[Missão Ranger] Kabuum!

Mediante a tentativa do homem de fugir, o jovem resolveu usar das artimanhas de sua parceira fantasma para tentar capturá-lo, algo que conseguira sem muito esforço. Logo a Mismagius trazia o homem flutuando até a frente do seu treinador.

- Eu não tenho nada a dizer para uns moleques como vocês! – Disse de maneira ríspida.

Do outro lado, o jovem da jaqueta murmurava algumas palavras para o Munna e logo ele se lançava para a cabeça dele com os olhos a brilhar. Seja o que for que ele havia falado, havia conseguido convencer a criatura de desobedecer às ordens iniciais de seu treinador. Já a enfermeira, continuava a chorar ao lado de sua Chansey.

No corredor já podia se escutar algumas vozes urgentes a irromper pelo local, parecia que logo a segurança do local chegaria ali. Como o Ranger convenceria o homem a falar?

Já que o homem não falaria por bem, o Ranger decidiu utilizar da intimidação e de sua influência como responsável por aquela missão para obter informações. Sendo assim, enquanto as ameaças eram desferidas via-se três reações distintas. O homem continuava de cara feia e aparentemente não daria resposta alguma, o jovem de jaqueta amarela parecia se divertir com o Munna em sua cabeça, enquanto a enfermeira se acabava ainda mais em choro.

- É tudo culpa dele e do Morrison! Eu não queria! Fui obrigada se não perderia meu emprego! – Começou a desabafar a mulher aparentemente arrependida. – E ele nem médico é, é só um lacaio qualquer que lambe as botas do vereador! Foi contratado somente para apagar as memórias do senhor Kane!

- Quando eu sair daqui eu vou te pegar, mulher! Nem que eu tenha de voltar para a prisão! – Vociferou o não médico.

Quando o jovem de boina estava prestes a falar, infelizmente a senhora da recepção aparecera na porta acompanhada de três seguranças.

- Você! – Gritou ela em tom acusatório. – Eu sabia que você iria arranjar confusão por aqui! Vocês Rangers sempre arrumando confusão! Pode tratar de explicar o que aconteceu aqui!

Como o Kitshomo lidaria com aquilo? Os seguranças não aparentavam ser muito simpáticos.

Em meio as acusações da recepcionista que acabava de chegar em meio a cena, o Ranger aparentava perder um pouco a paciência e soltar alguns comentários bem incisivos.

- Olha aqui, moleque! Quem você acha que é pra chegar fazendo e dizendo o que bem entender? Ou por acaso quer que sua organizaçãozinha fique sabendo que você anda perturbando a paz social ao invés de ser mais direto e centrado em suas missões? Acho melhor baixar o tom. – Ameaçou a recepcionista, depois se referiu aos seguranças. – Vocês, tirem essa enfermeira e esse médico de araque daqui e chamem a polícia! – Enquanto os seguranças avançaram pelo quarto para conter as pessoas, o qual uma delas não cooperava muito e soltava vários insultos lá não muito bonitos de se ouvir, a recepcionista voltou a falar com o Ranger. – Agora, quer fazer o favor de sair do quarto do paciente para que possamos cuidar dele apropriadamente e limpar a bagunça que fizeram aqui?

Mediante a isso, o jovem de jaqueta apenas olhava tudo com um olhar curioso enquanto continuava a brincar com o Munna em sua cabeça, parecia que no fim das contas ele só estava analisando a situação que se desenrolava ali. Olhando-se ao redor realmente dava-se para perceber a bagunça pelo quarto, que contava com: Um Luxio esparramado entre camas empurradas, o chão molhado pelo congelamento que derretia da Pumpkaboo caída, algumas manchas de batalha, estranhamente um saco contendo uma muda de roupas aos pés da cama do paciente, esse que continuava desacordado, além do restante das criaturas desacordadas e lençóis revirados e hastes de suporte de equipamento caídas. Havia uma bagunça interessante por ali.

- O senhor Ranger quer mais alguma coisa? Ou está esperando ser enxotado da sala? Você também, moleque estranho. - Disse a recepcionista se referindo também ao jovem de boina. – O diretor não está aqui hoje.

A cada hostilidade trocada, aparentemente, o jovem Ranger ficava cada vez mais insatisfeito e estressado como a forma com a qual a população de Hoenn tratava os Rangers. De fato algumas pessoas não eram muito favoráveis a presença dos Rangers no continente, mas por outro lado sempre havia aqueles os quais admiravam seu trabalho e buscavam adentrar na organização, pois esses, ao contrário de quaisquer outras sociedades ou organizações que vinham surgindo, detinham uma posição oficial na sociedade para cuidar dos problemas que ocorriam na sociedade.

Sendo assim, usando do direito que detinha, o jovem Kitshomo decidiu levar o falso médico em custódia pessoalmente, o qual causava alguns disparates de xingamentos do meliante. Diante a isso, um tanto incomodada com isso, a Mismagius decidiu fechar sua boca a força, impedindo que mais comentários desagradáveis viessem à tona. Do outro lado da cena, o jovem de boina, não deixando de brincar com o psíquico, aproveitou para pegar a sacola que tinha algumas mudas de roupa, e saiu junto de Ayzen demonstrando bastante tranquilidade.

Então, as costas dos dois, ficava um cenário onde a recepcionista gritava desaforos, os seguranças nada faziam, a enfermeira continuava a chorar e as criaturas que batalhavam continuavam desacordadas no chão. Não era uma das cenas mais bonitas, ainda mais quando várias pessoas do hospital se amontoavam ao redor para observar tal cena, algumas até cochichando enquanto apontava para a dupla. Enfim, aquilo era completamente normal do ser humano: Apontar, julgar e se amontoar. Não eram costumes muito interessantes de se ter, ainda mais o último devido a situação atual. Entretanto, não era um momento para tal discussão.

Então, a inevitável pergunta veio, dessa vez sem motivos para interrupções.

- Spada, o cozinheiro! – Anunciou o jovem de boina animado enquanto mexia na sacola de muda de roupas. – O Kajiki Yellow da Tropa Estelar Kyuranger! Os salvadores definitivos de Hoenn!

Enquanto Spada falava aquilo, o falso médico ficava a lhe observar com atenção talvez em estranheza a resposta do garoto, ou não. De toda forma, agora eles estavam a caminho do posto policial.

Apesar de bastante abalada, a enfermeira decidiu ir em conjunto do Ranger, afinal de contas era melhor seguir com ele para poder dar sua versão dos fatos do que continuar como cumplice dos malfeitores. Sendo assim, logo saíram do hospital e seguiram em seu caminho em direção ao posto policial.

E novamente, outros questionamentos vinham para o jovem Spada.

- Ky-u-ranger. Grazie. – Corrigiu Spada enquanto continuava a vistoriar a sacola com mudas de roupa. – Eu fui escolhido pelo Comandante Ryu, é claro, assim como os outros oito Kyurangers.- Dito isso, o jovem de boina se calou e mais nada disse, ficando ali na sua tarefa de continuar a vistoriar a sacola. O que diabos tinha naquela sacola além de roupas afinal?

No para a delegacia, passando pela praia, na areia o jovem pode ver um ovo abandonado por ali de Pokémon, mas curiosamente não parecia haver dono algum para a futura criaturinha. O jovem pegaria tal ovo? Seguindo sua jornada com sua trupe de apreendidos, não tardaria a chegar no posto policial, onde poderia contar toda a sua história a oficial Jenny presente no local.