Just Smile, Just Learn.

Angelo sentia a emoção e empolgação de sua equipe ao cantarem com toda aquela força de vontade. A voz doce e a voz bricalhona, juntas, formava um potente golpe. Só bastava aprimorar, coisa que seria fácil, já que com todo aquele empenho, o golpe seria aprendido rapidamente.

- Meus parabéns! Vamos mais uma vez com o mesmo exercício. Vamos repetir a rodada anterior, mas peço que cantem com mais voz e clareza desta vez, certo? Depois disso, vamos para o trabalho em grupo, ou seja, vamos trabalhar em conjunto, como uma banda!

A equipe vibrava, liberando um sincero sorriso, que deixava o treinador sem palavras, coçando a cabeça novamente. Aquilo era totalmente satisfatório, ver que até mesmo a Pokémon mais desobediente estava lá, fazendo o melhor para agradar seu mestre.

- Vamos novamente na contagem de quatro segundos! Vamos seguir os mesmos passos anteriores, certo? Baixinha como fundo e Pichu de acompanhamento! Todos prontos?

Após falar isso, Angelo liberava May e Cannibal, que observavam o suposto final de aprendizado do golpe da segunda dupla. Se isso desse certo, o golpe Round seria aprendido rapidamente entre os integrantes do grupo, que se preparavam para uma luta contra Gablo Xavier e um outro garoto de nome desconhecido, com o auxílio de Lysander, um outro menino que Angelo havia conhecido por aí.

Obrigado ^^ Querendo unir, pode unir, fica a sua escolha. Tirar Tail Whip dos dois ^^

Perante a todo o esforço de toda a equipe, Angelo organizava uma espécie de festa comemorativa, mas isso em segredo. Após parabenizar todos os seus Pokémons, que sorriam (vamos excluir Cannibal desta frase) de emoção, Angelo levava-os até a zona próxima da floresta de Viridian. No local, vários tocos de árvores cortados, como bancos, todos cortados por Angelo com uma grande e bela fogueira no meio.

- Esse foi um novo passo para nossa equipe. Com isso, temos um novo golpe, que irá nos fortificar nos duelos. Futuramente, iremos para um duelo com alguns desconhecidos que me comuniquei a um tempo atrás. Lysander, Gablo e tem um outro lá, que eu realmente me esqueci o nome. Vocês estão prontos para o duelo?

Todos respondiam afirmativamente (exceto Sableye, haha).

- Então vamos celebrar, que a nossa luta logo irá chegar!

Aquele dia estava perfeito. Aquela brisa fazia com que os galhos das árvores movessem suas folhas lentamente, uma imagem maravilhosa, perfeita para um descanso. Entusiasmados pelo novo golpe, Holy e May cantava juntos, fazendo Baixinha adormecer em meu colo. Cannibal, sentado em um dos tocos, parecia olhar para o nada. Me aproximei dele, sentando ao seu lado.

- Cannibal, me diga... O que passa por essa sua cabeça? - disse, cutucando a cabeça dele, que parecia ser feita de lata - Como você vê o mundo? Vamos, diga...

O Pokémon permaneceu parado, apenas balançando a cabeça e soltando um pequeno cantarolar, fixando seu olhar em May e Holy, que saíam mata a dentro, cantando com muita emoção. Perdendo-os de vista, retornei rápido Cannibal, deixando as pressas o local, ainda com a fogueira acesa.

Finalmente localizava a dupla, que assistia um grupo de pessoas cantar uma música. Tentei não fazer barulho e voltar com May e Holy, mas ambos se aproximaram demais do outro grupo. Assustado, apareci do nada, recolhendo meus Pokémons. No meio da pressa, um tombo. Havia caído na frente de um grupo de pessoas, e como se não bastasse, ainda deixei cair de meu colo a Vulpix, que se feria um pouco.

- Ai... Minha cabeça!...

Enquanto ainda tocavam o ritmo da música, surgiu um novo garoto, acompanhado por seus pokémons. O treinador começou a correr atrás de seus pokémons para assim retorna-los a pokeball. Ao fazer isso acabou por tropeçar, sabe-se lá em que, e caiu, perto do grupo de amigos que foram interrompidos repentinamente.

Pia assim que viu o garoto, inflou sua face, como fazem os Jigglypuffs quando nervosos, e saltou encima do rapaz, derrubando-o mais uma vez ao chão. A garota tentava mordê-lo, mas uma vez ou outra acabava por gritar a seus parceiros:

- Ladrão! Me ajudem com este ladrão!

Leny e Lysander que não haviam entendido a suposição de Pia demoraram um pouco para reagirem, mas quando o fizeram, conseguiram afastar Pia do garoto. Pia ainda esperneava no ar, mas pelo menos estava longe do garoto.

- Ahh!! Me solte, me solte! - Dizia Pia dando soquinhos nas costas de Leny, que era onde estava sendo carregada.

- Bem... Nos desculpe. - Desculpou-se, Lysander.

- Ela costuma ser assim mesmo. mas é muito divertida também. Alias, ela é Pia, eu sou Leny.

- E eu, Lysander.

Ao fim das apresentações, Leny colocou Pia já no chão, seu cabelo estava todo revirado, então começou a dizer algumas palavras enquanto começava a ajeitar seus fios de cabelo com os dedos de suas mãos:

- Desculpe.

Angelo caía novamente, desta vez por impulso de uma garota do grupo, o acusando de ladrão. Assustado, Angelo acabava por puxar os cabelos da garota, que logo era levada por um segundo integrante do grupo. O "líder", se assim podemos dizer, só se apresentou mais tarde, com um pedido de desculpas e se identificando. A garota era chamada de Pia. O segundo, Leny. E o líder se chamava Lysander.

- Lysander? Esse nome me parece familiar, mas minha cabeça dói muito para eu pensar... Que amiga retardada! - criticava Angelo, tocando a pedra na qual tropeçou para longe.

Angelo se levantava, retirando restos de capim que ficavam presos em sua roupa de inverno. Seu cachecol havia sido rasgado pela garota, motivo mais que suficiente para fazer o garoto resmungar e sair dali com uma cara de nojo. Baixinha, um pouco ferida e assustada pelo tombo enquanto dormia, rosnava bastante, mordendo a perna do segundo membro do grupo, Leny.

Para finalizar a confusão, May se autoliberava, achando que tudo era uma grande brincadeira, pousando no ombro do líder deles, Lysander. A morcega parecia gostar do garoto, e como estava se comportando, foi a única que Angelo permitiu ficar fora da Pokébola, retornando Baixinha.

- Meu nome é Angelo, ora bolas! - falava, tocando outra pedra no chão - Essa daí é a May, minha Zubat. Ela foi chamada de fraca e abandonada num lixão, eu acabei por resgatá-la. Ela parece ter gostado de você, hunf. Vamos May, temos que ir pra cidade, nossa luta com aqueles desconhecidos que mencionei deve ser por volta da manhã. Até logo, pessoas. Desculpe-me pelo incômodo. - completava Angelo, abandonando o grupo se direcionando rumo á cerimônia de comemoração que havia feito antes.

Após o grupo ouvir todas as palavras deferidas pelo jovem garoto, Leny foi o primeiro a esboçar uma reação. Primeiramente afastou a Vulpix, com sua perna mesmo, que agora estava arranhada. Não se preocupou com a dor, por que havia levado a frase dirigida a Pia um tanto quanto mais seria que deveria ser (Talvez sentisse algo pela garota). Sendo assim, avançou contra o garoto e o pegou pela gola de sua camisa e o ergueu enquanto dizia com uma expressão seria em sua face. O lider, propriamente dito era sim Lysander, mas quem na maioria das vezes tinha tal ação era Leny, que era também o mais velho. Em seguida disse:

- Primeiramente! Quem aqui é retardada? Ela já se desculpou! Melhor retirar oque disse, garoto!

- Ei, Ei! Calma, Leny! - Disse Lysander avançando contra o rapaz enquanto tentava colocar Angelo no chão, e assim o fez, fazendo Leny o soltar.

Por fim, após Leny acalmar seus nervos e abaixar o garoto, que agora tinha também sua camisa abarrotada, retornou para perto de Pia, que ainda continuava a ajeitar seus fios de cabelo róseos. O rapaz tentava ajudar a garota, que aparentava desesperada com a bagunça que estava seu cabelo. Porém irritada negou a ajuda enquanto liberava pequenos grunhidos. Nem mesmo escutou a frase de Angelo, então não se sentiu ofendida, ao contrario de Leny. Lysander agora tinha a Zubat de Angelo em seu ombro, então tocou-lhe o ápice de sua cabeça enquanto dizia ao  garoto:

- Você tem uma bela Zubat. São pokemons incríveis. Adoro seres com hábitos noturnos... Alias, você é o tal garoto que me ligou, certo? Bem... Pensei que você fosse... Mais alto, mais forte. Não sei. - Disse o garoto com um fino sorriso em sua face. Talvez toda aquela confusão teria sido engraçada ao seu olhar.

Por mim, depois do post do Matt, você pode narrar, Julieh.

Angelo já estava com o pé na mata, mas fora parado pelo treinador novamente. O treinador, a princípio, fazia uma pausa para elogiar sua, criticando-o sobre sua postura. Finalmente recordava do nome de Lysander: era o garoto cujo, em dupla, Angelo iria lutar. Após se lembrar disso, o garoto provocava o treinador:

- É... Mas a minha ideia de você continua exatamente igual! Você não é nada diferente do que imaginei! Um moleque tonto, idiota com uma cara totalmente feia! Acorda pra vida garoto. Nos vemos no combate, até logo.

Vulpix se autoliberava novamente. A raposa, com uma expressão sonolenta, encarava Leny, retirando o olhar para seu treinador, que estava aparecendo com uma nova personalidade competitiva a algum tempo. Preocupada com o mestre, a raposa saltava no colo da garotinha "retardada", pedindo por carinho. Angelo, ao perceber a situação, tentava retornar a raposa, que insistia em ficar fora da Pokéball.

- Vai ficar do lado deles? Que seja! Vamos, Cannibal, eu escolho você! - dizia Angelo, liberando seu Sableye. - Já que não estamos nos entendendo, que tal jogarmos nossas forças em um combate? Sei lá, como uma espécie de aquecimento? Tenho certeza que Sableye vai adorar fazer um lanche de Pokémon mais tarde, haha. O que acha?

Enquanto o garoto dizia aquelas palavras, Vulpix já havia pulado no colo de Pia, e ali havia permanecido, com a garota acariciando-a. Lysander então levantou a mão, como quem pede para que a outra pessoa se cale e ceda a fala a quem a levantou. Em seguida disse em tom de voz bem alto.

- Bem, você que sabe. - Disse Lysander liberando um fino sorriso sarcástico, enquanto sua expressão era de extrema calma, até mesmo as palavras saiam pausadamente. - Alias... Você me parece bem triste, garotinho. Deveria escolher melhor suas palavras. Antes que eu te de um chute nas suas bolinhas. - Sua voz era fria, e também muito sarcástica, embora calma.

Ao fim de suas palavras, o jovem treinador retirou Zubat de seu ombro e o liberou tranquilamente ao ar, em seguida assobiando, e com isso terminou para surgir dois de seus pokémons, Minerva e Marte. O corvo voou até o ombro de Lysander e ali pousou, enquanto fitava o treinador com seus grandes olhos vermelhos. Minerva ficava de pé, pedindo para que o garoto a pegasse, e assim ele o fez.

Enquanto isso, Pia acariciava a pequena Vulpix, em sua face estava esboçado um largo sorriso, teria gostado daquele pokémon, e sendo assim disse:

- Bem... Ele pode não ser tão mal quanto é feio, veja bem, ele pelo menos tem um belo peixe-raposa.

- Não é um peixe, Pia. É só uma raposa. - Relatava Leny, estando este bem perto da garota.

- Que seja, continua sendo uma coisinha muito fofa. - Disse Pia enquanto a colocava ao chão e começava a passar o dedo abaixo de sua cabeça.

- Bem, então... Um treino? Parece uma boa. Como é apenas um treino eu irei com estes dois, Minerva e Marte. Já que eles nunca batalharam antes. - Por fim, o garoto esboçava mais um largo sorriso, desta vez não de sarcasmo.