Re: [Rota Atemporal] Dingle Bell no cu e gritaria! O Episódio de Natal!

por **Lix** Sáb Jan 02 2021, 20:18

Aaah Karinna, todo mundo já havia se tocado que você estava dando uma de cupido pra cima da gente e acho que a fala de Mísia só confirmou isso. Digo isso porque depois de falar com a loira pela primeira vez sobre o assunto ela não havia conversado com a dona de Stormy, então isso significava que ela havia plantado um verde pro casal acontecer? Muito espertinha mesmo.

Dizer que fiquei nervoso esperando a resposta de Mísia era redundante a essa altura, na verdade ela até respondeu bem rápido (e eu já imaginava o que ela diria), mas mesmo assim eu ainda temia receber um não na minha cara, o que provavelmente doeria bastante depois de todo aquele nosso papo. O que eu não esperava mesmo era receber da baixinha um beijo surpresa na bochecha. Ok, pra alguns pode não ser nada demais, mas a garota tinha conseguido me deixar sem jeito de novo. Imediatamente devo ter corado como nunca antes e enquanto ela dizia que ia no banheiro ver o Aleksei fiquei no quarto uns dois segundos com aquela cara de bobo alegre.

Então quando fui sugado de volta pro planeta Terra segui a treinadora até o banheiro para ajudá-la com o desmaiado. Mísia pegou uma toalha e jogou nele na tentativa de acordá-lo para se secar, mas nada. Abri o ralo da banheira e deixei que a água escorresse, assim poderia ajudá-lo a se secar caso fosse necessário.

Enquanto tentávamos dar um jeito no desacordado Mísia tentava puxar um assunto perguntando o que eu gostava de fazer. Bom, era óbvio não era? Eu não sabia. Talvez o player que me criou houvesse esquecido de colocar essas informações na minha ficha ou eu simplesmente tava focado em batalhas demais pra pensar nisso. Ainda assim tinha umas coisas que eu gostava.

- Acho que dá pra dizer que eu gosto de viajar. E quando eu digo isso não quero falar especificamente de viajar pra treinar, mas de conhecer lugares mesmo. O mundo tem cidades tão lindas, é uma pena que a maioria das pessoas esteja mais focada apenas em batalhas Pokémon. Sempre é bom conhecer a culinária local. Então sair de noite pra beber e comer sempre é comigo mesmo. - Dei uma pausa e notei que falava demais, talvez fosse hora de deixar ela falar também. Dizem que mulheres gostam de ser ouvidas e, honestamente, eu gostava de conversar com Mísia.- E você?

por **Panda** Sáb Jan 02 2021, 21:54

A reação de Thomas com aquele ato meio bobo meu havia sido mais adorável do que eu esperava, o que me deixou contente por algum motivo. Acabei o deixando para trás, começando a tentar acordar Aleksei mas nada. Thomas aparecia naquelas tentativas, esvaziando a banheira. Sequei o garoto o melhor que podia enquanto o ouvia falar de seus gostos com atenção.

- Interessante. Bom quando eu sai em jornada... Bem velha diga-se de passagem... - Parei alguns segundos para fazer uma careta de brincadeira. - Eu pensava muito em viajar também, conhecer lugares novos. Tem muita coisa para se ver mesmo... Acho que temos isso em comum. - Comentei mantendo um lado mais simpático. - Bom eu não dispenso sair para beber ou comer mas também gosto de noites mais agitadas, eu saia bastante para dançar quando estava em Lilycove. Também passar o dia na praia ou ao ar livre é legal também... - Ok espero não estar falando demais, mas se parar para pensar o tópico daquela conversa era que se a gente fosse mesmo sair um dia, não fosse para algum daqueles locais constrangedores que nenhum dos dois realmente gostaria de estar. Quando vi que Aleksei não ia acordar mesmo pedi ajuda a Thomas para carregá-lo até a cama.

Assisti por alguns segundos o garoto estirado na cama e já começando a molhar o pobre lençol com a roupa íntima. Suspirei derrotada, não iria deixar o menino dormindo de roupa molhada para ficar doente, mas, por mais que eu não fosse novidade pra mim ver mais um pinto murcho nesse mundo por algum motivo me veio a cabeça que talvez não seria confortável pro Thomas assistir a garota que ele acabou de chamar pra sair tirando a roupa de outro, mesmo que um desacordado.

- Então hum... Não podemos deixar ele assim... Você pode cuidar dele nessa parte? - Ou será que é pior do que ele me assistir terminar de tirar a roupa do garoto é eu fazer ELE TIRAR A ROUPA DO GAROTO? Palmas Mísia você é um genio mesmo... - E então... Eu vou te esperar lá fora e a gente pode ir ver se o Luch não se matou com o machado ainda. - Agora eu estava querendo correr da situação merda que eu meti a gente e quando eu vi eu já tinha vazado do quarto.

por **Cunha** Dom Jan 03 2021, 22:35

Devo dizer que, quando eu disse aquilo para Karinna, eu não consegui nem imaginar o que passou pela cabeça dela. Apenas disse com intuito de querer ficar um tempo a sós com ela... depois do meu banho. Eu estava com saudades, no fim das contas, então me apressei. Passei pelo corredor bem na hora em que Flora se jogava no chão para abraçar Lis, o que me fazia evitar de perder tempo para falar com elas, e me deixaria com mais tempo para pensar como me vingar de Lisanna. Enfim! Corri para o meu quarto e apenas tirei o coturno, o deixando debaixo da minha cama. Entrei no banheiro e tirei a farda de qualquer jeito, só a embolei num canto e me joguei de baixo do chuveiro, tomando banho o mais rápido e caprichado que conseguia.

Devo dizer aqui, que mesmo com o meu tempo recorde, eu não pude prever o que acontecesse. Provavelmente por uma interpretação errado do que eu dizia, bem enquanto eu estava terminando, alguém abriu a porta do box e colocou a mão no meu ombro. Por um momento, eu gelei, até que ouvi a voz de Karinna. "Oi, Simba. Desculpa a demora". Aquilo era suficiente para me fazer corar na mesma hora, e repensei instantaneamente no que havia dito para ela. Droga! É claro que ela ia interpretar errado. Fiquei completamente em choque, mas tentei me recuperar, quase que no segundo seguinte. Tentei firmar os pés no chão, mas eu estava tão surpreso que acabei pisando com força demais e perdia o equilíbrio, caindo no chão com tudo de costas no vidro.

Se antes eu estava vermelho, devo dizer que agora eu estava roxo. Não bastasse a garota que eu gostava aparecer atrás de mim enquanto eu tomava banho, eu conseguia tomar uma bela duma queda e pra melhorar, eu acabava de perceber que ela também estava sem roupa. Minha primeira reação foi ficar boquiaberto. Tudo bem, mulheres podem ser lindas, gostosas e tal, mas uau, Karinna abusava disso tudo. Eu não conseguiria colocar em palavras... mas eu não podia ficar daquele jeito pra sempre, ou as coisas iam desandar rápido demais. Levantei, vermelho e envergonhado como nunca, tentei dizer algo, mas nada saía. Merda. Será que vou estragar tudo de novo?

Respirava fundo, visivelmente nervoso, e eu já havia me dado conta de uma coisa: se ela ficasse nua na minha frente, eu jamais conseguiria dizer alguma coisa. ESPECIALMENTE NO BANHEIRO. Engoli seco e desliguei o chuveiro, depois, a cobri com a toalha que havia pego pra mim e a enrolei nela, levando a loira para minha e a colocando lá. Em seguida, fui até a porta e a tranquei. Me aproximei novamente da cama, olhando pra baixo e extremamente tenso e...

Eu sentei na cama. Não de frente para Karinna, mas... de frente para a outra cama. Vou dizer pra vocês a verdade: eu queria muito concretizar o... dito cujo, "ato" com Bley. Mas eu não conseguia. Eu não conseguia falar nada. E o pior de tudo, sei que quanto mais você demora pra dizer algo nessas situações, pior tudo fica. Eu não conseguia simplesmente dizer pra ela "você me interpretou errado". Tenho certeza que ela a loira se sentiria mal pelo resto da noite. Eu... precisava assumir a culpa. Bem, no fim das contas, ela sempre foi minha mesmo... Não mudaria nada.

Eu já estava a alguns segundos sentado na cama, eu não podia mais ficar quieto. Me forcei a tomar coragem para sentar ao lado de Karinna e abraçá-la. Com as mãos trêmulas e gaguejando bastante, eu finalmente tomava coragem pra vocalizar um som. - V-vo-você... - Para com isso, Daisuke! Fala direito, cara. Engoli seco, dessa vez, mas não gaguejei mais. - Você se importaria se a gente só ficasse assim?

E bem, nem preciso dizer, né? Eu morria de medo da resposta dela. Tinha certeza que Karinna nunca mais olharia na minha cara. Tremendo como nunca, eu só sabia pensar que havia acabado de estragar tudo com a garota que gostava. Inferno.

Daisuke: GRITO NO CU E DEDARIA - NATAL ENTRE ANJOS CAÍDOS

por **Karinna** Seg Jan 04 2021, 10:38

o episódio filler de natal!

Para quem já enfrentou seres místicos, lendários e gigantes de incontáveis metros de altura, nada se comparava ao nervoso que eu sentia naquele momento. A fraca voz chamou por Daisuke, os dígitos apertaram seu ombro e, então, tudo começou a desandar. Surpreso, o ruivo se atrapalhou todo, pisando forte no chão e caindo sem mais e nem menos. Foi ali, naquele exato instante, que eu percebi que havia entendido errado o que ele havia dito; não sei se por causa do álcool ou simplesmente pelo meu sub-consciente querer interpretar daquela maneira. Engoli seco e um sentimento de vergonha e humilhação começou a corroer meu íntimo, enchendo meus olhos de lágrimas; sério, será que eu sou tão... idiota assim? Tão estúpida ao ponto de achar que algum dia eu vou ser importante o suficiente pra ele pra ajudá-lo a vencer esse medo? Óbvio que não. Não existe nada de atrativo em mim e só sirvo para dar trabalho para os outros, pra ele, Natalie e qualquer um. Desde que adquiri essa cicatriz ridícula na mão, minha auto-estima só tem piorado e daqui pra frente parece que vai ser só ladeira abaixo. A pior parte é que eu não poderia ligar menos para o ato em si; o que importava de verdade foi aquela sensação temporária de acreditar que eu fazia diferença na vida do Ranger.

... Que merda.

Enquanto os pensamentos negativos me deixavam em uma espécie de transe, conseguia sentir Daisuke me direcionar pelo quarto, primeiro me enrolando em uma toalha e depois me sentando em uma das camas. Suspirei, balançando a cabeça negativamente uma única vez e voltando meu olhar para o ruivo, que sentava na minha frente. Que homem lindo. Sério. Mas eu sequer consigo encará-lo muito tempo sem sentir a vergonha e a humilhação me consumirem como um buraco negro; abaixei a cabeça e comecei a fitar o chão, escondendo o rosto dentre as soltas madeixas loiras.

— Desculpa. — sussurrei, apoiando ambas as mãos em cima do meu colo e entrelaçando-as — Eu entendi errado. — Daisuke se sentou ao meu lado e me abraçou — ...

Deitei no peito do Ranger e continuei focando no chão, ainda me sentindo extremamente humilhada e envergonhada. Assim permanecemos por alguns minutos, até que decidi levantar. Sem sequer me importar, joguei a toalha no chão e vesti minhas roupas -- em relação a isso não tinha porquê ter vergonha, Daisuke já tinha visto tudo que tinha pra ver mesmo, certo?

— E-eu preciso ficar um pouco sozinha. — segurei na maçaneta da porta, girando a chave; finalmente busquei coragem para olhar Daisuke de novo — Desculpa se eu estraguei tudo, Simba.

Abri a porta e saí, respirando fundo para não deixar transparecer o que eu estava sentindo. Apertei meus passos e desci as escadas, passando por todos que estavam na cozinha e no hall igual um foguete, sem olhar para ninguém; peguei uma garrafa de vodka que estava no balcão e levei-a comigo até o quintal, onde sentei próxima a uma das árvores. Encostei a cabeça no tronco da árvore e comecei a fitar o céu enquanto dava leve goles na bebida; o momento perfeito para me martirizar e acreditar que estraguei tudo com o garoto que eu gosto.

Feliz Natal, né?

NATAL DA VIRTUUM

por **Lix** Ter Jan 05 2021, 21:41

Era difícil não me divertir ao conversar com a Mísia. A garota era uma daquelas pessoas que só de entrar na sala já iluminava o local - o que diga-se de passagem era bem diferente de mim - e te fazia dar risada só pelo jeito doidinho e meio irritado dela de ser. Apesar disso parecia rolar algo legal entre a gente e logo começávamos a tagarelar sobre o que gostávamos de fazer, tudo isso claro enquanto cuidávamos do novato.

- Sabe você não começou uma jornada tão tarde assim não. - Disse pra ela enquanto levantava o cara da banheira e levava na direção da calma - Claro que não é a mesma coisa, mas meus irmãos saíram de casa muito cedo tipo com uns 10 ou 11 anos. Eu só fui sair mesmo quando fiz 16 e te digo que foi muito melhor, eu já era mais maduro.

Durante a conversa eu ia descobrindo outras coisas sobre ela, entre elas o fato da treinadora gostar de sair pra noite também. Nunca havia pensado muito nisso, mas isso deve ser um programa interessante até né? Às vezes a gente foca tanto em batalhas Pokémon e treinamentos que esquecemos que tem outras possibilidades nesse mundo e isso podia ser uma dessas.

- Lilycove tem muitas casas noturnas? Os momentos que passei por lá foram muito rápidos, nem dá pra dizer que conheci a cidade direito.

No meio do papo acabamos jogando Aleksei na cama e nos deparámos com uma sinuca de bico do tipo "o que fazer agora"? O moleque tava de cueca e, bom, Mísia disse que era melhor tirar do que deixar ele com a roupa molhada, só que visivelmente ela tava incomodada em fazer isso comigo ali e por isso acabou pedindo pra que eu fizesse. Olhei meio em dúvida pro treinador do Marshtomp bombado, mas logo aceitei.

- Claro, pode deixar que eu dou um jeito.

Enquanto a garota me esperava do lado de fora olhei para o corpo inerte do desmaiado. Só nós dois, teria que dar um jeito naquilo.

- Façamos com que isso seja rápido cara.

A ideia era simples, puxar a cueca o mais rápido possível e de uma vez só, para que não tivesse que ficar olhando muito pras partes de um cara que eu acabara de conhecer. Segurei no elástico que era grudado na cintura e a puxei, o que pra falar a verdade foi bem fácil, a cueca saiu rápido. A má notícia é que a cueca saiu tão rápido que saiu da minha mão e foi voando janela à fora do quarto. Oh-oh, espero que não tenha aterrissado em ninguém.

Peguei a toalha que havia usado pra secar o cara, usei pra tapar seu orgão e saí dali, deixando-o em paz.

- Boa noite camarada.

Desliguei a luz e dei de cara com Mísia me esperando do lado de fora, agora a ideia era ver se alguém já havia se ferido gravemente naquela brincadeira com o machado.

- Então, vamos? Aproveitamos pra pegar algo pra beber no caminho.

Ainda não éramos nada, apenas amigos claro, mas olhei pra Mísia e dei uma risadinha irônica como se nós dois guardássemos um segredo. E até meio que a gente tinha, mas ao menos eu não falaria para ninguém.

por **Panda** Sex Jan 08 2021, 23:52

- Nossa 11 anos tá maluco! - Acabei soltando na hora sem pensar muito até parar um segundo e rir novamente full sem graça. - Tipo... Eu com 21 já faço um monte de merda imagina com 11... Mas se teus irmãos estão bem... - Ás vezes eu acho que eu não deveria ser tão sincera assim... - Na verdade o bom de Lilycove justamente é ter muita coisa para fazer. Se quiser um dia damos uma tour por lá... Se bem que... Pela sua descrição do que gosta de fazer não parece fazer muito o tipo de balada né? -

Demorou algum tempinho para Thomas voltar do quarto, me fazendo perguntar se foi tudo bem lá dentro, porque tipo, também não é o fim do mundo né... Quando o rapaz saia do quarto ele dava uma risadinha irônica que me fez responder automaticamente com um sorriso no mesmo tom, era tipo um segredo agora que a gente iria sair um dia então? Bom eu não pretendo contar pra ninguém mesmo... Só se me perguntarem.

Assenti a proposta de Thomas com a cabeça e segui ao seu lado em direção ao hall até que pararmos quando Karinna saia em disparada de um dos quartos parecendo bem abalada. Aquilo me pegou de surpresa visto que de todos ali, Karinna parecia a mais animada com a celebração... Mas o jeito que ela saiu eu conheço isso.

- Thomas... Acho que seu amigo Daisuke fez alguma merda. - Mesmo que fossem palavras meio diretas ainda dava para perceber uma preocupação genuína na voz. - Será que deveríamos falar com ela? - Eu sei que geralmente quando você briga com o namorado o ímpeto inicial é querer ficar sozinha... Mas, porra é natal! Definitivamente não é um dia pra amargar fossa.

por **Lix** Seg Jan 11 2021, 20:58

Era incrível como estar com Mísia era algo leve e divertido. Quanto mais eu conhecia a garota mais começava a apreciar ela, principalmente por seu senso de humor. Quer dizer, eu não sabia direito se ela já havia se tocado que era engraçada, mas ao menos a cara que ela fez quando eu falei que meus irmãos haviam saído de casa com 11 anos havia sido impagável. Admito ter esboçado umas boas gargalhadas vendo ela falar daquilo.

- Ah eu também faço umas merdas às vezes, eu te conto essas histórias quando a gente sair.

Mísia entretanto não parecia muito segura de me levar pra umas das baladas de Lilycove, já que de acordo com ela eu não parecia gostar muito desse tipo de programação.

- Na verdade eu só não tenho o costume de sair pra noite, não que eu não goste. Eu topo o seu convite sim.

Bom depois disso rolou toda aquela coisa no quarto e eu saí dali. Estava tudo indo bem e quando enfim chegamos no hall nos deparamos com uma Karinna saindo em prantos de um quarto, mais especificamente o que eu e Daisuke dividíamos. Como Mísia bem tinha dito, um certo alguém devia ter feito merda. Apesar disso achei que talvez não fosse a melhor opção ir falar com Karinna.

- Bom acho que seria importante a gente ir falar com ela, mas eu não sei se eu devia ir aí. Sabe como é, sou amigo do namorado dela. - Parei um instante e pensei no que eu havia acabado de dizer, vendo por esse lado eu devia ir ver como o cara estava né. - Será que você podia ir falar com a Karinna? Talvez eu devesse ir ver o Daisuke e descobrir o que rolou.

por **Rin Chevalier** Ter Jan 12 2021, 21:17

Natalie estava estática? Literalmente ela não se mexia um milímetro! Nada! Será que ainda estava amuada por eu não ter deixado ela namoriscar mais um pouco? Não parecia mais que isso... Como se realmente nada estivesse cruzando a mente dela! Gente... Isso é algum tipo de meditação? O que caralhos está acontecendo...?

Pera! Não pode ser! Será que alguma das ervas que eu comprei tinha algum efeito daquele tipo em ruivas? Gente... É como se ela estivesse vivendo alguma coisa em outro espaço-tempo, mantendo o corpo físico no nosso plano... Não piscava, não reagia a um belo de um belisco na bochecha... Que merda que eu comprei? E agora já tá misturada na comida toda! COMO CARALHOS EU VOU EXPLICAR UMA NATALIE IMÓVEL NO MEIO DA COZINHA? ACHO QUE DIZER QUE É UMA ESTÁTUA EM TAMANHO REAL PARA DECORAR A CASA NÃO VAI COLAR, NÉ? MERDA!

Respira, Shion. Respira! Está tudo bem! Ela vai voltar ao normal em algum momento! Por agora vamos só fingir que está tudo bem! Da maneira que eles estão bebendo com certeza nem vão notar assim tanto eu acho - Mikael, leve mais cervejas para todos beberem, por favor. - disse ao psíquico, para garantir que o nível de consciência fosse diminuindo mais e mais - E quando eles terminarem uma, lhes leve mais. - é melhor assegurar, né.

Tá. Agora é melhor eu me apressar! Tenho de fazer o trabalho de dois! Mãos à massa! Primeiro passo, fazer circulozinho de farinha e colocar água no centro e ir misturando até homogenizar, depois dois ovos e mais uma gema de ovo para concistência, não me perguntem de que espécie de pokémon é porque não vou dizer, umas pitaditas de sal e um vinagrezito, pois porque não. Bem... Seria bom deixar repousar mas estou sem tempo para isso agora, vamos começar a fazer as camadas com manteiga para assegurar uma massa crocante e cheia de camadas deliciosas!

- UAU A MASSA ESTÁ FICANDO INCRÍVEL, NATALIE! VOCÊ É MESMO BOA NISTO! - exclamei, na verdade, gritei para toda a casa ouvir e continuar a não suspeitar de nada - DAQUI A UM POUQUNHO JÁ VAMOS PUDER COMEÇAR A PREPARAR AS EMPANADAS PARA ASSAR! - acrescentei no mesmo tom de voz.

Enquanto isso, ia cortando a massa em vários pedaços para então os preencher com os vários recheios que eu havia previamente preparado. Então, foi só fazer uns cortes finais na carne, peixe e legumes para ter a certeza que não ficavam pedaços demasiado grandes e distribuir pelos diversos pedaços que eu havia cortado. Havia para todos os gostos. Aves, bovinos, peixes gordos, peixes magros, vegetarianas, vegan, picantes, salgadas, azedas e até doces... Bem... Se considerarem canela e uva-paçã como um doce sim. Mais uma vez não me perguntem de que espécies eram as carnese peixes.

Finalizar fechado elas, as selando ao pressionar com um garfo nas pontas, passar um pincelada de ovo em cima para dar aquele brilho final e um furito para permitir que, durante a assadura, o ar escapass e as empanadas não explodissem, né.

Minutos após o ínicio da assadura o cheiro já se começaria a espalhar pela casa, indicando que elas já estavam quase prontas. Entretanto, já eu havia temperado o prato principal e comecei a preparar também as batatas, arroz e alguns pratos de acompanhamento, essencialmente saladas. Não demorou muito mais para as empanadas ficarem prontas e, assim que as tirei, agora que o cheiro maravilhoso vinha com toda a força. Com certeza, em breve me viriam perguntar por elas então já avisei Mikael para não deixar ninguém entrar, era melhor deixar elas arrefecerem um pouco antes de servir.

Então, carne, batatas e cenouras ao forno e não tarda a ceia estaria prontinha prontinha. Mas porra... O QUE EU VOU FAZER COM ESSA NATALIE AQUI, CARA? Bem... Decidi colocá-la sobre o balcão central como se estivesse cortando alguma coisa. É isso... Se alguém perguntar... Ela... Estava cortando o pão! Sim! Isso!

- Mikael, use Psychic para controlar os braços dela como se estivesse cortando pão, caso alguém tente espreitar!

Ia recolhendo o suór comos guardanapos que já se iam acumulando mais e mais no caixote de lixo da cozinha. Meu pai... Que noite streesante... Era para isto que eu estava tão animada? MANO! Será que ela é uma robô e acabou a pilha ou a bateria? Gente... Como isso aconteceu? Teria sido algum efeito secundário da erva da alegria? Da erva de unicórnio? Da erva de extracorporalidade? Eu não sei!! ACHEI QUE ERA SÓ PARA DAR MAIS SABOR À COMIDA!!! ACORDA NATALIE!!! Eu estava gritando internamente encarando ela na esperança que isso fosse suficiente para acordar ela.

Aproveitei ainda para cozer o macarrão em açúcar, casca de limão e mel para preparar a aletria. Fritar o pão para as rabanadinhas, assim como o molhinho, obviamente. Eu estou correndo sim, mas quem está lendo e imagina que ninguém seria capaz disso tudo em tão pouco tempo. E já agora... Porque não fazer também os meus cookies assinatura, né. Maravilhosos. - ESTAMOS QUASE ACABANDO, EIN, NATALIE! VOU SERVIR AS EMPANADAS PARA ELES COMEÇAREM A COMER, ENTRETANTO! - mais uma vez gritei transmitindo toda a naturalidade possível naquele cenário, fazendo um sinal para que Mikael fosse levando a travessa das empanadas com os restos dos vinhos que tinha sobrado e mais cervejas.

Um a um as coisas iam ficando prontas e a cozinha começava a ficar cheia de pratos e pratos de sobremesas. Finalmente, o prato principal também ficava pronto. Brilhante, vibrante e escorrendo os seus molhos... Parecia uma delícia! Não tinha como estar ruim! Era só servir! Mas porra... Eu vou servir essa merda sozinho!! ACORDA, NATALIE! ACORDA! A esta altura eu já estava até abanando a garota para ver se saía alguma reação dali.

Será que eu também devia beber para esquecer? Ou ficar tão bêbado ao ponto de os outros não me questionarem sobre o que estava acontecendo ali? Era melhor... E vamos das duas primeiras garrafas!

DINGLE BELL NO CU E GRITARIA! O EPISÓDIO DE NATAL!

Virtuum Base

por **Panda** Sex Jan 15 2021, 11:09

Thomas parecia disposto com esse futuro rolê em Lilycove então também não ficaria discordando, vai que ele realmente acabasse descobrindo que gosta de sair a noite. Quanto a Karinna sugeria que eu fosse falar com Karinna enquanto ele descobriria o que aconteceu com Daisuke, concordei de imediato e sai só parando para dar um tchauzinho em forma de aceno para o rapaz.

Já que imaginei que Karinna já deveria estar chateada e que como qualquer pessoa bêbada lidaria com isso bebendo mais ainda fui até a cozinha pegar um pedaço do doce que eu havia trago comigo. De relance vi Shion todo enrolado com a comida com uma Natalie parecendo estar cortando algumas coisas mas estranhamente quieta, mas achei melhor não me meter. Afinal estava aproveitando que não ia ser expulsa da cozinha tanto que fui de fininho até a geladeira. Um pedaço de pavê e uma latinha de refrigerante.

Agora para achar a Karinna... Bem eu sabia exatamente quem poderia me ajudar. Fui até o grupinho de Pokémon assistindo enquanto a Stormy praticamente montava seu reinado particular, com vários dos pokémon dos outros membros juntos na brincadeira menos Bloom que olhava para aquilo com uma expressão de achar tudo aqui muito ridículo. Chamei a psíquica até mim. A habilidade Bloom era de conseguir perceber a distância os sentimentos dos outros então a mesma conseguia localizar a loira justamente pela sua chateação. Perfeito.

Fui guiada pela psíquica até uma árvore onde lá estava Karinna com uma garrafa de vodka nas mãos. Não era uma cena legal de se ver e não perdi tempo de me aproximar da garota com uma expressão penalizada.

- Hey... - Chamei a atenção já oferecendo o que havia trago. - Aqui, come alguma coisa. Não vai ser legal passar o natal no hospital para tomar glicose né? - Sem nenhuma cerimônia sentei ao seu lado com Bloom pulando no meu colo. - E muito pior ficar aí sozinha, aconteceu alguma coisa? Olha tudo bem se não quiser falar nada mas sozinha você não fica. Pra me tirar daqui só a força. -

por **Karinna** Sex Jan 15 2021, 11:35

o episódio filler de natal!

Era difícil expressar muito bem como eu estava me sentindo. A vergonha, humilhação, nervosismo, todo um misto de emoções que, sinceramente, naquele momento eu só queria desaparecer e nunca mais voltar. Com a garrafa de vodka em mãos, sentei na beirada do tronco em uma das árvores, dando longas e longas goladas no líquido transparente que queimava minha garganta, sequer ligando para isso, para ser bem honesta. Melhor o álcool tomar conta de tudo que pelo menos eu fico dormente por completa e não sinto essa tristeza que assola o meu coração.

Encostei a cabeça no tronco da árvore, deixando algumas lágrimas escorrerem pelo rosto; apoiei a garrafa em cima do gramado e respirei fundo, sentindo o álcool tomando conta da minha corrente sanguínea. À distância pude ver, embaçado, algo se aproximando... Não conseguia distinguir muito bem, mas parecia ser Mísia. Que vergonha, Karinna. Conheceu a garota hoje e já pagando um papelão desses.

— N-não quero comer nada. S-Só quero sumir. — gaguejei, já sem qualquer filtro social graças ao álcool — Daisuke me chamou pra to-tomar banho com ele. Ou pelo menos achei que era isso. — dei um tapa fortíssimo na minha própria testa, deixando-a vermelha — Mas eu sou uma idiota. Claro que ele não ia gostar de me ver... Você sabe. — os olhos encheram de lágrimas — Já não basta essa cicatriz escrota na mão que me deixa feia. Meu corpo também é um lixo. — voltei meu olhar para Mísia — Você não vai entender, você é linda e duvido que tenha qualquer problema de autoestima. — dei mais um golão na vodka — E a-agora eu acho que estraguei tudo. — ergui os joelhos, abraçando as pernas e deitando a cabeça sobre os joelhos — Ele tem problemas de ter... Contato. Eu, burra, achei que ele finalmente estava se sentindo confortável comigo. — suspirei — Ta-talvez eu não seja boa o suficiente mesmo.

Com a voz arrastada já por conta do álcool, fiquei minhas duas janelas cerúleas sobre Mísia, buscando algum conforto que as palavras da garota poderiam me dar.

Que merda de situação.

NATAL DA VIRTUUM

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