Pokémon Mythology RPG
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Fur Elise

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OFF:EI NARRADOR(a)! Venha cá, deixe-me dizer uma coisita. Faz um tempo já que eu queria fazer essa rota, mas eu nem sequer me lembro a última rota solo (que não foi ginásio) que tive. Ando querendo fazer um treino de status (Sp Def) levando os pokémons ao psicólogo, associando fortalecimento-da-mente com um treino de Defesa Especial. Sei que parece meio viajado, mas fica a seu critério se quiser aceitar ou não, eu sou conhecida (não mais, porque faz anos que não faço isso) por fazer treinos malucos e divertidos, talvez você se divirta também.
No mais, depois dessa sessão de terapia, eu vou direto fazer essa missão aqui:

Fight Club escreveu:
Fight Club escreveu:
Objetivo: Encontrar e acabar com uma espécie de grupo secreto de Pokémons Dark.
Local: Mu Island (Hoenn)
Descrição: Um grupo de pokémons Dark tem varado a noite treinando entre si. Alguns treinadores têm relatado que seus pokémons somem de suas casas na madrugada e voltam completamente machucados pela manhã. Um monstrinho noturno de dentro deste coletivo prestou algumas denúncias anônimas mas ainda não está muito claro o que está acontecendo em Mu Island. Muitos suspeitam que Christina, a líder, esteja por trás.
Requisito: Ao menos 1 pokémon Dark na Box
Prazo: 6 meses após aceitação do contrato
Recompensa: 125% do EXP de Treino livre para Todos da Box + 3 de Status para cada pokémon + PK$ 4000 + Mysterious Pokémon Encounter + 50 de Fama


Vou te pedir pra falar com o Food sobre ela.

Ah é, e apesar de Jellicent e Houndoom estarem na minha box, estão apenas para ganhar o Status do treino e da missão, não pretendo usar elas. Se puder me ajudar com isso, não nivelando os desafios por elas, agradeço <3

---

Bom dia, leitor. Hoje acordei com o pé certo, pulei pra fora da cama e decidi tirar um pouco das teias de aranha que ainda prendiam a duras penas minha relação com a Requiem. Sei que essa sociedade nunca (mas nunca MESMO) vai conseguir me pagar pelo tempo que perdi andando nas cavernas do Monte Silver com Nicholas, muito menos os traumas psicológicos advindos de ficar tempo demais com aquele ruivo caladão do meu lado.

Juro, pode parecer pouco, mas tente você.

Ainda assim, já havia dado o tempo suficiente para que eu fosse numa nova aventura mais agradável, visto que lidar com prefeituras, crimes simples e demandas populares é muito melhor que enfrentar seitas que invocam gelatina, ao menos imagino eu. Por isso, pego meu rosado RotomPhone para acessar o quadro de contratos e me deparo com uma pequenina mensagem que me adiciona um brilho no olhar.

Era Natalia, óbvio. Sempre é a Natalie, né?! Acho que ela vive muito na década passada, onde todo mundo se comunicava por SMS o tempo todo. Reclamo? Não mesmo, é bom ver que alguém lembra de ti a todo o momento quando você ta na estrada; da uma sensação de "família", sabe? Tão rápido quanto li, respondi.

@Shianny

Olha, ela pode ter sido feita de fábrica, mas foi limpa com muito amor...
Quer dizer, a seita do Gilatina limpou ela. Eles apareceram pra você também?

Mas sobre o que aconteceu... não sei. Aconteceu TANTA COISA nesse culto que eu nem lembro do que em específico eu tava falando.


Não sabia se ela entenderia a questão, mas seria um bom papo para puxar. Sem dúvidas, eu não comeria gelatina NUNCA MAIS na minha vida, mas não posso dizer que este fora um evento indigesto, onde é contra-indicado piadas e boas memórias: talvez pra Galvanis tenha sido, mas eu dei boas risadas durante todo o processo.

Passada essa culpa de ter "deixado" Hati ser nocauteada por duas vezes, restou a comicidade de um enorme monstro de gelatina achando que era monstro de verdade. Nem se compara com o verdadeiro Gilatina: forte, grande e, acima de tudo, carismático. Bem, uma elaboração a menos pra fazer, né?! Talvez o preço da minha terapia essa semana seja um tico mais barata...

... em falar em terapia, to atrasada pra minha. Você já deve imaginar o que fiz por agora, né?! Cadastrei-me na única missão disponível em Mu Island, botei minha mochila nas costas e caminhei até o prédio comercial que ficava bem ao lado da Loja de Departamento. Subi até o quinto andar, adentrei os corredores e entrei numa porta que dizia: "Consultório de Psicologia: Fabíola Penna CRP 61/5555".

O que eu to fazendo aqui?! Bem, eu, Jellicent, Houndoom, Tyranitar, Greninja, Togekiss e Araquanid vamos enfrentar o Mewtwo em algum momento, certo?! E eu não quero que essa experiência seja parecida com o que Matthew passou com o Kyogre: eu preciso me preparar para não traumatizar a mim mesma e meus pokémons. Sendo assim, to pagando essa moça pra me ajudar com isso...

... é a quinta sessão já, ainda não sei se ta fazendo efeito.

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Fur Elise 9eyrpIv
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Mu Island
Fight Club
OFF: Yo

Para alguém tão experiente como Winnie, Mu Island não era nenhum lugar estranho, a pequena ilha porém grande cidade. Era óbvio que Mu Island não era nenhum lugar para turismo nem nada do tipo, apesar de ser uma cidade litorânea. Um grande polo industrial de Hoenn, qualidade do ar baixa, alta população, ruas movimentadas, trânsito devagar, o exemplo mais puro de estereótipo de cidade grande.

Mas qual o ponto de descrever Mu Island para alguém que certamente não é estranho ao lugar? Sinceramente, nenhum, mas pelo menos mostra que Mu Island está a mesma de sempre. O que trazia a moça de cabelos rosados a um lugar como esse era um contrato em nome da Requiem para resolver algum problema por aí, mas no momento isso vai ficar no "Quest Log" e Winnie partirá para outra sidequest: "Ir ao Psicólogo".

Cuidar da saúde mental é importante, ainda mais quando se está em um mundo repleto de criaturas mágicas, onde lidar com organizações criminosas multinacionais, desbaratar cultos, ir para ruínas desoladas guardadas por criaturas de poder descomunal era uma experiência até que comum para a treinadora. Winnie pode fazer todas essas coisas parecerem fáceis para um observador externo, mas o efeito que todas essas aventuras tem na moça? Ela que certamente viu cenários um tanto sangrentos para dizer o mínimo.

E não só a treinadora, mas como os seus Pokémon. Os Pokémon são criaturinhas com suas próprias emoções, pensamentos, criaturas tão ou até mais e muito mais inteligentes que humanos. E não só isso, são eles que literalmente fazem todo o trabalho em nome de seus treinadores. Como será que eles processam tudo? Deve ter algumas "cicatrizes" que sobram.

Enfim, Winnie se aproximava de um grande prédio comercial, subia pelo elevador que nem musiquinha tinha e então procurava o consultório da psicóloga que contratou. Adentrava na sala e lá estava uma mulher de trinta e poucos anos, que rapidamente notava a presença da jovem de cabelos rosados e se levantava e já se sentava em uma das cadeiras que estava em uma mesa de centro, com uma outra, para a sua paciente.

- Você deve ser a senhorita Winnie Freda. Sente-se, fique a vontade e então começaremos.

Progresso - Winnie :


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Fur Elise FF3OUQS

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OFF: OI SLEEPY <3

O insossa Mu Island: tão cinza e fedorenta que não há rua-gourmet que faça a comida daqui ser palatável. Eu havia esquecido o quão esquisita era essa cidade para mim quando sai do Uber e me vi bem na frente do enorme prédio comercial. Olhei-o de cima a baixo e, logo em seguida, olhei para os lados, vendo uma sequência de construções iguais aquela.

Ok, não eram iguais iguais, se é que me entende, mas eram todas blocos retangulares de altura incalculável pelo olhar. "Como saber qual é o certo?", pensei com meus miolos, logo depois lembrando que havia um número no endereço. Depois de fazer o procedimento básico para uma cidade grande, adentrei e fui até o elevador.

O elevador? Era lerdo, barulhento e meio turbulento. Juro, eu enfrento deuses, tempestades divinas e o ódio da Karinna, mas eu sou uma CAGONA pra elevador. Tremi na base algumas vezes, até alcançar o andar. Nesse meio tempo, pequenas dúvidas vieram a minha cabeça, como "o que eu vou falar?", "será que ela aceita Pox?", "será que ela vai me reconhecer? Só fizemos online até hoje...". Já fora do elevador, essas preocupações idiotas pularam fora da minha cabeça ansiosa, que fazia de tudo para me entreter enquanto o medo de elevador me tomava.

O que veio no lugar? A lembrança da primeira vez que estive em Mu Island, para o Battle Factory. É, é como o pequeno-grande Sleepy disse: nada mudou.

... pera, quem é Sleepy?! Felizmente, não tive tempo de pensar demais nisso, porque a Fabíola logo veio me atender. "Ufa".
- Oi, sou eu sim - Dei um sorriso meio sem graça. Como essa mulher vai ouvir toda a minha história e ainda acreditar em mim? Era fato que nas últimas quatro sessões eu a privei de todos os meus problemas, tendo muita dificuldade de entrar em análise, mas é como todos dizem... presencial pode ter um tcham - Ah eu sento... aqui? - Apontei, logo em seguida reparando que era a única cadeira livre do local.

Meio vermelha, sentei.
- E-eu acho que começo falando porque to aqui, né?! - Questionei, um pouquinho confusa. Logo em seguida, reparei que estava tentando eu mesma guiar a terapia e me corrigi - Ah, quer dizer, você decide, né?! Desculpa, eu to meio nervosa.

Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 02

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Fur Elise 9eyrpIv
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Mu Island
Fight Club
Mu Island era uma cidade que não fazia questão de esconder a bagunça que era. Não fazia questão de mascarar os vários problemas estruturais que tinha. É uma das mais novas cidades do continente de Hoenn e estabelecida justamente para a indústria, nunca foi para ser um cartão postal de Hoenn. Morar em uma cidade dessas parece ser... exaustivo. Mas talvez os moradores dali simplesmente estão acostumados, se quiserem ver uma paisagem bonita, eles espremeriam até o último centavo que tinham para ter férias nas praias de Sootopolis.

Mas enfim, não estamos aqui para fazer críticas de planejamento urbano e social. Winnie estava ali para lidar com problemas que a princípio envolviam apenas ela. Depois de quatro consultas a distância, ela estava finalmente cara a cara com a sua psicóloga, coisa que alguém não percebe enquanto está à distância, mas de fato ambos cenários são realmente diferentes. O contato visual, a proximidade no geral. Mas no momento, a jovem estava assustada com o elevador, o que faz sentido e ao mesmo tempo não faz. Elevadores são relativamente seguros se parar pra pensar, mas o pensamento de uma caixa metálica que sobe e desce por um "poço" é definitivamente algo.

- Comece falando do que você andou fazendo recentemente. Por que eu mesma não conseguiria imaginar no que alguém como você estaria envolvida, porque a vida de treinador Pokémon é cheia de possibilidades, ainda mais para alguém tão experiente como você. Por exemplo, eu li certas notícias sobre um aumento de sequestros e outros tipos de atividades suspeitas em grandes metrópoles pelo mundo e não consigo deixar de imaginar um treinador bancando o herói. Imagino tanto o sucesso quanto o fracasso de tal treinador.

Fabíola queria que a sua paciente começasse, mas logo ela já colocava os seus pensamentos a mostra. Depois de sua breve exposição de pensamentos, ela fitava a moça de cabelos rosas, esperando que sua paciente desembuche. Até parecia que Fabíola não era lá muito uma psicóloga e apenas queria ouvir algumas histórias.

Apesar de Mu Island ser uma cidade com uma qualidade do ar geralmente ruim, o céu nessa manhã se encontrava até que limpo, com os raios de sol dando um tom amarelado no consultório da psicóloga e inclusive brilhando em cima do rosto da mesma.

Progresso - Winnie :


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Ah, mas fudeu! EU DEVIA TER IMAGINADO ISSO ANTES! É no mínimo óbvio que uma Rocket não deve fazer terapia. Nem em baixo escalão: nada daqui vai funcionar se você não for sincera, Winnie. Se você não foi falar o que de fato te angustia, isso aqui vai ser uma enorme BALELA. Sabe aquelas séries de assassinos em série que ~alguém~ em ~algum momento~ põe o adolescente antissocial num divã e ele fica fazendo analogias para não falar o que fez?

Pois é! Pois é! Você vai ser esse tipo de pessoa.

E o pior: Fabíola falou pouco, mas foi certeira. É exatamente nesse heroísmo que me consome por dentro. Eu não devia ser uma heroína?! Bleh, se este era o ideal, cheguei mais perto da droga do que da justiceira.
- Ah, esse ai é meu irmão - Falei, entre risos e entre dentes, ficando um bocado corada. Pela primeira vez durante todas as consultas, não consegui manter o olhar na psicóloga e virei o rosto, falando mais para a parede do que pra ela - Eu to mais pra quem faz merda, sabe? - A ênfase ficou na fala.

E foi ao dizer, dizer e não dizer nada que eu entendi: isso aqui não vai a lugar algum se eu não falar. Quer dizer, eu não tenho segredo super-secreto algum; muito menos os Rockets poderiam vir atrás de mim por saber uma coisa ou outra. A única pessoa que pode ficar puta comigo é Sabrina... eu acho. Sendo assim, é melhor que eu fale... né?!
- O sigilo daqui é garantido? Tu ta meio certa, essa vida de treinador envolve cada perigo, menina... - Dei um suspiro longo e tomei coragem de olhar para a psicóloga.

Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 03

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Fur Elise 9eyrpIv
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Mu Island
Fight Club
Pois é Winnie tinha certos segredos que não podia revelar, mas uma terapia onde não se conta o que passa com você de verdade não serve de nada. Agora o que ela faria? Se fosse para inventar mentiras que se encaixem apenas em um ser hipotético, ou uma Winnie hipotética. Mas Freda poderia sempre contar com o sigilo do psicólogo, talvez certas coisas que Winnie tenha feito possam deixar Fabíola até mesmo enojada, mas ela não quebraria o sigilo.

- Interessante, você não se vê como uma heroína. Gosto de sua sinceridade, talvez seja por você ser mais velha que o seu treinador médio você seja mais realista. Alguns mais novos acham que só por terem criaturas super poderosas ao seu lado podem enfrentar qualquer coisa. Claro, treinadores tanto jovens quanto mais velhos já fizeram feitos grandiosos e inclusive imagino que você tenha sua parte de grandes momentos. Mas, ninguém é invencível.

A psicóloga falava mais um pouco, expondo suas ideias sobre o assunto enquanto observava a postura de sua paciente, que não estava tão confortável assim, evitando o contato visual e não falando tão claramente. A princípio Fabíola não fazia tanta questão da postura de Winnie, pensando ser apenas por causa da primeira consulta presencial da moça, embora isso a deixe um pouco intrigada, como se Winnie tivesse alguns segredos que deveriam permanecer secretos. Bem, a pergunta que a paciente faria confirmaria essa suspeita da psicóloga.

- Claro que sim. Tudo o que é falado nesse consultório fica no consultório. Embora eu suponha que você fez essa pergunta porque você ainda não está tão segura de contar o que você quer contar para mim, certo? - Fabíola nem fez questão de esconder o que passava em sua cabeça ao ver a postura de Winnie e a subsequente pergunta.

- Mas não se preocupe, realmente não vai sair desse consultório.

Progresso - Winnie :


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Aqui, algo muito estranho aconteceu. De início, Fabíola falou sobre invencibilidades e isso já tocava no ponto principal de "porque estou aqui", afinal de contas eu não estava na situação em que estava apenas porque perdi para um robô, mas também por pensar na possibilidade de enfrentar algo em que provavelmente vou perder. Era a possibilidade de derrota que me assombrava, sabendo que a falha, nesta situação, pode significar morte.

Mas isso não foi nem um pouco estranho comparado ao efeito que suas próximas falas tiveram em mim. De início, como se pudesse ler meus pensamentos, a mulher me rebateu a falta de confiança. Meu corpo, imediatamente, ficou tenso. A cadeira pareceu grande demais para mim! Era como se eu tivesse sido pega no pulo-do-gato: um pulo extremamente óbvio, mas que me desvelava.

Logo em seguida, vem um "não se preocupe" muito mais relaxado. Se outrora pensei que minha mãe ia me pegar no chinelo por estar escondendo algo dela, eu imediatamente relaxei quando percebi que a possibilidade de contar a verdade era isso: uma possibilidade. Se eu fosse continuar mentindo, isso seria um problema para mim e não pra ela e, percebendo isso, eu simplesmente afrouxei.

Tanto foi que desatei a falar, numa associação livre de uma coisa com a outra, até chegar em pontos finais:
- Nossa, você é muito legal - Não sei da onde veio isso, mas saiu - Então, então, é sobre ser derrotada mesmo. Eu vou contar a história e vou começar do que eu acho que é o começo, ok?! Porque só assim pra você entender com a trolha que eu to lidando - Fiz a mímica de um grande "troço" com as mãos, tentando simbolizar o "trolha" - A um tempo atrás, num evento de batalha, eu ganhei um cartão com um endereço em Cinnabar. Eu fui com meu melhor amigo lá ver o que era aquela budega e fui parar numa espécie de mansão Rocket. Era um troço no cu de Cinnabar, juro, tive que me afastar muito da cidade pra achar o lugar e pra entrar tinha que apresentar o cartão. Depois que eu fiz isso, basicamente eu ativei um robô e ele CLARAMENTE ME ODIAVA. Quer dizer, eu acho que ele era programado pra odiar todo mundo que não era Rocket e foi ai que eu descobri que meu melhor amigo era um Rocket. Eu JURO que não sabia! Quer dizer, ele era meio suspeito, mas eu só achava ele meio bad boy. De qualquer forma, ele teve que me fazer assinar um termo lá pra aquele robô não me matar, ele simplesmente tinha motosserras pelo corpo e ficava me perseguindo e a única forma que eu vi de me livrar isso foi assinando um convite pra virar Rocket - Comecei a reparar que estava me explicando demais e que isso não era um bom sinal, talvez por isso fiz um corte imediato - ENFIM! A gente entrou naquela merda de mansão, até porque, sair não era uma opção porque o robô não ia deixar a gente em paz até liberar o bicho que controlava ele e lá a gente achou uma câmara de testes genéticos de pokémon. Eu não sei se você já ouviu falar do Mewtwo, mas basicametne era isso que tentavam fazer lá, um clone muito forte do Mew. O Mew tava encapsulado, controlando parte da mansão e ai a gente liberou ele, mas ele estava 100% furioso. Batemos o suficiente para correr de lá e eu só acordei no centro pokémon com isso aqui na minha bolsa - Botei a mão no bolso e tirei um segundo cartão, junto de uma fita de áudio. A primeira tinha um segundo endereço, junto do nome MEWTWO escrito em caneta preta permanente, enquanto o segundo eu iria explicar - Isso aqui é o áudio dos cientistas que foram torturados pelo Mewtwo, pelo que eu entendi. É muito velho, mas parece que é o Mewtwo jurando de morte todos os humanos e tortura eterna pra todos os Rockets. Eu não sei bem que fim deu isso, mas eu vi o Nicholas, eu ouvi de novo a fita, vi o Nicholas e novo e tomei a idiota decisão de ir lá defender ele do Mewtwo. Quer dizer, eu não sei se eu deveria, sabe?! Mas eu fiz. Ai o que eu decidi fazer? Isso mesmo, entrar nos Rockets pra ter a mínima informação de como ta a missão do Mewtwo. Consegui? Não, mas descobri que tem um Rocket que me quer morta e uma líder de ginásio Ex-Rocket disse que vai me ajudar com isso... eu não faço ideia porque me querem morta, mas aparentemente, eu cai de paraquedas nessa guerra contra o Mewtwo e ela já era uma guerra interna dos Rockets.

E ai, depois de reparar que passei cinco minutos falando SOZINHA E INCESSANTEMENTE, calei a boca e olhei pra mesa, coçando a cabeça. Estranhamente tava TUDO COÇANDO. Eu tava tão incomodada com o que eu mesma tinha falado que comecei a me coçar compulsoriamente.

Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 04

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Mu Island
Fight Club
A princípio parecia até que Fabíola lia a mente de sua paciente, tocando exatamente no ponto de que Winnie não era invencível e no fim a paciente voltava a ficar assustada com a suspeita da psicóloga, mas esse desconforto desaparecia quase que instantâneamente quando Fabíola revelava o seu compromisso com o sigilo do paciente. Nada sairia daquele consultório de acordo com ela, logo Winnie poderia falar a verdade, sobre todas as tramas em que se envolveu e sobre a sua carreira como Rocket.

E agora que sabia que podia ser sincera, Winnie falou, falou e falou. Literalmente indo para o começo de toda essa situação, explicando como se tornou uma Rocket, o que envolvia a invasão de uma mansão que no fim era um laboratório abandonado da organização, Por mais que Winnie falasse bastante e fosse até extremamente específica nos detalhes, Fabíola continuava atenta, fitando a moça de cabelos rosados com um olhar penetrante e a sua atenção entrou em pico ao ouvir o nome "Mewtwo", com um súbito levantar de sobrancelha e uma mudança de postura da psicóloga.

Entenda o seguinte: para a maioria das pessoas fora de Tohjo, a existência de Mewtwo não chegava a ser mais que uma teoria da conspiração. A possibilidade do mítico Mew ter sido capturado, clonado e ter dado origem a uma máquina de matar parecia algo que era obviamente falso, que as camadas mais profundas da internet gostava de regurgitar como se fosse verdade. Bem, não dando crédito a tais camadas profundas da internet, pois nem esses sabiam que era verdade, eles apenas espalhavam essa história numa tentativa de espalhar desinformação. Só que agora Fabíola se via de frente com uma testemunha da existência de uma das criaturas mais poderosas do mundo, feita pelas mãos do homem.

E se a fala da paciente não bastava, a fita de áudio que Winnie possuía deixava a psicóloga ainda mais intrigada. Era difícil de discernir exatamente os sons daquela fita, era algo velho, som de baixa qualidade, mas era a melhor evidência que alguém poderia ter. E quanto mais Winnie elaborava, até mesmo confusa Fabíola ficava. Enfim, Winnie percebeu que falara demais e logo parou.

- Como eu posso começar com isso? Honestamente achei que você estava mentindo e veio aqui para gastar o meu tempo quando mencionou o Mewtwo... - A psicóloga dava um risinho para disfarçar a sua vontade de encher Winnie de perguntas. Não era o trabalho dela, por mais curiosidade que tinha, Fabíola também era compromissada com sua profissão: - Bem, eu suponho que te querem morta justamente por ter visto o que não deveria ver, mas não sou especialista no funcionamento de organizações criminosas.

Fabíola havia perdido um pouco da postura, suas costas estavam arqueadas na direção de Winnie, como se tivesse se aproximado para ouvir melhor. Mas logo ela se endireitava na cadeira e cruzava as suas pernas. Poderia ficar um pouco mais calma, já estava assimilando a história mais absurda que já ouviu em provavelmente toda a sua vida:

- O ideal realmente seria que você buscasse segurança para você e o seu amigo. De algum jeito, mudando de identidade, vivendo em um continente distante, mas pelo o que ouvi de você, os Rockets são bem mais poderosos do que uma simples máfia local de Kanto. É uma situação que eu não sei em como posso te ajudar. Imagino o medo e a ansiedade que você deve estar sentindo, repentinamente se encontrando em um esquema de proporções inimagináveis. Não sei se você conseguirá se manter segura, mas acho que o máximo que você pode fazer é se preparar para o evento decisivo.

Fabíola realmente perdeu um pouco a compostura. Falava mais pausadamente, pensando cuidadosamente em cada palavra, mas mesmo assim sua voz não estava confiante. Não é surpresa que Winnie perguntou do sigilo, afinal olha a bomba que ela jogou na psicóloga. A mesma ainda tentava assimilar tudo o que Winnie acabou de dizer. Fabíola era confiante, mas acabou de encontrar um cenário onde a mesma não sabe o que fazer.

Progresso - Winnie :


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Quando Fabíola simplesmente se desconcertou, eu reparei a merda que havia feito. Por um instante, falei pelos cotovelos esquecendo por completo que havia outro ~ser vivo~ ali, sem nem sequer olhar nos olhos dela enquanto falava aquilo tudo. Por sorte, a mulher era uma ótima profissional e não me retirou do recinto assim que pôde, afinal de contas, ela só poderia cogitar duas coisas: ou eu estou doida, ou eu deveria ficar quieta.

A priori, achei (e preferia) que ela havia me achado doida e, no maior platô possível de psicóloga, ela respeitou a >minha verdade<, apesar de ser só psicose. Depois, vi que a fita dera a credibilidade que meu relato merecia, mas que não deveria ter mesmo assim. Quando vi que ela "botou fé", olhei para seu rosto meio desmanchado e só soube dizer:
- Desculpa... - Dei um suspiro longo e uma pequena lágrima rolou no meu rosto - ... Não fica tão preocupada. Quer dizer, eu posso só ta aumentando tudo, né?! - Dei um risinho besta.

Percebendo que isso era apequenar Fabíola - coisa que ela não fez -, parei com esse tipo de discurso de imediato, dando o tempo dela pra que tudo se reestabeleça. Depois disso, ouví-la com certo afinco, lembrando que Nicholas também deveria estar atrás de proteção. Por um instante pensei "onde está este homem?" e rememorei que, depois que foi pra Hisui, nunca havia ouvido notícias dele mais.

Kathryne fez o mesmo, Katakuri tem feito o mesmo, já vi Luke fazer o mesmo, mas nenhum deles está jurado de morte por um "troço". Quer dizer, já aprendemos no episódio passado que quimeras não são muito bem aceitas no mundo; Mewtwo nada mais é do que uma quimera poderosa demais. Sua postura meio "Vegeta" de Dragon Ball sempre me assustou um pouco, dando um ar de superioridade que eu não conseguiria enfrentar.

Pera, eu nunca tinha pensado nisso antes, né?! Foi nessa deixa que falei a moça:
- Cara, parando pra pensar... eu enfrentei TANTA COISA, eu não sei porque o Mewtwo parece mais assustador que... sei lá... o Gilatina. Acho que é esse monte de história que contam, não deve ser só eu que to aumentando as coisas, todo mundo deve ta aumentando tudo... - E repentinamente, meus ombros baixaram - Acho que se tem essa questão tão forte na minha figura, eu devo ter alguma chance... né?! Quer dizer, não deve ser isso tuuuudo - Olhei em volta, procurando um novo ponto pra me fixar - Mas você tem razão, acho que a melhor opção pra todo mundo é encarar esse problema como ele tem que ser encarado, e é meio que por isso que eu to aqui.

Uma pausa longa foi suficiente para que eu tirasse da bola minhas seis esferas e as colocasse sobre a mesa, enfileiradas. Não abri nenhuma das esferas e não revelei nenhum dos pokémons. Com essa pausa, mudei de assunto:
- Sabe, eu tenho um ex-namorado BEEEEM MALUCO - Eu sei que isso parece um outro ponto da história - Mas, SEGUNDO ELE, ele ficou maluco por causa do Kyogre que matou o pai. Ele jurou todo o ódio do mundo contra o Kyogre, principalmente quando rolou a inundação de Tohjo e, quando foi caçar ele, perdeu. Isso parece ter pego ele como uma lâmina, sabe? Cortado ele em um bocado de partes e jogado de qualquer jeito no chão. Eu não quero me tornar isso, eu simplesmente não quero... - Um momento de silêncio foi necessário para que eu conseguisse terminar a frase - ... me tornar o Matthew. Ele virou Rocket pelo mesmo motivo que eu, só que com o Kyogre. Eu não tenho esse ódio todo, mas eu e eles não podemos nos tornar o Mathew... - no "Eles", apontei para as seis esferas na minha frente.

Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 05

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Mu Island
Fight Club
Ser sincera é o ideal em uma terapia, porém, Winnie realmente falou demais. Quer dizer, muita informação de uma vez só, coisas que beiram o completo absurdo para Fabíola, mas que a psicóloga tem o dever de acreditar na palavra da paciente para preservar a integridade da terapia por sua parte. E no fim, todo aquele absurdo aparentava ser real, devido a uma prova concreta, apesar de não muito clara fornecida por Winnie. Esse é o tipo de coisa que se vai contando por partes. Mas enfim, já estava feito.

- Gilatina? Então você testemunhou aquela criatura misteriosa? Eu estava em Lilycove, inclusive para tirar umas férias no dia em que a tal criatura apareceu. Era um monstro assustador, colossal. Mas se você conseguiu lidar com ele, significa que você realmente tem feitos de grandiosidade em suas experiências. Talvez você consiga proteger esse seu amigo. - Fabíola voltava a se endireitar em seu assento, voltando a sua postura normal antes de perdê-la para a enxurrada de absurdos de Winnie, voltando com o seu olhar preciso e penetrante para a paciente.

- Claro, excesso de confiança não é algo que se deve ter, mas também não se deve ficar sem confiança quando está prestes a fazer algo muito difícil. Sabe o que você pode fazer? Se preparar para o pior cenário. Não por pessimismo, mas por realismo. Pode acontecer de você e seu amigo serem derrotados pelo Mewtwo, então porque não pensar em um jeito de escapar e sobreviver caso isso aconteça? - O contato visual de Fabíola persistia.

- Por que você não pensa mais no seu amigo enquanto estiver lidando com o tal do Mewtwo? Pense que você está ajudando o seu amigo, assim é possível que não se torne pessoal, que você não entre em uma espiral de vingança. Até porque o Mewtwo ainda não foi atrás do seu amigo, certo? Logo você não tem o porquê de se vingar. - Então Fabíola fitava as seis Pokébolas e se levantava de sua cadeira: - Me segue, eu quero vê-los. - Ela dizia claramente se referindo aos Pokémon.

Em um breve "corte" psicóloga e paciente saíram do consultório e pegaram o elevador de volta ao térreo. Passaram pelo saguão principal e seguiram por um extenso corredor em direção a parte de trás do prédio, que dava em um pequeno jardim, pequeno no sentido que era até que modesto para um prédio de certa imponência que nem aquele.

- Esse lugar deve estar vazio por um tempo, então vamos ter um pouco de espaço.


Progresso - Winnie :


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