7 - Rota 115

O grupinho ficava bem atento ao que Merle lhes ia contando, o gémeo que o questionou abria a boca de espanto e acenava com a cabeça indicando que queria ouvir mais e mais enquanto ele falava. Que criança não ficaria animada ao ouvir uma história sobre um Gyarados de cor especial enorme que super forte!

- Uau!! Você deve ser incrível para ensinar ele tão bem! Você sabe pescar assim tão bem? E você não teve sequer medo do Gyarados? Eles são mesmo assustadores! - dizia o gémeo animado - Você por acaso... Gosta muito de pokémon aquáticos, é? - o garoto questionava o treinador enquanto passava os olhos por todos os seus amigos que arregalavam os olhos surpresos com aquela questão, como se ele tivesse revelado demasiado.

PROGRESSOS:

É, crianças sempre atentam naqueles detalhes que não são exatamente pequenos mas aqueles detalhes que ninguém sequer pensa sobre e este foi só mais um exemplo disto... De toda a história que o treinador contou a criança veio com uma pergunta que Merle não tinha sequer imaginado que lhe pudesse ser questionado naquele contexto.

Mas sim, Merle de facto gostava do tipo água e tinha como um dos seus objetivos do dia, para além de chocar os seus ovos, capturar pokémon aquáticos para fazer parte da sua equipa! Bem... Os olhos do garotinho brilharam quando eles foram questionados se sabiam onde encontrar algum. Ele de facto parecia querer dizer-lhe algo.

- Hey... Eu vou contar-lhe! A gente não vai puder tomar conta dele para sempre mesmo. - o tom dele chegava até a ser um pouco melancólico, o que fazia o restante grupo baixar as caras em direção ao chão refletindo.

- Ok... Pode contar. - respondeu a moça, sendo acompanhada de um aceno positivo dos outros dois.

- Bem... A gente achou um pokémon que meio que ficou preso quando a maré desceu numa meio de um laguinho rodeado por pedras e ele não consegue sair... Íamos ver de chamar ajuda mas a gente não achou nenhum guarda por aqui... Que ajudar a gente?

PROGRESSOS:

Era destino de qualquer treinador acabar em alguma encrenca na maioria das vezes para ajudar outras pessoas, né. Era apenas mais um dia comum na vida do treinador que se via na responsabilidade de ajudar as crianças a resolverem o que quer que fosse o seu problema, para além disso, ele satisfaria a sua curiosidade de saber o que é que eles tinham encontrado se fossem com ele, né?

- Vamos rápido, então! Ele deve estar muito cansado já... - disse o gémeo começando a caminhar na frente deles, sendo seguido pelo grupo em direção a uma área mais rochosa da praia, ao fim da areia . A partir dali eles iriam andar sobre os rochedos, húmidos e coberto de algas, pelo que as crianças sacaram de um sapato especial que era antiderrapante e os ajudava a andarem por ali com menos riscos, ao que tudo indicava eles já estavam bem acostumados a brincar por ali.

Tão habituados que estavam que quase pareciam carneirinhos pulando de um lado para o outro enquanto atravessavam aquela secção - Vamos! Se apresse e tenha cuidado! Você tem um destes? - dizia o de calções verdes preocupado com o facto de que Merle poderia não ter os mesmos sapatos que ele.

PROGRESSOS:

- A gente usa estes sapatos porque as nossas mães obrigam a gente, já que brincamos muitas vezes aqui e podemos escorregar, mas se tiver qualquer sapato que se adapte bem aos terrenos serve. - explicou a moça com um tom bem eloquente.

É realmente não seria preciso nenhum calçado muito especial, mas seguir descalço naqueles rochedos cheios de algas e molhados poderia realmente não ser uma boa ideia já que havia uma grande chance de escorregar se assim fosse.

PROGRESSOS:

Assim que calçado o treinador de lançou aos rochedos. Realmente eles eram um pouco escorregadios, mas nada que uns passos com mais cuidado se certificar que tinha o pé bem assente antes de dar o próximo não desse conta para evitar acidentes.

A travessia não foi muito demorada e eles enfiam saíram em uma outra praia... Na verdade, era a mesma praia só que havia a secção de rochedos entre as duas o que fazia com que aquela zona raramente fosse frequentada, para além disso, os rochedos continuavam mar adentro e rodeavam aquela praia, criando um espaço de água até que bem pequeno na verdade, o que fazia com aquele lugar fosse ainda menos apreciado, contudo, era ali que as crianças costumavam ir brincar e onde acharam o pokémon encalhado.

Assim que pisaram na areia ainda não tinha visão completa do local, pois havia uma espécie de morro que lhes bloqueava a visão, contudo, eles começaram a ouvir vozes - Olha bem o que achamos... Este aqui já é nosso. - então essa afirmação foi seguida de um grito não humano que demonstrava claro sofrimento e agonia.

Mal isso aconteceu, o moço e calções verdes saiu correndo desesperado para saber o que estava a acontecer, enquanto gritava para pararem, mesmo sem saber o que estava a acontecer. Ele logo foi seguido pelos outros que também não se conseguiram conter. Foi então se ouviu mais um grito, agudo e que claramente parecia ao menino que saiu correndo primeiro. Não foram precisos muitos passos para ver tudo que estava a acontecer.

Dois homens grandes e com roupas negras estavam na frente de um pokémon na água que estava claramente desgastado e machucado. O rapaz dos calções verdes estava deitada no chão, mas estava bem, as outras crianças estavam agachadas ajudando o seu amigo a levantar. As crianças estavam em claro medo mas se esforçavam para esconder isso e tentar fazer alguma coisa para ajudar o pokémon e faziam frente aos dois homens que riam da situação, afinal, o que aquelas criancinhas poderiam fazer sozinhas, né.

PROGRESSOS: