[RUAS DE VIRIDIAN] Work hard, play hard.

A principio, teria uma parceria com Liza, mas até o momento de escrita do Tópico, a ficha ainda não recebeu aprovação. Caso algum Narrador assuma a rota antes de efetivada a parceira, então considerar que Marc a está "esperando", já que a mesma foi encontrar-se com os pais para prestar maiores explicações - consideremos uma rápida separação entre eles. Obrigado.

Queria treinar Febo o máximo possível e esgotaria as possibilidades das ruas de Viridian antes de adentrar sua famosa Floresta e, quem sabe, poderia capturar alguns companheiros no ambiente urbano. Caminhava despreocupado, agora que o pokémon estava cem por cento curado, mas ainda carregava a culpa de tê-lo feito sofrer em seu primeiro combate. A esfera bicolor estava firme na mão esquerda e logo atingiu os céus, depois que a atirei para cima e o feixe de luz fê-se presente e o charmander saiu de sua pokébola.  - Febo, pronto para treinar? Não faremos feio desta vez. A chama da cauda do lagarto brilhou forte e recebi um sonoro "char" como resposta, ele era assim, era calmo e pacífico, mas não perdia um momento de treino. Era determinado e eu me orgulhava disso.

Andava pelas calçadas, beirando as construções que se faziam presentes. Evitava becos e preferia locais menos movimentados, assim, quem sabe, fosse mais fácil de se achar um pokémon livre. Meus olhos estavam atentos e não recusaria batalhas, precisava adquirir experiência tanto para Charmander, quanto para mim mesmo, afinal, o treinador deve ser tão forte quanto seu parceiro. Tinha trazido comigo todo o arsenal que sempre carregava, principalmente algumas pokébolas vazias, já que também estava com segundas intenções. Meu pequeno companheiro acompanhava-me lado a lado, seu tamanho era quase metade do que eu meu, mas sua determinação talvez superasse a minha.

Obrigado por assumir a Rota, Calyce. E desculpa o mau desenvolvimento de minha narração, melhorarei a medida que os posts avançarem.

Viridian estava longe de parece-se com minha cidade natal, Celadon, era pequena e seus prédios não passavam do que seriam tamanhos medianos. Meu objetivo, porém, não era um tour para compras, mas sim encontrar pokémons para batalhar; as vias estavam vazias e os treinadores recusavam-se à um duelo amistoso, era tudo tão pacato que começava a ficar entediado andando por aí. Meus olhos procuraram por charmander e se fixaram na pequena criatura que, quem sabe para passar o tédio, andava passando suas garras na parede, produzindo um barulho que causava leve incômodo. Sorri para o baixinho e voltei a olhar para frente, não poderia ser pego desatento, afinal, segundo informações coletadas, estávamos entrando em uma zona evitada pelos cidadãos da cidade, pois tratava-se de uma área onde os pokémons selvagens começaram a habitar e fazer dali seu local - alguns diziam que era melhor evitá-los a todo custo.

Como eu era um treinador, esse lugar soava perfeito para mim; com certeza faria um bom treino para Febo e, quem sabe, pudesse capturar alguns novos companheiros para esta jornada. A partir de agora, meus passos eram guiados pela sorte, tudo dependia de quem encontraríamos à frente. Novamente olhei para charmander, ainda estava preocupado com ele e não queria vê-lo sofrer novamente, ainda mais estando sozinho; era, porém, esse o motivo de estarmos ali fora treinando, iríamos crescer juntos e não mais precisarei me preocupar com a segurança de meu pequeno.

Seguíamos despreocupados até que encontramos o primeiro sinal do grau de violência do local - uma parede com marcas de sangue. Tentei ignorá-las e seguir em frente, mas o frio na barriga impedia-me de seguir assim tão confiante. Parei para analisar as marcas recém percebidas nas mesmas paredes sujas de matéria orgânica, mas não obtive nenhum resultado positivo, quem sabe fosse obra de alguma gangue local. Febo não demonstrava ter maiores problemas, mas ainda sim eu, como seu treinador, temia por sua vitalidade.  - Garoto, quem sabe nós devêssemos buscar um local mais tranquilo... Pisei na cartela de cigarros jogada ao chão e percebi que estava no que parecia um beco sem saída, o que não seria nada bom se caíssemos em uma emboscada. Olhei para todas as direções e só me restava voltar.  - Ok, vamos tentar evitar cenários de briga, ok?  Recuei alguns passos em minha caminhada, voltando para antes do sangue e tentei continuar a busca em um local que ficasse entre a cidade, caso eu precisasse de ajuda, e não tão dentro da área evitada pelos morados, digamos que me mantinha em um meio termo.

Deixamos para trás o cenário anterior de sangue e pichações e nos concentramos em seguir em frente, claro, evitando ambientes como o anterior. Quem sabe fosse melhor voltar charmander para sua pokébola, ele estaria protegido dentro da capsula, mas até que ponto isso seria viável? Eu procurava por todos os cantos esperando encontrar algum pokémon, desde o chão, até o teto das edificações vizinhas, mas nenhum deles fazia-se visível. Felizmente, começamos a entrar em uma região um pouco mais quente do que antes e, gradativamente, este calor foi aumentando, deixando meu pequeno lagarto a vontade com a situação, parecia tão relaxado que a chama de sua cauda brilhava mais e mais. Devêssemos, talvez, manter o raio atual e não nos afastarmos muito do calor, não queria deixar charmander tenso ou desconfortável.

Devido à quietude, começava a desacreditar no treinamento, quem sabe aquele lugar não fosse assim tão habitada por pokémons e os moradores temiam ao "nada", talvez eu não encontrasse nenhum duelo por aqui, então logo deveria voltar para casa. Começava a desconfiar de que, na verdade, aquela região estivesse cheia de gangues e que isso deixasse tudo aquilo violento e, para não levantar maiores suspeitas, o boato dos selvagens foi espalhado, dando "privacidade" para outros fazerem o que bem entender sem os olhares de civis. Esperava que minhas suspeitas estivessem equivocadas.

Seguia em frente até que meus passos paralisaram-se ao observar a cena que se desenrolava à minha frente - uma pequena trupe corria sendo perseguidos pelos policiais, suas sirenes ecoavam por todos os cantos e, pela frequência, mostravam que estavam próximos. Joguei minhas costas contra a parede e trouxe charmander para próximo de minhas pernas, ocultando nossos corpos na fina sombra que era produzida pelo prédio que eu estava encostado. Controlei minha respiração para que não ficasse ofegante e que se mantivesse calma e em uma compassada. Quando os passos começaram a ecoar mais longe, permiti sair de meu "esconderijo" e vi-me obrigado a tomar uma decisão. Ajoelhei-me quase próximo de uma poça de água - higiene não era prioridade naquele local - para que pudesse igualar minha altura à do pokémon. Meti minhas mãos em seus ombros e olhei-o nos olhos - E então, garoto, o que me diz? Policia e Ladrão ou Esconde-Esconde, qual a sua brincadeira favorita?

Eu não era um Ranger para perseguir os criminosos, mas também não seria covarde a ponto de fingir que nada vi; era, porém, um treinador inciante que quase foi vencido por um Paras na rota anterior, não era especialista em batalhas e só tinha charmander em meu time, estaria sendo novamente imprudente se enfrentasse-os diretamente, pondo em risco meu pokémon e a mim mesmo. Comentava-se que uma grande onda de crimes estava afetando Viridian, o que estava assustando seus moradores e afugentando visitantes, que uma facção estava por trás disso e que também utilizavam-se de sequestros, entre outros crimes. Em fato, essa organização estava tacando o terror na cidade. Se eu os seguisse, poderia descobrir alguma informação importante?

Olhei novamente para Febo, que agitava sua cauda e mostrava os dentes. - Você quer ir, não quer? O charmander respondeu com um "char" curto e grosso, o mesmo que utilizava em batalhas, mostrando sua determinação e foco. Assenti com a cabeça e fui em frente, seguindo pelas vielas daquela região. - Vamos tomar cuidado e seguir pelas sombras quando possível. Esgueirava-nos pelas paredes e tentávamos chamar a menor atenção possível - Fique atento a qualquer movimento, Febo. E, por favor, cuide-se. Tinha minha consciência tranquila, em partes, pois carregava uma pokedéx comigo, e, caso algum policial me confundisse com algum dos bandidos, poderia provar que era um simples treinador pokémon - mas e se o contrário acontecesse? E se ao invés de um Ranger, um criminoso me capturasse? Meu coração começou a acelerar assim que me dei conta da situação a qual havia me metido, mas não importa, tudo daria certo no final.