[ZOO TROUBLE] Um Perdedor Exótico

No fim, as ameaças do jovem eram de pouco efeito ao Lanturn e Wat, o Marshtomp sucumbia aos poderosos ataques do pokémon, flutuando com sua cabeça e barriga para baixo parecendo um peixe morto na água, cena cômica se não trágica aos ollhos de Aleksei. O jovem retornou o bicho para a pokébola com um gosto amargo na boca.

- Okei, okei - Disse em uma voz mais baixa com um pouco de medo pela própria vida - Que tal a gente tentar se acertar aqui, pode ser? - O espírito provavelmente era capaz de alguma comunicação ou algo do gênero, pelo menos o suficiente para dar aqueles avisos de que a tal da "alma" era um deles, colocava ambas as mãos para o alto e a cabeça entre elas, mais abaixo - Eu não resisto mais a tu levar o barco se tu me garantir duas coisas - Falou esperando uma reação do fantasma - A primeira, é que tu vai tirar toda essa água daqui, até porque não é legal, tá ligado? Pode matar um monte de gente - Respirou fundo - E a segunda é que tu vai deixar eu e a garota que estava comigo saírem daqui vivos, beleza? Ela não fez nada de errado, só queria fazer o que era certo, tá ligado meu mano?

Para o treinador só lhe restavam aquelas opções, afinal de contas ao que mais adiantaria colocar Corotish ou Capitã contra ele? O pokémon tinha vantagem nos tipos, Capitã já havia ganhado uma boa surra e Corotish não iria durar um único ataque. No final do dia, os vivos são mais importantes que os mortos e apesar de quebrar o seu contrato com a garota, garantir que ela estivesse viva no final do dia seria um peso a menos na sua consciência. Com isso, só lhe restava esperar uma resposta para a sua oferta entretanto o olhar cabisbaixo e triste, de pura decepção consigo mesmo e por ter perdido uma batalha pela primeira vez era visível em seu rosto.

plano era sacrificar a alma em troca de sua liberdade e da garota, uma boa troca, mas que não era de interesse nenhum para o espírito com quem tentava negociar. Risadas eram ouvidas por todos os cantos enquanto a água continuava a subir. O que viu em seguida foi Lanturn se aproximando com a boca aberta e sem ter como se proteger só podendo esperar pelo pior... Um sol foi ouvido, uma explosão bem onde estava o peixe e à frente dele surgiu uma figura.


O ser se virou para Aleksei e se aproximou de seu rosto, então... Deu-lhe um tapa e começou a reclamar enquanto gesticulava os braços, mas por qual motivo? O rapaz notou a chama do barco mudou sua coloração, agora estava branca, talvez estivesse relacionado ao pokémon que surgiu. Apesar da frustração, Yamask colocou-se à frente de Aleksei na intenção de ajudá-lo, detalhe no ajudá-lo, pois lutaria por si só desde que o protagonista estivesse disposto a continuar participando da briga. Não só isso, o pokémon preparou o campo com algo estranho, como se um poder psíquico influenciasse no ambiente, já era possível perceber que Lanturn se movimentava mais devagar.

Mas... Como proceder?

Progresso:

What is reflected in my eyes? Not the moonlight in a starless midnight that showers on the people passing by. One's so small and the world's so wide, every step forward echoes a sigh. I reach out for the halo far up high. Deeply engraved, my memory is silent but not forgotten indeed, someone has gone but a voice within me. Once I remember all the tales written inside this corp no more frail I'll follow what my heart used to believe.

E enquanto esperava a morte certeira, o pokémon Yamask surgia do nada dando um tapa na cara de Aleksei que por um momento voltava a si. O fantasma estava disposto a ajudar mas apenas se o treinador ainda estivesse seu espírito de luta com ele, coisa a qual... Era muito estranha. Não havia Loban e Wat conquistado uma Froslass sem nenhum movimento efetivo a beira da morte? Não havia ele dado uma coça em uma líder da Team Aqua? Feito um buraco no prédio enquanto escapava em seu enorme leviatã? Havia ele treinado todos os dias ao lado do anfíbio para que ele perdesse peso para nada? Não. O olhar do treinador mudava naquele instante, nem sabia que o Trick Room estava ativado, nem ligava para o que estava em sua frente, qualquer obstáculo seria massacrado pelo futuro líder de ginásio de Hoenn e não seria nenhum pokémon ou espírito, muito menos um tipo aquático pela ironia do destino que iria botar ele fora dos trilhos.

O treinador puxava a pokébola de Wish novamente, desta vez o nosso protagonista, o poderoso Perdedor, tinha um semblante sério, pronto para dar a deixa em seus comandos colocou a peixota para fora. Capitã já dava aquele seu olhar de deboche para o Lanturn como sempre dava para todos os seus oponentes fortes ou fracos para ela não havia desafio impossível e logo dava um assobio que ecoava pela floresta chamando todos os seus companheiros para tomar sua forma alternativa.

- Capitã! Avante com um Beat Up bem dado na fuça dele! - Apontou para o Lanturn enquanto exclamava - Em seguida, use Dive pra fugir dos ataques dele!

única esperança de Aleksei estava na ajuda de Yamask, e convenhamos que o único jeito de ele vencer aquela batalha era contando com o pokémon fantasma para prosseguir. Ele começou utilizando um movimento de seu tipo causando um dano fixo em Lanturn que na sequência foi atacado por Wishiwashi e seus amigos num movimento estilo poder da amizade, mas que não contou com aqueles nocauteados, uma pena. Aproveitando a oportunidade, Lanturn gerou uma esfera de energia que atirou contra a Capitã eliminando toda sua tropa e deixando-a sozinha em campo. O efeito de sua habilidade se foi.

Mais uma vez, Yamask usava seu movimento de antes. A única solução que capitã encontrou foi correr e fez isso muito bem quando mergulhou esperando o momento certo para atacar. Já que não havia como finalizar o peixe, Lanturn apenas lançou mais bolhas contra a fantasma que sentiu a força do movimento. Parecia estar próximo de acabar... Só parecia.

Progresso:

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E a peixota fazia o último esforço com aquele movimento utilizando todos os pokémons do seu time que ainda estavam vivos porém não era o suficiente para nocautear o bendito Lanturn que se recusava a perder a batalha, por sorte, o auxílio de Yamask não era apenas na condição do campo como também em batalha causando dano contra o poderoso adversário.

- WISH! - Gritou Aleksei esperando que a pokémon conseguisse escutar embaixo d'água - Vamos usar Beat Up mais uma vez depois de tu emergir! - Ao que restava do treinador era apenas tentava remover a vida do Lanturn pouco a pouco com os movimentos da peixota que havia perdido boa parte de seu poder bruto com aquele último ataque, retornando a sua forma tímida e pequena mas que ainda estava disposta a ver o final daquela batalha como uma vitória.

epois da tempestade, vem o momento de tranquilidade, pelo menos esse era o certo, mas seria o caso para Aleksei? Devo dizer que sim tendo em vista que Yamask precisou utilizar um único golpe para finalizá-lo. Poderia ser a vez de Capitão brilhar novamente, mas ela subiu e atacou com uma força tão fraca que fez cócegas. É difícil quando o rebanho não tá junto, né, E-girl?

Lanturn desmaiava em meio ao oceano que criou afundando lentamente desaparecendo por completo da superfície. Junto dele, as águas abaixavam e a tromba d'água que antes era um problema foi cessando e desaparecendo. Não só isso, a Yamask que o ajudou desapareceu retornando ao barquinho a coloração de antes. Entretanto, a chuva permanecia forte.

-Obrigada - ouviu a voz feminina que o acompanhava por aquela rota dizer atrás de si só para confirmar ser Alex -Aquilo era um espírito punidor e veio para trazer o castigo... - Alex suspirou -Vamos indo? Já deve estar para amanhecer - ela continuou andando em meio à chuva forte. Talvez fosse uma boa ideia segui-la, mas não sem antes retornar a Capitã à pokébola, ela estava se debatendo na ponte, digamos que o nível da água voltou ao normal e ela estava no "seco".

Off:

Progresso:

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Não demorou muito para que a água já começar a baixar, deixando a antes intimidadora e poderosa Capitã Wish em um estado quase medíocre, havia apanhado tanto entre as duas últimas batalhas que mal conseguia chamar seu gado para a forma alternativa, logo ficava se debatendo na ponte mais seca que o nordeste depois de 15 anos sem chuva.

- Você fez guria - Disse, retornando-a a pokébola - Ei, ei, ei! Espera aí! - Gritou Aleksei tentando colocar a mão no ombro de Alex que havia aparecido repentinamente, tentando segura-la - O que diabos tu quer dizer com espirito punidor? E castigo? Castigo pelo quê? - O jovem apesar de burro começava a ficar suspeito da situação, as palavras que a jovem usava para descrever o adversário anterior eram mais que suspeitas, dignas de criar dúvidas na vontade do treinador de ajuda-la.

Staryu estava próxima de seu treinador, mesmo em silêncio durante toda a batalha com Lanturn, a estrela pokémon estava sempre observando, ponderando a situação e sua falta de intimidade com Alex só aumentava a cada perigo que enfrentavam.

[OFF] Já tentou sobreviver sem gado? É difícil a vida de e-girl.

stava tudo bem, não é? Agora seria só seguir em frente ao seu destino, não é? Não era o que Aleksei pensava ao impedi-la de prosseguir e começar a questionar sobre o que motivo daquele espírito ter aparecido para eles. O que havia acontecido para que aquela coisa aparecesse para eles? Alex olhou para trás suspirando e dizendo com um sorriso.

-Eles vão atrás da alma, então você tem que saber o que ela fez, e isso é algo que só ela sabe - As mãos frias tocava as mãos de Aleksei e as soltava de seu corpo. Suspirou mais uma vez e voltou a acompanhar o barco -Você vem? Se não vier... Eu mesma levo a alma até seu destino.

Ela seguiu na direção que ele prosseguia sendo levado pelas águas do mar. Restava saber se ele continuaria ajudando a garota ou se seguiria seu próprio caminho.

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O jovem ainda estranhava a resposta de Alex para ele, ainda mais que ela se recusava a dizer o que havia de errado com aquela tal alma que tanto desejava levar embora para o mar. Pela primeira vez o treinador notava o quão geladas estavam as mãos da garota, de início ele não estranhou tanto pois era noite e havia a chuva junto d'água que inundou várias vezes os locais por onde passagem, depois disso vinha o fato que em sua maioria a garota era mais o alvo dos fantasmas do que o barco em si, havia sido envolta naquelas folhas pelo vento, levada pela água, em nenhum momento pareceu que o alvo era o barco em si.

Jogou as dúvidas para o escanteio por um momento, ele havia só de terminar o trajeto agora e talvez no final a jovem iria lhe contar tudo que estava realmente acontecendo naquela situação, logo começou a sua caminhada atrás dela, um pouco mais distante de Alex e mais perto de Staryu.

- É melhor a gente ficar de olho, hein? - Sussurrou para a estrela bem baixo que respondeu com um leve piscar de cores azuis em sua joia.

esconfiado, Aleksei resolveu seguir afastado de sua colega de viagem para que ele e Staryu conseguissem se manter de olho nela até o final da trajetória. Talvez não fosse muito preciso. Conforme caminhavam, a chuva enfraquecia e o céu começava a clarear no horizonte. Alex parou por alguns segundos e observou a paisagem e não tão longe avistou Sienna.

Seguiram em meio à chuva de intensidade normal até que finalmente o barco chegou ao final daquela ponta, consequentemente todos que o acompanhavam chegaram também. Alex tremia as pernas, ela não aguentou e caiu de joelhos começando a chorar. Curvou seu corpo o chão abraçando-se enquanto soluçava em meio ao choro. Ficou assim por alguns instantes até que o sol tomava completamente o ambiente. A chama da vela do barco começava a ficar mais forte e a brilhar mais começando a se apagar aos poucos na sequência.

-Obrigada... - agradeceu Alexandra com uma clara voz de choro, mas ainda era possível perceber a satisfação e alívio em sua voz. Suspirou algumas vezes e então se levantou -Acho que a jornada da pobre alma chegou ao fim... Que ela possa encontrar a paz que por tanto tempo esperou - enxugou as lágrimas. Agora que o barco havia chegado em seu destino, não precisava mais se preocupar em guiá-lo.

Ao longe, estava a cidade de Sienna e próximo à saída da ponte, uma cabana que provavelmente seria a moradia de alguém. Após ela, uma estrada para a direita com uma placa indicando a trajetória para a Rota 12. Se quisesse prosseguir, seria só sair da ponte e seguir pelo caminho de preferência ou poderia escolher dar meia volta, até mesmo ficar ali entre outra opções cabíveis. O que faria?

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