Pokémon Mythology RPG
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[Mirror's Echo] – Route 121/Mt.Pyre –

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Felizmente, o mínimo que poderia considerar era que pelo menos o jovem Vileplume não levava tão a mal o ocorrido - o que talvez fosse meio óbvio, se levasse em consideração que era no pedregulho que acabava por dar a bronca por motivos mais que claros. Compreendia o fato do espécime não ficar alegre e satisfeito de meio que levar um esporro, mas não é só de carinho, mimos e "mão beijada" que poderia não somente criar, como estabelecer laços com a estatueta que não fossem frágeis para se desfazer no primeiro "não" que ele recebesse. Se pretendia mantê-lo na equipe, essa era a condição para que se aproximassem de fato, e não abandonaria a ideia apenas para evitar vê-lo emburrado por alguns momentos. Querendo ou não, era uma "pancada" que envolvia o desenvolvimento de suas relações (e de carinho, de certa forma), por mais que o rochoso percebesse ou não naquele instante. Se não estivesse nem aí, simplesmente o retornaria e/ou substituiria e a questão estaria resolvida - mais cedo ou mais tarde, tinha a esperança que o narigudo acabasse por perceber essa questão.

Com delicadeza, a moça afagou as pétalas de Vileplume quando o venenoso se prontificou e aproximou para dar-lhe um abraço. Sabia que não era fácil lidar com o animal-bússola (ela própria tinha de fazê-lo), mas esperava que as coisas ficassem mais tranquilas antes que voltasse à alguma das cidades de Hoenn. A ruiva observou enquanto Brooklyn já começava a se afastar na direção que anteriormente caminhavam - antes que se erguesse, porém, a palma se pousou com tranquilidade sobre a cabeça de Nosepass, e "bagunçou" um carinho manso. Acima de tudo, não precisava correr o risco que o narigudo acabasse também com ciúmes (embora duvidasse um pouco dessa possibilidade), então não o deixou de fora dos gestos de afeto. Enfim, se levantou e endireitou, ajeitando as roupas e respirando fundo mais uma vez, em uma tentativa de acalmar o próprio coração.

— Vamos. — Foi o que disse, caminhando então atrás da moça. Óbvio, não seria capaz de acompanhar seu passo: A monotreinadora e seu felino eram muito mais rápidos que seus pokémons, e não poderia simplesmente deixá-los para trás para acompanhá-la - e, sinceramente, nem fazia muita questão, principalmente se fosse considerar que não confiava muito na mulher, dados todos os ocorridos até a presente situação. De todo modo, não andaram muito mais, visto que o braço de mar logo engoliu o trajeto, agitadíssimo, e acarretou na separação da dupla antes do que imaginou que iria ocorrer. — Boa sorte pra você! E até mais! — Foi a última coisa que conseguiu dizer antes que a jovem desse as costas e partisse, de maneira quase tão estranha quanto a que havia chegado.

Por algum tempo, Chase observou o caos das águas. Imaginou como elas estariam, se toda a tempestade não estivesse sacolejando e destruindo o equilíbrio da natureza não só de uma, mas de duas rotas inteiras: A 121, que acabava de abandonar, e o próprio Pyre, que erguia-se com imponência à sua frente. Questionou-se, por um instante que fosse, se o oceano seria de fato capaz de engolir mais um continente inteiro, como já havia ocorrido anteriormente - e ela sequer havia tido o luxo de testemunhar o fato, e ainda não tinha certeza se isso era bom ou ruim.

— Minccino? — Chamou, retirando uma pokéball vazia do bolso. Ergueu-a na altura da cabeça, e virou seu centro na direção do felpudo espécime, oculto por detrás de seu capuz. — As coisas vão ficar feias a partir de agora, eu imagino, e não sei se é seguro pra você continuar daqui. Podemos nos ver na cidade? — Sugeriu, deixando a captura para a decisão do acinzentado. Esperava que ele concordasse, pois sem dúvidas seria um problema a menos para se preocupar, mas enfim...

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Uma Tempestade Lendária!

Com o afastamento de Brooklyn e o fim da Rota 121 sendo alcançado, algumas coisas precisavam ser decididas no grupo de Natalie. Primeiramente, Minccino. O Pokémon ainda não havia sido capturado e não poderia permanecer por muito mais tempo apenas empoleirado dentro da capa de chuva da ruiva, afinal o trajeto tornaria-se cada vez mais "intenso" e qualquer deslize significaria uma queda em um mar altamente revolto, o que definitivamente seria o fim do pequeno Pokémon Normal que talvez nem soubesse nadar. Sendo assim, a garota tratou de retirar uma Poké Ball de dentro dos seus pertences e ofereceu ao Chinchila, que a observou bastante pensativo.

Cciiii? Min? Min? Comentou o Pokémon, saltando das costas de Natalie diretamente para o chão. Ele esperou a aproximação da esfera e então a cheirou por algum tempo, observando a ruiva com seus enormes olhos castanhos. Segundos de silêncio foram o necessário para que a criatura tomasse enfim uma decisão, erguendo sua pata esquerda e acertando com tudo o botão central da cápsula. O objeto abriu-se, absorveu o Pokémon e agitou-se rapidamente no chão por alguns segundos. Por fim, apitou de modo bastante característico indicando a captura. Durante todo o processo Nosepass ficou observando a situação sem expressar muita opinião, enquanto Vileplume comemorava a união de mais um membro no grupo com seu jeito otimista de ser.

Com este último detalhe decidido, restava agora a Natalie atravessar o trajeto marítimo em direção ao Mt. Pyre. Isso, é claro, se ela conseguisse decidir antes COMO faria a travessia, afinal o mar estava realmente agitado com ondas de no mínimo cinco ou seis metros de altura e raios que saíam das nuvens acima do Cemitério para acertar alvos bem aleatórios seja em terra ou na água. Um plano precisava ser traçado, mas preparar-se para o inevitável também parecia importante num cenário como esse. Como Natalie faria para atravessar até o seu destino?

Minccino foi capturado! :

Progresso da Rota :

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A atitude do roedor acinzentado em manter a decisão de seguir para a equipe havia sido ótimo por alguns curtos motivos. Dentre eles estavam que, a) àquela altura, não fazia tanta questão de entrar em conflito com o espécime apenas para arriscar uma captura (o que seria péssimo de se arriscar, considerando que já estavam à beira do mar. Imagine se qualquer um dos animais acabasse sendo arrastado por alguma das ondas maiores?) e b) era, definitivamente, um problema a menos que deveria se preocupar. Os meios para atravessar as águas revoltas já estavam praticamente definidos por si, e eles não incluíam viajar com nenhum de seus pokémons às costas e, bem, muito menos um que não era seu. Arriscar aquele tipo de situação seria praticamente implorar para perder alguém no oceano e, caso isso chegasse a ocorrer, não se sentia segura se seria capaz de se reunir com qualquer criatura com a qual se martelasse sua separação.

Isto pontuado, não é de se surpreender as próximas ações da moça. Antes de qualquer coisa, retornou seu dócil gramíneo com um "obrigada pela ajuda, mas você não pode ficar agora, Vile." O narigudo já era um problema à parte, e tinha consciência disso: Não queria ter que lidar com frustrações por atitudes repentinas, então, antes de qualquer coisa, a jovem se abaixou próximo ao pedregulho. Mais uma vez, o olhar observou o seu por detrás da mascara que se estampava em seu rosto; Com suavidade, a palma se apoiou sobre a cabeça do espécime, e a ruiva suspirou profundamente. O polegar afagou-lhe a superfície enrijecida natural, enquanto também recuperava a esfera própria do animal.

— ...Você já sabe, à essa altura... — Começou, enquanto estendia o objeto para mais próximo do inexpressivo companheiro. — Se ficar aqui fora, nós não vamos poder atravessar. — Completou, sucinta. — Mas, eu te prometi, não foi? Nós estamos nessa juntos. — Emendou, movimentando os ombros com tranquilidade. — Assim que sairmos da água, boto você para fora outra vez. Lá no Pyre, do outro lado. E então nós vamos descobrir o que tanto atrai esse seu nariz, tudo bem? — Prometeu, dando um toquinho suave na ponta da área avermelhada do corpo de Nosepass. Essas foram suas últimas palavras antes que, com um contato único e sereno da esfera bicolor, pudesse observar a estatueta ser tragada para dentro com um feixe avermelhado e fino de luz, desaparecendo em pleno ar e se acomodando dentro da pokéball que, um dia, foi utilizada para sua captura.

Com mais uma parte do problema concluída, seguiu aos próximos passos. Ainda que um pouco longe da beira da praia - mas ainda na orla -, se abaixou no chão. A capa de chuva foi a primeira peça de roupa a ser retirada, pois tinha consciência que não seria capaz de se manter seca por muito mais tempo e, principalmente, não poderia fazê-lo com o tecido. O cachecol foi o segundo acessório a sair de seu corpo, e ambas as peças foram dobradas antes de enfim guardadas na mochila; O mesmo aconteceu com a blusa, quando a ruiva baixou seu zíper central e, sem hesitações, a retirou - o que existia por baixo era justamente a peça única de mergulho, que ia desde os pulsos até os tornozelos, e se tratava da evidência principal que se preparava para a travessia até muito antes do abandono de Lilycove e da entrada na 121. Do pulso, veio um pequeno elástico negro, que utilizou para prender as madeixas ruivas em um firme rabo-de-cavalo, e seus pertences foram a preocupação seguinte. De um dos compartimentos, resgatou uma bolsa negra, própria para ser levada para baixo d'água: A desdobrou pacientemente, desamassou e, enfim, foi ali que colocou a mochila que carregara até então, a ajeitando nas costas logo a seguir - por último mas longe de ser menos importante, libertou Ariel de sua prisão, observando enquanto a gigantesca imagem da besta marinha era moldada pelo ofuscante feixe de luz esbranquiçado.

— Ei, garoto! — Chamou, quando a fera finalmente clamou suas tonalidades azuis à tecnologia. Esperou que a serpente baixasse a cabeça e, então, afagou com gentileza e tranquilidade os espinhos que despontavam de seu rosto, deslizando os dedos pela bochecha do animal. — É nossa hora. Tudo pronto? — Perguntou, e sorriu diante da afirmativa silenciosa do aquático. A testa se encostou na origem da sua, e a moça cerrou as pálpebras por um momento, respirando profundamente; Sentiu o odor forte da maresia invadindo seus pulmões, assim como as gotas de chuva que gradualmente ensopavam mais e mais suas madeixas avermelhadas mas, naquele instante, não se importou. Aproveitou aqueles segundos preciosos com seu companheiro antes da tormenta pois, dali em diante, não tinha certeza de como tudo se seguiria. Raios, não tinha consciência nem mesmo se voltaria com vida - embora, nas profundezas de seu coração, aquele fator não fosse algo que realmente assombrava sua mente. Que não a perguntassem; Mas, para si, a tranquilidade final poderia ser até mesmo um alívio.

...
Abriu os olhos. De perto, observou os carmim que a observavam de perto e, em silêncio, sorriu. Deu algumas pequenas batidinhas por sobre as escamas azuladas e, com gentileza, as afagou. Sabia que podia contar com o gigantesco voador não somente por sua força grotesca dentro (e fora) das águas, mas também pela confiança já estabelecida entre ambos. Uma das maiores certezas que possuía dentro de si era a certeza da mutualidade do sentimento, ou há muito seus planos já teriam sido frustrados e abandonados por Gyarados. Por um instante, chegou a se questionar se algum dia seria daquele jeito com Nosepass - não teve certeza. Sequer sabia se teria chance de alcançar tal momento de vida, mas não era uma preocupação que se sentia à vontade de externalizar.

— ...Vamos, Ariel. — Pediu, dando um último afago no companheiro marinho. Se certificou de que os pertences estariam devidamente lacrados e, só então, se encaminhou na direção das águas agitadas. Nessa pequena caminhada, ajeitou a máscara sobre o rosto, se permitindo alguns segundos antes de se acostumar com o visor que, surpreendentemente, não estava embaçado como imaginou que estaria. — Você já sabe, né? Com as ondas, é só mergulhar e passar por baixo. — Relembrou, mesmo que se achasse meio boba pelo comentário. Não era como se tivesse moral para ensinar um aquático a nadar - e muito menos precisaria fazê-lo, considerando as experiências de mergulho que ambos tiveram juntos. De qualquer jeito, não machucaria comentar! — Vamos para o Pyre, garoto. — Pediu, afagando uma última vez as escamas do azulado. Montou no pokémon ao encontrar chance quando a fera se abaixou e, então, "rastejaram" para o mar que se abria à frente.

Não tinham nada a perder, huh?

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Uma Tempestade Lendária!

Realmente o afastamento de Brookyn hava sido estranho, mas Natalie não podia ficar parada pensando sobre isso, afinal seu objetivo ali era chegar até o Mt. Pyre e não compreender o íntimo de uma estranha, bastante estranha por sinal... Sendo assim, a ruiva tratou de retornar todos os seus Pokémon para suas respectivas cápsulas, não sem antes confortar o difícil Nosepass, afirmando que em breve o traria de volta ao "ar livre". Em resposta, recebeu apenas um olhar de complicada interpretação, mas que de certo modo emanava bons sentimentos e talvez isso bastasse.

Com o caminho livre, a treinadora libertou seu companheiro aquático, Ariel - o Gyarados - diretamente sobre as turbulentas águas que separavam a Rota 121 do Mt. Pyre. Era evidente que as ondas não eram um problema para o Pokémon grandioso, que parecia nadar em uma banheira caseira, mesmo com a ressaca. Entretanto, havia uma grande diferença entre nadar de maneira solitária e carregar um frágil humano em suas costas em segurança até seu destino. Contudo, grande parte dessa segurança seria uma incumbência de Natalie, que precisaria se segurar com bastante firmeza para não acabar eternamente afundada naquele mar.

Felizmente, havia um bom entrosamento entre treinadora e Pokémon, então - ao menos nos primeiros momentos - a travessia pareceu tranquila. A ruiva segurou-se em uma das escamas do poderoso aquático e ordenou que esse mergulhasse de cabeça, quebrando as maiores ondas que vinham em sua direção e também evitando o pior do seu impacto ao passar por baixo delas. Contudo, isso não salvava a garota de tomar algumas "pancadas" da força do mar, vez ou outra. Nada insuportável, mas que certamente a deixaria bastante exausta ao fim do trajeto difícil.

E por falar em trajeto, conforme avançava, a imagem do Mt Pyre ia crescendo aos olhos da garota e de seu Pokémon, bastante imponente e demonstrando ser um verdadeiro desafio a ser conquistado. Além disso, era possível ver com bastante detalhes as nuvens negras que se formavam de maneira circular e rodopiante ao redor do topo, escondendo-o. A cada trovão todas as nuvens pareciam se iluminar fortemente e até mesmo parecia existir um certo vulto por trás delas, bastante agitado por sinal. Ou seria apenas a mente pregando uma peça?

Gyaaaaaaaaaaaa Um som então veio do alto do monte, espalhando-se por todos os lados. Era um grito estridente, poderoso e nada comum entre as espécies de Pokémon que Natalie certamente conhecia. Em seguida, vários raios começaram a despencar do céu e acertar as águas, de maneira bastante ameaçadora, fazendo com que Ariel tivesse de desviar rapidamente destas colunas de energia. Nesse instante, um som diferente começou a ser ouvido pela ruiva, vindo de trás de si. Era um pequeno barco movido a motor e nele, uma figura conhecida. Era Broolyn e Sneasel, a uma distância considerável, mas que ainda permitia a identificação.

O pequeno barco saltava as ondas como se estivesse caindo de pequenas colinas, mas ainda conseguia seguir em frente, desaparecendo por entre alguns dos raios "surpresa". Contudo, Natalie precisava decidir mesmo era sobre seu destino.... Diante da garota a ilha que acomodava o monte ia surgindo... Haviam diversos pontos diferentes para se desembarcar, mas a maioria era composta de barrancos altos demais e compostos de terra que facilmente cediam pela força das águas. Apenas dois deles chamavam a atenção pela maior segurança... O primeiro era uma espécie de pier natural formado por rochas de diferentes tamanhos e o segundo, mais distante e na "lateral" da ilha, consistia numa pequena enseada com areia mais clara, uma praia. Em qual direção a treinadora seguiria?

Progresso da Rota :

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Em momento algum a jovem esperou por calmaria.

Não a encontrou, de fato - as águas eram turbulentas, e o manto celesta acima de si (oculto por trás de pesadas nuvens escuras) era confrontado com o caos elétrico disparado por entidades poderosíssimas as quais, naquele momento, a ruiva era ignorante a respeito. Ainda que importantes e delicados, esses não eram detalhes que captavam a atenção da moça: Não por indiferença, mas pela necessidade urgente que detinha em mãos para se agarrar firme à besta aquática que abria caminho para si em um mar violento. O impacto da correnteza e das ondas (mesmo que fossem evitadas tanto quanto possível) recaía sobre si com inigualável agressividade e, a todo momento, a certeza de que se perderia da serpente caso não mantivesse o foco e a firmeza no agarro de seu corpo bailava por cada ínfimo cenário que pipocava em sua cabeça. Esse sentimento, claro, foi intensificado diante da fúria que veio dos céus: Primeiro apenas vocalizada, num urro estridente que fez um arrepio percorrer sua espinha, veloz como um raio - e, falando nisso, foi justamente esse "golpe" da natureza que seguiu o guincho distante, o horizonte sendo rasgado por colunas ofuscantes que pareciam desesperadamente travar o alvo nos invasores que ousavam fazer travessia em direção ao imponente Pyre.

Perdida no caos, não reparou no barulho que indicava a presença de um barco próximo. Seu olhar não se desviaria, mesmo que fosse capaz de fazê-lo: A trilha feita pelo oceano estava longe de se portar como um aconchegante abraço das águas, e tinha consciência que qualquer desvio de foco poderia selar seu destino. De qualquer jeito, a existência ou não de um veículo próximo não fazia a menor diferença para si - sinceramente, o nível de periculosidade da situação certamente seria bem mais inescrupuloso se dependesse de um meio mecânico para atravessar o braço de mar. Ali, nas costas de Gyarados, pelo menos tinha a certeza de poder contar não somente com a força bruta da fera aquática, mas também com seu suporte e cuidado - caso de fato acabasse arremessada às águas, ele não seguiria caminho como se nada houvesse acontecido.

Bem, mas isso não importava no momento. Em realidade, o detalhe mais crucial de toda a expedição foi quando os orbes acinzentados alcançaram um aparente "porto seguro" para desembarcar no que já podia ditar como coração da 121: Um rochoso píer que parecia finalmente recepcionar um início de calmaria em toda a agitação que o centro das águas insistia em manter. Não pensou duas vezes, então: Foi para lá que guiou o voador, na esperança de colocar os pés em terra firme. Não tinha certeza se seria sinônimo de segurança, mas certamente seria melhor que enfrentar por mais tempo um campo em que, infelizmente, era inútil: Não era seu habitat natural, afinal.

Compreensível, não é?

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Certamente Natalie não considerava uma boa ideia continuar por muito mais tempo dentro da água. Além da força descomunal das ondas, seu próprio corpo haveria de começar a perder energia se tivesse que resistir aos impactos por mais tempo. Prolongar-se ali era "pedir" para acabar soltando-se de Gyarados e finalmente, cair sobre as águas e encontrar o seu fim. E se tudo isso não bastasse, havia uma sensação estranha sobre si, como um "ar diferenciado" que minava as forças e deixava todo tipo de movimento mais difícil, mais "pesado", mais lento e talvez a segurança da terra firme fosse contribuir para tal, por isso a ruiva tratou de "aportar" logo nas rochas próximas de si.

Velozmente então, o poderoso Ariel aproximou-se do local apontado, cortando as águas como uma lâmina, até finalmente deixar que Natalie descesse em segurança. Nesse instante, a garota não teve qualquer dificuldade em realizar o ato, mas a ruiva pode constatar um fato logo que tocou os pés sobre uma grande rocha daquele "píer". A sensação estranha que sentia anteriormente não era momentânea e ainda permanecia sobre seu corpo, como um "peso sobre os ombros". Olhando ao redor, era possível tentar imaginar o porquê. Todo o local era extremamente caótico e perigoso. Diferente da Rota 121, onde uma tempestade tropical caía, no Mt. Pyre, todo o clima parecia obra de algo sobrenatural.

A própria ilha não era muito verde, contando com pouquíssimos arbustos e quase nenhuma árvore, sendo as maiores do tamanho da própria garota. Os raios aqui também caíam com mais frequência, produzindo curvas inacreditáveis no ar, como se estivessem "orbitando" o Mt. Pyre nos seus pequenos, mas preciosos, segundos de vida. O próprio ar não parecia correto, pois não possuía vento e apenas um som de estática que não deixava os ouvidos, mesmo diante da tempestade evidente. Apenas a chuva continuava a cair como se nada a pudesse impedir, ainda mais pesada que antes. Já sobre o Monte, para subir, era preciso escolher duas rotas prováveis. Uma delas passava por uma região de muitos arbustos secos e baixos, enquanto a outra era mais evidente, diante de si, porém mais íngreme. Que caminho Natalie escolheria seguir?

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Felizmente, embora esforço fosse indubitavelmente necessário para se manter sobre o companheiro aquático, não precisou de muito mais tempo para encontrar o caminho da liberdade das águas traiçoeiras. O trajeto havia se provado "simples", considerando todo o caos e problemas que poderia ter encontrado pelo caminho - diferente de todo o caminho pela 121, porém, o único real empecilho entre a citada e o Pyre se desfizera em ondas quando finalmente os pés encontraram a firmeza das rochas úmidas que circundavam a orla. Ao contrário do que imaginou, porém, não foi recepcionada pelo alívio da terra firme: O peso em seus ombros e o ar sufocante fizeram questão de varrer para longe qualquer sensação de segurança que poderia eventualmente ter. Sentia os pulmões comprimidos dentro do peito e, ainda que a umidade corresse por todo o trajeto até então, a garganta seca era uma das maiores provas que não, não era ali que ainda teria sua paz.

De qualquer jeito, não era hora para hesitações acerca do caminho o qual deveria seguir. Não arriscou que o oceano desse fé de sua fuga entre a correnteza e a revogassem com alguma onda poderosa, então, os passos se afastaram apressados pelo caminho aparentemente mais "tranquilo", seguindo em direção aos arbustos. Pelo menos momentaneamente, permitiu que Ariel seguisse em rota consigo: Anteriormente, o que impedira a liberdade da besta era justamente a falta de espaço mas, ali, o tinha de sobra. Somente quando se afastou do espaço da praia, mergulhando mais adentro da tenebrosa ilha, que os passos estancaram. Se permitiu respirar fundo, recobrando o fôlego perdido - sentiu os músculos tensos, trêmulos, ainda em decorrência do esforço para se manter agarrada à serpente marinha durante toda a travessia.

A primeira atitude foi apoiar o corpo contra o de Ariel. O rosto se voltou para cima, e as pálpebras cerraram por um momento, sentindo o impacto suave das gotas de chuva sobre a pele - com sutileza, os dedos afagaram as escamas úmidas que recobriam o corpo do réptil, degustando por um segundo que fosse um falso instante de tranquilidade; Ficou ali por segundos, arriscou um minuto talvez, mas logo se preocupou em vasculhar os pertences atrás da esfera de Nosepass para finalmente poder libertar o pokémon.

Tinha uma promessa a cumprir e, ainda que não tivesse certeza se o pedregulho realmente confiava nas palavras ditas, não seria esse o motivo para desfazê-la. Inclusive, com alguma sorte, poderia até ter algum impacto na atitude da estatueta, se demonstrasse que não fazia mal ceder à algumas vontades, de vez em quando - ou, sei lá, simplesmente o deixar um pouco mais tranquilo em respeito à ficar por perto?

Ah, vai saber.

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O clima estranhamente árido e a sensação péssima de pressão sob os ombros já haviam deixado claro para Natalie que a passagem pelo Mt Pyre não seria a das melhores. Que tipos de perigos ela encontraria por ali entretanto, eram um completo mistério... De todo modo, a consciência da menina parecia empurrá-la metaforicamente para um trajeto menos agressivo, talvez para amenizar os problemas que já enfrentava ou sentia que teria de enfrentar... Contudo, era bem provável que o "trajeto fácil" não existisse e que as aparências apenas enganassem os viajantes despreparados para levá-los a uma armadilha, o que mesmo assim, certamente não impediria a ruiva de seguir pela escolha que já havia feito.

Partindo na direção dos arbustos, o que a treinadora descobriu foi um grande e surpreendente mar de verde... Em uma coloração fraca é claro, exposto nas folhas de vegetai com um aspecto obscuro e ressequido, como se tivessem tido sua vida sugada de lá. Mas de todo modo, ainda era mais "verde" do que se esperava encontrar após uma primeira olhada para o Monte. Um fato curioso, mas não importante o bastante por enquanto... Sendo assim, Natalie resolveu que já era hora de cumprir com as promessas feitas ao seu companheiro de temperamento difícil e, com a Poké Bola de Nosepass em mãos, deixou que a criaturinha escapasse de volta à liberdade. Entretanto, para sua surpresa, assim que o Pokémon surgiu sobre o solo arenoso da ilha, foi recebido imediatamente com uma descarga de magnetismo absurda, que o fez rodopiar no mesmo lugar em altíssima velocidade angular, deixando-o claramente tonto.

Nos olhos do Pokémon de Pedra era possível ver sinais de uma fraca confusão, mas o mais curioso mesmo era que o seu nariz - mais uma vez incandescente - agora apontava para o caminho que subia para o Monte pela parte de "trás", oposta àquela trilha vista anteriormente vista ao chegar na ilha. Um fato curioso, considerando que este caminho era o mais "limpo" e que parecia menos interessante de todos, enquanto para atrás do Pokémon, por outro lado, havia um trajeto com árvores e arbustos pequenos completamente cortados e despedaçados lançados pelo chão que certamente atraiam bem mais a atenção. Qual direção então Natalie escolheria seguir com seus companheiros então?    

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Não era surpreendente - tampouco esquisito - o susto imediato quando, ao invés de sua pequena e rebelde estatueta, a figura liberta da esfera bicolor se moldou praticamente como um pião, rodopiando em uma velocidade altíssima e até preocupante que fez a ruiva se perguntar por um breve instante se o movimento teria sido capaz de escavar um pouco o solo batido. Em primeiro momento, evitou se aproximar, considerando que poderia acabar "ferrada" se tentasse um contato maior com a rocha giratória; Quando o pokémon parou, por outro lado, encontrou brecha para se abaixar junto ao narigudo, apoiando ambas as mãos nas laterais de seu rosto em uma tentativa até boba para fazê-lo "recuperar o equilíbrio". Talvez não fosse muito útil mas, bem, lá estavam!

— Ei! Tudo bem? — Questionou, os orbes acinzentados passeando com uma dúvida latente cintilando no espelho fosco. As palmas se afastaram brevemente das bochechas do animal, apenas para encontrar apoio nas mãos "apontadas" do azulado - recordava de que apoiar as palmas sobre uma superfície auxiliava a espantar a tontura, ainda que não tivesse certeza de que a atitude seria útil para um pokémon. De todo modo, esperou até acreditar que o animal estivesse bem o suficiente para que seguissem viagem e, então, se ergueu outra vez, segurando um longo suspiro na garganta. — Bem, nós chegamos! — Disse, então. Sem jeito, coçou um dos braços e então o segurou, observando a maneira como o vermelho vagarosamente se metamorfoseava para uma tonalidade amarelada, em pequenas piscadas que apontavam para um trajeto vazio. — ... ...Oh. — Soltou, sem muita empolgação. O outro caminho de certo parecia mais provável de esconder alguma coisa nova, mas... — ...Nosepass? — Chamou, enfim se voltando somente ao azulado. — Como eu tinha dito, você guia. Vamos descobrir o que tanto insiste em te atrair, tudo bem? — Sugeriu. Quem sabe se assim não poderiam resolver de uma vez por todas os constantes "baques" de magnetismo que o bípede sofria?

Só tinha um jeito de descobrir.

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Apesar de ter um cenário semi-devastado atrás de si, Natalie preferiu confiar no instinto do nariz de Nosepass para escolher o melhor caminho a seguir. De todo modo ela teria que subir o Monte em algum momento e se o Pokémon Pedra estava indicando este trajeto com o magnetismo, desde que chegaram na Rota 121, era provável que fosse uma escolha interessante a se fazer afinal. Sendo assim, Natalie apressou o passo e fez questão de observar se o Rochoso também estava vindo atrás, mesmo com todos os fenômenos físicos que estava sofrendo. E a resposta era sim!

O caminho era pouco íngreme, mas bastante árido, deixando os arbustos e árvores pequenas - inteiras ou não - definitivamente para trás. Apesar da pouca inclinação contudo, a subida era extensa e parecia ir contornando o relevo, fazendo com que a ruiva e seu Pokémon fossem ganhando altitude. Entretanto, na primeira curva à direita, um planalto mais extenso surgia, com poucos arbustos ainda mais ressequidos e espaçados. Para a surpresa - e talvez susto - de Natalie, mais um trovão desceu dos céus e parecia tortuoso, buscando um caminho incerto para seguir, alternando entre a direita e esquerda até escolher um destino e despencar, permanecendo-se ativo sobre o alvo por algum tempo até dissipar-se.

Apesar de ainda desconhecido, era óbvio que os relâmpagos estavam sendo atraídos dos céus para lá, num ponto atrás de uma rocha grande e bastante maciça do cenário. Nosepass, curioso, tomou a iniciativa de caminhar o mais rápido que podia até a lateral desta rocha para averiguar o que havia. Estaria ele sendo atraído pela eletricidade ou realmente tinha apenas a necessidade de matar a curiosidade? Era difícil saber... O fato é que em segundos, o lento Pokémon conseguiu ganhar distância e já se aproximava do mistério, de forma pouca cuidadosa.

E ele até teria conseguido, se o próprio mistério não tivesse saído de trás da pedra e avançado sobre ele, passando de forma tão rápida pelo Pokémon, que o errou por pouco e foi conseguir parar só alguns metros depois, de encontro com outra rocha que ficou bastante danificada após um impacto bem barulhento. Se Natalie observasse bem, veria que o trovão que quase acertou Nosepass era na verdade um outro Pokémon, listrado de preto e branco e bastante irritado. Ele parecia disposto a um combate... O que Natalie faria diante desta situação? 

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Progresso da Rota :

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