Alice se sentiu entristecida ao ouvir as palavras do homem. Ela gostaria de ajudar, mas não tinha ideia de como e realmente estava ficando tarde.
- Senhor, por favor não fale assim. Tenho certeza que se o senhor continuar vivendo hverá dias ruins, mas também deve haver dias bons. Se o senhor desistir assim, nada irá mudar.
Alice não sabia bem como expressar seus sentimentos, mas não queria ouvir alguém dizer que vivia apenas para esperar sua morte. Enquanto ela pensava em como dizer o que queria, Kiseki percebeu mais alguém no beco e se posicionou para se defender do que quer que fosse. Isso assustou Alice um pouco, mas logo ela percebeu que era apenas um pequeno pokémon. Respondendo ao sinal do homem, o pokémon se aproximou possibilitando que Alice pudesse vê-lo melhor. O homem explicou que aquele bebê havia perdido sua mãe e após pensar um pouco pediu que Alice cuidasse do pokémon bebê.
- Eu sou sim uma treinadora, mas ainda sou muito inexperiente. E eu não me importaria de cuidar dele, na verdade eu adoraria poder ser uma boa treinadora para ele e fazê-lo feliz, mas... se eu o levasse o senhor não iria se sentir solitário? Esse pokémon também parece ser apegado ao senhor...
Alice queria poder tirar aquele pokémon das ruas e cuidar dele para que ele pudesse superar a morte da mãe e ser feliz, mas ao mesmo tempo não queria deixar aquele homem solitário. Ela já não conseguira ajudar o homem e ainda levaria embora seu companheiro? Não podia fazer isso, mas ao mesmo tempo não resistia àqueles olhos arredondados do pequeno pokémon.