Re: Encontros e Reencontros nas ruas de Viridian

por **Julieh** Dom Abr 13 2014, 22:32

Off: Não se preocupe com isso.
E eu nem acho que você tenha demorado tanto assim pra precisar se desculpar.

Ao ver o acontecido, o trio de garotas resolveu agir. Natsume começou a repreender Clamperl e mesmo que Alice achasse que não era preciso, já que ele não fez por mal, ela deixou treinadora e pokémon se entenderem e foi tentar consolar Rin. Enquanto passava por Natsume, ouviu o Pikachu ser mencionado novamente, fazendo-a se perguntar novamente o que teria acontecido entre eles, mas continuou até sua própria pokémon sem perguntar nada. Parando ainda um pouco distante da Pichu, Alice se abaixou para poder conversar olhando-a nos olhos.

- Você está bem? Não culpe o Clamperl por isso, ele apenas se assustou, assim como você parece ter medo de mim... – ao terminar a frase, Alice pareceu ficar um pouco triste, mas logo voltou a sorrir para a Pichu – Eu sei que você não queria assustá-lo. Você só queria se desculpar pelo choque mais cedo, certo? Será que você poderia me deixar ver como está a sua mão?

Alice estendeu a mão para Rin, mas não tentou se aproximar mais. Além de não querer correr o risco de assustá-la novamente, ela decidiu deixar que a própria pokémon decidisse o que fazer.

- Sabe, assim como você não tinha más intenções com o Clamperl, eu também não tenho com você. Eu quero apenas ajudá-la. Se você puder me dar uma chance...

Alice parou de falar em dúvida se deveria mencionar o senhor de antes. Se ela quisesse que Rin superasse a separação era necessário conversar sobre isso em algum momento, mas estava incerta quando seria o melhor momento para falar sobre isso. Por hora, ela apenas tentava conseguir a confiança da Pichu.

por **Nerkon** Seg Abr 14 2014, 01:11

Off: É que não gosto quando só consigo postar praticamente um dia depois do meu último post >:

Entre os choros e berros de Pichu, Alice ao menos havia conseguido aproximar-se sem que a Pokémon batesse em retirada. A garota começou a falar e para sua surpresa a roedora prestou atenção no que ela tinha a dizer, e embora ainda lacrimejasse ela acabou decidindo dar uma chance para Fuyuki. A aproximação de Rin foi lenta e ainda revelava hesitação, embora após alguns segundos a pequenina tivesse se aproximado o bastante para estender uma das patas até a mão da jovem enquanto a outra estava na boca, segurando o choro que viria caso ela se machucasse mais.

Durante esse tempo Natsume havia pego Clamperl em seus braços e Alice podia vê-la acarinhando a superfície da concha da Pokémon com um olhar de sossego, da mesma forma a criatura aquática parecia estar mais calma. Talvez... todos realmente tivessem seus próprios meios de se entenderem com seus Pokémons, por mais estranha que a relação entre a dupla pudesse ser.

Como a situação parecia estar muito mais calma e ambas as Pokémons estavam - por enquanto - tranquilizadas, Sora ganhou confidência o suficiente para voltar a chamar a atenção do grupo.

- Então... tudo certo agora? - A garota perguntou, evidentemente um pouco encabulada por não querer estragar o momento das outras duas treinadoras.

por **Julieh** Seg Abr 14 2014, 22:42

A Pichu se aproximou lentamente, ela parecia disposta a dar uma chance a Alice e isso era o suficiente para deixar a garota feliz. Agora a treinadora precisava ser cuidadosa para não arruinar essa chance que finalmente havia conseguido. Ela observou cuidadosamente a mão da bebê, que parecia estar se esforçando para segurar o choro.

- Não parece estar tão ruim assim. Sei que parece muito mal agora, mas logo a dor deve passar e vai ser como se nada tivesse acontecido.

Alice acariciava levemente a mão de Rin, com cuidado para não pressionar demais o local machucado. Ela tentava acalmar a Pichu e passar um sentimento de segurança até que a dor tivesse passado completamente.

Alice também reparou que Natsume havia coneguido acalmar Clamperl, mesmo que a alguns segundos atrás não paecesse que ela tentava fazer isso. A situação parecia ter se acalmado e Sora perguntou, um pouco sem jeito por não querer estagar o momento, se estava tudo certo agora. Alice olhou para Sora e depois voltou o olhar para Rin.

- Bem, acho que isso irá depender da pequenina aqui. E então? Será que podemos tentar ser amigas?

Alice falava calmamente, sem tentar pressionar a Pichu, deixando a decisão totalmente para o pequeno ser elétrico.

por **Nerkon** Ter Abr 15 2014, 17:29

Ao menos Alice havia encontrado um lado positivo para aquela situação quando a roedora passou a aceitá-la. Embora fosse tímida, Pichu estava mais focada em receber a atenção de sua treinadora do que em fugir da mesma e isso refletia em suas ações, sem contar que de certa forma o conforto que a adolescente tentava transmitir para sua Pokémon era similar ao de uma mãe e isso tudo deixava Rin menos nervosa e mais amigável para com a humana.

Nem Kiseki e nem Ralts tiveram dificuldades em perceber a mudança na Pokémon elétrica, que já estava começando a se recuperar da dor que sentia num dos braços, e portanto o Pokémon sentimento aproximou-se de Sora e saltou em seus braços, sendo abraçado por sua treinadora enquanto as outras duas entendiam-se com seus respectivos Pokémons.

- Ela já está melhor? - Dessa vez foi Natsume quem puxou o assunto, notando que Pichu aparentava não sentir mais medo de Alice, ou no mínimo não sentia o suficiente para fugir por qualquer motivo.

por **Julieh** Ter Abr 15 2014, 22:11

O clima no quarto havia voltado à tranquilidade. A dor de Rin estava passando e todos pareciam estar mais calmos. Alice ainda passou mais algum tempo acariciando as pequenas mãozinhas de Rin, com sentimentos que eram uma mistura de afeto e alegria por finalmente ter sido permitida a tocar a tímida Pichu.

- Viu? Já está melhorando, não? Ah, e tem mais uma coisa que eu queria te perguntar... Eu estava pensando em um nome para você... O que você acha de Rin? – Alice ainda parecia um pouco insegura em se aproximar mais da Pichu, mas estava aos poucos tentando conquistar o coração ferido da bebê – É claro que se você não gostar, podemos pensar em outro nome... juntas... Ou se preferir eu posso te chamar apenas de Pichu mesmo...

Enquanto Alice ainda cuidava de Rin, foi a vez de Natsume verificar a situação e como estava o ferimento da Pichu.

- Hum... Parece que já está tudo bem, certo? – Alice perguntava para a pequena Pichu a sua frente que parecia já ter se recuperado dos últimos eventos e assim que recebeu uma tímida confirmação voltou a falar com a outra garota – Ah, Natsume. Eu estava um pouco curiosa... O que aconteceu entre você e o seu Pikachu? Você parece não querer falar muito nele...

Aquela pergunta que andava em sua mente acabou saindo antes que Alice se desse conta, mas ela logo percebeu que poderia estar se intrometendo demais nos assuntos da outra treinadora. Sentindo-se envergonhada pelo que havia acabado de dizer voltou a falar antes mesmo que Natsume pudesse responder.

– Ah, bem... Se não quiser contar tudo bem. Na verdade, esqueça o que eu acabei de perguntar.

por **Nerkon** Qua Abr 16 2014, 23:10

De certo modo a ideia de ter um nome só seu deixava Rin bastante contente, apesar de seus olhos ainda lacrimejarem um pouco. O coração da Pokémon abria-se cada vez mais para a treinadora e isso refletia em suas ações, como quando ela deixou escapar um pequeno sorriso no momento em que Alice deu-a seu nome.

Já que o problema com sua Pokémon estava resolvido, Fuyuki mudou seu foco para Natsume e respondeu a pergunta da garota, ainda que tivesse deixado uma dúvida sua escapar. A treinadora de Clamperl inicialmente ficou calada e Sora também não abriu a boca para falar algo, pois já entendia todo o problema que sua companheira tinha em relação ao seu Pokémon. Natsume permaneceu de tal forma por alguns segundos, ato que inevitavelmente poderia vir a preocupar as outras duas treinadoras, e inicialmente gaguejou um pouco, porém acabou por decidir revelar sua situação.

- Pikachu é... - O olhar da jovem desviou para o chão, ao mesmo tempo em que apertava a concha de Clamperl. - Meu primeiro Pokémon. Ele é também o mais forte e o mais leal, mas às vezes ele me assusta... É muito violento e não se dá bem com os outros. Clamperl na verdade não tem timidez, ela tem medo de Pokémons elétricos e isso começou quando ele o enfrentou...

Após a revelação, a treinadora foi até a cama oposta à de Julieh e sentou ali, pondo Clamperl ao seu lado e em seguida levando as mãos às pernas.

- Por causa disso tudo eu tenho medo de liberar o Pikachu... e ver sua Pichu me lembrou de como ele era antes de evoluir. - Quando terminou de falar, Natsume forçou um sorriso. Era evidente que não gostava de falar sobre seu Pokémon, mas ao mesmo tempo sentia dor por não poder fazer nada em relação a como ele era. Sora permaneceu sem palavras, mesmo que já conhecesse a história ela nunca gostava de ver sua amiga falar sobre a forma como ela se força a evitar o próprio Pokémon.

por **Julieh** Qua Abr 16 2014, 23:59

Rin pareceu ter aceitado bem seu nome e Alice até mesmo pensou ter visto um pequeno sorriso no rosto da Pichu. Mas a pergunta que havia lhe escapado acabou por trazer novamente o silêncio no quarto. Alice começava a se arrepender por ter trazido de volta um assunto tão incômodo para suas companheiras de quarto, mas Natsume decidiu por responder a pergunta.

A treinadora ouviu atentamente o que a loira dizia. Alice já tinha ouvido falar que alguns pokémons pudessem mudar um pouco suas personalidades ao evoluírem e até de pokémons que não ouviam as ordens de seus treinadores, mas ouvir Natsume falar daquela forma de seu primeiro pokémon era realmente triste. Ainda sem experiência com relação a pokémons e menos ainda como treinadora, Alice não entendia muito bem dessas coisas, mas assim como as outras duas e seus pokémons haviam a ajudado a conquistar a confiança de Rin ela queria ajudar Natsume e Pikachu.

- Eu... sinto muito pela minha pergunta indelicada... Talvez tenha algum jeito de melhorar essa situação... Não, tem que ter um jeito.

Kiseki e até mesmo Rin pareciam também querer ajudar Natsume e Clamperl a se darem bem com o Pikachu.

- Ele deve ser um pokémon que gosta muito de batalhas... Ele continua sendo leal, então significa que ele ainda a considera sua treinadora, como uma pessoa especial... – Alice se esforçava para pensar em algo que pudesse ajudar quando algo lhe ocorreu – Existe a possibilidade de ele ser tímido? Quero dizer, ele não sabe bem como se relacionar com os outros e por isso age violentamente? Ou então deve ter algum outro motivo para as ações dele...

por **Nerkon** Qui Abr 17 2014, 05:25

Off: Vou pôr a felicidade da Pichu em 10 pelos acontecimentos anteriores, viu?

Natsume não precisou pensar muito para responder aos questionamentos e deduções de Alice, posto que ela já havia perguntado a si mesma sobre tais possibilidades e, de acordo com o que sabia sobre o próprio Pokémon, acreditava que nenhuma das alternativas apresentadas por Fuyuki seria a correta.

- Não... como Pichu ele nunca foi tímido e sempre foi amável. Ele era um pouco atrapalhado e engraçado, mas não costumava ter problema com os outros Pokémons. - A loira suspirou e, enquanto passava a mão ao longo da concha de Clamperl, continuou. - Como eu disse ele é muito violento, especialmente em batalhas, e não gosta de trabalhar junto de outro Pokémon. Mesmo fora de batalhas ele tem um temperamento terrível e pode perder o controle facilmente caso alguém o provoque, por isso eu evito deixar ele fora da Pokebola.

Após dizer aquilo, Natsume desviou o olhar para uma bolsa que estava num dos cantos da sala.

- Eu não sei o que ele tem e isso me dá medo de que se eu evoluir ele para Raichu, ele irá parar de me ouvir e ficar ainda pior... - Voltou a olhar para Alice. - Sabe, eu até já tinha a pedra.

por **Julieh** Qui Abr 17 2014, 12:24

Off: Ok, obrigada ^-^

“Se fosse simples assim, é claro que a Natsume não estaria com esse problema.” Pela expressão de Natsume era óbvio que ela já havia pensado em várias possibilidades e tentado várias coisas, mas aparentemente nada deu certo. Como Alice não teve contato com muitos pokémons ou pessoas durante sua vida, era difícil para ela tentar entender o que se passava pela cabeça do Pikachu.

- Desculpe, Natsume. Eu sei que você já deve ter pensado em várias possibilidades... Mas eu ainda quero ajudá-la...

Alice pensava e pensava, mas ela tinha apenas hipóteses simples nas quais provavelmente Natsume já tinha pensado. A menção de uma pedra para evoluí-lo deixou a treinadora um pouco confusa até que ela se lembrou de um documentário que vira sobre evolução pokémon. “É mesmo. Alguns pokémon só evoluem se entrarem em contato com algumas pedras especiais. E o Pikachu é um deles. Pokémons são mesmo incríveis e cheios de mistérios, não? ... Mas não é hora para ficar me impressionando com isso!” Voltando sua atenção para o problema principal, Alice continuou:

- Se ele evoluísse e continuasse agindo violentamente não seria mesmo muito bom... Vamos pensar em algo para resolver esse problema. Primeiro seria bom saber o porquê dele agir assim... Ele já perdeu alguma batalha depois que evoluiu? Ou admirava algum pokémon forte enquanto ainda era um Pichu? Ou então... Sora, você tem alguma ideia?

Havia tantas possibilidades, tantas que Alice sequer poderia imaginar e tantas que provavelmente já passaram pela mente de Natsume e foram descartadas...

por **Nerkon** Sex Abr 18 2014, 15:39

Off: Post não ficou muito bom, perdão, é que tô com bastante sono >.<

Trazer o problema de Pikachu à tona já era algo que incomodava Natsume profundamente, quando somado à dificuldade tida para encontrar o motivo pelo qual o roedor agia de forma violenta aquilo tornava-se quase que insuportável para a loira, cujos olhos já não estavam tão cheios de vida e tranquilos como há alguns minutos. Ainda assim a garota pretendia responder a Alice, mas novamente não foi necessário pensar muito pra negar as deduções da treinadora.

- Não, como Pichu ele nem se interessava por batalhas tanto assim... - Respondia Natsume, pensativa.

Sora não deu uma resposta muito melhor para Fuyuki, limitando-se a gesticular negativamente com a cabeça enquanto forçava-se a tentar pensar em algo, pois estava numa situação equivalente à da outra garota quando o assunto era descobrir a raiz do problema... se é que realmente existia algum.

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