Pokémon Mythology RPG
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[Akai Ito] – Doll Fanfest –

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O membro 'Shianny' realizou a seguinte ação: Lançar dados


'Caixa 1' :
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RA-PAZ! O que foi aquele golpe de Mey? Eu e ela havíamos treinado, seja em Hoenn ou de uma maneira mais descontraída no trabalho Voluntário em Olivine, mas isso poderia justificar tamanho resultado? Mais que 80? Wow... Enquanto isso, o Cryogonal de Naty parecia ter dado tudo de si para alcançar o seu resultado, o que até fazia sentido pela sua natureza... Mas enfim... O que importava ali era a premiação! Natalie recebeu uma Apicot Berry logo de cara e eu, uma Liechi. Não sabia exatamente o porquê consideravam a Liechi tão mais importante que a Apicot, talvez pela ideia de força física da brincadeira, quem sabe? Agradeci o atendente e, com minhas recompensas em mãos, parti na direção de uma próxima aventura ao lado da Ruiva.

Contudo, antes de decidirmos de fato um novo destino, fui abordado por Natalie, que me questionou da utilidade daquela frutinha, provavelmente em busca de uma dica de fazendeiro, que me fez rir, talvez sem que ela entendesse o porquê — Essa sua é uma Apicot, ela ajuda na defesa especial do Pokémon que a comer e também serve para fazer sucos e vitaminas que melhoraram esse atributo... Eu ainda não tenho capacidade de usar ela assim não, preciso de uns equipamentos na minha Fazenda... Mas são caros e ela ainda está em processo de reforma aqui perto em Ecrutrak... mas enfim, já sobre a minha, é parecido com a sua, mas melhora o ataque físico! — Expliquei, ouvindo então o questionamento da garota sobre Mey.

— Eu não deu nada suspeito para ela! Hahahah! Mas pretendo fortalecer o poder dela com vitaminas e sucos quando for possível. Além do treinamento mesmo... — Comentei, apesar de saber que era mais uma brincadeira da garota do que uma acusação... Mas não sei se Naty me ouviu claramente... Ela estava tão focada nas palavras do atendente antes de sairmos que parecia distante, absorta em pensamento, principalmente sobre a Arqueologia, um stand do Parque onde brincávamos de escavação. Mesmo sem notar, ela caminhava para lá de maneira quase automática e tudo ficou mais estranho quando ela começou a falar sobre os Lendários, dizendo que talvez a história eu não quisesse ouvir.

Bem, engoli em seco, gaguejei, mas a respondi em seguida — Claro que quero saber... Seja o que foi que houve, você está aqui agora, viva. Então você venceu, vai ser uma história de sucesso... — Eu dizia, aproveitando o momento abrir o brinde recebido na outra tenda. Mais uma caixa surpresa... Na primeira haviam Balls, o que será que teria nessa?





Resumo escreveu:


> Abrir Caixa 2.
> Ir na Arqueologia

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O membro 'Luch' realizou a seguinte ação: Lançar dados


'Caixa 2' :
[Akai Ito] – Doll Fanfest – - Página 6 Duskstone

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Dois jovens, dois corações


E


nquanto caminhavam, conversavam mais um pouco. Enquanto jogavam conversa fora, aproximavam-se cada vez mais do centro arqueológico, dava para notar quando avistaram uma grande fila que se formava bem na entrada da atração e se estendia por alguns metros. Para a sorte deles, ela andava até que rápido.

A velocidade com que a fila andava era apenas ilusão, pois o número de pessoas era grande, fazendo-os ficar alguns longos minutos na fila esperando por sua vez. Grupos eram formados e logo chegou a vez de Natalie e Luch conseguirem entrar no local com outras cinco pessoas. Duas garotinhas, um casal e a garota do Togepi de antes que fez a pontuação máxima no brinquedo de testar a força, desbancando um Machamp.

-Sejam bem-vindos. Meu nome é Taiwan Jones e sou um grande arqueólogo. Ao entrarem, vocês receberão uma ferramenta para escavar essa pequena caverna que construímos para vocês num total de três vezes, então escolham bem onde irão cavar.

A primeira foi a criança do Togepi que correu junto de seu pokémon para dentro da atração, enquanto os demais caminhavam tranquilamente, exceto por uma das garotinhas estar sendo pega pela mão e guiada pela outra. Suas pernas estavam trêmulas, talvez por medo do interior escuro e pouco iluminado.

Ora, era a vez de Natalie e Luch entrarem.

What is reflected in my eyes? Not the moonlight in a starless midnight that showers on the people passing by. One's so small and the world's so wide, every step forward echoes a sigh. I reach out for the halo far up high. Deeply engraved, my memory is silent but not forgotten indeed, someone has gone but a voice within me. Once I remember all the tales written inside this corp no more frail I'll follow what my heart used to believe.


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abra :

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Veja, não era nenhuma ingênua.

Desde a primeira vez que havia se encontrado com o unoviano e, consequentemente, o conhecido, sabia: Valassa não era o tipo de pessoa que se interessava em ouvir ou estender quando o assunto envolvia algum tipo de tragédia ou até mesmo algo que simplesmente fizesse cair um pouco o humor da ocasião. Não tinha a ilusão de que o moreno se encantaria em ouvir suas experiências cruas, viscerais, ou tampouco aquelas que agitavam seus demônios interiores e criavam novos com tamanha simplicidade que faria inveja aos maiores Giratinistas que já pisaram por terra - então, veja, é compreensível a surpresa quando, dada a possibilidade de escolha em suas mãos, que o rapaz simplesmente concordasse em ouvir o que tinha a dizer, independente do quão traiçoeiras fossem as memórias que o aguardavam por detrás de sua narrativa.

Por um instante ínfimo, o olhar desviou-se na direção do companheiro. Durante aqueles milésimos sutis, detectou o nervosismo estampado nas feições, o receio e a hesitação; E, na tormenta de seu próprio âmago, um discretíssimo sorriso escorreu pelo canto dos lábios, pela compreensão da disposição do unoviano em oferecer um ombro amigo mesmo quando, em realidade, não desejava fazê-lo. Infeliz ou felizmente, a própria passada foi interrompida pela longa fila que se estendia desde a entrada do campo arqueológico e, bem, não teve nada a fazer senão aguardar sua vez, enquanto movimentava os dedos em silêncio, como se tentasse impedir que as palavras escapassem por suas frestas. Chase engoliu saliva, silenciosa, e as pontas dos dígitos encontraram a delicadeza das correntes que pendiam do corpo do fractal flutuante, inevitavelmente roubando também a atenção do espécime, que observou-a em sua contínua serenidade.

— ...Sabe, desde o Monte Pyre, as coisas foram um pouco... Caóticas. — Sussurrou, balançando a cabeça com discrição enquanto roçava a derme contra os gélidos formatos esféricos que serviam de "braços" ao seu monstrinho companheiro. — De um jeito ou de outro, os encontros lá não foram muito agradáveis. — Comentou, recordando dos fantasmas que assombravam aquele cemitério - de Jorel aos Aqua, cada um desagradável, à sua própria maneira. — Na verdade, eu não achei que fosse sair viva de lá. — Riu, meio sem graça. — Teve um golem gigante que simplesmente explodiu na minha cara. Até hoje meu corpo dói um pouco, às vezes. — Admitiu, com um suspiro inquieto. Não tinha certeza se já havia mencionado isso para alguém mas, hah, não tinha motivo pra esconder, também. — ...E aí... Teve o Zapdos. No topo de tudo. — Engoliu saliva, balançando a cabeça e enrolando com suavidade uma das correntes de Cryogonal no próprio indicador. — Acho que eu fui meio prepotente, nessa hora. Eu achei que ia dar pra lidar com ele, sabe? — Disse, devagar. — ...Só que, quando pareceu que tava tudo bem, meio que... Não tava? — Um riso nervoso. — Ele simplesmente se recuperou do nada, e tipo... Acho que nessa hora ele decidiu que não precisava ficar perdendo tempo com meus pokémons. — Balançou os ombros, suave, antes de retirar a pequena esfera multicolor da bolsa, revirando-a na mão livre e a expondo ao moreno. — ...Não sei o que aconteceu depois disso. Eu lembro que fiquei no hospital por uns dias, e tinha isso aqui comigo quando acordei. — Explicou, simplória.

Teve de se interromper, porém - a fila andou mais rápido do que havia imaginado, e foi surpreendida pela apresentação de Jones logo na entrada da atração. A ruiva piscou algumas vezes, encolhendo brevemente os ombros e oferecendo ao companheiro um sorriso sem graça, enquanto guardava mais uma vez a Mega Stone em seu devido lugar, soltando também a corrente de Cryogonal e tomando, para si, os dedos de Valassa, entrosando-os com gentileza aos próprios. Guiou-o para o lado de dentro; E, assim que receberam as ferramentas, forçou a vista - se estivesse mais escuro do lado de dentro - para escolher um lugar mais afastado dos demais do grupo e, assim, começar a escavação.

— Cryo, use o seu Ice Beam pra demarcar essa área, sim? — Pediu, "desenhando" um retângulo na terra, na pretensão de traçar limites para si própria e tentar se focar em um só lugar, sem que corresse o risco de ficar zanzando por aí - afinal, tinha uma história para contar, não? — Não sei se você sabe, mas acabei descobrindo depois que essa pedra era uma Mega. Lembra, que nem no teatro? — Comentou, um pouco dispersa, ao se ajoelhar perto do limiar gélido traçado pelo seu fractal ambulante.

Tinham de cavar, não?
Era bom começar, então.

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O amanhã é efeito de seus atos. Se você se arrepender de tudo que fez hoje, como viverá o amanhã?
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'Arqueologia' :
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Havia dito para Natalie que sim, estaria disposto a ouvir tudo o que ela tinha para me contar. Talvez ela não esperasse por essa reação, pois eu realmente não tenho uma disposição expressiva para ouvir histórias tristes - estas me impactavam profundamente - e provavelmente já havia deixado isso claro em algum momento de nosso passado não tão distante. Entretanto, minha relação com Naty estava muito além de uma ligação superficial entre "dois conhecidos". Podíamos não ter uma longuíssima história juntos, mas no pouco tempo que convivemos, marcado pela qualidade e não pela quantidade, havíamos desenvolvido laços digamos... Inexplicáveis. Provavelmente o mais próximo destes laços que todo o treinador conheça, é a relação entre o próprio e seus Pokémon, uma sensação de familiaridade que não é consanguínea. É mais "espiritual"... Sim, é isso... De todo modo, diante desta verdade, seria leviano da minha parte ignorar as angústias da ruiva, pois querendo ou não, suas angústias eram as minhas e a melhor forma de acabar com este sofrimento é abrindo o coração. Talvez com isso fosse possível diluir a dor...

Um pouco antes de ouvir as palavras de Chase, abri a caixa que havia recebido e notei uma pedrinha muito conhecida, uma Dusk Stone. Guardei-a dentre os meus pertences, já com seus possíveis usos em mente, mas deixando essas ideias para lá, pois o importante agora era dar ouvidos à Natalie e foi exatamente o que fiz. A garota retornou suas memórias para o Pyre, mais precisamente contando sobre o Evento que ela, eu e mais alguns treinadores conhecidos, curiosamente haviam vivenciado de maneira semelhante. Eu inclusive havia recebido um relato semelhante de Blake e eu mesmo havia passado por quase a mesma coisa, com exceção de alguns mínimos detalhes. Entretanto, não a interrompi, deixei que continuasse se expressando, até quando mostrou a tal Mega Stone, a qual também possuía um exemplar comigo. Enfim, apenas concordei afirmativamente com a cabeça, para tudo o que me contava. Esperei que terminasse parcialmente seu relato, para só então complementar com minha própria experiência.

— Eu... Também vivi algo semelhante no Pyre, curiosamente passei pelos mesmos percalços com o Golem Elétrico e com o Zapdos, além de alguns... Membros do suposto Team Aqua...  — Comentei, deixando em off os detalhes mais sórdidos, além de suspirar — Meu time também sofreu um bocado com o Zapdos, não foi à toa que o Toggy nasceu com uma cicatriz em forma de raio no olho, provavelmente causado pelo próprio Zapdos. Ele chocou com o "golpe final" dele... Uma loucura!  — Complementei, dando uma risadinha um tanto nervosa. Entretanto, logo em seguida, fomos sabordados pelo responsável da tenda de Arqueologia, que nos recebeu com muita gentileza. Acabamos tendo que dar um tempo na história de Naty para que pudéssemos entender como funcionava a "brincadeira", algo que não parecia tão complicado... Eles deixariam tudo preparado para que apenas fizéssemos um breve trabalho braçal nos lugares determinados. Caberia a nossa sorte determinar o que encontraríamos. Era divertido!

Naty usou Cryo e seu "Ice Beam" para golpear uma área e facilitar a remoção da terra para encontrar o artefato enterrado. Eu acabaria tendo que fazer o mesmo, mas com Mey e suas garras afiadas...  — Mey, é isso... Vamos cortar um quadrado ao redor da área marcada, use suas garras para isso! Depois, vamos cortar em X e em Cruz, continue cortando em fatias menores a região, como uma Pizza... A terra vai acabar se soltando e esfarelando até revelar o que tá enterrado. Daí pra frente é só alegria! — Comentei com a Meowth, deixando-a livre para cavar. Então, retirei do bolso a Intriguing Stone, que já sabíamos se tratar de uma Mega Stone, logo que Natalie comentou sobre este objeto — Eu também consegui um... Estou curioso para saber qual tipo será... Pensei em ir até Rustboro para descobrir mais, já que é... Bem... A Cidade do Ginásio de PEDRA! Hahahaha! — Comentei, tentando descontrair e finalmente voltando minha atenção para o que surgia dentro de tanta terra escura no sítio arqueológico.



Resumo escreveu:


> Primeira tentativa da Arqueologia

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'Arqueologia' :
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O primeiro objeto encontrado, oculto por areia e poeira, havia sido extremamente útil: Senão por si só, simplesmente pela maneira que afastou os sórdidos pensamentos da moça por um único instante que fosse - pois, observando o molde amarelado onde se estampava a figura antiga de um pássaro, a mente se redirecionou para o recente encontro com Sakazaki, onde justamente um exemplar idêntico àquele lhe havia sido apresentado. Infelizmente, a experiência não lhe trazia respostas a respeito do tipo de criatura ali descansava, pois o próprio menino não tinha ciência alguma sobre ela - então, num gesto vago, Chase limitou-se a afagar com gentileza a imagem da pedra com o polegar, a respiração indo e vindo enquanto processava cada uma das palavras ditas pelo unoviano em resposta à primeira de suas três experiências.

— Parece que bastante gente acabou dando de cara com o Zapdos, na verdade. — Comentou, um encolher breve de ombros antes que deixasse um suspiro tímido escapar. — Eu fiquei um tempo pensando se eu não tinha, sei lá, surtado, sabe? Mas acho que, considerando todas as "evidências"... Digo, eu até posso ter, mas com certeza não foi um surto de loucura alucinógena. — Brincou, com um riso sem jeito, incerta se a boba tentativa de amenizar o clima seria bem sucedida. — ...Foi um alívio quando descobri que você estava bem, de verdade. Eu... Fiquei com medo que tivesse te acontecido alguma coisa... Uh, irreversível? — Murmurou, desviando o olhar por alguns instantes - um calafrio inquieto percorreu por sua coluna, e a ruiva se deu ao luxo de encostar a testa no braço do rapaz, silenciosa, em busca do conforto de sua mera presença. — ...Obrigada por estar bem. — Sussurrou, os dedos tremulando em reação discreta à situação que a própria jovem os havia metido.

Respirou uma, duas vezes.
Com suavidade, então, afastou-se.

— ...Eu cheguei a ir na Roxanne pra falar sobre essa pedra, na verdade, mas foi o Nicholas quem conversou primeiro comigo. Lembra, que a gente conheceu antes do teatro e tal? — Perguntou, separando o fóssil amarelado e ajeitando brevemente uma das madeixas atrás da orelha antes de respirar fundo, o olhar passeando pela área demarcada para que tentasse decidir qual seria a próxima área a escavar. — Eles também me falaram que é bom ir até o Sr. Stone, em Rustboro mesmo, pra descobrirmos de qual se trata. Se você quiser ir comigo, eu planejava tentar passar lá depois do parque... — Comentou, num encolher de ombros tímido e num sorriso sem jeito. — Mas então, continuando... — E tomou ar.

— ...Depois de todo esse lance do Zapdos, eu admito que eu fiquei meio... Perdida, sabe? — Suspirou, antes de finalmente escolher um pedaço de terra e voltar a escavar, tentando se distrair com o trabalho de arqueologia que, ironicamente, também era responsável por invocar seus fantasmas. — Era... Vazio. — Murmurou, num encolher de ombros inquieto. — Eu não conseguia falar com você, não tinha ninguém pra falar - ninguém que fosse mais que um conhecido, ninguém que pudesse só... Sei lá. Acho que não é o tipo de coisa que se conversa com qualquer um. — Disse, em baixo tom. — Eu tentei me ocupar de qualquer jeito, na verdade. Batalhando, viajando pra outra cidade, sei lá. Qualquer coisa. Mas só... Não sei, era uma sensação amarga que não ia embora. — Uma pausa na tarefa. — Enfim, eventualmente achei que era só... Sei lá, deixar. Vagar por aí numa rota qualquer. Eu só queria que parasse, sabe? Só que parasse. — Discretos, os dedos apertaram o cabo do instrumento entregue pelo responsável da atração. — ...Aí, eu fui. E foi quando eu reencontrei com a Karinna. — Outra pausa. — Não sei se eu já cheguei a falar sobre, mas nós temos um passado um pouco complicado. Pra resumo da ópera, como você já deve saber, éramos amigas de infância e tudo o mais. — Acrescentou, antes de finalmente voltar a cavar.

— E eu sei que parece meio birutice quando eu falo, mas, sei lá... Eu acho que atraio esse lance de multiverso, sabe? — Suspirou, mordendo brevemente o lábio inferior. — A gente só... Sei lá, a gente tava na beira de um lago, e depois a gente simplesmente apareceu dentro de duas celas, sabe? — Continuou, em baixo tom - não tinha desejo que ninguém por ali ficasse de mutuca em suas experiências, afinal. — E tinham umas coisas bizarras lá. Pessoas, bichos, pesadelos. — Um riso nervoso - limitou-se em resumir a experiência, pois prolongá-la poderia só aumentar o sentimento drástico de que tinha simplesmente enlouquecido. — A gente foi... Procurando como sair de lá, sabe? Levou um tempo, pra falar a verdade, mas enfim finalmente achamos que tínhamos a chave certa... — Pausa.

Uma pausa, e dessa vez maior que as outras - porque, sinceramente, ela própria não tinha certeza a respeito das palavras que estava prestes a desaguar sobre os ombros do unoviano. Naquele momento, se deu ao luxo de refletir se realmente valeria a pena dizê-las - ainda que com a consciência de que, àquela altura, não faria muito sentido simplesmente mandar um "ah, deixa pra lá" e largar por isso mesmo. Se não desejasse compartilhar aquela experiência, sinceramente, sequer teria iniciado seu relato, como com muitas coisas costumava fazer.

— ...Sabe, apareceu alguém pra tentar impedir. — Deixou, enfim, escapar. — ...Eu acho que já mencionei, mas eu não costumo ter muita, uh... Sorte, por assim dizer? Em experiências, e tudo o mais. Principalmente sozinha, principalmente com algo ou alguém importante. — Disse, as palavras escapando da garganta num arranhado inquieto, sofrível, como se lutassem para fazê-lo. — Eu nunca parei pra pensar muito se tudo isso seria ou não coincidência. Mas... — Prendeu a respiração, até que a pá se fincou em alguma coisa dura na terra batida da atração. — ...Sabe, nós vimos Arceus. — Revelou. — ...E eu acho que nunca vi olhos tão cheio de ódio. Ódio puro, sabe? Do tipo que te corrói por dentro, que reverbera por toda a sua estrutura. — Um riso seco, vazio - e balançou a cabeça, devagar. — ...Acho que eu nunca parei pra pensar a respeito de como o Criador podia simplesmente me odiar. Você acha que isso faz sentido? — Deixou a questão no ar, quase retórica, num sorriso oco.

...Mas, enfim, não era isso que importava na hora.
Vamos à segunda descoberta, sim?

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