O Cemitério de Hoenn!

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O jovem treinador acabava de chegar a ilha do Mt. Pyre, depois de remar por quase 2 horas em uma canoa velha que fazia água. Sua sorte era que o mar ali, era calmo, como se respeitasse a importância do lugar que protegia, um dos maiores cemitérios de Hoenn. Após encalhar a canoa na areia da praia o jovem Dexony percebeu que estava em um local isolado da ilha, dali ele não conseguiria subir a montanha pois a costa era íngreme demais, além disso não via nenhuma passagem para o interior da mesma, local das catacumbas, só lhe restava a opção de contorna a montanha pela faixa de terra que existia, ele deveria escolher seguir para a direita ou a esquerda.

As duas opções eram tomadas por árvores, um bosque que se abria justamente naquela faixa de praia, outra opção era seguir pela areia da praia que acompanhava o bosque. Mas cansado resolveu sentar em uma pedra liberando o seu Breloom para lhe fazer companhia, deu uma Oran Berry a sua criatura e essa se sentiu um pouco melhor, mas apenas um Oran tinha um efeito muito fraco para restaurar todo o vigor do Pokémon.

Dexony ao ver Breloom comer escutou o seu próprio estômago roncar, já estava a um bom tempo na “estrada”, e depois de duas horas remando, a fome apertava. O que ele faria? Continuaria ali naquele trecho de grama cercado pela montanha a frente, a praia atrás e os “dois bosques” dos lados, ou começaria a andar para contornar a montanha? O sol já estava alto, e apesar de ser outono, ficar a céu aberto estava lhe deixando com calor.

-1 Oran Berry (total atual = 0)

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Optando por entrar no bosque a sua direita, Dexony e o seu Breloom seguiram vegetação a dentro, caminhando por quase 10 minutos sem verem nenhum fruto nas árvores ou qualquer presença de Pokémon. A ilha parecia deserta.

A fome de ambos começava a apertar, não só o Pokémon sentia necessidade de comer como também o treinador. O garoto tinha atravessado duas Rotas e ainda remado um bom trecho de mar, cansado e com fome ele continuava em frente. Encontrou por fim um trecho na selva que além das árvores, a grama crescia alta, chegando facilmente na altura de seu peito. Logo a sua direita, bem próximo, ele escutou o farfalhar da vegetação, alguma coisa se escondia em uma grande moita. O que seria?

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- O que? Quem? Como? Onde? - disse uma voz fina de criança, um menino de aproximadamente 8 anos levantou a cabeça a cima da vegetação alta, olhava para todos os lados para identificar a posição de Dexony. Com o seu chapéu de palha, ele começou a andar na direção do treinador, saindo rapidamente da moita. A criança usava roupas simples e surradas, e trazia um cesto ao lado do corpo cheio de raízes, alimento que ele devia estar catando daquela área.

- Quem é você? Como chegou aqui? Essa parte da ilha é isolada do restante... - A criança colocou as mãos na cintura de modo questionador. Tentava imaginar quem era Dexony. - Eu nunca te vi na vila, você é um desses treinadores que vem para o Mt.Pyre atrás de Pokémon fantasma?

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- Entendo, entendo. Mas nesse pedaço da ilha você não vai encontrar nada, nem Pokémon, nem comida. Esse trecho é isolado dos dois lados por grandes rochas, então aproveitamos para plantar essas raízes aqui... Infelizmente, as arvores daqui também não dão frutos, apenas sementes. Mas se quiser vir comigo, papai está pescando na praia e iremos para a Vila já, já. Acho que a mamãe não se incomodará de colocar mais um prato na mesa.

O garoto se virou e voltou a se embrenhar na mata alta seguindo em direção da praia. – Você vem? – Parou para perguntar e depois voltou a caminhar sem esperar pela resposta. Pelo que a criança dizia, aquele trecho de terra que Dexony desembarcou era um espaço isolado, ele estaria dizendo a verdade? Dexony iria com ele?

Dexony e Smash estavam salvos da fome? O garoto apenas sorriu e seguiu em frente enquanto falava. – Você não tem ração Pokémon? Bem, acho que o almoço hoje é sopa de Oran e Chesto Berry. Vocês vão gostar, podem apostar...

O garotinho andava rápido e Dexony teve que apressar o passo para acompanhá-lo. Não demoraram nem 3 minutos e chegaram a praia. Um homem já estava recolhendo a sua vara de pescar, infeliz por não ter tido sorte. – Aquele é o meu pai, ele se chama Orslon e eu sou Oto. – A criança correu até o seu pai e começou a falar com ele sobre Dexony, depois de explicar a situação ao pescador, esse sorriu para o jovem treinador, já subindo em seu barco de pesca. – Você deu azar Dexony, essa parte da ilha é isolada. Perderia um bom tempo aqui procurando uma passagem se não tivesse encontrado o Oto. Bem, suba no barco e vamos indo. Minha esposa já deve estar me xingando pela demora. – Assim que Oto e Dexony subissem no barco que tinha aproximadamente 4 metros de comprimento, o homem muito bronzeado pelo sol daria a partida no motor do barco para saírem dali.

Logo eles começaram a contornar um aglomerado de rochas que adentravam o mar, uma estrutura natural impossível de ser escalada, uma espécie de muralha natural com pedra húmida. – Vê essas muralhas? Tem outra dessa do outro lado dessa enseada, isso mais a montanha bem íngreme ao fundo, tornaram essa praia isolada. Mas nos diga garoto, qual a sua história? Você tem um Breloom bem incomum.