[EVENTO] Marionete Cósmica!

O que era aquilo, um tipo de competição de adivinhações com charadas? Ok, não sou muito bom com esse tipo de coisa, mas pelo visto é a única forma de avançar, logo.. - Certo, vamos às suas perguntas, Ventríloquo! - o que poderia dar errado, não é verdade?

E então a mão esquerda do boneco se ergueu, ao passo que uma música começou a tocar, era do tipo que se toca em circos e tem um “que” de macabro na mesma. Esse sonho se tornaria um pesadelo? Não faço ideia. O Ventriloquo então toma a posição do Pensador de Rodin, aquela estátua famosa que todo mundo sabe o nome mas não onde fica ou qualquer outro detalhe da mesma. Epa, tá vindo na minha direção?! Será isso parte da charada?? - Hum… - levo a mão ao queixo enquanto penso na frase, mas então… - Espera, não são cinco? Por que não faz todas de uma vez? - sugeri, então, para o anfitrião. Era um gesto meio abusado, mas pelo menos ganharia tempo!    

O Ventríloquo faz as perguntas e acabo por me perder em algumas das rimas! Para minha sorte estava com meus parceiros, então eram sete mentes para prestar a atenção nos detalhes de cada uma das questões. Bom, espero sermos tão aplicados aqui como somos em campo!

A segunda questão era lançada, e esta me parecia um tanto óbvia. Na medida que ele falava, meu olhar ia na direção de Kinney, e não é que a descrição batia? Ela estava concentrada, prestando atenção em tudo, e quando dei por mim todos estávamos olhando para ela! - Hum, essa também é dificil… o que acham… que foi? - ela então volta para nós e percebe os olhares! Obviamente todo mundo riu! - Não acha a descrição bem familiar, Kinney? - perguntei, então, para ela. Depois de piscar os olhos, confusa, ela suspirou - Aaaaah, sim! Hehe, bem familiar!

A terceira era jogada na roda. A expressão do Ventríloquo não ajudava muito, já que, bem… ele usa uma máscara! Claramente se tratava de um local não-natural, construído pelo homem e que servia como um tipo de geração de energia. Vendo que ninguém falava nada, apenas quebrava a cabeça em silêncio, voltei a atenção para a próxima.

A quarta seguia, já de cara sendo algo relacionado a água, ou no caso, os tipo água. Enquanto ouvia, direcionei o olhar a Groen, o único do tipo por ali. Ele evitava o contato direto pela sua natureza tímida, mas claramente prestava a atenção. - O que acha, Groen? - perguntei a ele assim que o Ventríloquo terminou - B-bem, me parece ser algo que se relaciona com chuva. Não acha? - era exatamente o que tinha em mente - Sim, parece uma habilidade Pokémon, Hydration. Ela cura os status quando o clima está chuvoso. Bom trabalho, Groen!

A quinta, então, surgiu. Apenas com o começo da descrição senti boas energias vindas de Leona. - Gal, não parece muito com um Psybeam? - ela me pergunta quando a oportunidade surge, e então a resposta parece de fato ser esta!

Depois de muito pensar, reuni o tima. - Bem, não temos ideia da resposta da primeira nem da terceira. O que acham de usarmos nossas dicas nessas? - nenhuma objeção vindo da parte deles - Quanto às demais: a segunda é Weavile, a quarta é Hydration e a quinta Psybeam. Todos concordam? - novamente nenhuma objeção. Era isso, voltei-me ao Ventríloquo - A resposta da segunda questão é Weavile! A resposta da quarta é Hydration e a quinta é um Psybeam! Por favor, nos ajude com uma dica quanto a primeira… - comecei a falar, sendo seguido por Kinney - … e a terceira!      

Nossas três respostas estavam corretas, mas ainda restava outras duas para fazer uma passagem completa! As dicas chegavam… e francamente elas não ajudavam muito! Bem, tínhamos que nos virar com o que tínhamos, então era hora de uma nova reunião.

- Focar na frase… - Bahlok repetia a dica, claramente usando todas as suas forças para pensar em alguma resposta - Um ataque que sempre acerta e tem a ver com a mente de aço… - Mirana também contribuía, até que me veio uma ideia - Bom, me parece algo como um Smart Strike, um ataque tipo aço que sempre acerta. - todos ouviam a acabam por acatar, já que não havia mais nenhuma outra proposta na mesa. E isso nos levava para a próxima dica… - Andei pensando, irmãozão. A cidade que tem aquele restaurante grandão não tem uma coisa que gera energia? - Bahlok! Pode ser isso! - Faz sentido, garoto. O líder do ginásio de Mauville é do tipo elétrico… - completei o que meu dragão sugeriu. Kinney apontava uma das garras para mim - Isso faz muito sentido. - colocava - Concordo. É nossa melhor opção até o momento. - Mirana endossava. Era a nossa melhor ideia até o momento, então era hora de bater o martelo. - Certo Ventríloquo, a resposta da primeira é Smart Strike! A da terceira é a cidade de Mauville!      

Minha cidade natal? Lavaridge não se parecia nada com a descrição que o Ventríloquo deu, logo… ele estaria falando de Olivine? Se for, bem… sai de lá aos nove anos de idade e ainda não voltei para lá. Tenho poucas lembranças dela. Sei lá, talvez uma “trava” de segurança da minha mente para não ficar pensando tanto nela. Não na cidade, mas em minha mãe. Franzi o cenho e tombei a cabeça com relação com o que o boneco disse. Aura arrepiante? Bom, isso só aumenta as minhas suspeitas. - Conheço esse olhar. É, também não confio nele. - de braços cruzados, Kinney observava o boneco desaparecer no ar e o caminho ser liberado para nós. - Dê a ordem. - Bahlok rangia os dentes, pronto para qualquer combate! - Acalme-se, garoto. Leona, o que acha? - a vantagem de ter uma comunicação aberta com eles era a possibilidade de, bem… nos comunicarmos - Algo tem me bloqueado. Não consigo sentir sua aura. - e essa resposta era bem desanimadora, significava que estamos realmente lidando com algo desconhecido e com a possibilidade de saber até o mais íntimo de nossos segredos. - Olhos abertos, mais do que nunca.

Recolhi os prêmios que ele dispôs aos nossos pés e segui para dentro do castelo. Se a situação fosse diferente, até permitiria um tempo para relaxar e brincar um pouco por ali. Havia tantas atrações e opções que seria de fato um ótimo entretenimento. Mas esse boneco, de alguma forma, despertava um sentimento bem incômodo em mim. Seria ele ou quem o controla a fonte da distorção que a Dra. Fennel falava? Vamos atrás dele pra investigar isso melhor. Nenhum sinal dele ou das mãos naquele espaço de brinquedos e atrações. Éramos um bando de estranhos atravessando o salão, com um sentimento bem conflitante à festa carnavalesca que ali se encontrava. Era como se fôssemos um grupo de agentes de segurança passando por um carnaval de rua! Pensando bem, parte desse sentimento era real… enfim, “Palco das Escolhas”? Bom, acho que é nossa próxima parada, então vamos em frente.        

Chamar o local de “Palco das Escolhas” é muito pertinente, pois de fato se trata de um palco. Na verdade, era um grande teatro ao estilo antigo, com palco em meia lua, tudo próximo ao público, bem clássico. Ventríloquo estava lá, e antes de qualquer coisa ele nos tratava como “astros principais”. Bom, antes que quaisquer tentativas de argumentação por nossa parte, éramos envolvidos por uma névoa rósea, muito semelhante ao gerado pelo Pokémon da Prof. Fennes, e transportados diretamente para o palco. E é aí que as coisas começaram a ficar mais estranhas.

Começando pela aparência. Do nada, minha roupa mudou completamente. Agora eu estava portanto roupas estilo aldeão medieval, com uma camisa larga de pano rústico, com uma calça parecida, sendo segurada por um cinto de couro com uma bolsa de moedas de um lado e uma pequena adaga do outro. E então uma moça extremamente bonita, trajando roupas de cigana e tocando um pandeiro, me chama para uma roda e um cenário que lembrava muito o centro de uma aldeia! Junto a ela havia um Pokémon que nunca vi antes, e este ia na direção de meus parceiros assim como a mulher fez comigo. E eles, um a um, iam surgindo na roda! Kinney possuía um lindo adorno cintilante em suas penas, como uma coroa de sinos e estrelas. Leona surgiu com uma saia parecida com a que a mulher utilizava. Ciri tinha em cada uma de suas nove caudas uma jóia diferente, além do mesmo adorno na cabeça que Kinney usava. Groen recebeu uma faixa na cabeça, Mirana portava uma bela jóia esverdeada no dorso e Bahlok ganhou um tapa olho, bandana e uma capa sobre as asas!

- Eu não faço IDEIA do que tá acontecendo… - não é só você Kinney… - Bom, acho que nos resta apenas entrar no jogo, certo? - completamente incomodado com a situação, essa era a única saída que encontrava. Ao menos duas de minhas parceiras estavam bem à vontade… - Vem, Leo! Vamos dançar! - Ciri chamava sua amiga fada para a diversão, e esta aceitou sem demora. É melhor entrar na dança do que ficar de estraga prazeres, certo?