Pokémon Mythology RPG
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Chapter Four: Carry on.

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    Somehow we still carry on.
    Música tema da rota: aqui.

    O odor agradável de flores me inebriava. Com o sol ainda raiando, era possível escutar os pássaros entoando sua voz ao mais agudo possível para tornar aquela alvorada tão agradável quanto o de costume. O reflexo das luzes alaranjada da majestosa estrela reverberava sobre as águas cristalinas de todos os lagos da cidade. O movimento já iniciara, e aos poucos, as alamedas começaram a ser preenchidas.

    Meus passos eram tardios, sempre buscando por algo naquela cidade que era de meu interesse profundo: uma espécie de Pokémon híbrido, possuindo os tipos elétrico e aço, utilizando o magnetismo para flutuar; foi denominado por Magnemite. No laboratório de Elm, vi muitos da espécie e até cheguei a estudar seus costumes e evoluções, me encantado com o mesmo.

    Meus objetivos não se limitavam apenas a um Magnemite. Por Violet residir o primeiro ginásio da liga, muitos treinadores estavam na cidade prontos a desafiarem o líder. Como muitos da classe permaneciam na cidade, algumas batalhas seriam propícias a mim e todo ao meu time, que ainda precisavam nivelar mais um pouco antes de encarar o líder Falkner. Não apenas os treinadores, mas a Sprout Tower, torre onde habitam monges também poderia ser utilizada como treinamento, já que os mesmos dificilmente recusam uma batalha.

    Corria meus olhos por todos os lados em passadas lentas, até que um devaneio me tomou. Senti o perfume de Dianna turvar meus pensamentos, e seus risos me hipnotizavam. Durante esse lapso de tempo, perdi por completo a minha noção, tornando à realidade após chacoalhar violentamente minha cabeça. Ela não saía de minha cabeça de jeito algum.

    Focando melhor no objetivo dessa caminhada, não conseguia imaginar algum lugar que houvesse treinadores perambulando pela cidade ou até mesmo a localização exata do Pokémon magnético, por isso, calcorreava tardiamente, correndo os olhos para todas as direções possíveis, em busca desses fins.

    E que a sorte esteja ao meu lado nessa caminhada.

    OFF. :

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off :


E pelas largas ruas da pequena cidade de Violeta, um jovem de cabeleiras douradas seguia através de passos vagarosos em meio a devaneios românticos e aspirações para aquele capítulo de sua jornada. Porém, suas metas para aquele lugar não pareciam ser das mais fáceis. Desejava capturar um pequeno metálico com propriedades magnéticas, assim como desafiar o então mestre dos voadores da região de Johto, Falkner. Poderiam ser grandes desafios, mas seu olhar atento através do caminho demonstrava o quanto estava determinado a atingi-los.

Já o cenário que o rodeava era constituído pelos prazeres de qualquer outro alvorecer, o sol que emergia a esquerda manchando as nuvens de laranja e uma brisa suave que invadia as ruas, além das próprias particularidades de Violeta. Na periferia, o lugar onde estava, pequenos prédios eram distribuídos através dos quarteirões escassamente, já que as casas ou pequenos estabelecimentos tomavam conta da cidade, o que dava a ela um ar pacifico juntamente a rica arborização. E a àquela hora pouco de movimento se via pelas ruas, às vezes um ciclista ou um carro apressado, assim como não seria de se estranhar pessoas que seguiam em direção a padarias. Era um lugar bastante agradável.

Entretanto, esse como qualquer outro também detinha de suas emoções. Surpreendentemente, um vulto amarelo parecia avançar pelos cabos de um poste próximo.

- SAI DO MEIO, BABACA! – Vociferou uma voz rouca enquanto que Aaron era acertado por um forte soco no braço.

No mesmo instante, um homem trajando terno e carregando um pau surgia correndo ao seu lado.

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    Senti um baque em meu braço. O impacto brusco fez com que eu me desequilibrasse, contudo, recuperei o equilíbrio em um lapso de tempo, tornando-me para o vulto amarelo que atravessava os cabos em alta velocidade. Um homem de terno, segurando em sua mão um pedaço de lenha, açodando-se para alcançar tal figura indistinta dourada. Até aí, tudo bem, se não fosse o fato de me insultar.

    Aquilo foi a gota d’água. Em alta velocidade e movido apenas pelo impulso, tentei acertar os tornozelos do rapaz, a fim de que ele tropeçasse no chão e caísse, afinal, essa não é maneira correta de tratar-se um cidadão. Costumo tratar bem àquelas pessoas que convivem comigo, entretanto, detesto que as pessoas cognominando-me daquela maneira, já que me trazia devaneios desagradáveis.

    Em um giro, voltei-me para o homem trajando terno, fitando-o com um semblante sério, tentando fazê-lo refletir sobre o que havia feito. Mesmo que ele tivesse o impulso do momento, ainda deveria ter um mínimo senso.

    Julgando pelo lenho que brandia, ele poderia estar até mesmo maltratando aquele vulto áureo, que julgava ser algum Pokémon. E, se essa fosse a condição, não iria deixar barato para ele.

    Da próxima vez que fizer isso, tente tratar com mais respeito em quem esbarrar. E se você estiver atrás de um Pokémon e quiser bater nele com esse pedaço de pau, vai se ver comigo. — Respirei um pouco, tentando conversar amigavelmente com o homem após proferir tais palavras — Dependendo da causa, posso até lhe ajudar, se entrarmos em consenso, claro.

    Parado de cima, esperei a resposta do homem. Deduzia que ele reagiria de maneira violenta, mas não custava tentar; paciência acima de tudo.

    OFF. :

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Diante de tal agressão por parte do homem trajado em terno, o jovem loiro, que não pareceu se mostrar receptivo a tal ação, logo tratou de desferir um chute contra os tornozelos dele no intuito de derruba-lo, o que não havia sido difícil devido ao corpo roliço que o homem ostentava. Assim, o de terno ia de cara ao chão enquanto o loiro criava suas suposições sobre o caso.

- Merda! Em que diabos tropecei?! – Exclamou o caído enquanto se erguia e passava a olhar ao redor em busca do vulto amarelo.

E foi nesse infortúnio momento que Aaron começou a disparar palavras contra o senhor roliço, mas esse apenas o ignorava e continuava a rodar seus olhos pelos cabos de alta tensão e telhados. Entretanto nenhum sinal da criaturinha dourada se mostrava novamente, o que enfurecia o homem ainda mais. Assim, tendo perdido seu alvo, ele retornou sua atenção ao rapaz girando em sua direção e apresentando suas feições rechonchudas além de seu cabelo preto e liso que descia até os ombros.

- Olha a merda que você fez, guri! Por sua causa aquela praga sumiu com minha carteira. - Anunciou em tons raivosos. – E se você acha que eu vou ficar no prejuízo tá errado! Bora lá, ou me desembolsa a grana ou pega aquele pestinha pra mim.

E daquela forma rude, o rechonchudo se comunicava com o rapaz enquanto fazia gestos obscenos com as mãos.

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    Gritando em meio a furor, ele então explicou a situação após estatelar-se no chão. O homem gordo tivera a carteira roubada. Como já diziam, violência ou grosseria não pode ser respondida da mesma maneira, por isso, não me exaltaria com o rechonchudo. Respirei fundo, enquanto dava alguns passos para frente devagar, mirando meu olhar para onde o vulto áureo havia passado.

    Era claro que seria necessário de que eu tivesse informações do mesmo, seria até mais fácil, pois quem sabe poderia até mesmo pensar em alguma emboscada para capturar o incógnito dourado que se açodava pelos fios.

    Tá, ta. Eu te ajudo. — Disse, em completo desinteresse na voz – não que eu não quisesse o ajudar, mas a maneira da qual ele tratava os demais. — Apenas quero que me diga todos os detalhes possíveis que eu recupero a sua carteira, e vê se fala direito comigo.

    O tom que falava era o mais seco possível, todavia, ao julgar pelo qual desesperado ele estava, acho que relevaria.

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Incrivelmente, apesar da grosseria escandalosa do homem ao explicar os fatos, o jovem treinador deu a entender que havia concordado em ajuda-lo a recuperar sua carteira. E diante disso, aquele que trajava um terno pareceu apaziguar um pouco seus ânimos, o que era possível se notar pelo relaxar de sua expressão carrancuda, e concordar com um aceno de cabeça em fornecer mais informações sobre o caso.

- Vou lhe contar tudo o que sei. Depois disso tu se vira pra recuperar minha carteira. – Começou o rechonchudo. - Lá estava eu pacientemente comendo um delicioso Cheeseburguer numa padaria próxima daqui quando essa pestinha apareceu. De início, ele se mostrou bem fofo com aqueles olhinhos grandes e bochechas vermelhas apesar do desenho de caveira na testa, mas de qualquer forma demonstrava uma perfeita cara de pidão. E eu, seduzido por aqueles olhos, decidi pedir um do mesmo para ele, afinal o bixo estava muito magro. Mas foi só eu retirar a carteira do bolso pra pagar outro delicioso Cheeseburguer que o pestinha voou na minha mão e saiu correndo com a carteira. Ai eu tentei correr atrás dele para pegá-lo, mas sua idiotice me fez perder ele de vista. Fim da história.

O pequeno relato que o homem contara parecia ser insuficiente para o que desejavam, mas, de qualquer forma, agora cabia a Aaron saber o que fazer com ele.

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    Apenas inspirei novamente. O homem ainda insistia em agir de maneira ignorante, o que de fato era me incomodava muito. Apenas ajeitei meus instrumentos e minha bagagem às costas, tendo alguns detalhes do vulto dourado que, com as características ditas pelo homem gordo, já tinha respectivas deduções sobre quem seria que aprontara tal coisa com o mesmo.

    Durante um tempo, decidi parar para pensar o que talvez ele fizesse após obter a carteira do homem rechonchudo. Talvez como próprios ladrões, ele tivesse alguma ruela para utilizar como esconderijo e para lá tivesse se dirigido; e isso, apesar de ser algo excêntrico, fazia sentido em minha cabeça. Sem delongas, parti então, andando de maneira devagar pelas ruas principais de Violet em busca de becos, e ao avistá-los, forçava minha vista para tentar achar o tal vulto.

    Quanto ao homem de terno, apenas pedi-o com o olhar para que ficasse nas redondezas. Não fazia aquilo porque era o certo, e sim para alavancar aventuras na cidade. Apesar de ser algo superficial, com algumas meras pinceladas poderia se tornar uma experiência incrível e quem sabe um novo membro ao meu time; sem sombra de dúvidas, aquele era o trio perfeito para aquilo.

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Logo, tendo o máximo de informações que o rechonchudo poderia lhe fornecer, o jovem loiro decidiu reorganizar seus pensamentos e criar deduções sobre o paradeiro do pequeno ladrão. Assim, imaginava que ele provavelmente teria seu esconderijo em um dos escassos becos da cidade violeta, o que talvez pudesse ser verídico. Bom, ele teria que conferir se quisesse concretizar suas deduções, assim deixou o homem só.

- Maluco, aonde tu vai assim sem dizer nada? – Lançou o gordo. – Bom, estarei esperando na padaria. Volte com minha carteira hoje de preferência.

A verdade era que os becos daquela cidade nada se comparavam com os das metrópoles. Não detinham da obscuridade, amontoados de lixo, muito menos do mau odor insuportável, como diziam no próprio nome, eram apenas simples becos, sem nada de importante. Dessa forma, talvez possa ter parecido um pouco estranho para Aaron perceber que nada havia de estranho nos becos que havia inspecionado.

- MINHA BOLSA! – Soou um grito um tanto afeminado próximo dali.

Logo, na esquina da rua, um canino de pelagem negra surgiu a correr com algo que parecia uma bolsa em sua boca.

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    A cidade de Violet detinha muitas particularidades em seus becos, talvez até mesmo por pertencer ao interior de Johto. As ruelas, além de serem bem iluminadas, tanto pelo sol quanto pela energia elétrica, não se mostrava ser um bom lugar para algum gatuno se esconder – eventualmente, nem a própria cidade se mostrava propícia a delatores. O homem exprimira de que ainda gostaria que levasse seu pertence ainda hoje, e perdi uma boa parte do tempo buscando o vulto áureo pelas travessas da cidade.

    Por acaso, ouvi uma voz feminina ressoar em meus ouvidos. Os soídos produzidos pela mesma é de que haviam lhe roubado a bolsa. Guiado pela audição, virei à fonte do grito, notando um cão negro fugindo com a bolsa da mulher rumo ao desconhecido. Em questão de segundos, pude pensar um pouco a mais sobre os roubos: muito provavelmente, pokémons reúnem-se para furtar, e um ladrão levava o outro ao mesmo esconderijo.

    Meu pensamento foi o estopim para que eu corresse expeditamente contra o cão. Já descansado, sentia minha perna chegar ao ápice de minha velocidade, até mesmo comparável de como corria nos tempos remotos enquanto pertencia à mesma classe das criaturas. Meus olhos acompanhavam até mesmo cada respiração que a criatura dava, e o perseguia freneticamente. Meu condicionamento não permitia que eu me cansasse rapidamente, por isso, presumi que ficaria um tempo correndo atrás do mesmo.

    O objetivo que elaborei era simples: alcançar o pequeno ladrão, para que este me levasse ao então outro delator e recuperar a carteira do homem gordo, assim como a bolsa da mulher, pois gravei a localização onde ela estava no instante em que foi atacada.

    Não desviava meu pensamento de maneira alguma, apenas perseguia o Pokémon até que o mesmo chegasse a um lugar que não tivesse saída. Por incrível que pareça, não consegui bolar algo melhor; aquilo era o meu melhor “plano”.

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off :


E diante da fuga do suspeito canino, o natural de New Bark Town, que ainda procurava por pistas do acusado de outro furto, não via escolhas se não seguir correndo a criatura negra através das ruas pacificas da cidade Violeta, já que com base em suas deduções acreditava que as duas criaturas pudessem agir em conjunto.

Entretanto, apesar da boa forma física na qual Aaron se encontrava e o fervor com qual corria, seria impossível alcançar o fugitivo utilizando-se somente de sua velocidade. O canino, que de imediato percebeu suas intenções, parecia demonstrar que já estava bastante acostumado com fugas daquela forma, tanto que vez ou outra lançava olhares rápidos para trás para conferir se o jovem ainda estava em seu encalço.

Se não quisesse perder o canino de vista em uma simples curva, o loiro deveria mudar rapidamente sua estratégia para aquela empreitada.

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