Era difícil tentar dizer qual havia sido a última vez que teria comemorado um feriado com um grupo que não se resumisse aos seus próprios pokémons. Ora, entre treinamentos e viagens normais e por multiversos, malmente tinha tempo para seguir com seu próprio cronograma improvisado e não era lá como se tivesse uma grande rede de contatos até os últimos tempos então, bem, tecnicamente esse pequeno fato era mais consequencial que escolhido, de certa forma.
Enquanto os pés a guiavam, calmos, mais uma vez na direção da residência da sociedade situada em Rinshin, era de maneira dispersa que os orbes acinzentados passeavam pelo infinito azulado que se estendia em um manto acima de sua cabeça. Era inegável que muitas, muitas coisas haviam acontecido naquele último ano - reencontros, desenvolvimentos de relacionamentos que jamais imaginaria caos e, acima de tudo, resoluções. Acalentava-lhe o coração que, pelo menos por um único momento, sua única preocupação era a de conseguir bater a receita prometida com Shion à tempo da festa, considerando que já tinha levado parte dos ingredientes mais cedo naquele dia.
Sequer tinha se aproximado direito dos portões de ferro quando as pupilas capturaram a imagem de um pequeno grupo nas proximidades da mansão mas, principalmente, foi a presença de Karinna e Drac que estampou um sorriso abobado no rosto, manso - ora, era aquele o pequeno núcleo familiar que agora tinha de companhia, apesar de todas as adversidades que tivera de lidar pelo meio do caminho de sua concretização. A visão periférica foi atraída, ao se aproximar, pelos adereços que decoravam o jardim, dentre bolas coloridas, neve (?!) e até mesmo alguns pisca pisca espalhados pelas plantas do lugar - e, bem, a moça não evitou que o olhar vagasse pela belíssima área verdejante, as sobrancelhas se erguendo em surpresa ao se dar conta de quantas coisas haviam colocado por ali, quer dizer, oras, quando tinha visitado o lugar mais cedo, não existia absolutamente nada além de algumas luzes pela casa! O pessoal era bem rápido, até, hein?
Enfim, vamos à parte que verdadeiramente importa antes que desistam de ler: Foi em passos inicialmente rápidos e eventualmente vagarosos que a ruiva se aproximou daquela rodinha, silenciosa, os olhos fixos em Bley e um sorriso torto despontando do canto dos lábios, travesso. Teve sorte de que a loira estava exatamente de costas para a entrada do casarão e, huh, a treinadora não se esforçou nem um pouquinho para alterar aquela situação. Pé ante pé, achegou perto o máximo que pôde, as mãos se erguendo devagar e repentinamente agarrando os braços da monotreinadora num toque abrupto, sacudindo-os um pouquinho no processo.
— BU! — Exclamou, quase que imediatamente fazendo as mãos escorregarem para frente de seu corpo, agarrando-o e prendendo-o num abraço para que a loira não tivesse oportunidade de se defender ou reagir àquela sua boba tentativa de susto. — E aí, galera? — Cumprimentou, os risos bobos escapando da garganta enquanto pendia a cabeça pro lado para que pudesse espiar o resto das pessoas no lugar sem necessidade de soltar, inicialmente, a amiga. — Qual a boa? Qual é a do machado? — Quis saber, o olhar vagando rapidamente pelas poucas faces desconhecidas do lugar - quer dizer, a maioria conhecia pelo menos do Pokézap, com exceção de uma simpática morena com seu Mudkip, mas enfim... — Eu sou a Natalie! — Se apresentou às meninas, um sorriso gentil no rosto antes de, enfim, soltar a senhorita Karinna, se esmagando em seu peito num abraço verdadeiro e apertado, cheio de manha. — Tava com saudade, Shuckle! — Pontuou, apertando-a num quebra-costela besta antes de finalmente a deixar ir. — Bom ver que você ainda tá inteira! — Provocou, franzindo de leve a ponte do nariz numa expressão de graça.
Tirou seu tempo para cumprimentar, um pouco menos incisivamente, as meninas que não conhecia, com um abraço tranquilo e uma troca de apresentações; À Thomas, fez o mesmo, apesar de achar graça a maneira como os cabelos e as roupas do rapaz estavam bagunçadas e, bem, não quis perguntar, mas também teve a impressão de enxergar marcas de luzinhas e cordas pelos braços do moreno. Será que tinha perdido alguma coisa interessante por ali?
— E aí, — Disse, enfim, voltando-se para o unoviano, aproximando-se pacientemente e roçando o indicador no cabo da ferramenta que ele apoiava debaixo do braço, antes de fazer o mesmo com a garrafa de cerveja em suas mãos e abaixá-la um pouquinho, pondo-se na ponta dos pés para depositar um beijo demorado no canto de seus lábios. — que que cê tá inventando de derrubar com esse machado aí, Senhor Drac? — Quis saber, erguendo levemente uma das sobrancelhas em leve desconfiança, como se quisesse entender que tipo de travessura o rapaz planejava ali.
— ...E VOCÊ! — Exclamou após alguns segundos, voltando-se enfim ao ruivo da roda, aproximando-se para dar um cutucão bem no meio do seu peito. — Senhor Daisuke Fernandez, espero que esteja cuidando muuuuuuito que bem da minha loirinha, viu? Olha que se eu ver alguma coisa, te boto debaixo da chaminé hoje mesmo e deixo um bilhete pro Papai Noel levar embora! — "Ameaçou", estreitando de leve as pálpebras na direção do lutador. Levou, então, as duas mãos à altura do rosto do outro - nesse momento, um sorriso passeou nos lábios, e a moça apertou as duas bochechas do garoto entre os dedos, balançando-as de leve de um lado para o outro. — Prazer te conhecer, coisinha. — Disse, dando uma piscadela e soltando o rosto do treinador, na esperança de ter deixado as maçãs de suas bochechas vermelhinhas naqueles projetos de agarro. — Valeu por tentar colocar um pouco de juízo na cabeça dessa aí. — Acrescentou, apontando com o polegar para a monotreinadora. — Sei bem que não é fácil, né? — Brincou, deixando escapar uma risada relaxada.
Então, não muito tempo depois, a ruiva também ouviu o chamado alto e ofegante de uma voz que muito achou parecida à de Shion - pensou por alguns segundos e, então, virou o rosto na direção do som, franzindo o cenho com discrição para a imagem bizarra de sacolas flutuantes, Mikael atrás e o platinado carregando um maluco que nem um saco de batata. Em um primeiro momento, não reagiu, tentando processar direito o que via (não a culpem, não havia ouvido lá muito bem as palavras de Taito), a expressão se torcendo com suavidade em confusão bizonha.
....mas que diabos?
Enquanto os pés a guiavam, calmos, mais uma vez na direção da residência da sociedade situada em Rinshin, era de maneira dispersa que os orbes acinzentados passeavam pelo infinito azulado que se estendia em um manto acima de sua cabeça. Era inegável que muitas, muitas coisas haviam acontecido naquele último ano - reencontros, desenvolvimentos de relacionamentos que jamais imaginaria caos e, acima de tudo, resoluções. Acalentava-lhe o coração que, pelo menos por um único momento, sua única preocupação era a de conseguir bater a receita prometida com Shion à tempo da festa, considerando que já tinha levado parte dos ingredientes mais cedo naquele dia.
Sequer tinha se aproximado direito dos portões de ferro quando as pupilas capturaram a imagem de um pequeno grupo nas proximidades da mansão mas, principalmente, foi a presença de Karinna e Drac que estampou um sorriso abobado no rosto, manso - ora, era aquele o pequeno núcleo familiar que agora tinha de companhia, apesar de todas as adversidades que tivera de lidar pelo meio do caminho de sua concretização. A visão periférica foi atraída, ao se aproximar, pelos adereços que decoravam o jardim, dentre bolas coloridas, neve (?!) e até mesmo alguns pisca pisca espalhados pelas plantas do lugar - e, bem, a moça não evitou que o olhar vagasse pela belíssima área verdejante, as sobrancelhas se erguendo em surpresa ao se dar conta de quantas coisas haviam colocado por ali, quer dizer, oras, quando tinha visitado o lugar mais cedo, não existia absolutamente nada além de algumas luzes pela casa! O pessoal era bem rápido, até, hein?
Enfim, vamos à parte que verdadeiramente importa antes que desistam de ler: Foi em passos inicialmente rápidos e eventualmente vagarosos que a ruiva se aproximou daquela rodinha, silenciosa, os olhos fixos em Bley e um sorriso torto despontando do canto dos lábios, travesso. Teve sorte de que a loira estava exatamente de costas para a entrada do casarão e, huh, a treinadora não se esforçou nem um pouquinho para alterar aquela situação. Pé ante pé, achegou perto o máximo que pôde, as mãos se erguendo devagar e repentinamente agarrando os braços da monotreinadora num toque abrupto, sacudindo-os um pouquinho no processo.
— BU! — Exclamou, quase que imediatamente fazendo as mãos escorregarem para frente de seu corpo, agarrando-o e prendendo-o num abraço para que a loira não tivesse oportunidade de se defender ou reagir àquela sua boba tentativa de susto. — E aí, galera? — Cumprimentou, os risos bobos escapando da garganta enquanto pendia a cabeça pro lado para que pudesse espiar o resto das pessoas no lugar sem necessidade de soltar, inicialmente, a amiga. — Qual a boa? Qual é a do machado? — Quis saber, o olhar vagando rapidamente pelas poucas faces desconhecidas do lugar - quer dizer, a maioria conhecia pelo menos do Pokézap, com exceção de uma simpática morena com seu Mudkip, mas enfim... — Eu sou a Natalie! — Se apresentou às meninas, um sorriso gentil no rosto antes de, enfim, soltar a senhorita Karinna, se esmagando em seu peito num abraço verdadeiro e apertado, cheio de manha. — Tava com saudade, Shuckle! — Pontuou, apertando-a num quebra-costela besta antes de finalmente a deixar ir. — Bom ver que você ainda tá inteira! — Provocou, franzindo de leve a ponte do nariz numa expressão de graça.
Tirou seu tempo para cumprimentar, um pouco menos incisivamente, as meninas que não conhecia, com um abraço tranquilo e uma troca de apresentações; À Thomas, fez o mesmo, apesar de achar graça a maneira como os cabelos e as roupas do rapaz estavam bagunçadas e, bem, não quis perguntar, mas também teve a impressão de enxergar marcas de luzinhas e cordas pelos braços do moreno. Será que tinha perdido alguma coisa interessante por ali?
— E aí, — Disse, enfim, voltando-se para o unoviano, aproximando-se pacientemente e roçando o indicador no cabo da ferramenta que ele apoiava debaixo do braço, antes de fazer o mesmo com a garrafa de cerveja em suas mãos e abaixá-la um pouquinho, pondo-se na ponta dos pés para depositar um beijo demorado no canto de seus lábios. — que que cê tá inventando de derrubar com esse machado aí, Senhor Drac? — Quis saber, erguendo levemente uma das sobrancelhas em leve desconfiança, como se quisesse entender que tipo de travessura o rapaz planejava ali.
— ...E VOCÊ! — Exclamou após alguns segundos, voltando-se enfim ao ruivo da roda, aproximando-se para dar um cutucão bem no meio do seu peito. — Senhor Daisuke Fernandez, espero que esteja cuidando muuuuuuito que bem da minha loirinha, viu? Olha que se eu ver alguma coisa, te boto debaixo da chaminé hoje mesmo e deixo um bilhete pro Papai Noel levar embora! — "Ameaçou", estreitando de leve as pálpebras na direção do lutador. Levou, então, as duas mãos à altura do rosto do outro - nesse momento, um sorriso passeou nos lábios, e a moça apertou as duas bochechas do garoto entre os dedos, balançando-as de leve de um lado para o outro. — Prazer te conhecer, coisinha. — Disse, dando uma piscadela e soltando o rosto do treinador, na esperança de ter deixado as maçãs de suas bochechas vermelhinhas naqueles projetos de agarro. — Valeu por tentar colocar um pouco de juízo na cabeça dessa aí. — Acrescentou, apontando com o polegar para a monotreinadora. — Sei bem que não é fácil, né? — Brincou, deixando escapar uma risada relaxada.
Então, não muito tempo depois, a ruiva também ouviu o chamado alto e ofegante de uma voz que muito achou parecida à de Shion - pensou por alguns segundos e, então, virou o rosto na direção do som, franzindo o cenho com discrição para a imagem bizarra de sacolas flutuantes, Mikael atrás e o platinado carregando um maluco que nem um saco de batata. Em um primeiro momento, não reagiu, tentando processar direito o que via (não a culpem, não havia ouvido lá muito bem as palavras de Taito), a expressão se torcendo com suavidade em confusão bizonha.
....mas que diabos?