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[Rota Atemporal] Dingle Bell no cu e gritaria! O Episódio de Natal!

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[Rota Atemporal] Dingle Bell no cu e gritaria! O Episódio de Natal! CHltjda


Mais uma vez retornava voando para a Sede da Virtuum, e aproveitava o dia ameno para um sobrevoo "por esporte" sobre a Cidade Pacata de Rinshin. O Fim de Ano se aproximava e o Natal já havia chegado. Sim! Muito rápido! A gente só sabe que realmente é Natal porque via aqui do alto as pessoas com gorrinho de Papai Noel e fantasias de Delibird e Stantler nas ruas... Todas felizes e como se estivessem esperando esse dia pelo ano todo. Como conseguiam? Para mim não era exatamente uma data agradável, talvez por algum trauma de infância que eu não queira resgatar e tenha bloqueado. Trauma este que, este ano, havia decidido superar, transformando o Natal em um Evento memorável! Foi por isso que há mais de uma semana, antes mesmo de ter ido à Granite Cave, conversei com alguns membros da Virtuum através do PokéZap e combinei de passarmos essa data juntos, mais do que como amigos, mas como uma grande Família Disfuncional. Será que daria certo?

— Lenora, chega de ver a Cidade... Vamos dar um rolê agora na Sede da Virtuum... Já até sabe o caminho, né? Mergulha, vai... — Comentei com a Pokémon Noturna, que acenou com a cabeça e deixou a gravidade fazer o seu papel sobre nós. Ela sempre fazia isso para descer, lançava-se no mundo, de uma forma até poética quem sabe... Talvez eu devesse "me jogar no mundo" para fazer do Natal uma ocasião interessante. Entretanto, assim como no voo, esta queda livre trazia um embrulhinho bem desafiador ao estômago. Algo a se contornar e resistir, né? Ok, ok... Mas chega de reclamações e sofrimento. NÓS VAMOS COMEMORAR, NÉ? Antes de vir para cá eu passei em algumas lojinhas e comprei enfeites de Natal, além é claro de alguns petiscos e comidas. Havia pedido para que todos fizessem o mesmo, numa típica "Festa Unoviana". Se tudo desse certo, a gente teria um belo banquete de Ceia e até meia-noite eu poderia nem lembrar do meu nome.

Assim que desci, nos Portões da Sede, retirei as compras atadas ao equipamento de Voo da Lenora, trazendo-a de volta para a respectiva Cápsula. Em seu lugar, libertei Lúcia, que tinha força mais do que suficiente e também mobilidade para me ajudar no trajeto final — Lúcia! Sua vez de me ajudar... Consegue levar algumas dessas bolsas? — Questionei à Pokémon, procurando quais eu conseguia levar por conta própria. Entretanto, para a minha surpresa, a Hawlucha levou quase todas sozinha, deixando apenas duas leves para mim. Como ela não parecia incomodada ou correndo riscos, apenas deixei e fiz toda a identificação no Portão, acessando o interior e indo diretamente para a Entrada do Depósito, o acesso maior e mais largo para o interior da Sede.

— Oooooolá? Alguém em casa? Cheguei! — Gritei, assim que coloquei os pés dentro do local, esperando que Lúcia também entrasse para que eu fechasse a porta. — Faz o favor, deixe tudo em cima daquela mesa maior ali, enquanto isso vou guardar essas coisinhas na geladeira ali atrás... — Expliquei para a Pokémon que concordou comigo quase como um soldado, indo levar as bolsas e se afastando de mim. Já eu, como havia dito, aproximei-me do fundo do Depósito e fui direto para uma das geladeiras, numa parte separada por um balcão que servia de cozinha e copa para os membros. Abri a porta do congelador e comecei a colocar algumas carnes, preparando-me para deixar as bebidas gelarem na parte mais baixa, onde não correriam o risco de congelar. Será que alguém está mesmo na Sede e ouviu meu chamado?
.


Resumo escreveu:
SEJAM BEM VINDOS À NOSSA FESTA DE NATAL PORRA!.


Última edição por Luch em Seg Dez 21 2020, 00:40, editado 1 vez(es)

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QUOTE DE NATAL escreveu:
BEM-VINDOS AO NOSSO NATAL CARALHOOOOOOOOOO



o episódio filler de natal!

Exausta, cansada, estressada. Todas essas palavras me definiam perfeitamente enquanto ajeitava o moletom branco nos braços e penteava as madeixas no banheiro social. Passei o rímel mais umas duas vezes, até estragar meus cílios e ficarem parecendo dois Ariados furiosos. Merda. Merda. Merda. O nervosismo não era só porque bom, todo mundo estaria aqui, mas também porque eu veria Daisuke depois de um tempinho. Não me culpe por querer estar arrumada, okay? Agir como uma adolescente apaixonada tem dessas coisas. Lavei o rosto e, quando ia estragar a maquiagem mais uma vez, me contive e ajeitei a barra da saia e o colar que o ruivo me deu no pescoço. Saí do banheiro, caminhando pelos cômodos vazios e ainda escuros — tenho preguiça de acender as luzes SIM — até me esparramar em um dos enormes sofás da sala de recepção. Os pés batiam um salto no outro em nervosismo e aaaaargh, calma, preciso redirecionar minha ansiedade para outra coisa... Ha! Não tem coisa melhor que as bebidas que comprei no PokéMart no caminho para cá. Não sei se exagerei comprando 15 vodkas de dois litros e 10 packs de cerveja, mas... Era Natal, não é? E ainda assim não havia chegado ninguém nesse maldito prédio. Mais cedo perturbei tanto as moças da limpeza que tenho certeza que saíram correndo assim que seus horários de trabalho acabaram. Ou não... Quer dizer, natal não significa muita coisa pra mim desde, bom, vocês sabem quando e não preciso contar minha história triste pela vigésima vez. Mas esse era talvez a primeira data festiva desde minha infância que eu fico, hm... Ansiosa para participar? Não que alguém viesse, né? Luch chamou todo mundo, mas já tô vendo eu puta no outro dia no Pokézap porque ninguém apareceu.

... Huh?

O rangido da porta da frente chamou minha atenção de imediato. Escondida em meio ao breu e com uma lata de cerveja gelada na mão, me joguei para trás do sofá e fiquei somente com os olhinhos para fora, igual naqueles desenhos animados, sabe? Não vou saber explicar o porquê de ter feito isso, mas provavelmente foi por conta do nervosismo. Manju, deitada no sofá ao meu lado, somente balançou a cabeça negativamente algumas vezes, como se quem dissesse que não era nem Daisuke e nem Natalie. É, até para ver minha irmã eu estava ansiosa, por incrível que pareça. Poucos segundos se passaram e, bom, de fato não era nenhum dos dois. Um rapaz moreno e bem alto — acho que do tamanho do Simba — passou pela sala inteira sem me ver, talvez por estar escuro ou algo do tipo, mas aquela feição não me era estranha... Parecia o Tyrant mas não era porque o Ranger é menorzinho. Dizem que o Thomas também parece com os dois. Ou... Será que esse é o famoso Luch?

Suspirei, levantando de trás do sofá completamente sem graça. Por sorte ele já tinha se direcionado à cozinha e não veria esse vexame que passei, então, dava para começar tudo de novo. Ajeitei minha vestes e mudei minha expressão quase que de imediato: lembro de ter dito, quando Natalie assumiu que gostava dele, que se ele fizesse algo de errado, se veria comigo. Precisava passar essa pose de durona, né?

— LUCH! — estufei o peito, falando em um tom tão alto que ecoou por todo edifício; caminhei até as geladeiras no fundo do depósito, colocando a cerveja em cima de um dos balcões — Então, você é o Luch. Hm. — fechei a expressão tentando passar uma feição irritada, mas sinceramente? não consegui manter a personagem, o garoto fazia minha irmã mais nova feliz, então não tem porque fazer isso — .......... VEM CÁ, ME DÁ UM ABRAÇO CUNHADINHO! — abri os braços, abraçando-o um pouco estabanada, quase fazendo com que ele derrubasse as coisas que guardava na geladeira — Como você tá? Cadê minha irmã? — sorri, aproveitando para dar mais uma golada na cerveja — Eu comprei quinze vodkas e cento e vinte cervejas... Você acha que é pouca coisa? — talvez o bombardeio de pergunta entregasse meu nervosismo, né? — Quais são suas intenções com a minha irmã? Hein?

Ah, o Natal.


NATAL DA VIRTUUM

_________________
Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Ué, o Natal havia por chegar e o perdedor dos perdedores logo logo iria vir a enfrentar mais um ano novo sozinho no frio, bem, não tão sozinho assim já que Wat lhe acompanhava dessa vez. O que era pra ser uma grande dia de comemoração para aquela dupla dinâmica não passa de mais um dia sobrevivendo do pouco que conseguiam fazer valer seu dinheiro.

Em algum terreno aleatório que haviam invadido após escaparem mais uma vez da Team Aqua, lá estava o nosso querido Aleksei fazendo uma fogueira improvisada com o que parecia ser uma espécie de Pidove sendo assado, não era nenhum peru de Natal porém o suficiente para passar a noite sem morrer de fome. O anfíbio aquático estava apenas sentado encarando o fogo e aquecendo suas mãos.

Mal sabia que o terreno em que estava era de uma sociedade de treinadores pokémons conhecida como Virtuum e o que antes parecia ser uma casa mais vazia já começava a emitir sons de vozes, talvez uma festa estivesse sendo feita ali? O Marshtomp olhou para a residência, curioso, desejava entrar dentro de lá e se aconchegar em algum sofá macio e cheiroso.

- WAT! - Exclamou alto para o treinador tentando transmitir sua insatisfação com a situação porém era recebido com um tabefe na nuca.

- Shiu, coisa a toa. A gente tá invadindo terreno e tu quer chamar quem quer seja que tá ali? - Reprimiu seu parceiro com o típico bullying que fazia sempre com ele. Tal ato de certa forma trazia um pouco tristeza a Loban que tanto desejava poder dar pelo menos um dia de descanso para Wat após os treinos infernais que fazia para que o mesmo perdesse peso - Agora, aproveita o pombo e finge que é peru - Disse oferecendo uma mordida do Pidove assado para o pokémon.

Ele olhava mais uma vez para dentro da residência, rezando para que ninguém viesse ao jardim onde estavam e não notassem a fogueira. Desejava apenas mais uma noite tranquila e de descanso para esquecer o desgosto que era o seu primeiro Natal como um treinador pokémon.



É NATAL escreveu:
LETS FUCKIN GOOOOOOOOOOOOOOOOOOO. Also roubando template pra rota atemporal.

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OFF: SAÚDAM O NOSSO NATAL, ARROMBADOS!


A primeira coisa que vou dizer é que quem habilitou a Lisanna pra dirigir um carro, claramente tem um forte desvio de carácter. MUITO PIOR, INCLUSIVE, QUE UM ROCKET. Há 100 km/h, fora de uma via pública, a desgraçada da minha irmã dirigia ouvindo Last Friday Night e parecia querer que aquela fosse literalmente a sua última sexta feira de todas. Impaciente, eu olhava pra trás e via Kenma e Drizzile congelados no banco de trás, apavorados com a velocidade que a garota dirigia. - Aí sua maluca, diminui! - Suplicava, gritando, para que Lisanna me ouvisse, e felizmente, ela o fazia, me fazendo suspirar de alívio, antes dela... bem, fazer sua última burrada.

Eu já estava prevendo aquela merda, então apenas retornei meus Pokémon que estavam no banco traseiro, me segurei no puta que pariu, e assisti, a vaca da menina puxar o freio de mão enquanto acelerava e girava o volante, dando um puta cavalinho de pau, que rodava três vezes, e parava na frente da mansão da sociedade. - LISANNAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! - Gritava, em desespero, enquanto a menina de cabelos prateados gargalhava horrores da minha cara.

Suando frio, eu bufava e respirava fundo assim que o carro parava, e Rayd tirava uma foto da minha cara. Olhei, puto, para a garota, enquanto ela saltava pra fora do carro e corria pra dentro da mansão, morrendo de rir da minha cara. - SUA VACA, EU VOU TE MATAR SUA DESGRAÇADA! VOU ACHAR SEU AVALIADOR E TORTURAR ELE ATÉ SE ARREPENDER DE TER NASCIDO! - Detalhe, eu tava fardado. Havia acabado de chegar de uma reunião de fim de ano, e agora lá estava eu, em um dos meus territórios de atuação gritando que ia torturar pessoas. Aiaiai o natal.

Por fim, não consegui alcançar Lisanna. Ela se enfiava pra dentro de uns dos quartos, e eu até cogitei derrubar a porta, mas olha, honestamente, eu ia ter que pagar por ela. E olha pra minha cara de quem tem dinheiro. Desisti da ideia e fui até o carro, liberando minha trupe pra me ajudar com as compras. Havíamos comprado de tudo. Carne de Pignite, Combuskens recheados, Farfetch'ds, e muita bebida. Lisanna havia comprado várias frutas e algumas garrafas de gin, pra tentar a sorte como barman, e 18 garrafas de espumante. Isso mesmo. Um pra cada membro.

Enfim, minha trupe de hoje consistia, basicamente, em Ivysaur, Vikavolt, Skorupi, Combusken, Drizzile e Gloom. Passava as compras pra eles e os mostrava a direção que deviam seguir para o depósito, tomando cuidado de não mostrar a Kenma as versões miniaturizadas e abatidas de sua espécie. Luch havia mandado mensagem, dizendo que deveríamos guardar tudo no depósito, e não questionei a priori, só desci para o cofre, com a farda mesmo, e todo suado, justamente pra encontrar Karinna conversando com Luch lá. A loira tava igual uma deusa na terra, toda arrumada, perfumada e cheirosa, mas assim que eu a via, sabia que tinha uma concorrência pesada atrás de mim. Soltei as compras imediatamente, e assim que Zhár, Kenma e Brave avistavam a menina, faziam o mesmo, mas felizmente pra mim, não eram tão rapidos quanto eu. - VOU ROUBAR ELA AQUI RAPIDINHO. - Anunciava, quando ainda estava a uns seis metros da jovem, corri e a peguei no colo, girando algumas vezes com ela colada no meu corpo antes de cair de bunda no chão e rir. Rir muito. - Oi, loirinha. - Dizia, antes de lhe roubar um beijo longo e demorado, fazendo Kenma ficar impaciente no processo, e Maru, enciumada de sua "prole ingrata".

GRITO NO CU E DEDARIA - NATAL ENTRE ANJOS CAÍDOS

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By: KB lindo & perfeito <3


Virtuum :

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Era Natal. Um feriado capitalista que me forçava a engordar alguns quilos involuntariamente... Geralmente passava era trabalhando mesmo... (E por algum motivo eu sempre era escolhida para ser a "mamãe noel" no Departament Store com sua fantasia 2 números menores que meu tamanho) e depois ia pra casa passar a virada com mamãe e seu namorado do momento e ficávamos horas falando mal dos vizinhos... Bom esse dia seria diferente, fui convidada pelo Pokézap para participar de uma festa de natal.

Todos eram muito gentis comigos, mas tirando Luch, Hayato, Yoshiro e Shion não tinha muita intimidade com os outros além de conversas no Pokézap, eu estava meio insegura de não ter muito assunto, a maioria era alguns poucos anos mais novos que eu e tinham muito mais a contar do que eu... Tanto que só para agradar carregava comigo uma travessa com um doce. Eu tinha feito em casa mesmo e a viagem de Lilycove até Rinshin em cima de Stormy... Hum não posso ter certeza que o pavê vai estar bonito... Que merda!

Quando entrei pela porta da frente já haviam algumas pessoas por lá dali só tinha visto pessoalmente o Luch. Todos estavam interagindo a sensação gritante de INTRUSA já martelava na cabeça. Stormy estava do meu lado já que havia sido meu meio de transporte no momento e num movimento totalmente contrário ao meu já entrava voando dentro daquela mansão enorme na maior cara de pau, com certeza se alguém não tinha percebido que eu estava ali, agora sabem.

- É... Oi? - Estava claramente nervosa quando olharam para a minha cara de idiota. - Eu trouxe doce haha -
OFF: Não vou ficar emperequetando post muito não. É NÓIS PORRA BORA FESTEJAR

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DDC :

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Enquanto Lúcia, por conta própria, resolvia tirar as coisas da bolsa e arrumá-las sobre um espaço vazio de um dos aparadores do Depósito, resolvi contar as bebidas que tinha. Eu havia comprado dois packs de 6 long necks de cerveja. Apesar de gostar de beber, geralmente não "chutava o pau da barraca" com frequência e sabia que se chegasse até o final desses packs estaria mais louco que o Bryce-Man. Entretanto, ao abrir a geladeira fiquei completamente chocado... Ela estava completamente abarrotada de packs. Não, você não tem noção, estavam completamente alinhados como um jogo de tetris, o que não permitia nem ao menos a entrada de uma agulha. Que obra de Giratina havia ocorrido por ali? Permaneci com a geladeira aberta, tentando achar uma forma de colocar minha cerveja lá dentro, coçando a cabeça, quando levei um segundo susto, dessa vez sonoro.

Uma voz familiar, mas nem tanto, chamou o meu nome de forma firme e alta, fazendo os pelos das minhas costas eriçarem de atenção. Deu alguma merda? Fiquei estático e me virei lentamente, olhando para a direção da voz. Mas... Não era nenhuma assombração ou fantasma do passado, era Karinna. Provavelmente ela já estava na casa e não me ouviu chegar, ou talvez queria pregar uma peça mesmo. Incialmente fiquei sem reação, sem graça, mas acenei para ela e esbocei um sorriso nervoso. Natalie já havia me contado várias histórias de suas aventuras com Karinna e o quanto terminavam de maneira... Digamos, problemática. Certamente a presença dela na festa faria tudo ser mais divertido — Karinna, Karinna, finalmente tivemos um tempo de nos conhecer melhor pessoalmente. Fala "cunhadinha" Hehehe — Comentei com a garota, abaixando-me para abraçar a loira. Além disso, havia descoberto que a própria era dona de toda a cerveja da geladeira, além de garrafas de vodka que não fazia ideia de onde tinha escondido.

— Ah, você sabe, né? Minhas intenções são sempre as melhores. Como poderia ser diferente com o amor da Naty, não é mesmo?  — Comentei, dando um sorriso faceiro e uma piscadinha, enquanto voltava a encarar a geladeira — Mas não querendo mudar de assunto, nem nada do tipo, mas... Essas são suas 120 cervejas, né? Posso tirar dois packs para bebermos agora e eu coloco as minhas quentes lá dentro? Estou SECO! — Comentei, rindo largamente em seguida e já vendo como enfiaria meus dedos pelas frestas dos packs para tirar um, se a jovem não se importasse. Entretanto, antes de qualquer resposta mais complexa, um barulho foi ouvido do lado de fora e me fez fazer uma "careta" tentando ouvir melhor e fazendo um gesto de "espera aí" para Karinna — Ouviu isso? Um... Wat?

Tão logo ficamos em silêncio para ouvir, novos sons vieram. Dessa vez mais altos e intensos e mostraram ter dono. Era Daisuke e sua "trupe" de Pokémon, além de uma convidada extra, que correu na direção do segundo andar, fazendo barulho pelas escadas de madeira. O Ranger veio às pressas para ver sua amada, deixando as compras e indo abraçar, erguer e beijar Karinna. Obviamente ri da cena inesperada, no exato momento que Lúcia voltava, fazendo uma reverência e dizendo que os enfeites foram deixados separados e de fácil acesso no depósito — Faaala Daisuke! Beleza? Fiquem à vontade "pombinhos". Vou ir guardando então as compras se não se importam... Temos que arrumar a decoração para hoje de noite, preparar uma árvore. Enfim, muito trabalho para mais diversão ainda! Lúcia, vamos arrumar as compras aqui que o Daisuke trouxe. — Disse, após pegar uma das cervas já geladas, abrir, virar no copo e começar a beber. Em seguida, vasculhei os embrulhos que estavam próximos dos Pokémon do Ranger, mas o que vi não era lá tão... Agradável, pelo menos para mim, um Especialista Flying. Minha cara ficou branca e apenas fechei o embrulho, sem dar muitas explicações virando um looooooongo gole de cerveja. O dia tava apenas começando...
´
Assim que fiz a curva, afastando-me das compras e deixando Lúcia confusa, mas me seguindo, dei de cara com mais uma de nossos Membros, Mísia! A garota que chamamos lá em Lilycove para a Sociedade estava aqui também conosco, mostrando que a Sociedade crescia a níveis interessantes. Aproveitei a chance para afastar-me dos cadáveres de Combusken. — AE Mísia! Tu tem doce e a gente tem cerveja! — Comentei, chamando-a com a mão para o balcão que separava a cozinha do outro cômodo, pegando um segundo copo para colocar cerveja para a garota — Seja bem-vinda! Aceita já um copo? Pra dar um refresco e começarmos bem o dia! — Completei, entregando o copo e caindo na gargalhada — Tem vodika também e tenho certeza que terá muito mais coisa quando todo mundo chegar... Então não faça cerimônias...
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Aquela definitivamente era uma das datas a quais o jovem de cabelos verdes não sabia muito bem como se portar diante a outras pessoas, afinal de contas, estava acostumado a passá-la com Matsumo como se fosse um dia como qualquer outro, já que sempre foram apenas os dois. Não havia uma ceia luxuosa e nem nada do tipo, somente um delicioso jantar acompanhado de um filme natalino e uma rápida troca de presentes antes de dormirem. Era algo simples, mas que detinha um aconchego de casa e que acalentava o seu coração. Naquele ano, infelizmente, não passaria com sua progenitora. Ela ainda estava em meio ao caos do retorno a Kanto e passava boa parte do seu tempo restituindo seu lar, ficando por hora na casa de uma de suas amigas de infância. Fora dessa maneira que, naquele ano, o jovem Raiko pensara em passar o seu Natal ali mesmo na sede da Virtuum, local que pouco a pouco também começava a chamar de lar.

Dessa maneira, enfiado em seu próprio quarto, se encontrava deitado e abraçado ao pequeno Bepo, o ursinho gélido, sentindo o leve frio que emanava de seu corpo. O pequeno era de uma fofura sensacional e estar ali deitado com ele era realmente uma sensação gostosa enquanto ele levemente roncava. Já seus pensamentos, um tanto preocupados, voavam de encontro ao que havia sido combinado no grupo do Pokézap mais cedo, uma reunião onde todos passariam o natal juntos, uma pequena festinha para celebrarem ali. Isso, no mínimo, o deixava nervoso, já que tampouco conhecia todos pessoalmente ali e mal havia interagido com eles. Podia contar nos dedos com quem havia se relacionado até então: Natalie, Thomas, Tyrant, Hayato, Karen rapidamente, Lis, e bom... O Daisuke. Certo, precisaria da outra mão para contar a quantidade ali. De qualquer forma, o único que era mais próximo de si era o garoto o ruivo, o qual via como um porto seguro nas suas interações com o restante da sociedade. Esperava que ele já tivesse chegado, facilitaria as coisas.

De qualquer forma, era hora de levantar e se arrumar, não de ficar enrolando muito por ali sem fazer nada na maior preguiça. Respirou fundo, ajeitou o pequeno Bepo que ainda cochilava, pegou seus produtos de higiene pessoal, além da muda de roupas, um par tênis branco e, descalço mesmo, correu para o banheiro. Ali, não se esqueceu de ligar seu celular para escutar “Competição de Ego” de “O Leavanny” para se distrair enquanto tomava um bom banho.

Enquanto a água escorria por seu corpo, ficava a pensar e tentar se encorajar a interagir mais naquela noite, deixar um pouco a timidez de lado e, quem sabe, se entrosar melhor com as outras pessoas e não somente ficar no pé de Daisuke. Isso poderia ser chato e o garoto não queria incomodar de forma alguma, ainda mais agora que ele estava com a Karinna. Não queria ser vela ou o “empata foda”. Enfim, saiu do chuveiro e tratou de enxugar os cabelos esverdeados e passar a trajar sua roupa. Queria se arrumar o melhor possível que poderia ali para ficar ao menos apresentável naquela noite... E já que era uma festa, por que não se vestir bem? Então, ali estava trajado em uma camisa cinza de botões, os quais fechou até o pescoço e dobrou suas mangas até a altura do cotovelo, já sua calça era de um tom marrom escuro enquanto lhe restava aos pés, por mais que preferisse e gostasse de ficar descalço, um tênis branco. Ao seu ver o tênis não combinava muito com o restante, mas era o que tinha para aquele momento. E claro, não menos importante, não se esqueceu de passar um bom perfume.

Se olhou no espelho e passou a ajeitar seu cabelo enquanto ensaiava alguns sorrisos e falas de apresentação de maneira bem boba em sua mente. Estava realmente querendo se enturmar.

- Vamos lá... Pode fazer melhor do que isso. – Comentou para seu reflexo no espelho enquanto ensaiava um último cumprimento.

De toda forma, não podia enrolar mais, já que começara a ouvir os sons de vozes lá embaixo. Respirou fundo, pegou suas coisas do banheiro e seguiu para seu quarto esperando não encontrar ninguém no caminho. Ao chegar lá, já encontrara o ursinho sentado em sua cama balançando as pernas alegremente.

- Ei pequeno, dormiu bem? Tá com fome? Vamos descer já já, tá? – Dizia enquanto jogava a toalha molhada em cima da cama e pegava o ursinho nos braços. – Quero que me ajude hoje, tá? Eu tô um pouquinho nervoso hoje! Tipo, não sei muito bem como interagir com o pessoal lá embaixo. – Revelou um tanto envergonhado. – Mas vou tentar, tá? Desculpa seu treinador ser bobo assim.

Com essas últimas palavras, abandonava o quarto e descia as escadas indo de encontro ao depósito, passando a se lembrar de algo bastante importante... O LERDO HAVIA ESQUECIDO DE COMPRAR ALGUMA COISA PARA A FESTA. Ficara tão nervoso pensando em se portar e como reagir que simplesmente esquecera do óbvio. Tinha de ter priorizado isso! Não podia dar uma mancada dessa logo na primeira festa deles. Tinha de fazer algo! E realmente iria! Talvez conseguisse pedir alguma coisa ainda pelo aplicativo da Wailord Market. O garoto era um esquecido nato, não tinha jeito mesmo.

Enfim, ainda mais nervoso pelo seu esquecimento, conseguira chegar ao depósito dando de cara com o pequeno grupo que já se reunia. Ali via um dos garotos que lhe lembrava alguém do PokéZap... Seria o Luch? Tinha também uma garota que nunca vira antes, provavelmente sendo umas das novatas que haviam entrado e recentemente e, bom... O Daisuke também tava ali, mas não parecia tão disponível assim. Droga, havia perdido o porto seguro. Não tinha muito o que fazer. Não iria ficar feito uma estatua ali no meio do caminho.

- O-oi! B-boa noite! – Soltou de maneira acelerada como sempre faziam quando estava nervoso. Em seus braços, o ursinho apenas grunhira para eles animado. – Como v-vão? Desculpa, é que eu acabei esquecendo de comprar algo, mas eu vou pedir pela entrega! Podeixar! – Revelou envergonhado. – Sério mesmo? - Indagou nervoso quando deveria ser uma afirmação.

Havia começado muito bem, Raiko. Por que tinha de esquecer justamente do mais importante? A comida e bebida? Não tinha jeito mesmo.



OFF: SÓ VAMOOOOOOOOOOOOOO, CARALHO

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o episódio filler de natal!

Era cômico, para dizer o mínimo, a quantidade de nervosismo que corria pelas minhas veias. Não somente Luch riu da minha tentativa abestalhada de botar moral pra cima de um armário de quase dois metros de altura, como ainda brincou da quantidade exacerbada de bebida que eu havia comprado. Uma gargalhada involuntária escapou da garganta, dando lugar a um leve sorriso quando processei o que o moreno dissera sobre Natalie. Era uma gracinha ver como os dois eram felizes, algo que Wooper merece demais. Empurrei de leve o ombro direito do garoto, dando dois tapinhas logo em seguida:

— Claro. Estamos aqui para isso! — dei uma última golada na latinha de cerveja, que já começara a amargar (mais!) por estar esquentando — Tira dois packs e distribui pro pessoal que for chegando, que acha? — com a ajuda do moreno tirei as cervejas e as entreguei para que carregasse — Bom ver que você cuida da minha irmãzinha direit- — Luch me interrompeu e o silêncio permaneceu;  claramente alguém havia chegado, mas o barulho parecia de diversos pés, talvez dois humanos e alguns monstrinhos? — ... Huh?

Quando virei de costas para observar o corredor e a entrada do depósito, lá estava ele. Daisuke Fernandez, implicantezinho, Simba... Lindo como sempre. E, o pior de tudo, fardado! Como se não desse para ele ficar mais bonito e me derreter ainda mais! Clichê uma Rocket achar um Ranger fardado bonito, né? Mas o que não é quando eu ajo igual uma adolescente sempre que penso nesse garoto?

Um sorriso involuntário marcou meu rosto, de orelha à orelha, em tempo recorde. No ritmo que o ruivo largava as compras para trás e vinha na minha direção, eu peguei impulso com os pés no balcão e saltei para cima dele. Uma cena típica de filme, só que... acabamos caindo. O sorriso transformou-se em gargalhadas e mais gargalhadas que acalentaram meu coração de uma maneira absurda. Os olhos crepúsculos nadaram nos meus cerúleos uma vez mais e, por um momento, me perdi. Daisuke dizia oi e antes mesmo de eu responder, já estávamos nos beijando. Não sei bem o que Luch disse para ele (ou para mim) porque mal escutei, mas sei que durou bastante tempo.

— Oi, implicantezinho. — encostei minha testa na dele, dando uma leve risada — Tava morrendo de saudade. — roubei mais alguns selinhos, finalmente saindo do transe e inclinando meu rosto para a direita, somente para ver mEU FILHO E MARU ESPERANDO PRA ME DAR OI — Oi, meus bebês! — quando dei por mim, o pinto de Daisuke mais uma vez pulava entre a gente e não pude deixar de fazer carinho, né? — Seu pai cuidou bem de você, filho? E você, Maru, como tá? — não tardei em acariciar a venenosa também, que se tornou minha dupla sádica escondida de seu treinador — Espero que esteja tudo bem.

Tornei a olhar para o ruivo, dando mais uma risada e aproveitando para segurar o cordão, como quem dissesse que nunca mais o tirei desde que ele o colocou em mim. Levantei desajeitada, esticando a mão para que Daisuke também o fizesse. No segundo andar, um barulho de pisão de um lado para o outro e, bom, não tinha duvida... Era Lisanna.

— Sua irmã, né? — balancei a cabeça negativamente uma única vez, gargalhando — DESCE LOGO, PIRANHA! — gritei, colocando as mãos na cintura no aguardo da garota vir ao menos me cumprimentar — Simba, tem muita cerveja e vodka, se você quiser. Lisanna eu sei que vai querer. — roubei mais um beijo do garoto e fiquei abraçada com a cabeça deitada no seu peito por um bom tempo...... eRA MUITA SAUDADE, OK? — Olha, acho que aquela é a Mísia! — apontei na direção do corredor, onde Luch conversava com uma belíssima mulher quase no hall de entrada — Nossa, ela é linda. Tua irmã vai perder a linha. Espero que antes da Flora chegar.— brinquei, cutucando o ruivo — AGORA, CADÊ O BEBEZINHO DA MAMÃE? — agachei e peguei Kenma no colo, sufocando-o contra meu peito como de costume — Que saudade que mamãe tava. Já já está na hora de você dormir, tá? Mamãe e papai vão perder a linha. — acariciei o ígneo, colocando-o em cima da bancada e piscando para Daisuke; aproveitei para pegar uma cerveja gelada para a loira recém-chegada também — Implicantezinho, vou lá cumprimentá-la. Quando sua irmã chegar, manda vir falar comigo. Vai colocando as coisas na geladeira, acho que tem espaço ainda.

Em passos lentos e aproveitando para ajeitar o — agora amarrotado — moletom, me aproximei de Artemísia e Luch que conversavam na sala de estar. Meus talentos de interação social ainda são bem ruins, ainda mais com quem não conheço e, nossa, agora de perto Mísia era de verdade bem bonita... Sem falar naquele busto que é meu sonho de consumo, né? Que sortuda!

— O-oi! Mísia, né? Ou Artemísia? Não sei como você prefere, não quero parecer chata. — ri sem graça, limpando a boca que ainda estava um pouco vermelha de beijar Daisuke — Foi difícil encontrar aqui? É um pouco fácil se perder aqui em Rinshin. — sorri, aproveitando para ver Manju que parecia querer brincar com a Golbat da loira, mas sem ter coragem de pedir — Essa mocinha é sua? — acenei para a voadora — Se quiser deixar ela solta para brincar, minha Espeon está doida para chamar ela para correr no quintal. — voltei minha atenção para Luch — Inclusive, você falou algo sobre árvore, né? — levei o dedo indicador ao queixo — Vocês que são homens que se entendam. Eu hoje vou só beber... Aliás, aqui, Mísia. — ofereci a latinha de cerveja gelada — Não sei se você bebe, mas essa tá bem geladinha. — nisso, mais um rapaz se apresentava; o rapaz de cabelos esverdeados parecia se culpar por não ter trazido nada, mas mal sabe ele que eu comprei quase o estoque todo do PokéMart de bebida por conta da ansiedade — Oi, você é o... — demorei um pouquinho para tentar lembrar o nome, mas lembrei! — Raiko, né? — sorri, acenando — Eu sou a Karinna. Mas disso você já deve saber por conta das besteiras que eu falo no Pokézap.

Finalmente as pessoas estavam chegando, né?

E eu jurando que ia levar um bolo de todo mundo.


NATAL DA VIRTUUM

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Bônus:
- Especialista II Psychic;
- Gestora Rocket:
- Skill Rocket: Queimando a Largada! (+3 Atk; +3 Sp. Atk para Pokémon em batalhas);
- Skill Rocket: Aprendizado Prático. (20% a mais de EXP em batalhas durante uma Missão Rocket);




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Tá bem vamos começar do início. A ideia de fazer o natal na sede da Virtuum havia sido bem aceita por todos, incluído por mim que a essa altura já estava bem estabelecido em Johto. Como a sociedade ia pagar as passagens de todo mundo de volta pra Hoenn eu decidi ir mesmo e ainda traria Emily comigo, já que em Johto ela passaria o natal sozinha. Minha irmã até foi comigo pra lá, mas ao chegar em Rinshin me deu um perdido e disse que tinha outra coisa pra fazer, garota estranha.

Bom o fato é que eu acho que fui um dos primeiros a chegar na mansão. Quer dizer, você já visitou aquele lugar? É grande pra cacete - parece até o orfanato da Chiquititas de tanto quarto - e talvez já tivesse gente lá, mas o fato é que eu não vi ninguém. Como eu sabia que o pessoal começaria a chegar mais tarde eu me adiantei e fui pro telhado cuidar da decoração de natal. Antes disso não pude deixar de vestir meu suéter de natal (vermelho, ridículo e com uma estampa de Stantler, como todo bom suéter deve ser) e a jaqueta de couro por cima.

Assim peguei uma das escadas no depósito e subi até o telhado para começar a pendurar as luzinhas e adiantar tudo. Junto de mim estava Aquiles, o Rufflet, que parecia bem empolgado com as luzes coloridas que colocaríamos. Digo, o voador havia simplesmente se enroscado nelas e agora tentava se soltar, o que fazia sem muito sucesso.

- Bom, isso vai ser trabalhoso.

Comecei a desenrolar o voador enquanto observava a cidade ao longe. Rinshin parecia linda naquele momento e de cima do telhado da mansão podia ver até mesmo os transeuntes passando, todos muito empolgados com o feriado. Ouvi os barulhos de uma galera chegando ao terreno, mas só consegui identificar mesmo Daisuke saindo do carro com uma garota meio maluca e que provavelmente havia comprado a carteira de motorista. Já no pátio da mansão dava para ver os Pokémon brincando, havia conseguido pedir ao professor que transportasse todos os monstrinhos para aquela localização, assim eu podia deixá-los liberados naquele dia tão especial para que descansassem. Dava para ver Zuko e Hero deitados em baixo de uma árvore, além de alguns dos aquáticos brincando dentro das fontes.

Pra falar a verdade aquilo me deixava bem animado, me reunir com os amigos, beber e poder ouvir as histórias de treinador deles. Sério, quer coisa melhor que isso?

Tudo ia bem e eu até conseguia desenrolar as luzes do Rufflet, porém algo acabava me tirando a atenção. Um cheiro estranho começava a se espalhar pelo ar, era como se algo tivesse queimando. E foi aí que eu vi, uma fumaça se espalhava do lado de trás do terreno. Não sabia o que havia acontecido, mas era bem provável que algum dos Pokémon tivesse feito aquilo.

- Ah eu não acredito, se eu pego quem fez isso eu...

E foi aí que rolou. Na pressa de tentar descer da escada meu pé se enrolou em uma pilha de luzinhas de natal, porém meu corpo seguiu escada abaixo o que me levaria a uma queda direto ao chão. Enxerguei a grama vindo cada vez mais perto de mim e imaginei como seria escroto morrer daquela forma. Acontece que ao abrir meus olhos acabei enxergando Luch, Raiko, Mísia, Karinna, Daisuke e a maluca na cozinha, porém todos de... Cabeça pra baixo?

Acontece que não foi uma queda direto ao chão, pois havia me enrolado tão perfeitamente nas luzes que agora eu estava pendurado tal qual o pêndulo de um relógio, porém de cabeça pra baixo. Olhei pro pessoal que conversava e mexia na geladeira empolgados, enquanto seguravam seus copos de bebida. Como estava próximo da janela bati no vidro e tentei fazer com que me escutassem.

- Ei, alguém pode me ajudar aqui? Sério gente, acho que o sangue tá começando a descer pra cabeça.

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Luch era o primeiro a me receber e eu não conseguia deixar de respirar aliviada por ser alguém conhecido. Sempre simpático fazia me sentir um tiquinho mais confortável pelo menos. Não demorou muito para que outras pessoas viessem também me cumprimentar, em destaque uma menina loira que eu reconheci como Karinna, ela era bem ativa no Pokézap sempre brincando com todos e também um rapaz de cabelos verdes... Bom esse eu não conhecia.

- Obrigada por me receberem. - Disse primeiramente, tinha sido bombardeada com informações mas felizmente já estava me acostumando com isso. Karinna e Luch me ofereciam cerveja, estava meio cedo para mim, mas poxa é uma festa né? E definitivamente estava com sede depois de toda a viagem. - Ah eu aceito sim só... - Estava segurando a travessa igual uma bobona ainda. - É... Luch pode segurar um pouquinho? Tem uma cozinha por aqui não tem? Quando vim na sede antes eu só cheguei a conhecer o depósito... - Agora estava sem graça, mas com as mãos livres abri a latinha e já dei um gole, pegando a travessa de volta apoiado em um dos braços. - Bom na primeira vez eu me perdi sim, mas até que agora foi bem mais tranquilo. - Comentava com a loira querendo ser mais simpática, querendo ou não estávamos entre amigos. - A-ah sim essa é a Stormy... E pode me chamar de Mísia também, bom eu acho até mais fácil haha. - Me voltei para a Pokémon que já começava a interagir com a Espeon. Claro que ela não iria pedir minha permissão nem nada e já estava ansiosa para fazer alguma coisa. Ou pelo menos brincar de fazer os outros de seus "súditos". O outro rapaz, o de cabelos verdes parecia estar tão tímido quanto eu então não consegui deixar de mandar aquele sorriso de "Sei como você se sente bro" - Oi Raiko, prazer... Ah eu trouxe um pavê mas... - Suspirei. - Não sei se ele continua inteiro depois de voar de Lilycove... Acho que eu deveria ter pensado em algo menos frágil... - Se estivesse com as mãos livres teria me dado um facepalm então acabei suspirando aceitando que eu era uma idiota e bebi mais um gole de cerveja.

Iria continuar a conversa até que ouvi uma batida na janela e assim que nos viramos nos deparamos com um Thomas pendurado por luzinhas numa cena digna de um "Esqueceram de mim". Olhei assustada logo ficando preocupada com o rapaz.

- O-que aconteceu?! Você se machucou? - Disse encarando o garoto ali mesmo como se procurasse algum machucado. Estava ali com as mãos cheias de coisas ainda meio sem saber como reagir. Qual era a altura da janela até o chão? Qualquer coisa Stormy pode ficar de apoio para ele não cair não? - Como você conseguiu essa façanha? - Acabei me deixando dizer incrédula.

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