Noah e Linus e a caminhada... longa

Linus se levantava da pedra e caminhava pelo bosque, observando seus arredores e prestando atenção a quaisquer pistas que possam ajudá-lo a desvendar o enigma. Enquanto caminha, ele nota pequenos detalhes, como pegadas estranhas ou marcas no chão, que o poderiam levar a acreditar que há algo incomum acontecendo na região. Ele também percebia comportamentos estranhos em seus pokémon, como Ártemis agindo de forma mais inquieta do que o normal.

Ainda sim o grupo saiu em busca de Noah. Caminharam por um tempo, apreciando a beleza da natureza ao seu redor e encontrando alguns pokémon interessantes pelo caminho. Embora, estivesse decidido a procurar alguns pokémons voadores para montar sua própria fazenda. Acho que não era muito saudável mexer com os Pidgeys e Hoothoots naquele momento. Eles ainda encaravam Linus com desconfiança e estavam em maior número.

Mas o que chamou atenção dele foi uma árvore frutífera com algumas frutas prontas para serem colhidas. Algo que seus pokémon apreciariam muito depois de todo trabalho. Porém, antes que conseguisse se aproximar um alto som podia ser ouvido, seguido dos tremores que tomavam que faziam o solo vibrar. Ao longe, uma manada de Phanpies aparecia do nada vindo em sua direção.

Linus via seus pokémon surpresos e assustados com a chegada repentina dos paquidermes. Era uma situação difícil, mas ele não podia entrar em pânico. Isso apenas assustaria ainda mais seus pokémon. Havia algumas opções, subir na árvore, se ele fosse bom em escalar, mas Gaia teria a mesma habilidade? Teleportar, mas teria que ser rápido em juntar a equipe ou simplesmente correr. Embora, os elefantes fossem mais
rápidos e logo os alcançariam.


Noah se concentrou na Hoothoot, focando na criatura enquanto mantinha a esfera vazia em suas mãos. Ele sabia que não podia desperdiçar a chance de capturar a ave noturna. Com um movimento rápido, Noah arremessou a esfera vazia em direção à Hoothoot. A esfera bicolor balançou para esquerda e direita e por fim, um click anunciou a captura.

Noah sorriu, animado com a captura bem-sucedida. Ele segurou a esfera com cuidado, sentindo a vibração da Hoothoot em seu interior. Mas, assim como ocorrera com a esfera de Linus com Slugma, a dele também ganhou um brilho branco e desapareceu logo em seguida.

Enquanto isso, Alecrim e Violeta estavam ocupadas procurando as Oran Berry. Eles vasculhavam os arbustos com cuidado, examinando cada fruto com atenção.

De repente, Alecrim deu um pequeno grito, chamando a atenção de Noah e Violeta. A Phanpy havia encontrado uma Oran Berry grande e suculenta, e a segurava com sua pequena tromba.

Violeta acenou, indicando que havia encontrado algumas outras frutas por perto. Noah correu até elas, animado com a possibilidade de encontrar mais Oran Berries.

E não deu outra. Haviam mais quatro Oran Berries naquele arbusto. Noah os guardou em sua mochila, sabendo que elas seriam úteis para restaurar a energia de seus pokémon durante a jornada.

Noah agradeceu a ajuda de seus amigos, animado com a perspectiva de continuar explorando a região e descobrindo novas criaturas para capturar. Ele se sentia mais confiante com Alecrim e Violeta ao seu lado, sabendo que eles formavam uma equipe forte e unida..

Xatu chegava como um herói e salvava a pequena donzela indefesa do perigo. No entanto, talvez ele devesse maneirar em suas atitudes, já que poderia se tornar o novo foco romântico de Gaia.

A manada de Phanpies partiu para debaixo da árvore frutífera, como se já soubessem dela. Talvez fosse um rito de lanche dos paquidermes, pois derrubavam os frutos com cabeçadas. A parte boa era que Linus não corria mais risco de ser atropelado ou pisoteado por eles, mas a parte ruim seria chegar até a árvore.

Enquanto Linus observava de cima da árvore, uma figura mal encarada apareceu diante dele. Era um morceguinho roxo com cara de debochado. Tudo indicava que Linus estava invadindo o território dele. Ao encará-lo de volta, o Pokémon cortou o galho em que o garoto estava com um movimento rápido de garra, fazendo-o cair de costas no chão. Quando olhou para cima, o morceguinho mostrou a língua para o treinador.

Parecia que Linus havia encontrado um Pokémon incomum pelo caminho.


O dia de Noah estava melhorando. Seus Pokémon estavam alimentados e revigorados após a batalha, e parecia que as coisas estavam melhorando para Alecrim também. Ao retornarem, avistaram a manada de Phanpy que ela havia conhecido mais cedo.

Enquanto Alecrim corria animada para reencontrar seus amigos, Noah notou uma cena inusitada: Linus caído de costas no chão. Pelo que tudo indicava, seu amigo havia se metido em confusão mais uma vez.

Quando ergueu o olhar, Noah avistou um Pokémon que parecia se encaixar na descrição feita por sua tia. Porém, isso poderia significar que ele teria que disputá-lo com seu amigo.

Enquanto caminhava pela rota, Phanpy encontrou uma manada de outros Phanpy. Eles se cumprimentaram com trombadas amigáveis e logo começaram a brincar juntos. Phanpy corria em círculos, pulava na grama e empurrava os outros com sua tromba, e em outra brincadeira, ela se escondia enquanto os outros a procuravam. Todos riam e se divertiam juntos, e a amizade e o companheirismo entre eles era claramente visível. Phanpy sentiu-se feliz por ter encontrado outros Pokémon que compartilhavam sua alegria e amor pela diversão, e prometeu voltar para mais brincadeiras no futuro antes de se despedir da manada.

Enquanto Linus se levantava dolorido após uma queda, Violeta puxava a calça de Noah. Ele segurava um ovo que parecia estar intacto. Ao olhar a mochila de Linus aberta, não era difícil deduzir de onde vinha aquele ovo.

Assim que Noah pôs seus olhos no morcego, ele notou algo interessante nas garras do animal: um baú idêntico ao que Linus havia encontrad... Não, espera... Era o baú do Linus. Mas antes que o garoto pudesse se pronunciar, Gligar mostrou a língua e alçou voo em direção ao desfiladeiro.

A perseguição começava com o morcego ganhando altitude e Noah e seus pokémon logo atrás. Já Linus permitia que Gligar ganhasse uma vantagem considerável, já que perdia tempo organizando seus itens. Ao menos, ele conseguia contornava isso com o Teleporte de Bitol. Eles apareceram próximos do Gligar que imediatamente mergulhou em em uma velocidade impressionante. Tentando despistar voando em direção a arbustos próximos, mas Bitol era rápido e ágil o suficiente para manter-se perto. Contudo, Gligar sabia que Bitol não podia voar baixo por conta de estar carregando seu treinador.

Já Noah ficava cava vez mais para trás. O rechonchudinho Munchlax não tinha o condicionamento físico para aquilo. Já Alecrim, rolava e disparava na frente. Observar a perseguição a distancia, fazia os instintos de Noah zumbirem como um mal pressentimento de que algo ruim estava por vir. Talvez fosse só impressão ao ver o amigo voando naquela velocidade sem se importar muito com a própria segurança.

A perseguição continuava por alguns minutos, até que o morceguinho trissou numa frequência que incomodava a todos. E não demorou para que os garotos pudessem compreender o que havia sido aquilo. Duas sombras logo alcançaram eles voando lado a lado com Linus. Tudo indicava que o Gligar havia chamado reforço aéreo.

Era algo que no momento estava além de Noah e colocava Linus em perigo. Uma queda naquela velocidade poderia resultar em sérios danos.