Pokémon Mythology RPG
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Reprise

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Das cidades que visitei durante minha jornada Goldenrod era, sem dúvidas, a mais importante. Não apenas por ter sido onde eu conheci Paula, mas também porque foi onde participei do meu primeiro campeonato oficial, a Copa União. Desde então já havia crescido como treinador, conhecido lugares e participado de muitas outras competições (perdi em quase todas), mas voltar para a metrópole era como retornar ao início da minha jornada. Ainda assim porque eu sentia um vazio tão grande relacionado ao meu objetivo?

Havia feito amigos, capturado Pokémon e vencido batalhas que eu nunca imaginei participar, mesmo assim parecia não ser o suficiente. Algo parecia estar faltando, precisava de um propósito para continuar ali. Olhei o Centro Pokémon à minha volta cheio, todas aquelas pessoas estavam ali por algum motivo. Obviamente muitos estavam ali para desafiar o ginásio da cidade, mas em uma cidade tão grande como aquela muitas pessoas buscavam fazer outras coisas também. Peguei o Rotom Phone no bolso e comecei a pesquisar sobre os pontos turísticos dali. Tudo que eu encontrei indicava que o maior foco da cidade era o comércio, o que diga-se de passagem não me animava em nada, porque se tinha uma coisa que eu não queria naquele momento era gastar dinheiro. Entretanto, após ler muitos artigos sobre as lojas de roupa mais incríveis e os restaurantes mais chiques de toda Johto uma coisa brilhou aos meus olhos.

A Torre de Rádio de Goldenrod era um ponto turístico conhecidíssimo e que eu até havia me esquecido que existia nas últimas vezes que visitei a cidade. Lembro de ficar sentado perto da lareira junto de meus pais e ouvir as transmissões de radionovela toda noite, uma lembrança terna e que eu guardava em um lugar bem especial das minhas memórias. Visitar aquele prédio antigo me parecia uma decisão interessante, até porque eu não tinha muitas outras ideias do que fazer naquele dia, então talvez visitar um lugar que, de certa forma, estava ligado ao meu passado ajudasse. Abri o aplicativo de navegação do Rotom Phone e calculei a rota mais curta até o local, não esperava muita coisa agora além de um dia divertido.

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Thomas Wilkerson, treinador.
Goldenrod City, ruas.
Aproximadamente 13:25.
Reprise
Naturalmente Goldenrod é uma cidade bastante populosa e movimentada. Como não poderia ser? É a cidade banhada pelo Silver Ocean, lar também de uma das maiores praias do mundo. Turistas, residentes locais, treinadores e não treinadores, bem como diversos Pokémon estão por todo lado, é uma metrópole tão gigantesca quanto Saffron City. Estranho seria não haver uma multidão perambulando pela cidade, cada um com seu objetivo, com sua história, com seus pensamentos. Mas, deixando a filosofada um pouco de lado, o jovem Thomas era quem estava filosofando consigo mesmo sobre sua situação atual, se lembrando do passado com carinho. Inclusive, isto o levou a tomar uma ação.

Depois de dar uma olhada em suas opções para lazer na cidade, não encontrou muita coisa que realmente estivesse o apetecendo, mas a Torre de Rádio de Goldenrod era, definitivamente, um ponto turístico interessante, dada a ligação com o passado do rapaz, que sempre ouvia com seus pais as novelas dos rádios, acompanhado também do pequeno Growlithe presenteado por sua irmã, apesar do cãozinho ígneo não entender nada que aquela caixa esquisita estava falando. Uma pequena saudade bateu desse também pequeno serzinho que durante boa parte da sua vida te fez bastante companhia, mas certas coisas estão num lugar meio nebuloso do passado. Onde está todo mundo? Eis a questão. Apesar de você já ter reencontrado algumas pessoas, faltam outras.

Com tudo isso em mente, o jovem decidiu que iria visitar a Torre. Tanto para matar um tempo e se divertir na cidade quanto pra finalmente conhecer o lugar que transmitia aqueles noveleiros que tanto marcaram sua memória. O caminho foi bem tranquilo, a partir do Centro Pokémon era basicamente só seguir ao norte por uma longa avenida, que o rapaz acabou optando por caminhar pra poder espairecer, pensar um pouco, observar os rostos das pessoas que iam na direção contrária (talvez espiar umas gatinhas?), respirar o ar da cidade e pensar ainda mais. Não deu pra ter uma noção do tempo que a caminhada levou mas agora o rapaz se encontra na base da torre. Há um belo restaurante no topo dela, bastante badalado e conceituado por quem o visita. Tudo ali é acessível mas é basicamente como qualquer outra Torre. O que realmente conta é a vista lá de cima.

E que vista. Depois de pegar um elevador panorâmico, que já dava pra ter uma boa visão da cidade, a parte do topo surpreendia ainda mais.

Reprise Osaka-4222031549-L
Imagem meramente ilustrativa, apesar de ser a "Goldenrod da vida real"

Dava pra ter uma noção de como somos pequenos nesse mundo, dada a vastidão de Goldenrod. Isso porque é apenas uma cidade dentre muitas, de uma região dentre muitas. Mas, pra que tudo não fique pensativo demais, vamos reparar nas pessoas. Haviam diversos casais na Torre, que aparentemente é um bom programa pra levar alguém... (Alguém, né) ... Pra um passeio mais romântico, observar a cidade por cima, principalmente a noite, e comer no restaurante badalado (e provavelmente bem caro) enquanto está "no topo do mundo". Ou pelo menos da cidade. Conversas clichês entre casais como "Você é maior do que essa torre pra mim" ou "Me sinto no topo do mundo com você" e outras coisas bastante genéricas eram ouvidas e as meninas se derretiam todas por seus namorados.

No entanto, Thomas subiu na torre sozinho. Talvez acompanhado por algum de seus Pokémon mas nada além disso. Se ele for comer no restaurante, comerá sozinho. Se ele for apenas apreciar a vista, apreciará sozinho. Não que isso seja algo ruim, é bom ter a própria companhia e apreciá-la. Mas talvez uma ligação possa funcionar. Ou apenas existir. Tudo é possibilidade, tudo é mutável. Talvez até mesmo o mundo mude sozinho antes que Thomas possa fazer alguma coisa. Mas... No momento... Está tudo uma calmaria, exceto pelos ventos fortes que são comuns em lugares altos.
(c)

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Lembrar de meus pais sempre me deixava um pouco melancólico. Sabia que quando a inundação de Tohjo ocorreu eles estavam no continente, porém eu havia voltado até Mahogany e a única coisa que havia encontrado fora os destroços de nossa casa, nada deles ou de Growlithe. Entretanto, algo me dizia que eles estavam bem, sabia que podia ser só uma parte de mim que não queria acreditar no mais óbvio, mas em todos os meus anos de jornada não foram muitas vezes em que minha vida seguiu o caminho corriqueiro das coisas.

A caminhada até a Torre de Rádio havia sido silenciosa e quieta. Sem Pokémon caminhando ao meu lado, sem maiores distrações ou parceiros juntos de mim, era a primeira vez em muito tempo em que eu estava só. Por um lado era bom ficar em silêncio e apenas curtir aquilo, por outro eu sentia muita falta de alguém ao meu lado para papear. Com certeza se Paula estivesse comigo já estaria fazendo um milhão de perguntas sobre a torre. Que saudades da garota.

Ver o prédio de baixo era bonito, mas era no topo dele que ficava a maravilha da coisa. Enxergar Goldenrod de cima era incrível e por um único momento eu me senti em paz naquela cidade. Ventava muito e por isso era bom ter cuidado ao pegar o Rotom Phone, então o segurei firmemente antes de tirar uma foto da paisagem. Enviei a imagem para minha irmã, Emily, e perguntei "consegue adivinhar onde estou?".

Aparentemente uma coisa que eu não sabia era que a torre de rádio era também um ponto de encontro para encontros românticos de alguns casais, o que me deixou levemente desconfortável em estar sozinho, mas não o suficiente para que eu saísse correndo do local. Porém, uma companhia não seria de todo mal, não é? Liberei Hero, meu Espeon, de sua Pokébola para que ficasse ao meu lado. Sabia que o psíquico não interagiria além do necessário e apenas apreciaria o momento, assim como eu. O Pokémon subiu na grade que dava para o precipício e sentou-se, observando o horizonte à sua frente. O que será que se passava na cabeça dele?

Hero desceu da grade para meu lado com sua graça felina, caindo de pé e sem se deixar abalar pelo vento forte do local. Tal qual o gato futurista já acreditava estar tempo o suficiente no local e era hora de ir embora. Já era passada da hora do almoço, então comecei a pensar em que lugar fazer uma boquinha. O restaurante da torre, entretanto, estava fora de cogitação, pois certamente teria um preço bem salgado e que eu não estava disposto a pagar.

Me dirigi até a porta do elevador e apertei o botão para descer.

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THOMAS WILKERSON, TREINADOR.
GOLDENROD CITY, RUAS.
APROXIMADAMENTE 13:35.
Reprise
Existem pessoas que precisam ver pra crer, principalmente quando há uma espécie de negação sobre algum ponto de vista. Portanto, é normal manter a esperança enquanto não tiver provas cabais do contrário. Os pais de Thomas ainda não foram encontrados, portanto não há como assumir nem que estejam vivos ou que já tenham partido deste mundo. A primeira opção continua prevalecendo no coração do rapaz, afinal ele conseguiu encontrar outras pessoas de seu passado, não deve ser difícil que encontre também os que ainda estão faltando. Ao menos... É a visão otimista do assunto.

Depois de observar a cidade de cima por um tempo e ficar um pouco incomodado com a presença dos casais sendo românticos enquanto ele se encontrava sem uma companhia, um Espeon foi liberado de sua Pokébola para fazer companhia ao rapaz. Obviamente, o gato psíquico não era de falar ou se expressar muito e apenas ficou observando a cidade. Na hora de ir embora, apenas pulou da grade e amorteceu a queda com seu movimento psíquico, sustentando o próprio peso com o poder da mente e caindo como uma pluma.

Enquanto o treinador iria pro elevador, seu companheiro rosáceo iria atrás, caminhando calmamente. Ao passar pelo restaurante, estava tocando uma musica com um clima meio Kalesiense, deixando o ambiente com total cara romântica. Hoje é dia dos namorados e ninguém avisou? Ou pode ser apenas uma tentativa do restaurante de fisgar clientes emocionados? Seja qual for, está funcionando. Mas o jovem não liga pra isso. Ele simplesmente entra no elevador e vai embora. Não tem uma namorada pra chamar de sua, não faz muito sentido ficar por ali... Até porque bateu aquela fominha e o restaurante não é um local apropriado pro cacife dele.

Ainda havia um tempo pra observar a paisagem do local enquanto o elevador panorâmico descia. No entanto, o rapaz foi distraído daquela vista por uma mensagem do Rotom Phone, que fora enviada por Emily. Ao abrir o PokeZap (ou qualquer outro aplicativo de mensagens que seja utilizado por ele) encontrou uma figurinha de um Shinx bem fofinho com corações no lugar dos olhos, com uma expressão facial bem apaixonada. Em seguida uma chuva de mensagens de texto.

"Nossaaaaaa, caramba faz qto tempo que vc não vai em Goldenrod? Essa vista de cima da Torre não tem como confundir!!! Tá num passeio romântico? Quem é a felizarda? Cadê a selfie?"

Sua irmã parecia bem empolgada em ter notícias suas. Por mais que vocês possam se falar regularmente por mensagens, era sempre bom pra ela saber como você está indo. Além dessas mensagens dela, não haviam outras, seu zap estava meio paradão. Talvez algum contato em outra região poderia te responder... De toda forma, agora você já estava no térreo, o elevador era bem rápido mas não do tipo que causava enjoo forte pela movimentação e agora dava pra ir procurar um lugar pra bater um rango. Enquanto você pesquisava no Rotom Phone por restaurantes próximos, havia uma pessoa distribuindo panfletos próxima de você e ela tentava dar os panfletos pra quem passava, anunciando que havia um pequeno torneio pra amadores acontecendo na cidade. Não eram necessárias nenhuma insígnia de ginásio pra participar, sendo aberto tanto a iniciantes quanto a veteranos, o que talvez pudesse ser injusto com os iniciantes...
(c)

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Enquanto descia pelo elevador panorâmico peguei o Rotom Phone e vi que Emily respondera a mensagem com a foto que havia enviado. Claro que ela fez uma pergunta que me deixou meio desconfortável, o que ela provocava sempre com muita maestria, porém sem nenhuma intenção. Olhei para a tela do aparelho e para a fatídica frase, "quem é a felizarda?".

Era até meio engraçado falar da minha vida amorosa, visto que ela era completamente inexistente. Há uns meses atrás eu havia conhecido uma garota especial em Mahogany, Ilíada. Passamos um tempo juntos ajudando na reconstrução da cidade, porém tivemos que nos separar para que ela voltasse para Sinnoh, sua região natal. Havia também Mísia, companheira de sociedade e uma mulher linda e engraçada, a qual eu havia chamado para sair no último natal, porém acabou que a conversa morreu ali. Sim, eu sei que devia ter marcado o nosso date, mas honestamente o medo de levar um fora era grande.

"Fazia um tempinho considerável que não vinha aqui, ao menos não pra fazer turismo. Já felizarda não tem nenhuma no momento :/"

Enviei para Emily. Enquanto descia do elevador até abri o contato de Mísia no Pokézap, fazia tanto tempo e se ela já estivesse saindo com outra pessoa? Olhei a foto da treinadora quase me julgando por não ter chamado ela antes e saí do app antes de ter coragem de mandar algo. Depois de tantas derrotas na vida levar um fora não era outra que eu estava esperando.

Já do lado de fora do edifício comecei a procurar restaurantes bem avaliados e baratos na cidade, o que afinal não deveria ser difícil em uma metrópole. Entretanto uma coisa me chamou a atenção, que era uma pessoa distribuindo panfletos para um tal "torneio amador" na cidade, aparentemente aberto tanto a iniciantes quanto a veteranos. Hero me olhou e fez seu som característico de Pokémon como se me incentivasse a isso, depois da derrota na Cherry Cup eu ainda tava bem enferrujado e talvez um torneio menos oficial fosse o que eu precisava para me reerguer.

Fui até o distribuidor de panfletos e pedi um, curioso com o que afinal era aquilo já saí perguntando o que eu mais queria saber: - Sabe onde vai ser o evento?.

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THOMAS WILKERSON, TREINADOR.
GOLDENROD CITY, RUAS.
APROXIMADAMENTE 13:35.
Reprise
Ah, sim... Os arrependimentos juvenis causados pela falta de coragem pra desbravar o mundo. Batalhar ao lado de seres poderosos que podem causar bastante destruição se mal intencionados? Show! Chamar uma garota pra sair? Jamais! Muito risco envolvido. Lesões físicas são menos doloridas do que lesões emocionais e pior ainda as sociais. Como você poderia continuar conversando com ela se fosse rejeitado? Seria impossível. Bem, ao menos foi o que passou pela sua cabeça naquela época. Agora... Talvez as coisas sejam diferentes, talvez não. Quem sabe? Tudo o que sabemos é que aquela mensagem não foi enviada e você apenas ficou encarando a tela do telefone por um tempo.

Então, roubando a sua atenção da sua vida amorosa e indo direto pra vida de batalhas, aquele rapaz que entregava os panfletos sorriu pra você quando ouviu sua pergunta. Aparentemente não haviam muitas pessoas interessadas no torneio então cada pessoa que mostrava algum interesse era instantaneamente bem recebida. — E aí! Bem, o torneio vai ser... — Ele coçava a nuca, um pouco sem graça. — Na pequena arena do Centro Pokémon. — Pois bem, o envergonhamento dele fazia algum sentido. Afinal, não tinham uma arena própria e não conseguiram um local muito grande ou muito chique pras batalhas. Realmente aparenta ser algo bem amador. — Já está tudo combinado, inscrição no ato, o evento vai acontecer as três da tarde. A gente tá tendo que divulgar assim de ultima hora porque não deu tanto interesse então nem conseguimos fechar a chave ainda. Você quer participar? Tem prêmio! O vencedor leva o que está escrito no panfleto. — Ao olhar no panfleto, era bem fácil de ver a premiação, já que era o grande atrativo. O prêmio contava com 3 EXP. Candy (XS); PK$ 500 e um TR Swords Dance!

Antes mesmo que você tivesse confirmado ou recusado a participação, o rapaz parecia querer te convencer. — Vamos, você tem cara de que é um bom treinador, deve até mesmo ter ganhado campeonatos, esse torneio amador vai ser mole pra você...

(c)

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A resposta do entregador de panfletos não foi lá muito animadora, não que eu tivesse algum problema com o torneio sendo na arena do Centro Pokémon, mas eu realmente estava esperando algo um pouquinho mais profissional. Entretanto não posso dizer que o cara mentiu em nenhum momento, era um torneio amador afinal de contas.

O prêmio exposto nos panfletos não era de grande valor, alguns EXP. Candies, um pouco de dinheiro e, talvez o mais interessante, um TR Swords Dance. Era um movimento de status bem interessante e que no mínimo me daria uma boa grana caso fosse vendê-lo.

O cara era insistente e tentava me convencer na lábia a participar daquele torneio, dizendo que eu provavelmente já havia ganho alguma outra coisa antes. Bom eu de fato já havia, pois junto de Tyrant havia vencido a luta contra Anabel na Battle Tower, porém não era como se eu tivesse ganhado sozinho. De resto era uma longe sequência de derrotas horrorosas e humilhantes, nas quais eu perdi pra vários treinadores que eram mais preocupados em treinar do que eu. Porém talvez participar de um campeonato com adversários mais amadores fosse o que eu precisasse para começar a sair por cima, afinal ninguém começa do topo.

Olhei para Hero e perguntei: - Então o que acha? - O gato nada respondeu (ele ainda é um Pokémon afinal) e apenas mirou seus olhos para mim, acho que sabia o que ele queria dizer. - Tá eu participo. Tem taxa de inscrição? - Perguntei para o cara dos panfletos, já preparado para seguir até o Centro Pokémon após sua resposta.

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Veja depois de ler o post, contem spoiler :




THOMAS WILKERSON, TREINADOR.
GOLDENROD CITY, RUAS.
APROXIMADAMENTE 13:45.
Reprise
Hero apenas te olhou. Quem fez a interpretação do que ele queria foi você. Afinal, como saber o que um gato rosado com orelhas enormes está pensando quando ele não diz nada? Nem por telepatia... Talvez... Tenha sido uma vontade sua, afinal. Reviver os tempos de glória, ganhar batalhas, mesmo que sejam contra novatos. Bem, é o que se espera de um torneio amador. Os verdadeiros profissionais não perderiam tempo em batalhas que não agregariam muito conhecimento. No entanto, pode servir pra um pouco de diversão.

Quando você confirmou que participaria o cara faltou pular de alegria. — Oba! Valeu! Não tem taxa de inscrição, não! Sabe, estamos tentando subir nessa carreira de promotores de eventos, então decidimos começar investindo um pouco, então os prêmios dependerão apenas da sua habilidade como treinador e da habilidade dos outros. Não vai precisar pagar nada pra participar! Pode me chamar de Spike! Eu sou um dos organizadores, apesar de parecer apenas alguém que está só panfletando. — Um sorriso bem grande no rosto dele fechava essa frase, mas outra se iniciava. — Então apareça no Centro Pokémon antes das três, pra fazer sua inscrição. Eu vou continuar tentando arrumar mais gente por aqui. Obrigado e boa sorte!

Então, com uma promessa de um pontapé inicial pro retorno da sua carreira como Treinador Pokémon, além de alguns prêmios materiais bem básicos, nada que realmente valesse a pena dar o sangue, você pode seguir direto pro Centro Pokémon, ou não... Até porque... Mesmo que resolva ir, seu caminho foi impedido.

— T-THOMAS?! — Uma voz feminina e bastante conhecida adentrava aos seus ouvidos. Afinal, ela havia dado um baita grito. Ao olhar na direção, você notava simplesmente sua companheira de viagem Paula, que tanto se aventurou com você por Hoenn e agora parecia estar de volta em sua cidade natal, assim como você também passou um tempo em Mahogany. Até que fazia algum sentido ela estar por aqui. Da mesma forma que você tinha uma cidade natal pra recuperar e uma família pra procurar, a adolescente autoproclamada sua irmã também tinha, em Goldenrod City. A mocinha correu na sua direção. Ela está um pouco diferente, parece um pouquinho mais alta do que quando a viu pela ultima vez... Ou talvez seja apenas impressão. — Quanto tempo! — Mesmo que você recuasse, ela te deu um abraço. Depois, ela olhou para Hero e se abaixou pra fazer um carinho nele, que não recusou e até parecia estar apreciando. — Ahh e olha só você! Parece muito mais forte do que antes! — Ele estava apreciando até ela ter tentado dar um abraço completo em um gato. O psíquico logo saiu dos braços dela e ficou atrás das suas pernas, a encarando de longe. — Chato... — Ela resmungou. Depois, se levantou novamente e te encarou. — O que faz por aqui? Como você tá? Eu... Nossa... Faz um tempo mesmo!  

(c)

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Por sorte o torneio não tinha nenhuma taxa de inscrição, o que significava em outras palavras que era realmente amador, porém eu não me importava com isso. Participar seria o suficiente para que eu tivesse uma ideia de em qual pé de habilidade eu estava. Após conversar um pouco com o organizador, que se denominava Spike, apertei sua mão e preparei para seguir até o Centro.

- Certo, irei fazer minha inscrição. Espero que nos vejamos por aí.

A ideia de seguir até o local da inscrição acabou não sendo bem-sucedida, mas por um motivo bem específico. Ouvi meu nome adentrar meus ouvidos e por um momento fiquei confuso com a voz que ouvia, afinal eu conhecia aquela voz muito bem. Me virei e dei de cara com Paula, minha parceira de tanto tempo, mas que havia ficado em Hoenn quando voltei de vez pra Tohjo.

- PAULA?

Era estranho encontrá-la em Johto e mais estranho ainda encontrá-la em Goldenrod. Sim, eu sei que era a cidade natal dela, mas o que ela estava fazendo ali? Ao meu ver aquele sempre havia sido um local traumático para a garota, visto que vivia ali com o pai maluco e criminoso, que agora nem ali estava, mas preso em Hoenn. Aquilo era realmente muito estranho.

A treinadora fez um carinho e deu um abraço em Espeon, que não gostou muito de tantos apertos e logo saiu dos seus braços. Entretanto ainda tinha uma questão que eu não havia compreendido, o que ela havia vindo fazer em Goldenrod.

- Eu tô bem. Vim pra Goldenrod fazer um pouco de turismo, mas o que você tá fazendo aqui? E a escola?

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THOMAS WILKERSON, TREINADOR.
GOLDENROD CITY, RUAS.
APROXIMADAMENTE 13:45.
Reprise
Paula parece bastante diferente ao olhar pra ela. Não exatamente fisicamente, ela ainda é aquela garotinha que você conheceu, de baixa estatura, com um rosto meigo e um olhar plácido, apesar de estar nítido que ela está um pouco mais atlética do que antes. Os tempos que se aventurou com você ajudaram-na a construir uma melhor forma e isso foi apenas se intensificando com o passar do tempo.

A situação era bastante estranha. Ela parecia que também não esperava te encontrar em Goldenrod, por mais que ela soubesse que você tinha voltado pra Tohjo. Ela era recebida com aquela pergunta um pouco complicada de responder. Afinal, de acordo com tudo o que aconteceu, a garota poderia viver pra sempre em Hoenn e ficar longe da sua cidade natal, onde sempre terá lembranças do seu passado. Então parecia não fazer muito sentido o fato de ela ter voltado.

Ela sorriu pra você, logo antes de responder. Mas não um sorriso genuíno de felicidade e sim um sorriso de alívio, ao que parecia. Ela te observava e juntava as mãos na frente do corpo, com os braços esticados pra baixo. — Bem... Querendo ou não, aqui é a minha casa. Eu não quero ficar presa ao meu pai e deixar ele afetar os lugares onde eu quero visitar. — De fato, a garota parecia bem madura pra sua idade. Ela se vira de lado, parando de olhar pra você e olhando pro alto da Torre de Rádio. — Goldenrod é um lugar que eu gosto, só tava manchada por tudo o que aconteceu. Resolvi voltar pra cá pra poder limpar essas manchas... Isso faz algum sentido? — Ela deu uma curta pausa, antes de voltar a olhar pra você. — Depois de saber que a região voltou ao "normal" — E ela fazia aquele gesto com os dedos indicando aspas — eu não pude deixar de ver como está o lugar que eu nasci... Mas deixando de falar de mim... Como está Mahogany? Eu ainda não tive muito tempo de visitar outros lugares, cheguei há poucas semanas aqui.

Enquanto essa conversa acontecia, a cidade ia se movimentando. Mais pessoas iam passando pela base da torre, e o promotor de eventos que você acabara de conhecer seguia firme em suas tentativas de atrair mais treinadores praquela competição amadora. Além disso, o Rotom Phone emitia um alerta (sonoro ou apenas vibração, depende das suas configurações) de que a mensagem de Emily havia chegado até você.
(c)

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