[RUAS DE VIRIDIAN] Work hard, play hard.

O gélido metal encostou em minha pele e, no mesmo instante, meu ânima escapou de meu corpo. Quando o barulho deixou a arma, senti que era sim meu fim e estava vivenciando meus últimos momentos, como se a morte me permitisse observar as cenas seguintes ao meu falecimento.

…

Não havia morrido. Ao invés disso, presenciava o homem mais magro socar o mais gordo, deixando-o noucateado, estendido no chão. Então, o magro, apanhou a faca do então seu chefe e cortou as cortas que me prendiam, seguindo para a garota que, agora, conseguia ter certeza que se tratava de Liza. A culpa fez-se ainda mais pesada do que antes. Não entendia o que estava acontecendo ali e meu olhar esplicitava isso. Balencei a cabeça, tentando voltar a mim e, então, segui-o, ajudando-o a abrir a porta. Meu coração parecia uma escola de samba; desejava estar sonhando e que, em algum momento, acordasse em uma cama confortável e seguro de qualquer gangue.

Ao abrir a porta, nos deparamos com uma fabrica e, devido a baixa iluminação, não consegui identificar os produtos ali produzidos. O homem havia pedido por silêncio e, por conta disso, controlava até mesmo minha respiração, para que não revelasse nossa presença a ninguém. Havia um segurança em nossa frente, e, pelo que pudemos perceber, outros três no andar abaixo de nós. Tínhamos uma garota desmaiada e eu, um iniciante inexperiênte. Custava-me aceitar que o nosso salvador teria que nos carregar até que estivessemos a salvo.

Recebi, do homem, uma pokebola e a missão de derrotar o grupo abaixo de nós, enquanto ele cuidada do guarda que estava no mesmo nível que a gente. Recebi o objeto e engoli qualquer medo que pudesse atrapalhar. Apanhei a pokedex em meu bolso, buscando maiores informações sobre o pokémon contido na capsula. Tratava-se de um Starmie, um pokémon do tipo oposto ao meu charmander.

Tinha vantagem em relação os growlithes dos homem, persian ficava em um meio termo, já que apresentava o tipo Normal. Respirei fundo e tirei os dois pokémons em minha posse de suas pokebolas. - Starmie, precisarei de sua ajuda. Poderia utilizar Surf naqueles três ali embaixo? Focando principalmente nos pokémons de fogo, por favor? O pokémon rotacionou suas extremidades, brilhando a pedra em seu centro. Abracei meu largato de fogo - E você, Febo, fique de olho e utilize headbutt no pokémon que tentar contra-atacar. Soltei meu pokémon e, gatunamente, nos aproximamos um pouco mais dos pokémons adversários para que o golpe fosse melhor efetivo em relação à mira.

Comandei novos ataques assim que nos aproximamos, em caso de um ataque rápido da outra equipe. - Caso necessário, repita o ataque, Febo e, você, Starmie, utilize Bublle Beam no Growlithe que se mantiver em pé ou então mude para Gyro Ball no Persian. Boa sorte para ambos.

Apenas um novato como eu cometeria tal erro; o pokémon estrela, assim que liberto da pokébola, começou a brilhar, o que revelou nossa localização e fez com que nossa estratégia falhasse, fazendo com que nós nos tornássemos alvos fáceis. Felizmente, Febo, meu charmander conseguiu manter seus ataques em cima do gato, mas os growlithes também conseguiram realizar seus movimentos, o que poderia nos deixar em risco.

Precisava manter o foco na batalha, mas só conseguia pensar em controlar minha respiração - coisa que tentei fazer não uma, mas três vezes durante aquele intervalo de tempo. Para não deixar meus pokémons esperando ainda mais, repeti a última estratégia, basicamente, pedindo para que Starmie utilizasse novamente surf para cima dos cães de fogo, para que pudesse anular suas labaredas e, principalmente, atingi-los em um dano considerável, quem sabe fazendo com que desmaiassem; para se defender do ataque surpresa do gato, no entanto, gritei para que utilizasse Camouflage, afinal de contas, segundo o que eu poderia analisar, existia grande presença de metal ao redor, torcia, portanto, para que o pokémon aquático pudesse mudar seu tipo secundário para um que suportasse um pouco melhor o ataque do tipo noturno; Voltei, etão, minha atenção para a salamandra em minha frente. - Febo, sem mais delongas, growl seguido de headbutt em Persian. charmander respondeu com um “char” curto, parecia focado em seus movimentos. Antes que qualquer um dos cinco pokémons se movesse, consegui rezar um rápido “tomara que dê certo” à qualquer força divina que pudesse intervir na batalha em nosso favor.

A onda de Starmie só não foi maior que a onda de felicidade que preencheu meu corpo, trazendo até mesmo uma certa “tranquilidade”, isso na medida do possível para tal situação. Fiquei feliz por Febo ter percebido o ataque antes que ocorresse, afinal, se aquela onda atingisse sua chama, provavelmente, seria o fim de meu charmander. Recuperei a concentração no gato que avançava para cima da estrela que me foi emprestada, agora, clamufava-se no ambiente, trocar seu tipo foi a melhor escolha como estratégia.

Estava preocupado com Starmie, precisava tirá-la de cena por alguns instantes, mas Charmander não aguentaria confrontar Persian cara a cara, meu pokémon estava mais para um auxílio, como suporte do pokémon aquático. - Febo, continue com seus rugidos, não se deixe levar pelo tamanho de persian. Queria fazer o pokémon de fogo sentir-se confiante em seus próprio ataques; já que, infelizmente, faltava-lhe experiência de combate. - Starmie, recue rapidamente e utilize recover, não te quero com a saúde muito baixa, ok? Assim que se recuperar, utilize swift; já que um banho não basta, vamos fazer esse gato ver estrelas. contava com a modificação do tipo de Starmie para normal para que o ataque funcionasse ainda melhor; já que nem mesmo surf adiantou para nocautear o gato.

Não percebi antes, mas o treinador que me enfrentava, havia deixado seu posto e agora encontrava-se nas escadas, segurando junto a si uma barra de ferro. Além de me preocupar com a batalha, precisaria também me preocupar com ele e ficar de olho para prever qualquer tentativa de ataque por parte dele. Precisava me livrar de um dos dois o quanto antes. Chamei, então, charmander para meu lado, existia, em minha mente, o que seria um rascunho de plano. - Garoto, vamos lá, temos um novo desafio. Vamos deixar esse gato com a Starmie e vamos cuidar juntos daquele homem, ok? apontei discretamente para as escadarias, as palavras saiam de minha boca cada vez mais rápidas e charmander limitava-se a assentir, sem emitir qualquer “char” tão característico daquele pokémon.  - Assim que ele aparecer, quero que utilize ember, mirando principalmente na barra que ele está segurando. Ela é de ferro e esquentará bem rápido, vamos torcer para queimar sua mão e fazer com que ele a solte, ficando desarmado. Cerrei meu punho quase que ao mesmo tempo que parei de falar, estava com um semblante mais sério em meu rosto, esperando pelos próximos movimentos, tanto de Persian, quanto de seu treinador.

OFF: Então, pelo que eu entendi, o treinador estava próximo, certo? Por isso resolvi atacá-lo logo nesse turno; outra coisinha, eu tenho que sair de Kanto e ir em direção à Hoenn, correto? Será que consegues pensar em um motivo dentro dessa trama mesmo e já aproveitar pra levar Marc para lá? Aproveitar que ele já foi sequestrado e tudo mais rs

Persian não suportou o ataque de Starmie e caiu desmaiado; o que levou a nós três a comemorarmos, Charmander parecia realmente contente por poder participar daquela batalha tão tensa e eu, sentia-me muito mais aliviado. Então, tudo aconteceu num piscar de olhos, mas, ao mesmo tempo, a cena desenvolvia-se em câmera lenta, como se todos nós estivéssemos congelados no tempo. O homem que outrora estava sob a mira de Febo e minha própria, agora atacava meu pokémon, atirando-o no chão e nos ameaçando com a barra, dizendo que já havia perdurado demais.

O frio percorreu minha coluna, estava, de certo modo, anestesiado e paralisado pela tensão e gravidade da cena que ocorria logo em minha frente. Queria correr e abraçá-lo, protegê-lo com meu próprio corpo, mas continuava imobilizado, meu peso parecia ser de toneladas, não conseguia mover um músculo qualquer, nem mesmo fechar os olhos para não precisar presenciar aquele momento eu não conseguia. Então charmander rugiu. E a áurea o envolveu, deixando minha visão levemente desconfortável com tamanho brilho. Meu olhos tremulavam e até mesmo marejavam, estava, finalmente, acontecendo, Febo estava evoluindo para sua forma secundária. Seu corpo começou a crescer, assim como suas garras e também o que seria um chifre em sua cabeça. A chama de sua calda intensificou drasticamente sua combustão - Febo estava mais vivo do que nunca. Deixara de ser uma criatura fofa e indefesa para trazer um olhar de intimidante para qualquer inimigo.

OFF: (Charmander virando Charmeleon <3)
enfim, pode modificar o perfil dele?

Peso: 19 kg
Tamanho: 1,09 m
Personalidade: Um pokémon extremamente dedicado e focado, gosta de treinamentos e pega pesado quando está em um. Fora do ambiente de combate é amigável numa medida contida, utilizando-se de uma "máscara" que mostra ser um pokémon sério, reservado e extremamente maduro; digamos que gosta de se portar como o mais responsável entre todos ao redor. Desde que evoluiu, tem ficado cada vez mais reservado e centrado em suas próprias habilidades, desejando sempre ser capaz de superar os desafios a ele impostos. Sua personalidade, em partes, parece com a de seu treinador, Marc, e muitas vezes um é o espelho do outro; essa era uma característica desde que deixou o laboratório para seguir a jornada com seu treinador. Agora, para mostrar compreensão no que é dito por Marc, Febo apenas fecha a boca e assente veemente com a cabeça e, quando em combate, às vezes cerra os punhos para mostrar que está entrando de cabeça na estratégia que lhe foi oferecida. Gosta de agitar sua cauda sempre que está sem fazer nada, fazendo com que fagulhas das chamas se espalhem pelo ar e, com a evolução, seu medo de água e outros líquidos chegou a ser quase nulo. Quase. Há, entanto, apenas um momento que o pokémon se descontrola: este momento é quando deseja defender Marc, quando por ventura o garoto é atacado. Se o charmeleon presenciar essa cena, torna-se sanguinário e começa a atacar o inimigo sem grande ordem racional, utiliza-se principalmente de suas longas garras e de seus dentes, também diferindo golpes com as chamas da cauda quando possível. Só sai de cima da vítima quando a frenesi da raiva passa - o que pode significar o desmaio do oponente (e às vezes, até desmaiado continua a receber golpes do charmeleon raivoso).