026 - Em busca do Gilatino Perdido

É, o tempo não era lá muito longo, mas eu precisava assimilar o máximo de informações sobre os Deerlings, então fiz algumas leituras dinâmicas e fui nos pontos comportamentais mais importantes. Pelo que entendi, os Pokémon desta espécie gostam de se misturar entre as flores da estação, sentindo seu aroma e até se alimentando de algumas, principalmente as menos bonitas, quase servindo como um jardineiro, que deixava o lugar sempre com as melhores flores. É claro que o Ditto não era um Deerling, então seu apetite superior o fazia comer tudo, acabando com o trabalho de Klébio. Mas enfim... Deerling também gostavam de saltitar com as quatro patas, o que me faria sentir futuras dores nas costas, certamente. Além disso, gostavam de se exibir para seus pares com trotes dignos de sua evolução, o Sawsbuck. É isso... Acho que era o suficiente, até porque sentia uma aproximação esquisita.

Como não podia dar muita bandeira, pedi para o RotomPhone entrar debaixo da fantasia e me mantive ali, de quatro, enquanto algo se aproximava. Quando a figura misteriosa estava próxima, fiz uma leve inclinação de cabeça para poder observar. E... Era o Ditto! Respirei fundo então e me concentrei, usando a "pata dianteira" para escavar um pouco do chão, empurrando algumas flores com o "focinho", em seguida. Fingi não ter visto o selvagem, então abaixei a cabeça mais uma vez e... — Deer... Deer.... — Disse, tentando imitar a espécie, mas passando bem longe do esperado. Sendo assim, precisava mudar de planos. Silenciosamente, coloquei a função de cry do Dex App para reproduzir a voz do Pokémon, bem baixinho:

— Deeeer.... Ing... — Reproduzi, mantendo ainda uma falsa impressão de não ter notado o Ditto. Em seguida, peguei uma flor, como se fosse comer, mas antes de mastigar, encarei o Pokémon selvagem que já me olhava desconfiado, mas curioso. Não poderia ir com muita sede ao pote, então fingi o que um selvagem faria. Mantive-me estático em um primeiro momento, deixando a flor cair da boca, então dei um passo suave para trás, me afastando, como se mantivesse a defensiva para analisar a situação. Esperaria para ver a reação do "oponente", antes do próximo ato.