Re: Em busca de algo pra fazer

por **Victoria** Qui Jan 14 2021, 13:31

10:45

Quando reparou que pediu demais, Rodrigo só esperou o ponto anterior se esvair. Não era lá a melhor forma de se fazer "sair de um ponto", mas com um dupla tão silenciosa, ele sabia que daria certo. Num certo momento, eles só pararam de falar sobre expressões. O assunto correu um pouco mais livre pela temática de batalhas e ali ele se certificava do algo que todos (digo TODOS, até Luthien) sabiam de alguma maneira: há um excesso de segurança quando o assunto é Kirlia.

Numa dessas, o homem falou em voz alta:
- Já pensaram em batalhas de Contest?! - Era um questionamento importante. Gabriel não tinha o perfil contesteiro, mas... - Batalhas de Contests são boas pra se habituar com a ideia de lutar. E da um bom treino! Da pra perder o medo - Não tivera pudor quando falou a palavra medo, mas quando disse, disse olhando para Gabriel, deixando bem claro que Rodrigo entendia "medo" como um sentimento do treinador, e não da pokémon.

Progresso:

por **Nerkon** Qui Jan 14 2021, 16:19

Contests? Aí o problema está comigo, não com a Pokémon. Nunca tive cara de fazer contest e, pra ser sincero, acho que seria um desastre.

- Já cogitei, mas acho que eu só tornaria isso uma experiência ruim pra Pokémon. - Não menti, eu realmente não consigo me imaginar fazendo todas aquelas coisas de coordenadores fazem em contests... seria um desastre. Luthien nem falou algo nessa, deve estar se perguntando o que é um contest. Ou, apesar de sua fragilidade, ela simplesmente não tem interesse.

por **Victoria** Qui Jan 14 2021, 16:31

10:50

Um certo preconceito foi exposto na fala de Gabriel. Não que Rodrigo não esperasse essa resistência, na verdade ele queria que ela emergisse para que ele falasse algo óbvio:
- Uma experiência ruim? Mas por quê?! - Parara ai, mas não dera um tempo de resposta. Apenas deu um suspiro longo e encarou Luthiem com certo incomodo. Se por um lado Gabriel não tinha coragem de por a pokémon em batalha, por outro ele não cogitava formas alternativas de treino... - Uma experiência ruim para a pokémon ou para o treinador?

Era uma pergunta pertinente, que logo o fez caçar um cartão em suas gavetas. Tirou dele um pequeno cartãozinho azul, com uma fita no centro. Dou a Gabriel (que a essa altura deve já estar cheio de cartões). No centro o nome do antigo Contest Hall da cidade, em letras pequenas, uma pequena descrição: "Clube da Luta".
- São só batalhas... - A fala ficara no ar. Era difícil dizer se Rodrigo quisera dizer que batalhas de contest são só batalhas, e por isso não são ruins, ou se ele quis dizer que o "Clube da Luta" no antigo Contest Hall apenas batalhava.

Progresso:

por **Nerkon** Qui Jan 14 2021, 16:41

- Porque eu seria um desastre num contest, não tenho a impressão de que um de nós dois gostaríamos. - De início ele não me deu tempo suficiente de resposta, mas assim que possível dei a minha. E aí ele deu um cartão de clube da luta. Quê?

Não sei o que isso tem a ver com contest, ou o que é esse "Clube da luta" do cartão, mas ein? Tipo, sei lá. Fiquei bem confuso e isso se mostrou em minha expressão, Luthien nem falou nada dessa vez, mas estava claramente perdida no rumo da conversa.

por **Victoria** Qui Jan 14 2021, 16:51

10:55

Quando Gabriel se mostrou desconfortável com a ideia, Rodrigo tinha certeza de que ele não fazia ideia do que se tratava uma batalha de Contest. Ele não queria fazer o papel de "ensinar" um treinador método algum, mas sentia que era isso que tinha que fazer:
- Você não sabe nada sobre Contests... né?! - Não era uma pergunta sincera, afinal de contas, não era um problema não saber - Desculpe, achei que você soubesse um pouco sobre... é um pokémon nativo de Hoenn, essas coisas são comuns lá. Enfim, o Contest tem três fases, a apresentação visual, a artística e a fase de batalhas. Se você nocautear um pokémon, na fase de batalha de contest, você perde ponto. O objetivo é fazer combos de golpes, sabe?! Normalmente são batalhas mais saudáveis, que terminam em empate. Esse clube se reúne toda a semana para treinar os combos em batalha e ensaiar novas estratégias.

Nesse exato momento ele parou e olhou para Kirlia com certo receio:
- Você gostaria de tentar?! - Rodrigo percebera que a conversa ficara presa entre ele e Gabriel, e isso preocupava o psicólogo.

Progresso:

por **Nerkon** Sex Jan 15 2021, 10:37

...Você que entendeu errado.

- Eu sei o que é um contest, só não é a minha praia. - Tá certo que eu nunca participei de um contest, mas... eu sei o que é, eu tenho uma ideia de como funciona, eu SEI que não gosto de contest e quero passar longe e, que coincidência, a maioria dos pokémons que eu crio nunca demonstraram ter o menor interesse neles.

Difícil pra esse homem entender isso? Não sei, pelo menos ele decidiu perguntar a Luthien. A Pokémon ficou pensativa, com uma das mãos na cabeça, mas não demorou tanto assim a responder.

- Não... parece complicado. - Para ser honesto eu pensei que ela iria ceder à pressão, então mostrar que é capaz de negar algo já é um bom sinal!

por **Victoria** Seg Jan 18 2021, 16:17

11:00

Rodrigo coçou a cabeça. Talvez fosse inocência dele achar que oferecer um ambiente seguro à Kirlia fosse uma boa ideia. Gabriel certamente sentiu um incômodo com sua proposta e Luthien reagiu a isso. Era difícil saber se a "complicação" viera de sua própria análise ou da análise do desgosto de seu treinador. Bem, não era papel do homem pensar demais (muito menos sugerir demais) algo do tipo, então deu de ombros e já começou certo encerramento:
- Oh, está dando 11h. Já já eu preciso abrir o consultório - Disse, olhando para o relógio de pulso - Mas ainda tenho alguns minutos... Gabriel, você pode me explicar como isso aconteceu?! - Questionou, de uma forma um tanto quanto vaga. Quando se tocou disso, refez a pergunta - Assim, eu já vi muitos pokémons extremamente inteligentes aprenderem bem o português, humanoides principalmente, mas Kirlia é nova e ela está vocalizando, não fazendo telepatia. Você pode me explicar o que fez?

Nesse exato momento, Luthien também olhou a Gabriel, como se também tivesse interesse em sua resposta. Apesar de estar lá, a psíquica não tinha certeza do que diabos acontecera para dar naquilo.

Progresso:

por **Nerkon** Seg Jan 18 2021, 16:51

Tudo bem contar? Acho que... tudo bem, né?

- Bom... Tinha esse Pokémon estranho e... - Comecei a coçar a cabeça. - Ele meio que realizava desejos, algo assim? Mas parecia sempre ter uma pegadinha no meio, aí eu pensei e acabei pedindo pra ele fazer um dos meus pokémons falarem, meio descrente né? - Pausei. Será que esse homem vai acreditar nessa história mal contada? - E aqui estamos.

E agora estou só imaginando a expressão que esse sujeito vai fazer. E Luthien? Ela chegou a estar na presença daquele Pokémon, mas acho que ela não chegou a entender a situação antes dele dar no pé.

por **Victoria** Seg Jan 18 2021, 17:08

11:05

Rodrigo arqueeou a sobrancelha. Luthien faria o mesmo se tivesse uma sobrancelha. A resposta do garoto não era impossível, mas parecia pouco convincente. No fim, Rodrigo levantou e foi ajeitando a sala, já indicando certo 'fim de expediente' para a dupla:
- Mas afinal, você realmente queria que um pokémon seu falasse?! - Indagou. Não era mais uma pergunta sobre a Kirlia, mas sobre Gabriel - ... e por quê queria isso?!

Ao ouvir a história, Kirlia olhara para seu treinador e tentara vocalizar alguma coisa, mas se conteve. No fundo ela queria perguntar "porque eu", de tantos outro pokémons mais antigos e mais fortes que Gabriel tinha consigo.

A porta do consultório estava aberta e Kirlia ainda não sabia se deveria levantar. Rodrigo indicara com as mãos a saída em um gesto cavalheiro: "vocês na frente". Era uma forma sutil de 'expulsar' nossos protagonistas. Falariam enquanto iam para a porta de saída.

Progresso:

por **Nerkon** Seg Jan 18 2021, 17:19

- Bom, sim. - Resposta simples, né? A justificativa que é a parte mais difícil de colocar em palavras. - Eles sempre dão a impressão de que têm algo a falar e normalmente nos comunicamos apenas por gestos, tons de voz e coisas do tipo. Imaginei que ter um pokémon falante seria uma experiência interessante e não incomodaria o Pokémon. - Aí me virei pra Luthien. - Mas vejo que, pelo menos nesse início, eles têm certa dificuldade.

Respirei fundo.

- Mas claro, para ser sincero eu não pensava que aquele Pokémon realmente conseguiria realizar esse desejo... - Levei a mão direita à cabeça e balancei em sinal negativo. Ainda difícil de acreditar que ele realiza desejos, né? E parando pra pensar... tinha muita coisa que eu podia ter pedido no lugar, embora ter Luthien falando é algo realmente interessante.

O problema é que eu não quero que isso se torne um peso para ela, de jeito nenhum, e por isso vamos ter que ter muito cuidado daqui pra frente - e ela provavelmente vai ter que aprender a falar como Pokémon na frente de outros. Ou não, vai depender de como aprenderá a lidar com isso. Percebi ainda que a Pokémon tinha algo a falar, mas pelo menos no momento decidiu ficar em silêncio.

Como a consulta estava pra encerrar, o doutor mostrou a porta. Bem, hora de dar no pé, né? Na saída, olhei pra Luthien.

- Você tinha algo a dizer? Pode me contar no Centro Pokémon? - Me abaixei pra tocar na cabeça da Pokémon e balancei ela um pouco. Anime-se! - Bem... por enquanto é melhor ficar na pokéball, né? - Ela fez um gesto afirmativo com a cabeça. Ok, retornei-a e fui na direção do centro. Agora eu vou voltar pro quarto (Mais uma vez) e lá posso ver o que ela tem a falar.

Até porque tenho que esperar a hora da peça na catedral.

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