Pokémon Mythology RPG 13
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Mensagem por Cunha Sex 20 Nov - 10:15

Me encontrar com Karinna fazia finalmente com que eu me acalmasse um pouco. Ela estava... okay, não posso dizer que ela estava bem, mas ela estava viva. Por enquanto aquilo bastava. Fui correndo até ela e a abracei. - Você ta bem? Fizeram algo com você? - Perguntava, preocupado logo depois de a soltar. - Claro que eu viria. Te mandei uma mensagem, dizendo o que encontrei e você não recebeu, fiquei preocupado e fui logo atrás de você naquele mato. - Falava com um sorriso aliviado ao olhar pra ela, finalmente.

Mas bem, o momento mais tocante ficaria para depois. Ainda estávamos em território inimigo e não poderíamos nos dar o luxo de baixar a guarda. Acenei com a cabeça para Eustácio quando o vi por perto, e fiquei realmente aliviado que ele estava ali. Agora, não importa o problema, eu sabia que poderíamos encará-lo de frente. E bem, Bley se dava conta disso quase que instantaneamente, pedindo para que seus Pokémon imobilizassem nossos agressores, enquanto confirmava uma de minhas suspeitas: ela havia sido posta para dormir por um Pokémon. Imediatamente tirei meu Safety Googles da mochila e o coloquei no rosto, ficando assim livre de quaisquer golpes de esporos que pudessem me incapacitar naquele local.

Enquanto a garota falava, dava pra sentir uma tensão esquisita no ar, e com ela dizendo aquelas coisas macabras, eu não pude conter o riso. Debochado, eu fiz pouco caso da garota. - Aham, e eu sou o 1º Dalai Lama. - Revirava os olhos. - Beleza, garota. Cala a boquinha enquanto a gente pensa no que fazer com uma esquizofrênica fudida e sua mãe bilíngue. - Em seguida, eu olhava para a mulher que não parava de balbuciar alguma merda qualquer num idioma que não me era conhecido, então, como ela atrapalhava, bem... tudo? Eu tirei um rolo de papel higiênico da minha mochila, fiz uma bola de tamanho bem generoso, e enfiei na boca da mulher. O volume seria suficiente para fazer ela ficar quieta, e então, eu terminava. - 黙れ. 닥쳐. 闭嘴. - Dizia, e em seguida revelava o significado pras pessoas a minha volta, enquanto dava de ombros. - Cortesia do lutador: um cala a boca em três idiomas pra ela. - Eu sentia que Eustácio e Karinna me julgavam pela piada num momento inapropriado, não foi exatamente um exemplo de maturidade, mas eu fingi que eles apenas queriam saber sobre as palavras que eu falei. - Que foi? Quando a gente luta, é comum os professores falarem as coisas nos idiomas nativos do estilo. Cala a boca é bem normal também...

Provavelmente eu seria julgado. Aquela menina aparentava falar bem sério sobre tudo, mas bem, sobre a energia ruim do local? Eu apenas presumi que não era nada. Não conseguia ver nada de extraordinário no ambiente, apenas sentia algo esquisito a nossa volta, mas cara, se coloca no meu lugar, a gente tava na casa de três canibais. Tem como ser diferente disso, em seguida, fiz um pedido mais sério pra Karinna. - Aí, o que acha de revirar a cabeça dessas duas com telepatia dos seus psíquicos? Acha que eles podem te mostrar o que elas estão vendo? - Falava para a loira, e em seguida, eu tecia meu palpite. - Elas parecem fazer parte de uma seita, e se o que ela ta falando é verdade, seria mais inteligente arrancar tudo delas e forçar uma emboscada pra cima do grupo delas, futuramente, pra tentarmos acabar com qualquer ameaça. - Dizia e em seguida dava de ombros. - Claro que isso depende de você também. A gente ia precisar da ajuda da polícia pra isso, provavelmente...

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(011) — all of me/stay - Página 9 Empty Re: (011) — all of me/stay

Mensagem por Karinna Sex 20 Nov - 12:40


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Não só estava enganada que Daisuke me deixaria fazer o que quisesse, como também via que ele simplesmente... Enlouqueceu? Não ficou doido de DOIDO mas começou a brincar em uma situação séria como essa. Piada? Bola de papel higiênico na boca da mulher? Cala a boca em três idiomas diferentes? Sério? Eu quase morri, porra. Mais um único segundo, se Eustácio não chegasse, eu estaria morta estirada em cima do pentagrama. Talvez seja a forma do Ranger lidar com o nervosismo, sei lá. Vai entender esse garoto esquisito.

— SIMBA! — não posso negar que o negócio do papel até me arrancou uma leve risada, mas ainda assim eu estava muito irritada — Eu pareço bem pra você? — ainda só de roupa de baixo e coberta de filetes de sangue, apontei para o meu próprio corpo, até dando uma voltinha — Pode dizer que sim se não quiser perder um dente, tá? Aceito um "você é linda de qualquer jeito", tô precisando. — pisquei, abraçando o ruivo mais uma vez e enterrando minha cabeça no seu peito — Mas sério... E-eu achei que você não viria. — minha voz estava abafada por estar falando com a boca contra o peito de Daisuke; sinceramente? eu queria ficar ali pra sempre depois da experiência tive nessa loucura toda, que por sinal não havia acabado — Agora preciso cumprir uma promessa que eu fiz, mas pode deixar, vou levar em consideração o que você disse sobre a seita. — acariciei a ponta norte de Starmie — Gyoza, ajude seu irmão! Enquanto você imobiliza com Psychic, Sushi tentará nos mostrar os segredos mais ocultos dessas duas. Teriyaki, continue vigiando tudo.— cerrei os punhos de novo — Agora sim.

Soltei do abraço com o ruivo e, com tanto mãe quanto filha imobilizadas pelo Psychic de Gyoza, comecei a desferir socos e mais socos contra o rosto da mulher adulta; não para matá-la, mas somente para forçá-la a liberar suas memórias para que Sushi tivesse acesso.

— Vai, implicantezinho, é sua chance de me mostrar como devo socar de verdade. — abri um sorriso sádico, sentindo a dor na mão esquerda incomodar com os socos; voltei minha atenção para a criança — Eu não sou que nem vocês! Nunca faria o que vocês fizeram com as pessoas que eu amo. Se sou a escolhida por ter feito más escolhas na minha vida para sobreviver, que seja! Não me arrependo de nada! — a mão começava a doer demais, o que fez com que eu parasse; olhei para Daisuke e corri para abraça-lo e esconder meu rosto no seu peito mais uma vez — Não quero mais isso aqui, Simba. — finalmente conseguia sentir o peso emocional que tudo aquilo tinha; mais um trauma para a lista enorme que eu já tinha — Por favorzinho, chama a polícia e vamos embora. — comecei a chorar abraçada com o Ranger, um choro mais repleto de medo do que qualquer outra coisa — Fi-Fiquei com medo de alguma coisa ter acontecido com você também. Tô muito feliz em ver que você está bem.

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Mensagem por Kazehaya Sex 20 Nov - 22:08




Uma coisa estava clara naquele momento, tanto Karinna quanto Daisuke estavam achando a energia do local. Felizmente eles tinham uma ideia ideal sobre o que deveriam fazer para manter a sanidade e agiam de uma maneira bem condizente. Quer dizer, Karinna agia conforme o esperado, já Daisuke parecia completamente fora de si e agia como uma criança boba na frente de mãe e filha.

Agora vamos num ponto estranho(Sim, mais estranho do que o cala a boca em três línguas), quem diabos tem na mochila um papel higiénico? Não vou julgar, as vezes ele precisaria utilizar no meio da floresta e não nos contou, neh? Enfim, o rapaz fez uma bola de papel higiênico e enfiou na boca da mais velha que finalmente parou o ritual, mas infelizmente parecia já ter feito o efeito desejado por ela.

- Acho que é melhor não fazer justiça com as próprias mãos, a polícia logo vai chegar... – Mesmo assim não foi ouvido, restando a ele apenas observar os jovens se vingarem. Ele não tirava a razão da dupla, no entanto. – Vou esperar a polícia la fora e qualquer coisa dou um alo.  

Foi assim que as coisas continuaram, com o auxílio dos seus Pokémon psíquicos a jovem fez de tudo para conseguir informações daquelas duas, mas assim que o ritual terminava não importava mais. Karinna dava alguns socos na mulher afim de conseguir algo da mente dela, afinal, era para aquilo que a jovem a socava. Todavia, aos poucos Bley notava como os olhos da mãe de Bonnie estavam brancos e sem vida, algo naquela energia também roubava toda a vida da mulher, que parecia mais como um receptáculo ou algo assim, sendo facilmente descartada.

Mas e Bonnie? Karinna e Daisuke iriam socar a garota e realmente o fizeram, mas num primeiro soco que a loira desferia contra a mulher notava os ossos quebrando, mas não só isso, ela também notava que aos poucos o corpo da menina se esvaia como o vento, se transformando em pó a medida que seu corpo ia desaparecendo.

Mas outra coisa chamava mais atenção ainda da dupla, aos poucos a casa começava a pegar fogo como consequência do ritual que havia falhado. Parecia que tudo estava ainda mais complicado, visto que a dupla ficava envolta em fogo e começava a transformar aquilo em um verdadeiro inferno.

Como as coisas se complicavam de maneira exponencial, a dupla teria de encontrar uma maneira de escapar do fogo, além disso, seria prudente conservar o corpo da mãe da jovem(?) para fins de pericia e provas de que o ritual havia sido feito. Mas ainda havia outra coisa que deixava as coisas ainda mais estranhas como tudo ali, a loira sentia algo em sua panturrilha esquerda, logo, uma cicatriz de um tamanho médio aparecia sem qualquer precedente. Tinha o formato de um raio e era vermelho como sangue, mas não parecia nem de longe sangue pisado e nem mesmo um machucado qualquer.

Pior que isso, só a polícia la fora tentando entrar na casa e vendo o fogo tomando conta. Eles teriam de ser rápidos de qualquer forma....


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Mensagem por Karinna Dom 22 Nov - 12:23


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Como se já não bastasse tudo aquilo ser uma maluquice sem tamanho, quando dei por mim, Bonnie e sua mãe desapareciam dentre o vento, com a adolescente se reduzindo a pó sem deixar qualquer vestígio de sua existência. Voltei meu olhar choroso para Daisuke, estranhando demais o rumo que aquilo havia levado; mas se tem uma coisa que Shimmer Ruins me ensinou é que não se deve duvidar do que é místico e fora de nosso controle. Se isso aconteceu é porque existe um motivo por trás que desconhecemos por enquanto. Pelo menos o pior havia passado.

Eustácio comentava sobre a polícia e, por mais que eu não fosse lá a melhor pessoa para encontrá-los, minha mente e corpo estavam debilitados demais — tanto fisica quanto psicologicamente — para sequer me dar ao luxo de tentar fugir daquela cena. Pela primeira vez em horas de sequestro e tortura sobrenatural eu me sentia bem, sã e protegida abraçada com Daisuke, como se nada mais pudesse me atingir... É difícil explicar, mas toda vez que o ruivo me abraça de volta, é quase como se seus braços funcionassem como uma grande armadura. Bobeira, né? Mas é exatamente assim que me sinto toda vez que olho para cima e vejo aquelas janelas alaranjadas me encarando de volta em preocupação ou carinho.

Os soluços constantes do choro diminuíram significativamente ao perceber que a casa estava pegando fogo. Somente olhei para Gyoza, sem achar necessário vocalizar que queria que a estrela do mar utilizasse seu Surf para apagar o incêndio; assim a psíquica o fez, auxiliando a polícia e quiçá os bombeiros que viriam para dar fim às chamas. Fitei Daisuke mais uma vez, apertando ainda mais meu corpo contra o dele, aproveitando para dar um longo beijo com gosto salgado das lágrimas que ficaram presas nos meus lábios.

— Obrigada, implicantezinho. — encerrei o longo beijo, me colocando na ponta dos pés para encostar minha testa na dele — Será que algum dia teremos um encontro normal? Sem fantasmas que explodem ou uma seita que quase me mata? — dei uma risada, deitando a cabeça em seu peito mais uma vez — Você pode me ajudar a me vestir? Meus braços e pernas ainda estão doendo um pouco de ficar amarrada e tudo mais. — abri um sorriso, dando uma voltinha — Não quero que a polícia me veja assim... Não quero nenhum policial apaixonado por mim, sabe? — gargalhei e observei Sushi ajudar trazendo minha bolsa até nós dois com seu Psychic; me afastei enquanto Daisuke me ajudava a me vestir — E agora?

Voltei meu olhar para os ossos da mãe, que jaziam exatamente onde ela estava. Era algo bem macabro, mas talvez ajudasse nas investigações, né?

— Viu como você precisa me ensinar a lutar logo? Se você não estivesse comigo eu estaria morta agora. — respirei fundo — O que acha que devemos fazer com essas coisas? — apontei para os restos da mulher — Acho que é melhor deixar a polícia investigar, né?

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Mensagem por Cunha Dom 22 Nov - 15:44

Aparentemente uma piada não seria suficiente para aliviar toda a tensão que tomava o local. Enrubesci de leve, principalmente quando Karinna pareceu ter ficado tão irritada, e quando ela me direcionava sua primeira fala, eu, bem... fiquei um pouco mais vermelho. Principalmente por ter me tocado que nenhuma piada no mundo seria suficiente para conseguir dar apoio a loira, e eu teria que fazê-lo da forma convencional. - Você está esplendidamente fenomenal, loirinha! - Que porra foi essa Daisuke? Tudo bem, ela deu aval com a brincadeira, mas logo mais me abraçava e enterrava sua cara em meu peito. - Óbvio que eu viria! Não te abandonaria por nada! - Dizia, e lhe dava um beijo na testa.

Em seguida, algo me deu um arrepio instantâneo. A próxima frase de Karinna, sobre cumprir uma promessa, me fez ficar receoso sobre o que viria a seguir. De que promessa ela estava falando? Assim que segurava a velha e sua filha com o Psychic de seus Pokémon, que sequer hesitavam ou demonstravam remorso, a loira começava a desferir socos repetidamente na mulher papel higiênico. Engoli seco, e apesar de entender sua necessidade de extravasar para cima da mulher, não posso deixar de admitir que a visão era deveras desconfortável para mim. O incomodo se tornou maior quando, com um sorriso sádico, Bley pedia para que eu a ensinasse como socar alguém de verdade.

Não consegui responder. Eu sei que até a pouco estava tomado por vingança, mas eu consegui ficar são, ainda que por um pouco, e conseguir entender que bem... não valia a pena. Eustácio entendia isso também. Inclusive dava seu parecer e se retirava da cena, provavelmente não queria se envolve naquilo porque sabio. Não... tinha certeza que não valia a pena socar a mulher repetidamente, porque, pra mim, a única motivação anterior era deixar Karinna sã e salva. Não que estávamos num mar de rosas, mas eu não sentia verdadeiramente o perigo daquela mulher. Se quer saber a verdade? Pra mim, agora, ela deixava de ser uma ameaça, um exemplo de perigo e se tornava... nada. Nada perigoso, significante, ou importante.

Acho que bem, minha cara deve ter dito muito, pois assim que Karinna me observava mais uma vez, ela vinha correndo me abraçar, e pedia para que fossemos embora. - Sim. Vamos. - Dizia, a apertando forte. - Não tem que fazer nada disso. Interrogar não é sua responsabilidade. - Falava, com a forma mais amena que conseguia.

Mas em seguida, foi tudo pro inferno. Literalmente. Assim que a loira me abraçava, o corpo da centenária se desfazia em pó, enquanto a mulher aparentava estar morta, e a casa pegava fogo. Mano, que caralhos aconteceu aqui? Como tudo escalou tão rápido? Eu até pensei numa forma mirabolante de resolver tudo, mas Bley simplesmente pedia para que Gyoza apagasse o fogo com seu surf. Em seguida, enquanto estávamos próximos, a garota me puxava para um beijo mais longo. Ficamos ali, numa casa queimada, molhada, ao lado de pentagramas feitos com sangue e com um cadáver segurando vela, nos beijando. Que romântico, não?

Apesar de tudo, a gente não ligou muito pra isso, por mais bizarro que possa parecer, o carinho e afeto do outro nos era mais importante. Depois de um tempo, paramos. - Pelo que você ta agradecendo? - E ria, mas a piada a seguir, foi boa demais, tanto que apesar de todo o clima do local, eu acabei gargalhando de leve, mas me contive um pouco. Já com o pedido seguinte de Bley, eu enrubesci instantaneamente. Até agora, com toda aquela agitação e afins, eu sequer havia me dado conta que a garota, bem... estava somente com sua  roupa íntima. Admito que foi a melhor visão que tive na vida quando reparei melhor, mas não consegui evitar de ficar vermelho. - Claro, com certeza. - Dizia enquanto a ajudava com sua roupa. - O que eu menos quero é um tarado te olhando. - Falava, num misto de ciúmes, falta de jeito e sem graça.

- Acho que podíamos descer de encontro a Eustácio. - Dizia, enquanto a chamava para irmos para fora da casa. - Esperar a polícia lá fora é o mais inteligente a ser feito. - Falava, enquanto a chamava. - Inclusive, nem tocar nesse corpo é melhor. No corpo de delito eles vão ver que não foram os socos que a mataram, apesar de bem... toda essa situação ter sido muito peculiar. - Suspirei.

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Mensagem por Kazehaya Dom 22 Nov - 21:45




Tudo aquilo parecia muito incompleto e sem respostas, a maioria das peças principais pareciam ter sumido assim que o ritual terminava de forma displicente. Era estranho pensar que apesar de todos esses contratempos, eles conseguiam sobreviver a todos os males que os assolavam e passavam por aqueles desafios com tanto afinco que era até estranho o fato deles não terem saído dali com ferimentos graves ou algo a mais.

Enfim, Starmie fazia o possível para apagar o fogo do local, mas parecia mais difícil do que o comum, deixando tudo muito estranho. Mas não era só isso, antes de irem embora a dupla pode ter visto uma grande sombra em meio ao fogo. Aquela sombra era Bonnie que engolia o fogo e desaparecia com o fogo. Macabro! Para piorar, uma pokébola estranha simplesmente aparecia no meio das coisas do Ranger, deixando- o com uma pulga atrás da orelha.

Quando saíram la fora foram surpreendidos com a polícia esperando-os e interrogando o grande Eustácio. Ele dava sua parte de toda aquela bagunça, ficando até mesmo um pouco abalado quando contava tudo o que havia acontecido com Karinna. Os policiais viam a dupla e checavam se eles estavam bem ficando surpresos com o estado da loira. Todos estavam surpreendidos com aquela bagunça e não condenavam a dupla em nada, mas a parte burocrática havia de ser feita e por isso eles eram levados até a delegacia. Passaram a noite ali e esperaram até o raiar do dia para falar com os polícias,

Ali, Karinna foi encaminhada para o corpo de delito enquanto Daisuke teria a missão de contar tudo o que acontecia ali, dando todos os detalhes importantes. – Então garoto, tantas coisas aconteceram naquela casa que não conseguimos entender até agora como vocês estão vivos... Conforme uma vizinha disse, ela notava a família mais estranha a cada dia e após o incêndio encontramos cinco corpos enterrados no quintal. – Ele falava sério – Eustácio confirmou que vocês são de uma sociedade, Virtuum correto? Qual a relação de vocês com eles? Estavam em uma missão é isso?

Fora isso, o pai de Bonnie ainda não havia sido descoberto e nem mesmo o corpo na casinha dos Kekleons. Seria prudente falar aquilo e ficar com mais um problema na cabeça?



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Mensagem por Cunha Seg 23 Nov - 11:21

OFF: Desculpa o post enorme. Não quis deixar nenhum detalhe faltando x.x

Enquanto rumávamos para fora da casa, tive a sensação de ter visto uma sombra de relance, mas quando olhei para trás, não estava mais lá. Estranhei e arqueei uma sobrancelha, mas dei de ombros e continuei a caminhar. Em algum momento, senti que um dos meus bolsos havia ganhado peso, e ao enfiar a mão lá dentro, me apareceu uma Pokéball mal cuidada. Encardida, esquisita. Parecia realmente velha e eu estranhei. Queria comentar com Karinna, mas faria isso depois.

Ao chegarmos do lado de fora da casa, finalmente apareciam os agentes da lei. Estes, que a priori, só se preocupavam em nos levar para a delegacia e nos deixar sentados num banco, conversando. Para resumir: passamos 18 horas naquele local. Inferno. Esse povo irresponsável nos tirou da cena do crime no fim da manhã do dia anterior e nos deixou lá, esperando, ATÉ A MANHÃ DO DIA SEGUINTE. BICHO, EU VOU AMASSAR O CRÂNIO DESSES MALUCOS. ELES ACHAM QUE SÃO O QUE PRA FAZER ISSO COM A GENTE?

Enfim, durante as 18 horas, aproveitei para comentar com Bley sobre a Pokéball que havia surgido no meu bolso. Pegava a Pokédex e fazia um scan nela, revelando um Shiinotic, enquanto mostrava aquilo para Karinna. - Ei, da uma olhada aqui. - Dizia, mostrando a esfera e seu conteúdo para a jovem de madeixas loiras. - Eu não tinha esse Pokémon. E nem havia trago ele comigo. A Pokéball dele simplesmente brotou no meu bolso. - Falava com a menina, e, em seguida, seu sistema entendia, finalmente, que eu estava com seis Pokémon comigo, então a esfera da cogumelo desaparecia ao emitir um forte brilho, se encaminhando para meu storage.

Enquanto estávamos sentados, eu acabava pensando muito nas coisas que haviam acontecido no decorrer da missão. Como as coisas haviam caminhado, como nós dois havíamos lidado com tudo, e como, para mim, ficou ainda mais evidente que eu gostava muito mais de Karinna do que imaginava, assim como a recíproca parecia verdadeira, já que bem, no show de Eustácio ela acabava dizendo que me amava. Eu entendo bem que, por mais que ela possa realmente se sentir assim, não tinha condições de assumir um sentimento dessa magnitude, principalmente por um cara que conhecia a poucos meses. E o contrário também era verdade. A trouxe para perto e a abracei. Tinha muito o que falar, tinha muito o que dizer, mas por não saber como fazer nada disso... disse nada. Fiz nada. E apenas a abracei, por um bom tempo. - Tive medo do que pudesse ter acontecido com você. Não saía da minha cabeça que se a gente tivesse junto, aquilo não teria acontecido. - Falava cabisbaixo. - Me desculpa...

Enfim, passamos boa parte do tempo conversando sobre aquilo, até que depois de um tempo, acabamos dormindo. Acordava depois, com, finalmente, um dos policiais no acordando, e encaminhando Bley para o corpo de delito enquanto eu ia dar o depoimento. Ao chegar na sala do então, figurão da delegacia, ele me fazia uma série de perguntas, e eu, grogue que só, só pensava em como torturar aquele babaca por ter me prendido 18 horas na recepção. Respirei fundo. - Bom dia, senhor. - Dava uma aula de educação para o camarada, que começava a dar pinta do porque havia nos prendido tanto tempo na delegacia: ele era sem noção. Não tinha um pingo de sensatez naquela carranca imbecil, então apenas relevei e dei conta de contar tudo o que sabia para ser retirado dali o mais rápido possível. - Sim, era uma missão. Há quatro dias chegou um contrato novo no quadro de contratos da Liga Pokémon, sobre um desaparecimento de adolescentes. Como nem sempre esse tipo de coisa é aprovado como contrato, os líderes da nossa sociedade, incluindo a Karinna, quiseram dar uma chance. Por fim, acabaram atribuindo a missão para nós dois e chegamos na cidade antes de ontem, durante a madrugada, acordamos cedo e fomos até a casa dos nossos clientes. - Fazia uma pausa. - Fizemos algumas perguntas aqueles dois, que nos pareceram muito esquisitos, e eu chegue a suspeitar, inclusive, que eles haviam feito algo com a própria filha, mas não tinha provas disso, seria irresponsável assumir esse tipo de coisa. Por alguns fatores, suspeitamos um pouco do circo e fomos até lá interrogar Eustácio, já que como os adolescentes haviam sido vistos por último no circo, aquela seria uma boa pista. Tinham alguns outros fatores que nos fazia pensar que eles haviam sido hipnotizados, como mudança de comportamento e coisas do tipo. - Suspirei. - No fim das contas, Eustácio não tinha nada a ver com aquilo, mas nos prometeu ajuda, já que se sentia mal por não ter ajudado a Bonnie. - Em seguida, peguei a foto que nos havia sido dada como referência e apontei para a casa.

- Como não tínhamos muitas pistas, fomos até a casa dessa foto procurar por algo. Ela fica na Rota 120. - Engoli seco, me lembrando de tudo que havíamos passado por ali. - Em um determinado ponto da trilha, nos separamos. Eu fui por uma trilha mais aberta, e Karinna, naquele ponto, havia achado uma mais fechada e resolveu seguir por ali. Na trilha que eu fui, acabei indo na direção exata da casa, mas achei uma clareira completamente suja de sangue. Como a trilha continuava, fiquei com medo de um dos três desaparecidos ter se machucado e estar escondido na casa, mas eu estava errado. - Em seguida, apontei para um dos meninos na foto, aquele que havia achado morto. - Esse garoto aqui estava morto na casa. Mas não era nenhum dos desaparecidos. Fiquei preocupado e mandei mensagem para Karinna, como ela não respondia, achei que ela tinha sido sequestrada, então voltei até a bifurcação que havíamos nos separado. Lá, abri caminho com o Energy Ball do meu Vikavolt, e fiquei avançando na trilha. No caminho, achei uma das Pokéball de Karinna jogadas no chão, e quando fui checar, um Ursaring me atacou de surpresa, eu até dei um mal jeito no pulso, minha sorte é que não quebrou. - Dizia, enquanto mostrava o pulso inchado para o homem. - Mas eu não me machuquei e Vikavolt me ajudou. Foi lá que as coisas ficaram ruins. O pai da Bonnie se revelava como um dos sequestradores. Ele revelou que o contrato era um contrato fantasma, e sua real intenção era nos emboscar. Disse que Karinna havia sido levada por eles, e então batalhamos. Eu venci, mas logo depois de perder, ele retornou seu Pokémon e começou a correr. Fiquei com medo de que ele pudesse estar correndo em direção a uma arma, então corri mais rápido e pulei numa das árvores e chutei a cabeça dele. Ele caiu, mas ainda estava acordado, então eu o nocauteei batendo seu rosto contra o chão e golpeando sua nuca. - Parei para respirar e contei o restante para ele.

- Em seguida, eu havia liberado o Pokémon de Karinna antes, sua Starmie, para estabelecer um elo psíquico com ela e pudesse nos guiar. Montei no Vikavolt e chegamos até a casa da Bonnie. Eu estava com medo de estar sem tempo, então só arrombei o portão e a porta da casa da família com o Energy Ball do meu Pokémon, e quando entrei, vi Karinna seminua e toda suja de sangue descendo as escadas, pegando seus pertences. Em seguida, subimos as escadas e vimos a mãe da Bonnie e a própria Bonnie lá. A mãe da garota falava coisas num idioma estranho, eu não reconheci, não me parece nenhum idioma oriental popular, enquanto ela dizia coisas sobre estar viva por mais de cem anos e que muitos deles estavam por aí. Não entendi merda nenhuma. Sei que Karinna havia imobilizado a garota com o Psychic de seus Pokémon e tentou extrair algo da mente deles, mas sem sucesso. - Suspirei. - Quando finalmente decidimos descer, o corpo da mãe da garota estava sem vida, e o corpo da Bonnie... bem... virou pó. Do nada, ele simplesmente desintegrou. A gente só decidiu descer as escadas e ir embora. Logo depois achamos vocês lá embaixo. - Falava, terminando meu relato. Em seguida, ficava a disposição para responder qualquer duvida e me encaminharia para a recepção, onde me encontraria com Bley e seguiria para o Centro Pokémon.

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Mensagem por Karinna Seg 23 Nov - 19:00


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Finalmente o pesadelo encerrava. Meu corpo doía pelos cortes e minha cabeça, à essa altura, já era quase uma geleca de tão desnorteada. Apoiei quase todo meu corpo sobre o braço de Daisuke, que um fofo como sempre, sequer fazia questão de reclamar disso. Tinha certeza que ele sabe o quão cheio de traumas meu consciente é, ganhando ainda mais um depois de tudo que passei com todo esse ritual macabro. Apoiei minha testa em seu bíceps, sequer me importando de estarmos na presença de policiais de verdade; ha, se descobrissem que sou Rocket, na atual conjuntura, eu mesma me ofereceria para ser presa de tão exausta para sequer cogitar uma fuga.

Acreditando que seríamos liberados em breve, nos encaminhamos para delegacia, onDE ESPERAMOS DEZOITO FODENDO HORAS PARA SAIR. Se eu estivesse sob controle de minhas faculdades mentais, eu faria um escândalo, mas como disse, estava tão cansada que simplesmente desisti. Me aconcheguei junto com Daisuke em um dos sofás de três lugares que havia por ali, deitando minha cabeça sobre seu peito e esticando as pernas sobre o assento que sobrava.

— Ah, eu conheço esse Pokémon. — olhei a informação na Pokédex do ruivo, fechando a expressão na hora — Esse troço foi o que me colocou para dormir duas vezes. Era das duas malucas... — suspirei — Parece ser bem forte. — ajeitei minha cabeça, tentando limpar a esfera que parecia bem suja — Bom, pelo menos você ganhou de brinde. Espero que não venha com outro ritual macabro incluído. — dei uma risada antes de esticar a cabeça para roubar um selinho do ruivo — Acho que já deu minha cota de lugares e pessoas que tentam me matar do ano. Espero que essa saga só continue no ano que vem.

Tornei a deitar a cabeça, agora na clavícula de Daisuke, erguendo-a para fitar seu rosto por alguns minutos, mexendo com os dedos na leve barba alaranjada que crescia em seu queixo. Um leve flashback de tudo que passamos durante o dia, principalmente aquele desespero durante a hipnose, passou pela minha cabeça; e, eu assumo, é muito difícil lidar com meus sentimentos. Nunca fui de expressar o que sinto, já que sempre que o fiz, Arceus dava um jeito de tirar de mim. Mas, por mais que eu estivesse me sentindo violada por Eustácio ter me feito falar meu maior segredo em alto e bom som, eu não me sentia da mesma maneira em relação a falar sobre a pessoa que eu amo. Sim, amor é uma palavra muito forte, mas... Não parece estar se encaminhando pra isso? Pode ter sido precoce ou exagerado, mas não é isso que significa? Ajudar um ao outro, ter carinho, se sentir protegida. Não existe outro lugar no mundo que eu gostaria de estar agora que se não... Aqui. Deitada nessa sala que cheira a cigarro e café, em um sofá desconfortável e... Abraçada por ele.

Se ainda não é exatamente aquilo, quem sabe um dia não há de ser?

— Huh? — Daisuke me abraçou ainda mais, envolvendo ambos braços em volta de mim; minha expressão surpresa deu lugar a uma da mais pura ternura, com um sorriso estampado de orelha a orelha — A culpa não é sua, implicantezinho. — estiquei o rosto, dando um único beijo em sua bochecha — Eu já sou uma mulher grandinha... Você não vai conseguir me proteger de tudo. — coloquei minha mão direita sobre seu braço esquerdo, acariciando-o e penteando os pelinhos — Para de querer segurar o mundo nas suas costas. O importante é isso aqui, ó... — apertei seu nariz — Estamos os dois bem. — aconcheguei minha cabeça mais uma vez, fechando os olhos — E eu estava morrendo de medo de algo ter acontecido com você. Até ofereci para que me matassem logo se não fizessem nada com você. — bocejei — Acho que vou tirar uma sonec-

Sequer terminei a frase antes de cair em um sono profundo. Horas depois fomos despertados contra nossa vontade, Daisuke para prestar depoimento e eu para ser encaminhada até o corpo delito. Levantei com tanta má vontade que tenho quase certeza que o policial leu nas entrelinhas os duzentos "vai se foder" que estava descritos no meu olhar. Acenei para o ruivo, me arrastando até a sala que me colocaram, somente para ficar de roupa íntima mais uma vez na frente de algumas agentes da lei que tinha certeza que estavam espantadas com todos aqueles leves cortes. Inclusive, finalmente consegui perceber a cicatriz que toda aquele energia havia deixado no meu calcanhar, mas pouco me importava, é só mais uma para tentar esconder dos outros por vergonha. Não demorou muito e me liberaram após uma médica me avaliar, aproveitando também para me contar que o corte da mão esquerda estava completamente cicatrizado, sem chances de abrir de novo. Apesar da feia cicatriz que havia, pelo menos não precisava me preocupar mais com abrir os pontos ou coisa do tipo.

Após me vestir novamente e seguir para recepção, não precisei esperar muito para que Daisuke saísse do interrogatório; estendi a mão esquerda e mostrei o corte cicatrizado, abrindo um sorriso:

— Ha! Agora não tem desculpa pra você não me ensinar a lutar! — fingi dar uns socos no braço do ruivo, erguendo ambos os braços, até mesmo trocando os pés e quicando o corpo no chão no estilo daquelas lutas bestas que já vi na televisão — Espero que esteja pronto para tomar um surra, Simba! — gargalhei, rindo da minha própria palhaçada — Só preciso de um banho e trocar de roupa no Centro Pokémon, por favor. — sinalizei para que seguíssemos até lá; com passos rápidos e curtos, dei a mão para o ruivo — Tô cansada de você me ver mais toda destruída assim do que arrumada e cheirosa. Parece até que o universo faz de sacanagem.

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Mensagem por Cunha Ter 24 Nov - 0:16

OFF: Ensinar Aqua Tail no lugar de Pin Missile para Maru.

Assim que saía do interrogatório, me encontrava com Karinna, que logo fazia questão de me mostrar sua mão boa. - Como se eu estivesse procurando desculpas, né! - Ria e lhe dava um beijo na testa, e depois, assistia toda aquela cena dela fingir me bater, gargalhava um pouco e concordava. - A gente pode comer um desjejum também, tenho algumas barrinhas. - Falava enquanto caminhávamos na direção do Centro Pokémon, e acabava rindo do comentário da loira. - Eu que o diga! Cara, da vez passada eu tava todo fedorento. - Dizia, e em seguida, mostrava o pulso inchado para a garota. - Talvez eu não consiga fazer muita coisa, isso aqui acabou ficando pior do que eu esperava. Mas não ta doendo muito, então é um bom sinal.

Caminhávamos até o Centro Pokémon, e ao chegar lá, entrava no meu quarto e bocejava. Eu ainda estava cansado. Dormir agarrado num sofá de delegacia pode ser fofo, mas nada confortável. Minhas costas doíam um pouco e me permiti recostá-las na cama cinco minutos antes de levantar. Em seguida, coloquei um pouco de ração para meus Pokémon e tomava meu banho. Ao sair, pegava uma das roupas mais leves que carregava na mochila e vestia. Era uma espécie de blusa de mangas azul fina e calças de corrida, com tênis de corrida. Pude conferir que os Pokémon haviam comido, então batia na porta de Karinna e dizia que a esperaria em um dos campos de batalha. Ao chegar na recepção do Centro Pokémon, eu acabava arranjando uma piscina pequena, onde poderia colocar Feebas para treinar, cortesia do prédio da Liga Pokémon. Aproveitava para enchê-la com uma mangueira num dos campos vazios enquanto Bley não chegava, e quando ela se mostrava, eu fiquei brevemente hipnotizado.

Sério. Se relacionar com uma garota muito bonita tem dessas, balancei a cabeça de leve e lhe dizia o óbvio. - Uau, loirinha. Você ta gata demais. - Dizia, e lhe roubava um selinho. - Então, o que eu pensei pra hoje. Pretendo treinar alguns Pokémon, enquanto a gente treina entre a gente. Primeiro, vou coordenar o treino deles, e depois a gente aquece, ta bom? - Esperaria sua resposta, e em seguida, liberaria meu time. - Acho que você já conhece a maioria deles, loirinha, mas pra não ter problemas: Ivysaur, é a Zhár; Gloom é o Brave; Kenma é o Torchic; Vikavolt é o Hope; Skorupi é a Maru e a Feebas... ainda não pensei num nome. - Dizia meio sem graça, enquanto coçava a nuca e a Feebas revirava os olhos, aparentemente nem um pouco surpresa. - Certo, então, primeiro eu vou coordenar vocês. Kenma e Feebas, vocês são novinhos, mas não pegamos leve com ninguém! Aos poucos vocês se acostumam com nosso ritmo. - Falava determinado.

Como de costume, eu pensava em dividir os treinos em duplas. Dessa forma, eu conseguia coordenar todo o processo com mais facilidade, enquanto os Pokémon interagiam entre si e aprendiam um com os outros. Num primeiro momento, eu pensava em quem poderia dar uma boa dupla para Kenma & Feebas. O primeiro, era mais energético e carente, a segunda, mais fechada e meio ranzinza. Imediatamente, me ocorreu que Brave poderia lidar melhor com o ígneo, simplesmente por ser mais cuidadoso e atencioso do que Zhár ou Hope, enquanto Feebas com certeza que receberia uma atenção especial de Skorupi, que poderia entender melhor suas necessidades.

Com as necessidades imediatas, eu precisava urgentemente, treinar a defesa física de Hope e Zhár. Eram seus pontos mais fracos durante uma luta e felizmente nós andávamos lutando muito contra oponentes do tipo especial, mas como essa missão mostrou, nem sempre vamos ter essa sorte. Ursaring e aquele Meowth barbudo teriam sido complicados se o besouro não fosse naturalmente um pouco mais resistente contra golpes físicos, o que não era uma verdade para a Ivysaur, que com certeza enfrentaria dificuldades gritantes contra o tipo voador e seu Brave Bird da vida. Eu tinha uma ideia de como treinar esses atributos, mas eu queria experimentar um fortalecimento corporal mais brando, de início. E depois, aos poucos, nós iriamos adaptando o treino para suas necessidades. Com Feebas, eu queria testar os seus reflexos mais complexos primeiro, antes de lhe dar um teste de impacto mais forte, principalmente porque sua parceira era Maru, que tinha muito mais experiência, mas como o treino já sugeria, não tinha lá atributos de ataque físico tão chamativos. Já com Brave e Kenma, eu precisava treinar o atributo mais... abstrato. A defesa especial conseguia ser um problema, mas desde meu treino com Gauss e Fuujin, eu tinha uma ideia mais clara do que podia ser feito: uma combinação entre manipulação do seu elemento natural com uma meditação guiada.

- Iniciaremos os treinos em duplas! Maru, você vai treinar ataque e a Feebas vai treinar defesa com você! Hope e Zhár, vocês treinarão defesa física também, enquanto vocês dois, Kenma e Brave, vão treinar defesa especial hoje! - Dizia, enquanto organizava as duplas. A Skorupi ficava próxima a piscina de Feebas e eu já lhe tratava de mostrar um novo movimento: o Aqua Tail. Enquanto Hope e Zhár ficavam mais distantes, a um metro do primeiro grupo, e Brave e Kenma se organizavam a um metro dos outros dois, com meus Pokémon ficando numa espécie de triângulo equilátero. Eu me dirigia ao meio dele para dar as ordens aos pequenos. - Certo, Maru e Feebas. Inicialmente, o treino de vocês é mais fácil. Maru, quero que suba numa beirada da piscina e use sua calda para dar golpes leves e diretos na Feebas, e você, peixinha, vai enrijecer suas escamas e desviar a garra da ponta da calda da Maru com a rigidez do seu corpo. Bem de leve, para começar. - Em seguida, girava e me dirigia para Hope e Zhár. - Vocês dois, comecem bem de leve também. Hope, sua primeira missão vai ser tentar erguer Zhár do chão com suas patas enquanto ela usa seus chicotes para ficar no chão e força seu corpo pra baixo. Isso vai aumentar a resistência física de vocês. - Mais uma vez, girava, agora, para falar com Brave e Kenma. - E vocês, meus queridos, como vamos treinar defesa especial, quero que aprendam a concentrar a energia que vocês tem dentro de vocês. Brave, sua missão inicial vai ser condensar veneno no topo da sua flor, mas fazer com que ele não fique fedendo. Já você, Kenma, quero que comece tentando oscilar a sua temperatura corporal, aquecendo e resfriando aos poucos. Ta bom? - Dito isso, ao coordenar os treinos dos meus Pokémon, eu aguardava que Karinna terminasse de dar instruções aos seus Pokémon, e em seguida, lhe abraçava.

- E você, loirinha, se prepara, o nosso inferno conjunto começa agora. - Dava uma risada maliciosa e lhe beijava o rosto, antes de ir para um espaço aberto em volta daquele campo de batalha. - Inicialmente, a gente pode fazer um suicídio para aquecer. Essas lesões aqui são comuns durante a prática das lutas. - Mostrava o pulso inchado. - Então a gente se alonga e aquece para evitar isso. - Falava, e começava mostrando alguns movimentos padrões de alongamento, como puxar os dedos da mão para trás com o braço esticado para frente. - Como você não ta muito acostumada com exercícios físicos, a gente faz o seguinte primeiro: corre do início da ponta do campo até o fim da base de treinador no campo, e volta de costas. Depois a gente vai até a metade dele, e volta de costas também. Umas... cinco vezes? O que acha? É importante suar nesse início também. - Falava com um sorriso, enquanto a convidava para o tradicional exercício do "suicídio".

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Mensagem por Karinna Ter 24 Nov - 19:02


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Seguíamos para o Centro Pokémon e Daisuke me mostrava um de seus punhos um pouco inchado, apesar de eu não saber onde ele havia se machucado; por sorte, não parecia ser nada demais, mas precisei sugerir que ao menos deixasse as enfermeiras do Centro Pokémon darem uma olhada. Infelizmente o que eu disse entrou por um ouvido e saiu pelo outro, mas tudo bem, tudo bem... Pelo menos não era nada sério.

Adentramos o edifício e nem preciso dizer que a visão da porta do meu quarto quase que me hipnotizou. Igual em desenho animado onde o vapor de uma torta recém-cozida faz o personagem principal flutuar e segui-la até onde estiver? Pois é. Eu estava cansada, com a cabeça exausta e o corpo todo sujo de sangue, sem contar nos punhos e calcanhares que doíam um pouco por conta das cordas que me prendiam no pentagrama. Acenei para o ruivo e, assim que entrei no cômodo, me joguei em cima da cama. Apesar de exausta, meu consciente não estava pronto para tirar uma soneca ou descansar: eu precisava extravasar um pouco e não existia lugar melhor para fazê-lo que no treino que marquei com Daisuke.

Me levantei com uma certa preguiça, mas me despi quase que de imediato e entrei no banho. Ali fiquei por uns bons minutos, até escutar a voz do Ranger do lado de fora dizer que me esperaria em um dos campos de batalha na parte de trás do Centro Pokémon. Droga, não posso me atrasar muito, mas também não posso me vestir de qualquer jeito. Sequei meus cabelos com o secador que havia na pia, prendendo-os em um alto rabo-de-cavalo; vesti um top cor-de-rosa que combinava com o curto short short de linho e o tênis de corrida. Sabe-se lá o porquê de eu ter um tênis de corrida se sempre ando ou de sandália ou de salto, mas pelo menos estava preparada para a ocasião.

Busquei minha bolsa e saí do edifício, acenando para Daisuke à distância. Ainda não fazia muita ideia do que treinar nos meus pequenos já que nunca tive muita paciência para isso, mas essa seria a oportunidade perfeita para começar a me acostumar com a situação; quer dizer, dizem que se você quer ter fortes Pokémon precisa treiná-los e com a vida sempre pregando peças onde quer me matar, é bom que meus filhos estejam preparados para me proteger.

— Aw. — enrubesci um pouquinho com o elogio do Ranger, retribuindo o selinho — Você também está uma gracinha. — segurei a mão direita do ruivo, fazendo-o com que desce uma voltinha — Viu? Amarrei minha Rapidash direitinho. — provoquei, dando uma gargalhada e parando para ouvir os planos que ele havia preparado — Tudo bem! Oi, pessoal! Vocês são todos muito lindos. — observei Daisuke liberar todos seus pequenos e acenei para os pequenos; com exceção de Kenma, que mal saía da Pokéball e eu corria para pegá-lo no colo e sufocá-lo contra meus seios em um abraço afetuoso — Ai, amorzinho da mamãe, tava com saudade! — falei com uma voz infantilizada, esticando-o com meus dois braços e balançando-o no ar — Se seu pai pegar pesado no treino pode vir fazer queixa pra mim, tá bom? — voltei meu olhar para o ruivo, fuzilando-o com os olhos enquanto colocava o ígneo no chão — Humpf. — brinquei, abrindo um sorriso para Daisuke — Agora é minha vez de apresentar meus bebês, mas acho que você já conhece todos. — liberei os psíquicos diante de nós dois — Sush- Agora não, filho. — dei um leve facepalm quando a preguiça foi direto fazer seu cumprimento esquisito com o Ranger — Acabaram? — revirei os olhos, dando uma leve risada — AHEM, Sushi é o Alakazam; Mochi é o Gallade; Teriyaki é o Sigilyph e Gyoza é a Starmie. — fiz um leve carinho em cada um deles, colocando ambas as mãos na cintura logo em seguida — Bom, Sushi, você irá treinar defesa. — o psíquico revirou os olhos — Não posso fazer nada, a culpa não é minha se você toma um soco e cai duro no chão. — mostrei a língua — Mochi irá treinar defesa também, então se junte com seu irmão e quero que ambos tentem treinar suas resistências: um vai empurrar o outro com o braço e o desafio de vocês é aguentar até que os pés de vocês não movam um centímetro do chão. — fitei o lutador — Mochi, tente pegar leve no início com seu irmão mais velho, você tem muito mais poder físico que ele. — cruzei os braços, agora olhando o voador e a aquática — Vocês irão treinar ataque especial. Quero que fiquem bem distantes um do outro aqui no campo de batalha e enviem suas ondas psíquicas no ar. Elas irão se chocar no meio do caminho e a ideia é se esforçar o máximo para tentar ultrapassar a do outro. Mas não quero ninguém machucado, ouviu?

Não fazia muito ideia de se o que sugeri serviria para ajudá-los, mas esperava que sim. Com todos os pequenos, incluindo os de Daisuke, já começando seu treino, era hora de aprender a socar com o ruivo!

...

Pelo menos era o que eu pensava, até que ele começou a abrir a boca e falar algo sobre suicídio. Ergui uma das sobrancelhas, desconfiada:

— Quê!? — dei uma leve risada, mas Daisuke acabava explicando que suicídio tinha algo a ver com aquecimento — Nossa, não tinha um nome mais mórbido para darem, não? — dei dois tapinhas em seu ombro e estiquei os braços para o alto o máximo que conseguia, me espreguiçando — ... Tá me chamando de sedentária, Simba? — abri um sorriso — Pois você está certo. — respirei fundo, consentindo com a cabeça quando ele sugeriu corrermos para aquecer — Me arrumei toda só pra ficar podre de novo, ai, ai. Tô começando a achar que você me prefere toda podre mesmo. — brinquei, sinalizando para começarmos a correr — Cinco vezes, né? Tudo bem. Mas quero saber quando que eu vou começar a te bater. — pisquei — Lembra que você tem muitas dívidas de soco comigo, hein.


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