7 - Rota 115

- Loudred, estamos quase chegando no pico de poder! Continue com Echoed Voice no Meditite agora!

A segunda rodada já trazia um sabor menos agradável para o lado de Merle que via seu oponente repetir o golpe de poder crescente a cada turno e causando cada vez mais danos, contudo, isso não o faria desistir e logo ele prosseguiu com mais ordens.

Neste turno, apesar da velocidade baixa, Aron era o primeiro a movimentar-se e erguia uma barreira protetora na sua frente, logo a seguir foi o seu parceiro que acertava mais um golpe com sua palma, mas Loudred reagira a tempo e soltava o seu potente rugido bem na cara de Meditite que mal tinha forças para se levantar, contudo, a força que a fita que o amarrava fazia ao apertá-lo fazia-o forcar-se no quão importante era a preserverança em uma batalha se um dia queria ficar mais longe e então conseguia se aguentar no seu último suspiro.

No turno seguinte Rasputin tentou erguer a mesma barreira mas sem sucesso, felizmente, Meditite era capaz de finalizar o seu adversário com mais um Force Palm e assim finalizar aquela batalha. Merle e seus companheiros haviam vencido, apesar do grande desgaste dos dois monstrinhos, e poderia agora ver os dois homens estavam com mais vontade de o ajudar e responder-lhe às suas perguntas que antes.


Campo: Praia de areia fina e sem nenhum obstáculo. Por trás dos oponentes se estende o mar e por trás de Merle existe uma falésia. A praia era fechada por um semicírculo de rochedos.

PROGRESSOS:

A batalha havia sido terminada e tal como "prometido", Merle queria a resposta às suas perguntas. Os dois homens o encaram com uma expressão de "Que saco!", parece que eles realmente não estavam a gostar nada da forma como o treinador lidava com aquela situação de forma tão tranquila, e ele realmente teve a cara de pau de pedir para o ajudarem a tentar levar Wailmer para mar aberto! Uau!

- Ah, garoto... A gente não conhece assim tão bem este local... A gente já viu uns Wingull, uns Corphish e uns Krabby passeando pela praia, mas nada de mais... Tinha uns Magikarp pulando também. Eu ouvi falar que é raro, mas que de vez em quando há quem pesque uns Relicanth por aqui. Mas eu não sei de mais nada. - então ele olhava pro Wailmer - Garoto... A gente ia levar este aqui para vender, então já que a perdeu, vamos só deixá-lo aqui com vocês, quando a maré encher ele deve conseguir voltar sozinho para alto mar, na verdade, acredito que ele só tenha ficado aqui preso nesta zona com muito menos água que precisa porque essas crianças aí o fizeram distrair-se da maré baixando enquanto brincavam com ele, por isso, não é problema nosso.

Eles nem deram tempo para qualquer contra argumentação e simplesmente foram embora, sem olhar para trás por um ínfimo segundo. As crianças pareciam respirar de alívio, ver aqueles homens longe do Wailmer realmente os acalmava, contudo... O problema ainda continuava ali... E a maré não parecia querer encher tão cedo. Será que deveriam se organizar para tentar criar um plano para salvar o pobre Wailmer que ainda gemia de dores, para além de parecer estar bastante seco na área em que não estava em contacto com água.

PROGRESSOS:

A pouca informação que lhe foi dada era mais que suficiente para ele, juntando ao que sabia de quem havia conhecido antes aquela rota realmente parecia ser um local bom para explorar e procurar os pokémon que pretendia.

Mas antes... Ainda tinha o problema do Wailmer, deixá-lo ali não era nada que realmente o moço quisesse, sendo assim, ele ia resolver o problema primeiro, contudo, não haviam muitas alternativas a seu ver pelo que a sua primeira ideia de o pegar com uma pokébola e devolver ao mar, ou quem sabe se o pokémon assim quisesse, continuar em jornada com Merle.

- Hey, Merle! Obrigado por ajudar o Wailmer! Seus pokémon se machucaram muito por nossa causa, né... Olhe, a gente tem estes 3 Oran Berry aqui se quiser usar para curar eles. - dizia um dos gémeos lhe mostrando as frutinhas - E... Bem a gente acha que tem um jeito de ajudar ele... Ali ao fundo, nas pedras tem um buraco debaixo de água só que é muito pequeno para o Wailmer e ele não consegue passar. Quer checar e ver se dá para fazer alguma coisa?

PROGRESSOS:

As frutas foram mais que bem-vindas! Merle logo as aceitou e distribuiu pelos dois pokémon, contudo, havia mais um surpresinha! Rasputin estava animado, quase que explodindo de animação e energia, apesar de ter ficado bastante debilitado, e logo começou a brilhar. Merle logo percebeu do que se tratava aquela luz e em segundos o pequeno Rasputin adquiria um forma completamente diferente e bem mais imponente. Rasputin agora era um Lairon!

Fantástico, mas isso ainda não resolvia o problema que tinham em mãos e Merle estava bem consciente disso, pelo que não se deixava perder muito tempo após a evolução e logo pedia por mais indicações para os jovens.

- Bem... Aqui não é muito profundo nesta hora, mas a gente tem de mergulhar para ver o buraco, por isso, temos de entrar na água. - eles diziam se preparando para tal e logo indo na direção da água, parece que eles estavam mais que acostumados com aquele mar e com o ambiente aquático em particular - A gente tem um respirador a mais para você! Ele não ajuda por muito tempo, só alguns minutos... Não é como aqueles especiais que os treinadores usam sabe...

Provavelmente o treinador não iria querer entrar na água com toda a sua roupa e nem com a sua mochila e pertences, pelo que era melhor ele se "arrumar" para a ocasião antes de se aventurar. Quem sabe até um óculos de mergulho!

PROGRESSOS:

Servia perfeitamente, o óculos apenas facilitaria ao treinador ver o que estava debaixo de água e, dessa forma, se orientar de forma bem mais eficaz enquanto mergulhava. Os primeiros segundos na água do oceano são sempre aqueles momentos em que a gélida água nos faz pensar se realmente era boa ideia entrar ou não, mas nada que alguns momentos para se habituar à temperatura não chegassem para continuar a avançar mar a adentro.

Ainda foi possível andarem alguns metros até que as crianças não tivesse mais altura suficiente para tocar o chão, o que indicava que aquele "charco" realmente não era o suficiente para um Wailmer habitar. Foi então que o próprio Merle perdeu o pé e todos tiveram de continuar a nado, o próprio Wailmer fazia alguns esforços para se ir navegando à superfície, coisa que a sua espécie era conhecida por fazer facilmente devido ao imenso ar que conseguia guardar dentro do seu corpo.

A travessia não demorou muito e em poucos minutos eles já estavam chegando bem perto dos rochedos que se separavam os dois mares e chegou a hora se submergir. As crianças fizeram todas um sinal para indicar a Merle para mergulhar, a esta altura já havia profundidade suficiente para Wailmer submergir totalmente.

Debaixo de água o ambiente era obviamente diferente, os sons pareciam todos mais abafados e era impossível se entender o que qualquer um tentasse dizer. Tanto que uma das estratégias usadas pro treinadores quando batalham debaixo de água é mostrar o número de dedos correspondente ao ataque que pretendiam que os seus pokémon utilizassem. Os óculos ajudavam imenso a ver tudo o que o rodeava, mesmo que nem tudo fosse tão claro quanto isso, mas naquele nível de profundidade as coisas ainda estavam bem claras.

Haviam imensos selvagens ainda passeando pelo local, de início nenhum deles parecia incomodado pela presença de todos ali, talvez já estivessem acostumados com a presença de humanos por ali. Mas então... O que realmente os trouxe ali... Os rochedos continuavam até ao fundo do oceano e a meio realmente tinham um buraco pelo qual nenhum deles teria problemas em passar, contudo, tendo em conta o tamanho da baleia seria impossível fazer a travessia por ali.

Se Merle conseguisse de alguma forma aumentar o diâmetro do buraco aquilo resolveria o problema de uma vez e permitiria ao Wailmer atravessar sempre que quisesse e assim poderia continuar a brincar com as crianças ali na praia. Bem, se ele quisesse discutir alguma estratégia que tivesse pensado com as crianças eles teriam de voltar à superfície, coisas que as crianças se antecipavam e após dar algum tempo ao treinador para pensar fizeram um sinal para voltar a subir e ver o que ele tinha a dizer.

PROGRESSOS: