Pokémon Mythology RPG
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~ O que é uma Aventura? |02| ~

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Era evidente que a conversa com Tom movimentava as casinhas internas de Leander, não havia como nosso treinador deixar de pensar sobre sua relação com a própria família e avós. Inspiração, porém, seria a principal sensação que o rapaz encontrava com a relação familiar do novo amigo. Apesar das neuroses que Leander possuía ao cobrar-se de seu próprio envolvimento com a família, ele ainda compreendia que sua parte poderia ser feita de diferentes formas e ao próprio seu tempo. O importante era nunca abandonar ou esquecer. Ao menos era esse o ensinamento que ele viria a cultivar melhor nos próximos dias.

''Quero ser um neto como você quando crescer,'' sorriu consigo enquanto respondia a Tom. Sem dar muita atenção as próprias palavras, era aquele um sincero comentário em meio as batidas de pé. Sua cabeça estava muito concentrada em continuar a tarefa do momento - pouco conseguia pensar em algo diferente - talvez fosse o sangue Ottocard falando mais alto outra vez.

Ver o trabalho em equipe de seus parceiros Pokémon fazia igualmente bem ao coração do rapaz. Percebia que era importante ter paciência e tomar proveito dos futuros treinamentos para que passassem um tempinho se conhecendo melhor e fortalecendo seus laços. Ainda assim, a ideia de ir até o monte Coronet se tornava mais palpável do que somente planos esboçados de seu futuro. Notredam, como sempre, era muito maturo aos olhos de Leander; Starly, sem sombra de dúvidas, continuava sendo aquele tanque de energia caótica, não havia como não contagiar Leander e deixar de arrancar dele sorrisos e risos; Shellos, para o sossego do coração do rapaz, parecia estar se adaptando bem e até continuando a demonstrar sua meiguice.

''Qual a nossa próxima missão?'' ajeitava suas mangas, se colocando disposto mais uma vez. Leander estava preparado junto aos seus companheiros para o que fosse preciso.

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– O próximo passo é descer com essas coisas até o quintal. Vejamos... – o jovem olhava as pilhas separadas e os demais objetos nos arredores, procurando inspiração – Se achar que facilita, tem aquelas sacolas e caixas ali que podem ajudar a levar as coisas em uma viagem só, se for mais comodo pra vocês – por "vocês" entenda-se Leander e os Pokémon – Fiquem bem a vontade pra acharem a forma mais confortável. Se precisarem de ajuda é só falar, enquanto isso vou ajudar Timburr a descer os cavaletes.

Fazendo como disse. Tom botava um par de cavaletes debaixo do braço e se dirigia para o andar debaixo. Timburr já tinha descido dois daqueles no minuto anterior, restando apenas mais alguns cavaletes menores que logo seriam buscados pela dupla da casa.

A Leander e seu time ficavam objetos menores e soltos que podiam caber nas sacolas retornáveis e caixas de tamanho pequeno que haviam ali pela sala, se achasse que facilitaria. De fato a parte mais complicada de fazer talvez fosse descer pelas escadas, pois Starly e Shellos poderiam, no máximo, deslizar sacolas e caixas pelo chão; os degraus certamente seriam uma tarefa mais fácil para as pernas de Leander e a flutuação de Notredam, mesmo que ele tivesse um peso extra de uma sacola cuja alça pendurasse os objetos em seu corpo, por exemplo.





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''Starly, Shelos,'' Leander chamava a atenção dos pequenos, ''podem ir na frente, deixem as escadas para Notredam e eu.''

Leander tomou cuidado para organizar os produtos nas caixas, focando em garantir que não acontecesse nenhum desastre com as tintas ou outras soluções. Enquanto isso, conforme os pequeninos tinham abertura para ir em frente, Notredam auxiliava ao colocar os pinceis nas sacolas retornáveis. Sabe, por mais que Leander estivesse contente de estar ali, o rapaz parecia entender um pouco mais as expressões de Tim ao descobrir que haveriam reforços na tarefa.

Uma vez que tudo estivesse empacotado, Leander e Notredam desceram as escadas. Um carregava as caixas com os produtos, enquanto o outro flutuava as sacolas leves andar a baixo.

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É, Tim tinha lá uma pontinha de razão em sua satisfação de não participar da organização das coisas, pois era um trabalho braçal que, apesar de rápido, podia ser um pouco entediante. Mas, o que estava por vir talvez compensasse um pouco as coisas.

Leander e Notredam desceram com suas coisas e encontraram a família no quintal terminando de preparar o ambiente. Bem no meio da grama tinham montado um semicírculo com os cavaletes e quadros separados em pares, com um cavalete de altura mediana e outro mais baixinho, que os Pokémon podiam alcançar. Berta e o neto mais novo tinham feito sua parte também, espalhando alguns banquinhos de apoio nos arredores.

A anfitriã já sorria, contente sob os tons alaranjados do entardecer, e ia receber os itens que Leander e seu Pokémon levavam. Ela própria também começaria a distribuir aqueles itens entre os cavaletes, de modo a ficarem o mais acessível possível para todos.

– Muito obrigada, querido. Agora venham, escolham um par de quadros e arregacem as mangas! – ela mesma já tinha um lugar marcado por Romildo que, conhecendo as rotinas da artista, sabia o que fazer – A princípio eu costumo trabalhar num quadro e Romildo em outro, mas vocês fiquem à vontade pra se misturar com seus Pokémon, como preferirem. – o inseto companheiro de Berta também tomava iniciativa de pegar tintas e preencher sua paleta, mas ele não usaria pincel e Leander logo descobriria que o ancião usava sim suas antenas e as mãos para pintar, algo que o Kricketot de Tim imitava – Não temos regras aqui, pois a arte é liberdade. Aproveitem o clima e o ambiente, absorvam e desfrutem da paisagem e das sensações à sua volta. Retratem o que desejarem!

Com tudo armado, Berta assumia sua posição enquanto os netos preenchiam suas paletas: Time compartilharia a dele com Kricketot, enquanto Tom montaria uma para si e outra para Timburr, que por sua vez era mais adepto aos pincéis. Tanto quanto na cozinha, ali Berta também era ágil e, como uma alquimista, misturava cores na paleta até assumirem os exatos tons quentes do céu do entardecer, dando um primeiro indício do que ela poderia pintar.

– Leander, se precisar de ajuda com as cores, é só falar. – pois como disse a maioria das tintas eram de cores primárias, preto e branco, havendo só umas outras tonalidades mais excêntricas, como um verde bem chamativo, um rosa choque... Coisas assim – E não se acanhe, se quiser que seus Pokémon pintem sozinhos, tem mais quadros ali na cozinha pra eles, fique à vontade!

– Uhum! Isso mesmo, querido. E pode usar os dedos, ao invés dos pincéis, se esse for seu estilo de arte. Cada um tem seu jeitinho.

Então, era hora de por a mão nas tintas. Shellos, Starly e Notredam pareciam ansiosos pelas próximas orientações.




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Leander ouvira com atenção todas as instruções de Berta, bem como ficou atento a disponibilidade de Tim para ajudá-lo, ''Entendido,'' assentia com sua cabeça e logo arregaçava as mangas de sua camisa, ''obrigado'' - arrumava seu óculos logo sorrindo - ''daremos nosso melhor.'' Bom, essas foram as palavras do rapaz, mas não é como se ele sentisse tanta confiança em realizar uma atividade artística, era hora de ficar nervoso. Talvez teria realmente neurotizado demais o momento se não fosse por seus fiéis escudeiros, afinal, logo vinham os três parceiros de Leander compartilhar um pouco de suas energias positivas. O sorriso bobo da pequena Shellos, o olhar confiante do ousado Starly e a encarada empática de Notredam certamente eram fortes o bastante para se oporem aos nervos do treinador.

Se viu logo pensando, Não posso usar muitos de seus materiais, seria abusado de mais de minha parte... Compensar, tenho de compensar de alguma forma. E sem grandes delongas, logo teve uma ideia ao ter um vislumbre interno de todos os quadros que enfeitavam a casa de Berta.

''Venham cá,'' dizia baixinho ao chamar seus Pokémon, ''equipe, é hora de exercitarmos nossas habilidades de trabalhos grupais. Faremos quadros para guardar importantes recordações, sem deixarmos de nos divertir!''

''A ideia é a seguinte...'' Leander cochichava com os três, depois do plano explicado, logo foi para a cozinha buscar mais dois quadrinhos e voltara ajeitá-los nos cavaletes. Arrumou em seguida as cores na paleta, por mais que não soubesse perfeitamente as combinações, Leander sempre foi um aluno bom o bastante para conseguir se orientar ao mínimo de sua necessidade e, já de se esperar dos Ottocards, não poderia fraquejar e qualquer área de seus estudos mesmo quando jovem - ao menos foi assim que sua mente se moldou - tendo de ser muito diligente. Uma vez que os Pokémon ajeitaram-se em suas posições, o plano de Leander entrou em ação.

Com o intuito de retribuir o carinho da família de Berta e também criar recordações queridas para seu time, o rapaz instruiu que pintassem três quadrinhos. Entretanto, todos deveriam serem pintados em grupo.

Um quadro seria feito com a participação de todos, Leander pediu que nesse quadrinho expressassem tudo que queriam, intercalassem seus traçados com respeito a vez de cada e com todo coração. Esse quadro representaria a união de todos, os laços que uniam-nos no presente.

O segundo quadro seria feito somente com os Pokémon de Leander, ele pediu expressassem na telinha o quão queriam conhecer novos amigos, novos Pokémon, um quadro feito para aqueles esperando lá no futuro.

Já o último quadrinho era ainda mais especial, seria feito por toda a equipe, juntos com algumas orientações e auxílio de Leander, pintariam a casinha de Berta com todo mundo se divertindo lá fora, inclusive a equipe, um quadrinho de uma arte simples mas de coração. Esse último seria uma recordação cheia de afeto, deixada para lembrar que todos os ''Ottocards'' ali guardariam aquela família no coração com muita gratidão e estariam sempre lá de um modo ou de outro para o que precisassem.

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A ideia vinha fácil em uma mente criativa e a resolução era igualmente criativa. A propósito, criatividade é o que precisaremos de agora em diante para transformar as palavras em imagens e então vislumbrar os resultados, porque eu mesmo não disponho de ferramentas de desenhos para fazer jus à arte.

Por partes, vamos trabalhar o primeiro quadro aqui. Por se tratar de uma representação mais íntima do presente daquela equipe, com cada um dando seu toque pessoal na pintura, nada mais natural do que cada um também escolher suas cores e métodos de pintar, não é?!

O hiperativo Starly não podia não ser o primeiro. Sua cor era nada menos que o primário e vibrante vermelho, cor que em si representava muito de sua personalidade, mas também traduzia um desejo íntimo que ele tinha desde já, afinal esta é a cor da crista do imponente Staravia, sua última evolução. Ágil e prático, Starly sujou os pés na paleta e literalmente os carimbou na metade superior da tela. Sem receio ele também sujou as pontas das asas e, com elas, deixou parte de suas penas impressas ao lado de cada pé, como se fossem pézinhos de Hermes, o Deus Mensageiro e das Viagens.

Shellos vinha em seguida, depois de ter circulado entre a família de Berta que lhe acolheu gentilmente até hoje. A aquática trazia na boca uma tampinha contendo duas cores que não tinham sido bem misturadas ainda, rosa de um lado e azul do outro, mas era bem essa sua intenção a princípio, pois uma cor era sua própria e a outra do mar. Seguindo o exemplo do novo parceiro, Shellos também não se acanhou de sujar as mãos na tarefa e também usou isso para deixá-las marcadas quase ao centro da tela, mais abaixo do que Starly fez. O formato simples e estreito do desenho deu a ele uma silhueta que lembrava um coração, metade de uma cor, metade de outra, mas no meio formando um delicado tom de lilás na mistura.

É claro que Notredam era o mais paciente, ficando por último - entre os Pokémon - de propósito. Ele não estava pronto quando chegou sua vez, mas já sabia cada passo que ia dar para deixar sua marca e assim o fez em questão de segundos. Flutuou entre as pessoas e pegou da mesinha de Berta um pincel de ponta arredondada, pois era elegante demais para se sujar e meticuloso demais para se permitir ser lavado e polido depois caso o fizesse. Da paleta de Timburr ele apanhou uma tinta metálica cujo tom de azul lembrava o do seu próprio corpo. Mirou a parte inferior do quadro, que ainda estava em branco, e usando seus poderes psíquicos conduziu o pincel e com ele desenhando meia dúzia de esferas dispostas em elipse, somo se tivesse tentado se representar na base do quadro.

Arrisco dizer que esse era um quadro bastante simbólico em diversos aspectos, mas afinal a arte costuma ser bastante subjetiva, não é?!
Bem, restava a Leander dar sua contribuição naquele quadro.

Total: 1 de 2.


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Uma letra? Não, não não não. Uma estrela? Em cima... Em baixo? Não. Quem sabe algo nas bordas? Ver a expressividade lúdica de seus companheiros fazia com que Leander se sentisse perdido, o seu toque deveria ser capaz de abraçar os sentimentos de cada Pokémon ali. Era a famosa vontade de tentar agradar de uma forma propriamente sua, algo que fazia Leander sentir calor mesmo em meio aos ventos daquele final de tarde.

A forma resultante da pintura de seus amigos era única, para o treinador era mais do que um tesouro. Afinal, talvez não fosse a intenção gerarem aquela combinação de símbolos e cores, mas o resultado era deveras provocativo para o lado sentimental do rapaz. Haviam asas, um coração e uma poderosa fundação. Como ele poderia agregar? Qual era a resposta que buscava impacientemente com as batidas de seu pé?

Leander estava prestes a se sentar no banquinho mais próximo quando deixou cair um frasquinho ainda fechado de tinta, quando se moveu para pegá-lo, sem se dar conta havia parado atrás do cavalete. Para um louco fazer loucura basta apenas ver o mundo de um jeito diferente. Uma ideia um tanto caótica, mas, que nesse momento, certamente parecia um caos bem vindo no coração do treinador. Havia enfim tido sua grande ideia.

Pegando um pincel mais gordinho carregou-o, sutilmente, de tinta amarela. Ao redor do desenho de Shellos, Starly e Notredam, Leander pressionou o pincel e acompanhou o gesto com umas leves giradinhas de sua mão. Tentava passar as perspectiva de fogos de artifício dos quais se poderiam ser confundidos com estrelas. O toque especial foram algumas passadas de seu dedo indicador, deixando as estrelas com pequenas texturas de suas digitais. Ainda assim, deixou alguns espaços em branco no quadrinho. Quem sabe no futuro os novos companheiros da equipe poderiam fazer algumas contribuições?

Mas te digo, a verdadeira ideia do rapaz não foi fazer algumas estrelas explosivas deu afeto. Após essa sua última contribuição, Leander olhou para Notredam e pediu com um sorriso, ''Preciso de sua ajuda, amigo'' - erguia o quadro cuidadosamente com uma mão - ''consegue me dar uma forcinha para diminuir o peso e firma-lo em minha mão?''

Notredam não precisaria de muito já que seu treinador usaria uma das mãos para ajudar a sustentar o quadro, porém a energia psíquica do Pokémon era indispensável para que Leander pudesse se concentrar na arte que fazia logo no verso do quadro. Com trocas de tinta preta para branca, o rapaz desenhou no centro do verso um Unown de olhar alegre, cercado por algumas vibrações do pincel, escondido nas costas daquela bela obra. O gesto não era uma forma de dizer que não se sentia parte do todo, muito pelo contrário. Sua forma de se representar era um meio de dizer que estaria sempre lá, orgulhoso de seu maior tesouro e, por trás de qualquer neura que esconda sua verdadeira forma de ser, estaria um sorridente e singelo alguém.

No final Leander estava um pouco preocupado com a reação de seus Pokémon, curioso para ver como reagiriam perante suas escolhas. Deixou o quadro descansando e alongou-se um pouco, se preparando para as pinturas restantes.

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Leander dava os toques finais à sua maneira, um tanto mais expansivo, vibrante e envolvente, como se fosse a substância que definitivamente unia as representações dos demais e, ainda que retratasse o presente, à sua maneira simbolizava já sua perspectiva pro futuro, pois ainda tinha espaço para muitos mais. A imagem deixada no verso era praticamente o seu próprio easter egg, e dava ao quadro literalmente uma camada a mais de significado.

– Uh! Interessante e criativo! – Berta os pegava de surpresa, observando à uma certa distância com um largo sorriso no rosto – É raro ver os jovens se aventurando nas artes mais abstratas. – acenava positivamente, os parabenizando.

Os próprios netos de Berta seguiam com suas pinturas bem mais sérias. Tim ainda estava longe de ter uma imagem definida, mas se esforçava para desenhar contornos das figuras que pretendia ilustrar. Tom já parecia ter um pouco mais de prática e nem usava contornos, apenas técnicas de sobreposição de cores, sendo a falta de traquejo com os pincéis o que mais denunciavam sua inexperiência com as pinturas. Porém, no fim a arte é sempre subjetiva, sem certos ou errados, principalmente nesta situação aqui.

Agora, com o primeiro quadro do quarteto finalizado, era hora de focarem-se no segundo. A proposta inicialmente não era tão diferente da primeira, mas intenções por trás eram, bem como o tempo ao qual se referiria: um futuro em perspectiva. Conceitos ambiciosos de se explicar para Pokémon tão jovens, mas não impossível.

Starly tomava a iniciativa novamente. Suas asas e pés tinham sido parcialmente limpos num paninho de apoio que Berta tinha deixado por lá para todos usarem. Agora a cor escolhida pelo voador era o amarelo, mas a técnica usada era essencialmente a mesma: pincelar a tela com as asas. Fez isso em pontos aleatórios próximo à base da tela, formando ângulos opostos que, na mistura do amarelo com o vermelho que ainda havia nas penas, deu a impressão visual de pequenas explosões. Estaria dizendo que ia explodir os novos companheiros? Hmm... Acho que não. Deve ser mais a sua forma de representar novas batalhas, de repente.

Shellos se pôs a desenhar quase que ao mesmo tempo que Starly e também seguia nos tons parecidos, trocando apenas o azul por um mais roxo. Com a outra metade do corpo livre de tinta, Shellos se grudou na borda da tela. Com as patinhas dianteiras embebidas em tintas desenhou um semicírculo colorido, com a concavidade voltada para baixo, e gotinhas de tinta escorrendo delicadamente. Era como se o semicírculo quisesse abraçar o que estava abaixo, ou proteger feito um guarda-chuva.

Outra vez, Notredam observaria tudo com atenção e seria o último a agir, quando os demais se afastassem do quadro. Seu retrato seria de certo modo uma representação do que ele fazia desde agora. Com um pincel redondo e tinta amarela, desenhou uma elipse de cada lado da tela. Um pincel de ponta delicada e tinta preta traçariam uma linha vertical no centro das elipses. Olhos! Notredam desenhara seus próprios olhos, dizendo claramente que adoraria ver e observar os outros.

O que tudo isso tinha a ver com o futuro e novos companheiros de equipe? Bem, talvez o grande espaço em branco no meio da tela seja a forma mais pura dos Pokémon representarem isso. O futuro era uma tela em branco, mas todos os três estavam abertos ao que estava por vir.

Total: 1 de 2.


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Uma riso respingou com orgulho no rosto de Leander assim que ouviu o comentário de Berta, não havia nada mais precioso do que uma aprovação carinhosa de uma especialista como aquela senhora. Ao menos era, assim, o que o ressoava no peito e rosto do rapaz.

''Obrigado,'' respondeu, ''nosso trabalho em equipe parece estar tirando o melhor de todos nós.''

''Mas, pelo visto, tenho muito a aprender com os mestres,'' comentava logo em seguida, assim que vira os herdeiros da paixão de Berta não havia como deixar de se admirá-los.

Foi quando o segundo quadro começava a ser pintado que Leander acomodou-se em meio grama, no intuito de disponibilizar o banquinho para os pequenos, observando com ainda mais atenção a arte de seus Pokémon. Era de fato preocupante imaginar que Starly queria explodir os futuros amigos? Era. Entretanto, observando bem, parecia que o pequeno estava é verdadeiramente empolgado de encarar qualquer parada. Starly era realmente uma baita fonte de energia.

Shellos e Notredam, igualmente ao pequeno Starly, surpreenderam o treinador. Ambos pareciam bem decididos de suas vontades, das quais afagavam o coração de Leander sem mais nem menos. Que reconfortante~ Shellos definitivamente seria uma companheira importante na jornada de qualquer um. Sem sombra de dúvidas, aqueles que mais são feridos realmente podem se tornar os que mais desejam proteger. Até das dores surgem sorrisos, não é? Parece que Leander aprenderia muito com a pequena Pokémon, quem sabe compreenderia melhor seus próprios avessos, pai e mãe Ottocard. Ah, claro, Notredam, também, como sempre, era preciso. Não podemos nos esquecer das inúmeras encaradas misteriosas que o Pokémon espelho jamais deixou de promover. Impressão minha ou reflexão dele? Bom, o grupo crescia com muito carinho.

Berta, Tom e Tim, cada um vinha a agregar na jornada dos quatro viajantes. Leander jamais chamaria seus novos vínculos de ''network'', porém, não podemos negar que sua atitude de sair em uma jornada repleta de viagens através de cidades turísticas e outros pontos famosos da região, conhecendo e criando vínculos com diversas pessoas habilidosas, seria algo diferente de se não um sonho para aqueles no mundo dos negócios.

Parabéns Ottocard, parabéns... Mas, de verdade, parabéns Leander.

Agora - santo Arceus - vinha o plano do quadro feito para presente. Pegou logo o pincel mais parecido com aquele que Tom usava e, tal qual um Chatot, buscava repetir o melhor possível a técnica de sobreposição de cores. Viria primeiro um lindo azul, o mais próximo que poderia recriar de um anil, e em seguida traria algumas outras cores para enfeitiçar aquele céu. O rapaz queria deixar o desenho da casa de Berta para Notredam, afinal o Pokémon do tipo idoso era muito metódico. As árvores e arbustos pareciam perfeitas para Starly e suas asinhas, deixando para Shellos, assim, não só as nuvens como também o gramado e tudo que ali enfeitava de vida. No final, faltaria apenas a arte realmente abstrata que seriam interpretações dos moradores daquela casinha.


Off :

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Quando o segundo quadro foi concluído, Berta novamente deu uma passadinha para bisbilhotar. Talvez não fosse intencional, mas ela agia como uma professora interagindo com uma turma de alunos concentrados em suas tarefas. Por isso, seus comentários acabavam ganhando um efeito sutil de avaliação o que, consequentemente, também melhorava os efeitos das suas aprovações.

– Uhmmm!! Pelo visto vocês gostam do abstrato e trabalham bem com ele! – pontuava no comentário, sorrindo e acenando positivamente com a cabeça – E mesmo com pouco tempo, você conseguiu estimular seus Pokémon a usarem técnicas diferentes de primeira. Pode parecer besteira. um detalhe corriqueiro, mas é mais significativo do que parece. – apontava para as imagens no primeiro e segundo quadros – Veja como Notredam, um psíquico que está com você há mais tempo, foi bem mais além nas escolhas de cores e nas técnicas. Sendo até o menos abstrato deles aqui, desenhando olhos... Muito bem, todos vocês. – direcionava este último elogio aos Pokémon, em particular.

Foi ao se dirigir para os Pokémon de Leander que Berta os encontrou trabalhando no terceiro quadro. Ali, como ela mesma havia pontuado segundos antes, Notredam com traços um pouco mais firmes e fiéis já deixava reconhecível a figura da casa da artista no fundo azulado que era o céu. Berta não escondeu a surpresa quando compreendeu o que estavam pintando lá, então no instante seguinte sorriu e enxugou algumas lágrimas simpáticas que se acumularam entre as rugas dos seus olhos.

– Ah-haha! Que belo! E que gentil... Muito obrigada por isso. – esticava os braços para dar um abraço caloroso em Ottocard, antes de voltar para os demais e então deixá-lo encerrar sua última obra.

Àquela altura a hora tinha avançado de tal forma que o sol não tocava nenhuma parte daquele quintal e o céu só ainda estava em seus tons mais claros porque o grande astro ainda não tinha se posto lá, no horizonte. As árvores ao redor farfalhavam com uma brisa que se tornava mais constante, mas a árvore mais próxima do grupo parecia farfalhar de modo ainda mais incomum e uma súbita sensação de observação podia causar um estranhamento em quem a notasse.

Total: 1 de 2.

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