminei, e Karinna ainda estava reclamando. Eu não me aguentei, tive que rir. - Desculpa, eu não deveria rir, mas não me aguentei. - Falava, ainda entre gargalhadas. - Ah, mas pode acreditar que tem. - Em seguida, imitava o comportamento inicial de Karinna, revirando os olhos enquanto falava.- "Não vou morder, eu aguento dor, garoto." - E tornava a rir. - Ta, bom. Parei. - Dizia, conseguindo finalmente parar de gargalhar. - Mas sério, não tem qualquer problema admitir que algo dói quando, bem... dói mesmo. - Falava enquanto pegava uma sacolinha na mochila e colocava os lenços usados dentro dela, aproveitava que um não havia sido usado e tirava um pouco de álcool que acabou caindo na minha coxa enquanto colocava no ferimento de Karinna.

Depois de colocar todos os lenços numa sacola e os amarrar, a menina agradecia. - Não foi nada. - Falava com um sorriso, enquanto olhava pra frente e colocava as duas mãos na nuca. Bem no momento que ia puxar conversa com ela, para, bem... ficarmos um pouco mais por lá, Bley o fazia, me questionando sobre a leitura de Tshilaba. Em um primeiro momento, eu me surpreendi com a pergunta, e me virei para ela, encontrando seus olhos assim que me virava de lado e tirava as mãos da nuca, colocando o braço direito atrás do banco e o esquerdo por cima da minha coxa, mas antes de eu conseguir falar de novo, ela falava sobre a quarta carta, e acabava corando um pouco no processo. Acho que ela quis se vingar, quase que de imediato, por ter corado por minha culpa e resolveu fazer o mesmo comigo, colocando suas pernas por cima das minhas. Meu rosto se avermelhou por completo e eu fiquei engolindo seco, enquanto ela dizia que era melhor ser sincera, e até comentava sobre fazer muito tempo que não queria me bater.

Eu ri, na verdade, foi perto de uma risada, que se confundiu com minha engolida seca e me fez engasgar de leve, mas bem de leve mesmo, suficiente para controlar a tosse, e tudo isso enquanto ainda tinha os olhos fixos na garota. Que merda. Eu devia ter fingido que levava essas coisas de boa, eu me senti como uma criança que fora encurralada, e tudo piorou quando ela vestiu o meu boné! Ela chamou pela minha opinião, e eu tive de respirar bem fundo, enquanto tentava ignorar a provocação de Karinna, que continuava em cima de mim. O rosto ainda enrubescia, mas eu finalmente conseguia uma janela "espiritual" para falar.

- Então... - Gaguejava. Inferno, eu não vou conseguir nem ME levar a sério assim. Momentaneamente, eu fechei os olhos bem rápido, e os abri devagar. Era como num ringue, eu devia esquecer as coisas a minha volta e focar só no que realmente importava agora, mentalizar somente... Karinna. A expressão serena tomou minha face, com um leve sorriso. O rubor havia sumido e eu conseguia, finalmente, dar voz ao que pensava. - Então... eu acho que só depende da gente. - E sorria, meio sem graça. - Tipo, as outras cartas, se você simplesmente for ler para outra pessoa, numa mesma ordem, provavelmente aquilo não vai ter sentido nenhum. Fez sentido pra nós, porque passamos por um momento e nos levou a pensar aquilo, se fossem outras cartas, a gente talvez chegasse a mesma resposta, mas pelo momento que a gente ta passando, chegamos as nossas conclusões atuais.

E nesse momento, eu parei de falar um pouco. Simplesmente direcionava minha mão esquerda na direção do rosto de Karinna, e, delicadamente, passei uma mecha de cabelo da loira para trás de sua orelha. - Mas sobre a quarta carta... me diga você. - Acabei sorrindo enquanto falava. - Tem algo que você ainda não quer ver? - Falava, os olhos fixos nos de Karinna. - Porque, sabe... não acho que eu tenha escondido que gosto de você. - Admitia, direto e reto.

...e agora?

Aventura no parque ft. Karinna

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Tá, era uma gracinha ver Daisuke corar e perder alguns segundos tentando colocar sua cabeça no lugar para poder conseguir falar. Risada, uma leve tosse, o rosto quase da cor de seus fios de cabelo... Tudo isso acalentava meu coração, sabe-se se lá por estar gostando de provocá-lo ou pela parte sentimental de tudo isso. É algo diferente e novo para mim também, sabe? Dei uma leve risada, ajeitando o boné na cabeça, que de um jeito ou de outro sempre ficava torto. Estava pronta para receber uma resposta que desviaria do assunto, mas...

Não é que o Ranger se recompôs e disse tudo na lata?

— Quanta falação. — fiz uma careta, me referindo a longa explicação que Daisuke deu sobre as cartas; eu sabia que aquilo era mais para enrolar enquanto pensava no que diria a seguir, mas achei fofo de qualquer maneira — ...

E, bom, agora era minha hora de ficar sem graça.

Buscando uma coragem provavelmente de dentro do seu íntimo, o ruivo falava tudo aquilo que estava implícito já há bastante tempo. Implícito porque agora meus olhos estão de fato abertos para algo que eu mesma negava... Eu gosto de Daisuke e ele gosta de mim. De uma forma diferente, nunca antes experienciada de verdade por mim em vinte e um anos de vida. Agora faz sentido do porquê de Natalie, Tyrant e todo mundo brincar que nossa implicância um com o outro era algo a mais e, bom, agora vemos que de fato é. Dentre brigas, discussões, preocupações, não é que havia um sentimento escondido mesmo por ali? Se perguntassem à Karinna de meses atrás se hoje eu estaria nessa situação, eu provavelmente daria um socão nessa pessoa.

Não pude deixar de corar as bochechas de leve ao observar o Ranger admitir que gostava mesmo de mim. Um leve sorriso despontou do rosto, desaparecendo quase que de imediato. Não sei o motivo, mas estava tão hipnotizada que meus olhos mantinham-se fixados nadando dentre toda aquela imensidão alaranjada e nada mais em meu corpo respondia a qualquer outro estímulo. Permaneci assim por alguns segundos, até que finalmente busquei coragem para fazer o que queria: ergui a cabeça de leve, inclinando a coluna para frente e levando aos poucos meu rosto para cada vez mais próximo do dele. Engoli seco, com o coração palpitando à mil por hora, tinha certeza que se olhasse estaria igual aqueles corações de desenho animado saindo para fora do corpo. Busquei a mão de Daisuke com a minha mão direita, trazendo-a até minha cintura e abrindo um leve sorriso; deixei-a lá, deslizando a minha agora até a parte de trás de seu pescoço, onde o acariciei de leve com os dedos.

— Sabe... — nossos rostos estavam tão próximos que eu conseguia sentir a respiração do Ranger, mas por algum motivo o nervosismo começava a se dissipar — Eu também gosto de você. — sussurrei após encostar a testa na dele, o que fazia com que o boné caísse para trás — Diferente de você, eu sim sempre tentei esconder. — dei uma leve gargalhada, cerrando os olhos logo em seguida — Não que isso signifique que não vou te dar todos os socos que foram prometidos, claro. Espera minha mão ficar boa...

O nervosismo, que se dissipava aos poucos, eventualmente desaparecia. Por alguma razão, eu me sentia, hm... Inteira? Nunca soube muito bem o que essa expressão significava, mas provavelmente seja sobre isso, né? Poder fechar os olhos e sentir a tranquilidade sobrepor qualquer medo, receio, insegurança. Poder sentir o coração bater forte, mas ao mesmo tempo acalentado, preenchido com a dose certa de euforia e felicidade.

Talvez inteira não seja o nome certo pra isso, mas se existe outro adjetivo, desconheço. Estive tantos anos vivendo numa escuridão criada por mim mesma que só conheço de cor tudo aquilo que me diminui, que me rebaixa, que me amarga.

— ... Implicantezinho.


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Assim que eu admitia que gostava dela, o rosto de Karinna corou um pouco. Eu sequer conseguia imaginar o que se passava na cabeça dela, enquanto eu ficava perdido, encarando seus olhos azuis. Observei um sorriso se formar e despontar com uma velocidade incomparável, e antes dela dizer alguma coisa, passaram-se eternos segundos de silêncio. Eu não sabia se ela sentia o mesmo, eu não sabia o que ela estava pensando, tudo que eu sabia, era que eu estava com cara de idiota, perdido nos seus olhos, enquanto ela não expressou reação...

...até que teve. Karinna, devagar, esticou-se na minha direção e tocou sua testa na minha, enquanto puxava minha mão direita para sua cintura. Após isso, ela mostrava um leve sorriso. Minha resposta estava chegando. Eu engoli seco, o coração a mil, eu sentia a respiração de Bley e pude ouvir, apesar de ela ter sussurrado, que gostava de mim também. O sorriso foi imediato. Eu ouvia ela admitir que sempre tentou esconder, e ela gargalhava em seguida, e eu ria em resposta, ria ainda mais diante das promessas de socos que ela me assegurava que ainda daria. Meu nervosismo desapareceu depois da confissão da loira, seu rosto estava muito próximo e então, eu tomei coragem.

Minha mão esquerda ainda estava atrás da orelha de Karinna, eu a passava gentilmente pelo seu rosto, deslizando as costas de minha mão por sua face, de forma delicada, até que chegasse ao queixo. Aproximava, devagar, minha boca da de Karinna até que eu finalmente a beijei. Foi um beijo longo, onde nada mais a minha volta importou. Somente eu e Karinna, ali, tinha a minha atenção. Os gritos das crianças no parque eram extintos e parece que tudo a minha volta não existia durante aquele tempo. Com a mão em sua cintura, eu a puxava para mais perto, pouco a pouco, e ficamos algum tempo naquilo, até que, lentamente, eu distanciei a minha boca da de Karinna, onde eu voltava a tocar, de leve, minha testa na de Bley, sorrindo meio abobalhado por ter beijado a loira.

E bem... infelizmente, depois do beijo, eu acabei reparando que ela ainda estava com as pernas em cima de mim. Eu imediatamente fiquei constrangido, mas tentei me controlar dessa vez. Eu não sabia o que dizer. Parte de mim queria beijá-la de novo, outra parte sentia que devia dizer alguma coisa... e outra parte queria tirá-la de cima de mim o mais rápido possível. Isso já tinha acontecido outras vezes. Eu beijava a garota, parávamos por um tempo, beijávamos de novo, ela subia no meu colo e eu congelava completamente. Não queria estragar tudo, não com Karinna, não por... por esse motivo. Engoli seco, e começava a suar frio, tentava disfarçar, levantando um assunto. Aproveitava do suor para dar uma desculpa. - Então... ta calor né? - Falava, rindo de leve. - Quer ir procurar um sorvete? - Dizia meio gaguejando, completamente sem jeito com a situação que eu percebia estar. Eu não podia surtar, não agora. Não com ela. Não por isso.

Droga, droga, droga. Vamos Daisuke, aguenta. Você consegue...

Aventura no parque ft. Karinna

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(010) — hidden springs/call it what you want - Página 4 Daisuk14
By: KB lindo & perfeito <3


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Longos foram os segundos que nossas testas ficaram coladas uma na outra. Para mim, parecia que estava ali há horas, aproveitando o momento ao máximo: a respiração quente, o arrepiar dos pelos dos braços, as borboletas no estômago. Tudo contribuía para que eu me sentisse nas nuvens, um sentimento que nunca havia experienciado antes na vida. A mão esquerda de Daisuke acariciava o meu rosto e a minha o seu pescoço; abri os olhos vagarosamente ao sentir a ponta de seus dedos deslizaram até o meu queixo, trazendo o meu rosto já próximo para finalmente selar nossos lábios com um beijo.

E, nossa, eu não fazia ideia do que fazer de início. Quer dizer, eu sabia que queria e que acabaríamos assim uma hora ou outra, mas os primeiros segundos claramente foram eu tentando entender como funciona um beijo de verdade. Sem julgamentos, ok? Tenho vinte e um anos mas dois terços dessa vida foram lutando para sobreviver sozinha no mundo, nunca tive tempo para viver a vida e aprender a fazer as coisas normais que outras pessoas fazem. Sequer sei para quem estou me justificando — talvez para mim mesma — mas não deixaria que minha falta de experiência estragasse aquele momento.

E, bom, não é que não estragou?

... Ou pelo menos era o que eu pensava.

Passados os tensos cinco primeiros segundos, acho que tudo fluiu muito bem. Minha mão direita, atrás do pescoço do Ranger, acariciava-o com gentileza enquanto o ritmo do beijo ia aumentando aos poucos. Não fazia ideia do quão instintivo essas coisas eram, mas parece que encaixou direitinho e estávamos sincronizados. Ergui o braço esquerdo com um certo receio de esbarrar em alguma coisa, mas consegui colocá-lo por cima do ombro de Daisuke, me sentindo um pouco mais confortável. Honestamente, minha vontade era de subir no seu colo, mas esse talvez fosse um passo que precisaria ser um local mais reservado... Não queria ser expulsa do parque, afinal. De verdade, eu estava nas nuvens, feliz por finalmente termos dado esse passo que há tanto tempo eu negava para mim mesma que um dia aconteceria...

...

Até que parou.

Tudo bem, claro que uma hora ia parar, né? Estávamos em um parque e nossa postura até chegava a ser indecente, mas... Foi o jeito como parou. O beijo encerrava e Daisuke até sorria, mas sua postura mudava quase que completamente logo em seguida. Será... Será que eu tinha feito alguma coisa errada? Será que estava bom pra mim mas não estava bom pra ele e ele não tem coragem de me dizer? Quer dizer, é o que parece. Poxa, eu sei que sou inexperiente mas por que outro motivo ele decidiria tomar sorvete agora? Que... droga.

Eu tenho sempre que estragar tudo.

— E-eu... — não conseguia esconder minha frustração, ainda mais porque me sentia culpada; por algum motivo, minha cabeça já começava a construir as diversas narrativas de que a culpa era minha e que eu tinha arruinado qualquer chance ali naquele beijo— Me desculpa. — afastei meu rosto, tirando as pernas de cima do Ranger; sem graça, balancei a cabeça negativamente uma única vez, fitando o chão por alguns segundos — Estraguei tudo, né? — sussurrei, quase para ele não escutar, levantando de imediato e pegando as minhas coisas — Qu-quer dizer, não precisa falar nada. Deixa pra lá. — me irritei, clARO QUE ME IRRITEI EU ESTRAGUEI TUDO SENDO UMA MULHER DE VINTE E UM ANOS QUE MAL SABE BEIJAR NA BOCA QUE RAIVA QUE VONTADE DE SOCAR ALGUMA COISA — Vamos... Vamos procurar o sorvete. — busquei o boné que havia caído, estendendo-o na direção de Daisuke; queria colocá-lo na cabeça dele, mas depois dessa, tenho dúvidas se ele iria querer algum tipo de intimidade comigo — ... — eu precisava perguntar, o sentimento de rejeição estava começando a me corroer por dentro; se ao menos foi o beijo, queria que ele justificasse e fosse honesto comigo — Foi... — voltei meu olhar para o Ranger, engolindo seco no processo — Foi tão ruim assim?

É, Madame Tshilaba...

Quer auto-sabotagem melhor do que essa?


bronzor: 30/40
pichu: 15/30



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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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