Treinamento rumo a mega evolução

O Rocket parecia não ter gostado muito de ter a proposta recusada. — Seu merda... Não devia estar tão confiante assim! — O fato de que aquele Rocket não estava completamente amedrontado era um pouco estranho. Apesar do Super Fang ser um ótimo movimento contra Pokémon como o Skuntank que tem bastante resistência, ele está longe de derrotar seu trio. Além disso, você tem vários outros Pokémon guardados enquanto aquele Raticate realmente era o último dele. Era como se tivesse alguma coisa a mais...

— Duplo Take Down nele, rato maldito, vai! — O cara já tava ficando bem irritadiço e começava a descontar no Pokémon dele. Enquanto isso, você via ele colocando a mão em um dos bolsos da calça, mas não parecia que ia tirar nada lá de dentro.

A batalha prosseguia com o Eevee sendo extremamente corajoso, avançando rapidamente num Quick Attack contra um Raticate que estava bem acima dele em termos de força, mas não se preocupando com isso e seguindo seu comando bravamente. O rato quase não sentiu o impacto de corpo do Eevee e o ignorou, como antes, partindo pra cima de Tuntun, tentando derrubá-lo. Ele agarra o gambá com suas patinhas e o arremessa contra o chão, caindo junto dele. Se aproveitando que o Raticate estaria o mais perto possível, o gambá arroxeado apenas abriu sua boca e lançou uma rajada de fogo no rosto do rato, que sentiu um bom golpe e acabou se afastando em seguida.

O Onix reagiu a aquilo tudo, dando um grande grito na direção do rato, que ficava incomodado com o som alto e não conseguia se orientar muito bem, perdendo um pouco da sua capacidade de se defender contra os vindouros ataques.

Em seguida, Eevee olhou para aquele rato com um olhar bem fofinho, acabando por distrai-lo um pouco, impedindo que ele continuasse batendo em Tuntun com força total. O rato balançou a cabeça brevemente antes de voltar o foco em acabar com o Skuntank que havia dado tanto trabalho pro time do Rocket. Novamente, com as patinhas, ele ergueu o gambá e caiu junto a ele no chão. Tuntun acabou não resistindo e desmaiou.

Vendo que o mais novo companheiro havia caído, Onix inspirou fundo e lançou seu Dragonbreath na direção do Raticate, acertando-o em cheio. Por mais que Onix não seja um Pokémon com forte ataque especial ou mesmo que o golpe seja potente, ele acabou causando um pouquinho a mais de dano. Aquele Dragonbreath tinha sido diferente, mais potente que o normal (crítico).

— Boa, Raticate! Viu, garoto?! Eu te avisei pra não ficar tão confiante! — Ele dizia aquilo com um ódio no coração, como se você fosse o maior inimigo dele. Talvez por conta das provocações e por estar levando uma sova do seu time. — Raticate, agora ataque o Onix com um duplo Super Fang! Vamos deixar aquele cachorrinho fracote por ultimo!


Campo: Algum lugar na mata. Maior parte do terreno gramado, com grama alta em alguns locais e árvores ao redor.

— Tsc. — Ele reclamou, ao ver a Piper aparecendo em campo. Quando ele parecia ter recuperado um pouco da autoconfiança, você acabou destruindo tudo enviando mais um pra batalha.

Eevee deu novamente uma investida rápida contra o Raticate, que o ignorava, como sempre, deixando o pequenino sempre irritado e frustrado com isso. Piper já entrou dando porrada, batendo suas asas e criando uma corrente de vento forte e cortante (Air Slash, já que ela não sabe Aerial Ace) e os ventos de navalha foram cortando o rato aos poucos, que grunhia em dor.

O rato avançou contra a serpente de pedra e o mordeu poderosamente, causando grandes danos. Por mais que ele não ferisse diretamente a "pele" do Onix por ser muito dura, causava muita dor nele e seu Onix exclamava com aquela voz bem grave típica da espécie. Em seguida o Onix revidou, arremessando as mesmas pedras que havia arremessado antes, já que não haviam tantas pedras assim nessa mata. O rato aguentou o golpe mas agora estava extremamente ofegante. Ele quase não conseguia se manter de pé.

Com isso, Eevee foi quem deu o derradeiro ataque finalizador. Curiosamente, o pequeno estava tão irritado que deu um poderoso Quick Attack, que na verdade ainda era fraquinho mas mais forte do que antes (crítico). O rato levou uma cabeçada debaixo do queixo e imediatamente caiu nocauteado.

Você percebe que o Rocket não pretendia fugir. No entanto, agora estava completamente a sua mercê. Ele continuava com a mão no bolso da calça, no entanto.


Campo: Algum lugar na mata. Maior parte do terreno gramado, com grama alta em alguns locais e árvores ao redor.

O Rocket dava um sorrisinho. Quando você o mandava erguer as mãos como se fosse um policial, ele o fazia. A mão que estava dentro do bolso da calça saía e, junto com ela, um dispositivo. Era apenas um pequeno dispositivo com um botão único, em arco-iris. Lembrava aquelas chaves de carro com os botões das travas elétricas. O polegar dele estava pressionado nesse botão e, basicamente assim que o Rocket levantou a mão, um outro surgiu, vindo da direção daquele acampamento.

— Que isso? Você apanhou pra esse catarrento? Tá de sacanagem? — Era um Rocket um pouco diferente. Ele tinha roupas brancas em vez de pretas, mas não era um "Admin". Dava pra ver que ainda era um "Grunt" por conta do quepe. Sempre o quepe. Esse outro Rocket olhava pra você. — Escuta, pirralho. Só não se intromete no nosso acampamento. Fora isso, pode dar meia volta. — No cinto do Rocket de branco havia mais quatro Pokémon. — Eu sou o responsável pelo acampamento. Se não quiser que eu chame todos os outros membros e aí você vai ter que lutar contra três, é melhor ir explorar outro lugar desse mato. Estamos entendidos?

— Um pirralho que sabe o que é bom pra si mesmo, isso é novo. — Ele dizia, enquanto você estava recolhendo seus Pokémon. Depois, o Rocket de branco deu um tapa na cabeça do que você havia derrotado, forte o suficiente pra derrubar o quepe dele. — Vê se não compromete a gente de novo, imbecil... Temos coisas importantes pra fazer. — Então os Rockets voltavam ao acampamento, logo depois do derrotado pegar seu quepe de volta do chão.

Uma situação tensa. De fato, se fosse numa situação de um contra um, talvez fosse interessante tentar derrubar a todos. No entanto, o líder do acampamento disse que haveria mais dois além dele. Talvez fosse uma desvantagem grande demais pra um treinador sozinho. Bem, ao menos foi o que Valentain pensou. A realidade, no entanto, não se sabe. Batalha Pokémon de Schrodinger: Não se sabe se ela é fácil ou difícil até que se esteja batalhando.

Conforme o garoto foi se afastando do território que aqueles Rockets tinham clamado pra si, ele foi se embrenhando mais e mais no meio da Ilex Forest. Agora já bem longe daqueles vilões arco-iris, o garoto podia respirar um pouco. Talvez tratar os ferimentos de Tuntun e Onix ou só decidir o que fazer a seguir. Independente de tudo isso, uma coisa parecia estar incomodando os ouvidos do garoto. Bem, na verdade não era exatamente incômodo pois o que ele ouvia era alguém gritando. Não era nenhuma palavra específica, apenas um grito. Vinha da região oeste de onde o garoto estava parado agora. Não dava pra ver muita coisa no meio daquele monte de árvore. Teria que seguir o som pra descobrir o que era... Ou então apenas ignorar e tentar caçar mais Pokémon pra derrotar e continuar seu treino.

Conforme o rapaz foi se aproximando, notava que era um grito feminino. E esse grito também tomava forma. Antes, apenas uma voz proferindo algo que não era possível de discernir. Agora, mais próximo, a voz era alta e clara: — Saiam! Saiam de perto! Eu não sou comida! — Essa voz exclamava, pra alguma coisa. Ainda não havia chegado exatamente no local, portanto apenas podia ouvir.

Mais alguns passos e alguns segundos de tensão por parte da pessoa que gritava para seja lá o quê sair de perto. Então, saindo do meio da mata, o rapaz adentra num local bem peculiar. Era uma clareira, uma das poucas que a Ilex Forest deve proporcionar, já que a densidade de árvores é tão imensa que mal deixa passar a luz do sol. Ali, no entanto, havia um pouco. Então, olhando para a direção da origem do grito, Valentain encontrou uma garota. (Imagem Ilustrativa)

Apesar das roupas meio largadas e até um pouco masculinas, era claramente uma menina, de aproximadamente 16 anos. Não tinha como saber ao certo, mas era a idade que aparentava. Ao lado dela, um Togepi desesperado, correndo de um lado pro outro. A garota estava com um monte de teia sobre suas roupas e, em especial, sobre os pés. Nos pés havia uma quantidade de teia tão imensa que impossibilitava a garota de se mover. Estava caída no chão, enquanto ameaçava bater com a mochila.

Bater em quem, afinal? Bem, nos cinco Spinaraks que estão tentando cercar a garota e o Togepi.


A garota ainda não havia percebido a presença de Valentain ali, já que estava bastante ocupada tentando afugentar as aranhas.