Pokémon Mythology RPG
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Chapter Four: Carry on.

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    Aquele homem era mesmo durão. Pelo que estava vendo, não iria largar o osso de qualquer maneira. De fato, existiam coisas que eram até mais relevantes que um roubo de pokémons, e a dedução que eu fizera já fora comprovada pelos policiais. Contudo, não podia dar o braço a torcer, recuperar aqueles pertences era a minha missão e não da polícia, já que eles têm mais com o que se preocupar.

    Não estou muito tempo, e existem mais o que fazer, é verdade. Se tem mais com o que se preocupar, porque não vejo policias na rua trabalhando? Entraram para alguma agência de espionagem para descobrir mais sobre isso? — inquiri sarcasticamente ao delegado, com um sorriso no canto do lábio. Em seguida, respirei fundo, com meu semblante voltando com a seriedade tal qual adentrei a sala do delegado. — Se tem mais com o que se preocupar, me dê todos os dados e detalhes e eu cumpro essa missão para vocês, apenes confie. O que eu faria para proteger quem eu amo... — abaixei a cabeça, com a imagem de Elm e Dianna à cabeça; não conseguia prosseguir com tal orgulho, apenas balbuciava as seguintes palavras com um sorriso discreto: — Eu... faria qualquer coisa. Qualquer coisa mesmo...

    Não dissera mais nada, apenas levantei a cabeça em um sorriso mais gritante para o delegado, passando a impressão de que eu era apto para tal serviço, e ele não se arrependeria.

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E mais uma vez o jovem se mostrava firme diante as palavras do exausto policial, respondendo-o, em apenas um momento, de maneira um tanto sarcástica e tentando se mostrar apto para aquele serviço, afirmando que iria cumprir a missão na qual se incubia. E diante ao último de seus comentários, poderia perceber que a expressão abatida na face daquele homem se tornava um tanto mais sombria, incrivelmente mais cansada.

- Você é bem ousado, garoto... E eu, definitivamente, não gosto disso. – Comentou, sem alterar, a que começava a se tornar, sua característica expressão.

Ditas essas palavras, o homem abriu uma das gavetas da mesa e, passado alguns segundos repletos de resmungos, retirou de dentro dela uma pasta de cor azul, jogando-a, literalmente, no jovem treinador, atingindo o busto dele. Feito isso, retornou a sua intrigante posição, dessa vez, focando insistentemente seus olhos sobre os do jovem.

Ao abrir a pasta, poderia observar um mapa da cidade onde se encontrava, Violet, que continha estranhas marcações em forma de círculo por sua extensão, a maioria com um “X” no meio, exceto por dois, que se encontravam nos extremos da cidade e em posições opostas.

- Esses são os locais que supomos onde a cabeça desses crimes deve estar. Na verdade, alguns desses eram os corretos, mas de alguma forma ele conseguia se antecipar e mudar de lugar, deixando algumas coisas para trás. Então só restaram essas duas suposições, que em parte são puro achismo. O lixão a leste, que não terminamos de averiguar devido a falta de pessoal, e a velha fábrica de tecido, que deixamos intocada devido a situação do prédio. – Ao terminar, ele suspirava lentamente, exibindo mais uma vez o seu cansaço. – E dê o fora daqui antes que eu mude de ideia e decida prende-lo por desacato.

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    Ele então cedeu. De maneira grotesca, explicou-me quais eram as possíveis localização do tal ladrão, jogando o mapa. Resumia-se no lixão a oeste da cidade e uma antiga fábrica, provavelmente em ruínas – de fato, faziam sentido, até porque é comum ver em obras cinematográficas os vilões esconderem-se em tais âmbitos. Para terminar, o mesmo dissera que queria que eu fosse embora para não me prender por desacato. Apenas sorri levemente enquanto me dirigi à porta, abrindo-a e caminhando para sair, deixando uma leve abertura.

    Vai dormir e, quem sabe, pescar, é bom pra pessoas assim como você. Obrigado, e até mais — disse sarcasticamente, saindo da delegacia em seguida. Ao lado de fora, sentindo a brisa se chocar contra minha face e balançar meus cabelos áureos, pensava sobre o que faria a seguir. — Bem, um lixão e uma fábrica de tecidos... Acho que a fábrica seria mais viável, é impossível um Pokémon como um Pichu aguentar aquele cheiro insuportável.

    Respirei fundo, partindo então pelas coordenadas descritas no mapa, primeiro para a fábrica de tecidos, com o intuito de averiguar sobre o paradeiro do tal bandido. Com a polícia, o mesmo costumava se precaver – até então desconhecida tal maneira – e se locomover para os demais esconderijos.

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Tendo finalmente obtido o que desejava das mãos do ranzinza delegado, o jovem se colocara para fora daquele aposente e, consequentemente, para fora da delegacia da pequena cidade de Violet, procurando organizar seus próximos passos naquela empreitada. Dessa maneira, não tardou em definir como o seu próximo local de investigações a velha fábrica de tecidos a oeste da cidade.

Após longos minutos a caminhar por entre aquelas ruas em direção ao seu objetivo, tendo o Tyrogue em seu encalço, pode perceber que o sol já se encontrava alto no céu, dando a entender que seria por volta das nove ou dez horas da manhã, deixando claro como o motivo da circulação na cidade ter aumentando consideravelmente, apesar de ser pequena em relação a grande cidades. Logo, o jovem estava a sair dos limites urbanos da cidade, seguindo ao lado de uma via asfaltada e bastante arborizada que se estendia por quase um quilômetro, mais a frente, ao deparar-se com uma bifurcação, seguiu por uma simples estrada de terra a direita que, de acordo com o mapa, daria na fábrica. E, dentro de pouquíssimos minutos, pode avistar o que desejava.

O local era todo cercado por uma fraca e enferrujada cerca de ferro, demonstrando que há muito aquele local estava abandonado, e detendo uma passagem onde, provavelmente, deveria estar o portão, que estava jogado mais a frente em meio ao mato que crescera de forma desordenada na propriedade. Já o seu prédio principal, se mostrava em máximo estado de precariedade, dando a entender que a qualquer minuto poderia desabar, exibindo um portão de ferro semiaberto e inúmeras janelas quebradas, ou simples aberturas, ao longo de sua extensão. Suas paredes, de tons escuros, eram repletas de buracos em seu acabamento, deixando visualizar o tijolo amarronzado do qual foram feitas, enquanto que plantas rasteiras se alastravam por elas. Nitidamente, o local detinha a face de abandono.

Estranhamente, sobre o teto uma ave de médio porte se encontrava, contendo os olhos nervosos a olhar de um lado para o outro. Seu corpo, em grande parte, detinha as cores azuis, exceto por seu peito branco e detalhes em vermelho sobre sua face e garras. E quando seus olhos avistaram Aaron, não deixou de expressar um alarmado grunhido e adentrar voando por uma das aberturas do prédio. Em questão de quase um minuto após isso, pode se escutar um enorme estrondo a repercutir daquele local, como se algo muito grande caísse sobre o chão e se partisse em pequenos pedaços, podendo lembrar o som de quando um copo de vidro se quebra ao ir de encontro chão, mas de maneira bastante enaltecida.

Entre o jovem e o portão do local, uma extensa camada de mato se encontrava, o que ele faria?

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    O local mostrava-se em condições precárias. Os tijolos avermelhados pareciam expostos, as grades que circundavam a antiga fábrica jaziam no chão e a relva crescera de maneira desorganizada, esparsa por quase todo o perímetro. Mais adentro, um portão de ferro semicerrado com uma pequena fresta para entrar e incontáveis janelas estavam quebradas, dando a entender que o tempo não fez bem à velha indústria.

    Curiosamente, Tyrogue me seguira desde a cidade até o local onde provavelmente o ladrão estaria. Até que foi bom, já que eu demoraria mais para fazê-lo sozinho. Distraído fitando o lutador roxo, ouvi um grunhido que partira do interior da fábrica. Um pássaro azul com o peitoral branco, detalhes vermelhos e garras que reluziam como um espelho alertara de que havia algum intruso. Adentrou então a indústria, e dentro de um lapso curto de tempo, ouvi o barulho de algo se quebrando.

    Aparentemente, parecia ser um Swellow, uma ave natural de Hoenn, mas que se espalha por todos os continentes graças à migração; por sorte, o bandido vira seu primeiro estágio e o capturou, e para aquele ofício, era um Pokémon com potencial a ser explorado.

    Não tive muito tempo para pensar mais sobre o Swellow no interior da fábrica. Ao ouvir o ruído de algo se fragmentando no chão da fábrica, comecei a correr para seu interior, pois minha presença fora notada sem eu ao menos pensar em algum plano. Não pensei quanto a Tyrogue – caso me seguisse, agiria junto ao mesmo; caso não, continuaria do mesmo modo que iniciei.

    Uma vez no interior da fábrica, corri meus olhos para todos os lados, esperando com os sentidos atentos para qualquer coisa que fosse, afinal, tinha de fazê-lo o mais rápido possível. Fiquei calado, apenas aguardando as próximas coisas que viriam a seguir.

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Perante a visão da andorinha de costas azuis, o jovem loiro criara uma suposição que até aquele momento parecia ser bastante sólida. Entretanto, não tivera muito mais tempo para pensar nela, já que um estranho barulho surgira do interior da fábrica, chamando sua atenção e fazendo-o correr até lá em companhia do humanoide lilás.

No momento em que insistira em abrir o portão para adentrar em tal recinto, um longo e incomodante rangido reverberara por todo o local, denotando mais ainda sua presença ali. Um rápido som de asas se fez presente no local, então tudo voltara ao mais puro silêncio.

Ao seu redor o jovem podia ver incontáveis cacos de vidro coloridos espalhados pelo chão, assim como aproximadamente sete penas, provavelmente pertencentes a ave que o percebera do lado de fora da fábrica. Ainda havia resquícios de algumas máquinas de tecer, sendo caracterizadas pelo sua antiguada, uma enferrujada escada de metal que seguia de encontro a uma passarela. Tal passarela dava justamente em uma pequena sala suspensa, de onde poderia se ter uma ampla visão do local.

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    O ranger da porta ressoa pela manufatura, e ouvi rapidamente o bater de asas provavelmente pertencentes a Swellow. Em seguida, uma harmoniosa quietude se instalou na fábrica de tecidos. Algumas máquinas usadas para tecer estavam espalhadas pelo local – já enferrujadas devido ao tempo – junto com alguns cacos de vidro coloridos que jaziam no chão; penas também repousaram sobre o chão da indústria, precisamente sete, que também estava nos lugares mais variados do primeiro piso. Em frente, uma escada de ferro já oxidada levava a uma sala suspensa, onde ocasionalmente me daria uma melhor visão da fábrica.

    Olhei para Tyrogue e em sinais pedi para que o mesmo subisse em minhas costas. Ao lutador fazê-lo, subi as escadas, chegando então a tal sala. Lá, vasculhei tudo apenas com um rápido olhar, vendo se não havia algum documento ou algo do gênero. Tentei então revirar a sala em busca de alguma coisa da maneira mais silenciosa e com a maior minúcia.

    Tyrogue, fique de olho na fábrica. Se ver qualquer coisa que seja, me avise — murmurei para o lutador, que não hesitou em acatar a minha ordem.

    Observei o lutador rosáceo por algum tempo, e ele o fazia corretamente. Com os “olhos” para todas as direções possíveis agora, continuei a buscar, tentando encontrar algum registro que talvez pudesse me dizer a localização do ladrão – ou ladrões.

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Diante a tal cenário, o jovem preferira tomar o caminho das escadas, pedindo ao pequenino humanoide rosa que subisse em suas costas antes que pudessem prosseguir. Assim, apesar do receio e nervosismo aparente na face do pequeno, ele se agarrou as costas do loiro e, juntos, começaram a subir a escada em direção à pequena sala.

Estranhamente, à medida que caminhava até tal sala, poderia perceber que alguns pontos de tal passarela, principalmente seus corrimões, estavam repletos de uma grossa camada de poeira, contradizendo alguns pontos em que apenas uma fina camada residia em formato de pegadas em longas passadas. Logo, chegou à porta, que fora estranhamente fácil de abrir devido à maçaneta quebrada, abrindo-se com um alto rangido e o som de algo metálico a cair do outro lado. Então, tudo parecera começar a acontecer de maneira rápida.

De repente, um vulto de mesma estatura que Aaron se lançara sobre ele, derrubando-o ao passo que o Tyrogue saia de suas costas e, por pouco, não aterrissara para fora da passarela. Tal pessoa levou a mão ao pescoço do jovem e se prontificou em deixar o joelho sobre sua barriga, como se quisesse a impedir que ele saísse dali.

- Tyrogue, por que trouxe essa pessoa para cá?! – Perguntara um jovem com voz indignada. –Argh! Não importa, vamos embora!

Ali, a sua frente, se mostrava um garoto aparentemente mais jovem que Aaron, contendo longos cabelos negros, pele alva e roupas esfarrapadas, além de uma face rebelde. Entretanto, o que mais lhe chamava atenção eram os olhos de tal pessoas, detentores de um forte castanho e muito semelhantes ao do delegado que encontrara antes.

Dando continuação ao tal cenário, o garoto não hesitou em desferir um soco sobre a face do loiro rapidamente se levantar em direção as escadas, agarrando o pequeno lutador no começo.

- Vamos Swellow! – Gritara, fazendo a ave surgir de um canto obscuro daquele recinto e se colocar a segui-lo.

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    Tudo aconteceu expeditamente. Vi alguém se lançando contra mim, imobilizando-me, com a mão em meu pescoço e o joelho em minha barriga. Meus braços estavam livres para qualquer ação, entretanto, resolvi aguardar um pouco para o desenrolar daquele instante hostil. Indagara então o porquê de Tyrogue me levar até aquele local, em seguida, disse que não se importava.

    A seguir, senti o mesmo desferir um soco contra meu semblante. Não fiz nada, apenas segurei minha vontade de jogá-lo pela janela – ainda tinha algum resquício de meu eu primordial, apesar de ter mudado drasticamente. Ouvi um grito, e eis que a andorinha surge da penumbra acompanhando o garoto que tinha muita semelhança com o delegado, principalmente na cor dos olhos.

    Me levantei, apenas fitando o jovem, passando a mão destra em minha bochecha.

    Você soca feito uma moça — disse sarcasticamente enquanto começava a correr atrás do garoto à longa distância, a fim de segui-lo e descobrir mais sobre seu paradeiro; ele era o único a estar em um dos lugares que a polícia suspeitava, logo, tinha algo ali e era meu dever averiguar.

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Demonstrando certo sarcasmo ao se referir ao soco dado pelo outro, o jovem loiro, não tardava em passar a seguir de longe o garoto de olhos castanhos, objetivando descobrir por onde ele seguiria ao passo que desconfiava do por que ele estar em um local como aquele.

Assim, logo podia se ver o garoto descer atrapalhadamente devido a pressa pela escada e se colocar a correr em direção ao porta de ferro, tomando cuidado enquanto atravessava tal recinto repleto de cacos de vidro. Alcançando-a ele saiu e tratara de fechar com todas as suas forças. Já a ave saíra pela mesma janela que usara outrora.

Dessa maneira, já que Aaron pretendia segui-lo, foi inevitável não se locomover de encontro ao portão e abri-lo de maneira fácil, apesar dos chatos rangidos. Logo, saindo rapidamente de tal local e avançando poucos metros para frente, pode constatar que não havia sinal algum do garoto em seu campo de visão.

De repente, a ave surgira a sua frente, tentando fazê-lo recuar por meio de ameaças de bicadas e arranhões por suas garras.

- Quem é você? – Vociferava a voz do garoto enquanto esse surgia do lado da fabrica. – E o que diabos veio fazer aqui?

Se parasse para prestar atenção, o loiro perceberia que algo que o acompanhara até ali estava faltando, o Tyrogue não estava mais ali.

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