Eu devo admitir uma coisa: é sempre um pouco engraçado ver a ingenuidade daqueles que não são treinadores. Sempre parece que eles não sabem de algo que é essencial a nós! Tudo parece muito complexo, como se eles fossem higienizados da realidade super-poderosa dos pokémons, então tudo é muito ~fantástico~ ou ~muito forte~. Por isso, dei uma risadinha quando Fabíola disse que Gilatina era um colosso assustador, afinal de contas, ele não devia ser mais que um bebê chorão.
O Gelatino? Esse também não era dos mais fortes, mas ao menos tinha em si um ódio genuíno. Agora, de experiências grandiosas eu concordo: os monstros sempre são beeeeem grandes.
- Não é tão assustador quanto parece, na verdade. O Gilatina, por exemplo, é grande mas não é dois - O risinho desapareceu, porque, apesar da frase de efeito, eu estava falando muito sério - É pior quando são vários... é bem pior. Mesmo que enorme e super-poderoso, a gente nunca enfrenta uma criatura dessa de frente, sabe? Felizmente a vida me ensinou a ser covarde e é sempre algo injusto como um seis contra um. Nessas horas eu penso que o Mewtwo também deve ser assim, já que ele é extremamente solitário...
Um pequeno estalo veio na minha cabeça: eu sempre esqueço aquilo que aprendi em Galar, mas a Energia Dinamax é sempre absorvida de forma individual e egoísta, por isso esses monstros tenebrosos que surtam, crescem e apavora, são sempre os solitários. Parece até uma crítica social foda: quanto mais você se isola, mais frustrado e perigoso pode ficar. Apesar de parecer, não acho que seja bem assim...
... não sei, a energia de Dynamax me parece mais causa da catástrofe do que a consequência, talvez seja uma forma de Arceus extravasar o excesso de energia no mundo sem botá-lo de fato em destruição. Alguns lugares em Vulcões, Terremotos, Tsunamis... aqui?! Aqui a gente tem fúria lendária. O Celebi mesmo, ele não nos atacou em resposta ao desmatamento?! Parece-me muito um desastre "natural" que é consequente da atividade humana, tal qual o Mewtwo, só que sem a parte Natural, que, sinceramente? É o que mais me assusta.
- Mas eu acho que você ta certa, eu penso assim na maioria das vezes. É possível? Não sei, mas é importante que eu não desperdice minha vida indo lá sem preparo algum... - Minha voz já tinha perdido o tom eufórico e ganhado o melancólico, mas nada muito chamativo - Só que as vezes eu surto e fico pensando que vou morrer. Quer dizer, vem sempre o pior, sabe? E se... - Parei a frase por ai, percebendo que se eu entrasse nisso, cairia numa espiral.
Suspirei, larguei os ombros e peguei uma esfera de cada vez, botando-as no bolso. Não sei o quão saudável é evitar pensamentos, mas NESSE MOMENTO não vou fantasiar demais. Preparação não passa tanto pela criação de medos idealizados. Segui Fabíola quieta, olhando atentamente a pokébola de Jellicent, que fora a única que restara na minha mão, já que botei todas as outras no bolso da mochila. Num momento, apoiei-a na testa e dei-lhe um beijo, já que Freya nunca me deixaria dar um beijo de verdade nela; é sempre pelo dispositivo.
Já lá embaixo, no jardim, não me preocupei muito em aproveitar o cenário: não que não fosse bonito, mas tudo estava tenso demais ao meu redor para que a beleza fosse apreciada. Lá embaixo, liberei Jellicent sozinha, revelando a fantasmagórica Freya:
- Você disse que quer conhecê-los, né? Tem alguns que eu também queria conhecer melhor... - Dei uma suspirada, vindo na mente a imagem de Araquanid na cabeça - Mas antes, eu queria falar dela - Apontei pra Freya - E ouvir sua opinião. Você conhece mais ou menos as tendências de um Jellicent?
Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 06
O Gelatino? Esse também não era dos mais fortes, mas ao menos tinha em si um ódio genuíno. Agora, de experiências grandiosas eu concordo: os monstros sempre são beeeeem grandes.
- Não é tão assustador quanto parece, na verdade. O Gilatina, por exemplo, é grande mas não é dois - O risinho desapareceu, porque, apesar da frase de efeito, eu estava falando muito sério - É pior quando são vários... é bem pior. Mesmo que enorme e super-poderoso, a gente nunca enfrenta uma criatura dessa de frente, sabe? Felizmente a vida me ensinou a ser covarde e é sempre algo injusto como um seis contra um. Nessas horas eu penso que o Mewtwo também deve ser assim, já que ele é extremamente solitário...
Um pequeno estalo veio na minha cabeça: eu sempre esqueço aquilo que aprendi em Galar, mas a Energia Dinamax é sempre absorvida de forma individual e egoísta, por isso esses monstros tenebrosos que surtam, crescem e apavora, são sempre os solitários. Parece até uma crítica social foda: quanto mais você se isola, mais frustrado e perigoso pode ficar. Apesar de parecer, não acho que seja bem assim...
... não sei, a energia de Dynamax me parece mais causa da catástrofe do que a consequência, talvez seja uma forma de Arceus extravasar o excesso de energia no mundo sem botá-lo de fato em destruição. Alguns lugares em Vulcões, Terremotos, Tsunamis... aqui?! Aqui a gente tem fúria lendária. O Celebi mesmo, ele não nos atacou em resposta ao desmatamento?! Parece-me muito um desastre "natural" que é consequente da atividade humana, tal qual o Mewtwo, só que sem a parte Natural, que, sinceramente? É o que mais me assusta.
- Mas eu acho que você ta certa, eu penso assim na maioria das vezes. É possível? Não sei, mas é importante que eu não desperdice minha vida indo lá sem preparo algum... - Minha voz já tinha perdido o tom eufórico e ganhado o melancólico, mas nada muito chamativo - Só que as vezes eu surto e fico pensando que vou morrer. Quer dizer, vem sempre o pior, sabe? E se... - Parei a frase por ai, percebendo que se eu entrasse nisso, cairia numa espiral.
Suspirei, larguei os ombros e peguei uma esfera de cada vez, botando-as no bolso. Não sei o quão saudável é evitar pensamentos, mas NESSE MOMENTO não vou fantasiar demais. Preparação não passa tanto pela criação de medos idealizados. Segui Fabíola quieta, olhando atentamente a pokébola de Jellicent, que fora a única que restara na minha mão, já que botei todas as outras no bolso da mochila. Num momento, apoiei-a na testa e dei-lhe um beijo, já que Freya nunca me deixaria dar um beijo de verdade nela; é sempre pelo dispositivo.
Já lá embaixo, no jardim, não me preocupei muito em aproveitar o cenário: não que não fosse bonito, mas tudo estava tenso demais ao meu redor para que a beleza fosse apreciada. Lá embaixo, liberei Jellicent sozinha, revelando a fantasmagórica Freya:
- Você disse que quer conhecê-los, né? Tem alguns que eu também queria conhecer melhor... - Dei uma suspirada, vindo na mente a imagem de Araquanid na cabeça - Mas antes, eu queria falar dela - Apontei pra Freya - E ouvir sua opinião. Você conhece mais ou menos as tendências de um Jellicent?
Treinamento #Staryu #Eelektross #Pincurchin 06