[Lisanna Rayd] Nunca saia pra beber comigo e com a Flora.

what could go wrong?

-Só avisando que os pokémon que estão nessas pokébolas são grandes demais pra ficar nesse barco, então não liberem eles aqui. Sim, os dois são da mesma espécie. Eu ia dar para os membros do pelotão, mas daí eles desapareceram e... é. Vocês sabem e viram o que aconteceu.- Dizia a capitã enquanto dirigia e acabava ouvindo a conversa das duas: -Querem parar no Forina Valley? Ótimo, então vai ser mais rápido, já estamos chegando.

Bem, elas veriam qual era o tal pokémon que estava na pokébola depois. A única coisa que sabiam era que ele era grande. A capitã Aisha enqunato isso botava o pé no acelerador e o barco aumentava de velocidade, fazendo com que as meninas perdessem um pouco o equilibrio pelo súbito solavanco mas poucos minutos depois a capitã alertava as meninas.

-É isso. Chegamos. O Forina Valley é bem aqui. Bem, podem descer, pois eu tenho que ir, meus homens estão me esperando. Se cuidem.- O barco parava e Aisha abria a porta para as meninas descerem, parando em uma parte em que a altura do barco para o chão não fosse muito grande. Quando as duas descessem, Aisha então partiria, provavelmente iria confrontar aqueles cultistas.

Agora Flora saciaria a sua curiosidade. O que tinha naquela pokébola? O orbe se abria e em um flash se revelava uma criatura, que de fato era grande demais para ficar dentro daquele barco. Era um grande réptil, com asas que na verdade eram grandes folhas e frutos crescendo no seu longo pescoço. Parecia fazer tempo que ele não saía da pokébola, estando completamente desorientado, olhando Flora e percebendo que foi ela quem o tirou da pokébola. O gigante parecia começar a se apegar a menina, se aproximando lentamente dela, mas não fazendo nada.

Bem, com o aviso da mulher, eu não tinha muito mais motivos para desconfiar dela. Se não tinha interesse real que o que quer que estivesse lá dentro nos nocauteasse, então eu podia ficar relaxada. Eu até pensava em pedir que nos levasse mesmo para Forina, mas eu não queria soar como uma babaca ofensiva. A merda tava feita. - Obrigada pelo aviso. - E sorria.

Mas bem, eu não imaginava que meu pedido fosse fazer Aisha ficar apressada. Pisando firme no acelerador, o solavanco foi suficiente para me desequilibrar brevemente e por sorte eu não caía no chão. Eu até ficaria irritada, mas, de verdade? Eu amava a brisa batendo no rosto. Queria sentir aquele vento. Então abria minha jaqueta e a tirava, amarrando-a na cintura e ficando apenas com uma blusa branca de mangas curtas protegendo o meu torço enquanto me sentava num dos bancos próximos dos limites da embarcação, enquanto Butterfree já havia se aconchegado mais a esquerda e Glameow ficava agoniada com a velocidade excessiva. Não podia condená-la por isso, então apenas a retornei para sua cápsula. - É bom, né? - Perguntava pra Flora. - Sentir o vento no rosto. - Falava enquanto fechava os olhos pra saborear cada segundo daquele momento.

Bem, eu sabia que meu cabelo ia terminar um lixo, mas, aff, eu mereço uns segundinhos de liberdade, de mente fresca e sem ter que me preocupar se alguém vai morrer. Mas infelizmente, tudo que é bom dura pouco. Chamei por Butterfree e Flora e agradecia Aisha, enquanto descia da embarcação. - Obrigada pela carona! E boa sorte! - Falava me despedindo. Em seguida, liberava Glameow de novo e lhes mostrava a nova Pokéball. - Hora de conhecermos um novo companheiro. - Dizia, libertando uma figura gigante da esfera bicolor.

Sério, eu já havia ouvido falar sobre o quanto um Tropius parece imponente de perto, mas, uou! Com seus pouco mais de 2 metros de altura e porte elevado, meus olhos arregalavam, em seguida, eu lhe direcionava a Pokédex para ela e descobria que se tratava de uma fêmea. A princípio meio tímida, ela se aproximava do Tropius de Flora, buscando entender o que estava acontecendo, para situá-la, eu cocei a garganta e me apresentei. - Oi, Tropius! Meu nome é Lisanna, e acabaram de dar sua Pokéball pra mim, sou sua nova treinadora! - Falava, lhe direcionando um sorriso, enquanto ela abaixava sua cabeça para me olhar nos olhos, provavelmente desconfiada de mim, e me deixando sem graça. - Ei, que isso! Calma, eu juro que sou uma boa pessoa. - Dizia, levantando as mãos em um sinal de rendição.

Não entendi direito o que aconteceu em seguida, mas a voadora apenas assentiu com a cabeça, indiferente aquele fato. Será que causei uma má impressão? Enfim, eu resolveria isso depois. Apresentações feitas, e eu a retornava para Pokéball, junto com as minhas outras duas parceiras. - Conto com você daqui pra frente! - Afirmava para a esfera da gramínea, e em seguida, virava pra Flora. - Desculpa, eu pedi pra descer aqui porque fiquei com medo de que fosse uma emboscada. - E ria sem graça. - De qualquer forma, já que estamos aqui, por que não damos uma olhada? Me daria essa honra, mileide? - Perguntava, me curvando de leve para a menina, fazendo uma graça que Daisuke costumava lançar pra cima de mim. Aiai, que saudade daquele cabeçudo.

s coisas... As coisas estavam mesmo ficando tão boas assim? Digo, nós passamos por uma experiência de quase morte no meio daquela mata que me deixou daquele jeito... Foi horrível, mas agora... Agora estávamos no meio do Forina Valley com um pokémon que parecia uma árvore frutífera voadora na nossa frente. Quanto mais eu olhava para a criatura, mais ela se aproximava. Estendi meus braços para ela enquanto dava passos lentos em sua direção.

-Tão... - minhas mãos tocaram seu pescoço, era tão confortante conhecer alguém novo... Meus membros corriam para baixo do pescoço do grande pokémon conforme eu me aproximava mais e mais até nossos corpos estarem juntos e eu me pegar abraçando-o -Hehe... Hehehe... Hahahaha - depois daquele momento eterno de terror eu finalmente sentia conforto, eu não sabia o por que, mas abraçar o Tropius que saiu da pokébola me dava um efeito tranquilizante, eu não conseguia fazer nada além de dar altas risadas enquanto chorava aliviada ao mesmo tempo que me mantinha abraçada com o pokémon.

-Lys, olha! Hahahahaha! Ele é muito fofo! Quem é o bom garoto da mamãe? Quem é? Hahahaha! - então a Tropius que Lys ganhou veio até nós, provavelmente curiosa, foi nessa hora que eu realmente percebi que ela havia ganho o mesmo presente que eu -Você também quer um abraço? Vem cá! - abracei o pescoço deles com um dos braços em cada e tornei a rir. Eu parecia uma idiota fazendo toda aquela cena, mas não demorou até que eu e meu companheiro ficássemos a sós novamente. Desfiz o abraço e coloquei ambas as mãos em meu rosto assim que ele abaixava a cabeça para mantê-la próxima a mim. Uni nossas testas e disse a ele com uma voz gentil.

-Anna... Eu não tenho o costume de fazer isso, mas... Eu vou te chamar de Anna... Em homenagem a alguém que ficou comigo e não me abandonou em um momento difícil - nos afastamos comigo encarando Anna mais uma vez com um sorriso.

Minha atenção mudou para Lys que me deu satisfação do motivo de termos parado no Valley -Não tem problema... Acho que podemos seguir daqui até em casa - numa reverência, ela perguntou se teria a honra de dar uma olhada naquele lugar comigo... "Mileide", é? Hehe. Espalmei minha mão e estendi meus braços para coma, descendo-o até seu ombro -Lisanna, em honra ao seu ato de bravura de cuidar e proteger sua rainha com sua vida, eu te nomeio a primeira das caveleiras de Flora. Esta rainha lhe concede a honra de explorar este lugar selvagem com ele - cai no riso rapidamente antes de pular em Lisanna com um abraço -Obrigada... Eu fiquei com medo de ser abandonada e ficar sozinha de novo... Quando você fez de tudo pra sair comigo de lá, apesar do medo, eu me senti um pouco feliz, mas o trauma era tanto que eu não consegui entender na hora, mas agora... Lisanna, fique comigo, por favor. Pelo menos até voltarmos pra casa.

Eu estava voltando a ser eu mesma.

What is reflected in my eyes? Not the moonlight in a starless midnight that showers on the people passing by. One's so small and the world's so wide, every step forward echoes a sigh. I reach out for the halo far up high. Deeply engraved, my memory is silent but not forgotten indeed, someone has gone but a voice within me. Once I remember all the tales written inside this corp no more frail I'll follow what my heart used to believe.

Eu ouvia Flora nomear seu Tropius em minha homenagem, e eu enrubescia imediatamente. Não que eu não goste receber homenagens ou algo assim, mas é diferente ouvir algo de, bem, pessoas de fora da sua família. Só minha avó e Daisuke faziam elogios ou bem, algo do gênero. Eu sentia falta desse contato, de verdade, e não sabia exatamente como me expressar. Ficava olhando de canto, desviando o olhar até que finalmente eu conseguia um gancho para mudar de assunto e fingir que não senti nada com todo aquele sentimentalismo que acabei de ouvir.


Em seguida, Flora acabava entrando na minha brincadeira nomeando-me como uma das cavaleiras de Flora, e caíamos na risada. Bem quando eu iria protestar, julgando a inexistência da palavra cavaleira, ela subitamente me abraçava e agradecia por tudo que eu fiz, sendo que na minha cabeça, bem... eu não fiz nada demais. Era o mínimo. Flora me era importante, e eu não escondia isso. Jamais a deixaria pra trás. - Não tem que agradecer, sua boba. - Ria, enquanto a abraçava. - Você me é importante. Eu jamais te largaria pra trás! - E em seguida, a soltava, puxando-a pela mão e adentrando Forina Valley. - Agora vem! Vamos dar uma olhada nesse lugar antes de eu te levar pra casa. Dizem que aqui é muito bonito, não vamos deixar essa oportunidade passar, né? - Dizia com um sorriso, enquanto corria para dentro da Landmark. O que será que encontraríamos por lá?

what could go wrong?

O barco da capitã Ranger partia e então Flora e Lisanna conheciam seus novos parceiros. Dois gigantes gramíneos: Tropius. Os pokémon até que receberam bem suas novas treinadoras, apesar de grandes eles pareciam ser bem jovens, na realidade. Era toda uma cena feliz, as meninas, principalmente Flora se recompunham depois de toda aquela sequência assustadora de eventos.

Dois amigos novos e aparentemente recuperadas de todo o trauma que passaram. Não entendi muito bem o porque de Lisanna temer uma emboscada, mas nada acontecia com ela. Agora estavam na frente do famoso Forina Valley e elas decidiam entrar na "Landmark". Não sei se elas ainda estariam preocupada com todo aquela situação dos cultistas. É compreensível se ficarem preocupadas, não é algo que alguém esquece tão facilmente, além de que eles haviam capturado Ian, o garoto que estava junto delas naquela vila abandonada.

Mas mesmo assim entravam no Forina Valley, não tinha muito o que elas podiam fazer para parar os cultistas, só restava esperar que o melhor acontecesse. Já no vale, ele dava uma mudança de cenário extremamente bem vinda em comparação a paisagem mórbida da vila abandonada em que elas passaram a maior parte do dia até hoje. Uma explosão de verde tomava conta dos olhos da dupla, grandes árvores, diversas formações rochosas, rios, cachoeiras, essa era a exuberante reserva natural de Forina e um lugar que os Tropius das garotas considerariam como casa.

O terreno em si do vale era um pouco acidentado e meio rochoso, em contraste com a vegetação densa do lugar. Mas essa área rochosa não duraria muito, uma bifurcação aparecia, um lado, mais próximo da entrada era o rio de onde as meninas vieram que continuava correndo e a margem coberta por uma relva esverdeada e rochas. Ou poderiam se aventurar pelo mais denso verde, provavelmente a maior amostra de natureza que Flora e Lisanna sequer viram na vida.

Apesar de ser um lugar livre para captura de pokémon e tudo mais, quase como uma rota comum, o Forina Valley era uma reserva natural apesar de tudo, o que significa que é um lugar intensamente vigiado por Rangers da guarda ambiental. Então as probabilidades de encontrarem digamos outro culto ali, eram pequenas ou nulas. Eu como narrador garanto que não vai ter outro culto.

Eu já ouvira antes que Forina Valley era lindo, mas você nunca entende a dimensão disso a não ser que vá até o local. Fiquei admirada com as cachoeiras, formações rochosas e trechos de floresta que compunham o local, fazendo meus olhos brilharem quase que instantaneamente. Embasbacada, eu não conseguia fazer nada além de olhar pra frente com um enorme sorriso na face. - Olha só isso, Flora! Esse lugar é incrível! - Falava para Torres, com a voz carregada de surpresa e admiração pelo local. Ainda que curiosa, o que mais me chamava atenção eram os inúmeros pilares de rocha que se formavam por lá, e eu mesma não sabia dizer como aquilo podia acontecer. Ficava num misto de espanto e curiosidade.

Resistia a libertar minhas parceiras ali. Já que o terreno era muito acidentado, eu me senti na obrigação de soltar a mão de Flora para poder andar com mais liberdade, e colocar Butterfree e Liz ali, poderia acabar me tirando a atenção. Nós não avançamos muito, até finalmente nos depararmos com uma bifurcação no local. Uma, nos levava mais mata adentro, enquanto a outra levava para uma espécie de jardim de rochas, provavelmente teria água por lá? Enfim, eu ficava curiosa. - Ei, Flora. O que acha da gente ir próxima desse rio aqui? - Falava para a garota. - Eu queria ver uma cachoeira antes da gente voltar, e eu to meio cansada de mato, depois do que aconteceu. - Dizia meio sem graça.

Esperaria para ouvir o ponto da garota, caso concordasse comigo, iria na direção do rio, contrária ao sentido que ele corria, na esperança de encontrar uma cachoeira. No fim das contas, o local me passava tanta serenidade, que eu finalmente relaxava, e me esqueci do que havíamos acabado de passar. Talvez seja insensível, mas acho que era literalmente a única coisa que eu podia fazer no momento, né? O que será que aconteceria?

omo eu poderia descrever aquilo que eu estava contemplando? ERA INCRÍVEL! A MELHOR PARTE DESSE PASSEIO QUE NÓS ESTAMOS TENDO! Depois daquela vila totalmente abandonada, finalmente pudemos ver a natureza em sua melhor forma sem a ação humana sobre aquela área. Fazia sentido, tendo em vista que o nosso querido Forina Valley era uma área de preservação ambiental, logo estava bem protegida de pessoas que não se importariam de derrubar aquela vegetação apenas para se beneficiar do que o meio ambiente tem a oferecer. Olhava para os lados buscando observar o máximo possível enquanto Lisanna me puxava pela mão, mas isso não durou muito até chegarmos a uma parte onde o solo exigia mais atenção para ser atravessado.

-Hehe. Esse lugar é fantástico! Parece até que eu entrei num mundo mágico dos meus jogos de fantasia! Lys, eu acho que... Aaaaaaaa... Eu quero explorar esse lugar... - estava relaxada. Sabia que as coisas estavam melhorando e que as chances de sermos perseguidas até aqui eram baixas, então que mal faria se andasse por aqui um pouco? Nenhum, eu te garanto. A sugestão de Lys era irmos próximas ao rio, ela queria ver uma cachoeira e não havia mal nenhum nisso -Tudo bem. Sua rainha permite com que sua cavaleira explore como bem desejar! Mas... - uma cachoeira era um bom lugar para tomar um banho. Digo, eu acordei no meio do mato abraçada num tronco de árvore, ainda caí e me ralei toda, depois saímos correndo e fiquei toda suada. É, a vida não é mole.

-Lys, vamos aproveitar pra refrescar e tomar um banho de cachoeira! Eu tô precisando de um depois de tudo aquilo e acho que seria bom também. Eu sei que você é toda durona, mas se cuidar de vez em quando é bom, né?

Combusken e Kadabra concordavam, um momento para relaxar antes de continuarmos era uma boa, além de que toda aventura precisa de um descanso. Por sorte eu carrego roupas reservas na minha bolsa. Ugh... Só espero que eu não tenha problemas depois de trocar essa calça por uma saia. A blusa era bem mais leve, só espero que o tempo não esfrie -Então, o que me diz?

What is reflected in my eyes? Not the moonlight in a starless midnight that showers on the people passing by. One's so small and the world's so wide, every step forward echoes a sigh. I reach out for the halo far up high. Deeply engraved, my memory is silent but not forgotten indeed, someone has gone but a voice within me. Once I remember all the tales written inside this corp no more frail I'll follow what my heart used to believe.

A proposta de Flora me deixava pensativa. Um banho não seria nada mal, não é? Mas eu teria que checar primeiro o que eu trouxe comigo, e pera aí, quem ela ta chamando de durona? Eu tenho certeza absoluta que lá de casa eu era a mais medrosa... enfim. - Pode ser uma boa. Eu só preciso saber quantas mudas de roupa limpa eu ainda tenho aqui... vou precisar usar seu tanque depois, se não for incômodo. - E ria sem graça. A medida que descíamos o terreno acidentado, os escudeiros de Flora aparentavam concordar, e eu só ficava curiosa em como um Pokémon de tipo fogo pode ficar tão empolgado em tomar um banho de cachoeira, será que Torres o havia habituado a se molhar?

Bem, era engraçado pensar nisso. Assim que terminávamos de descer o terreno acidentado, eu dava uma olhada nas minhas roupas. Eu tinha pelo menos mais dois pares de roupas limpas, sem falar num biquini, isso era animador, então não hesitei em aceitar o convite de Flora. - Um banho na cachoeira pode ser bom, mas nem pense em ficar me encarando, sua safada! - Fazia a piada e logo ria. Com certeza a menina de cabelos castanhos incharia as bochechas e ficaria constrangida, ainda mais porque a chance do contrário acontecer é muito mais alta. - E então, minha Rainha. - Falava em tom de deboche. - Qual o segredo pra um Pokémon do tipo fogo gostar da ideia de ir numa cachoeira? - Mudava para curiosidade, queria mesmo saber de onde veio toda essa naturalidade do Combusken em lidar com água. Sempre ouvi que era problemático até mesmo dar banho nesses pequenos.

Finalmente, eu fechava a mochila e voltava a caminhar contra a correnteza da água. Será que a cachoeira estava muito longe?

what could go wrong?

O primeiro desejo de Lisanna era ir para mais perto do rio, afinal ela viu floresta o dia todo e isso desencadeava um desejo de Flora, que era tomar um banho de cachoeira. Compreensível, Torres não parecia ser uma garota muito extrovertida e que via bastante a natureza antes de começar a viajar. Logo, porque não explorar a coisa mais exuberante daquele vale que era a cachoeira?

Era meio estranho um Combusken estar animado em tomar banho de cachoeira, mas se parar pra pensar ele não tem nenhum "Ponto crítico" que nem outros fire-types que tem chamas vitais brilhando em outras partes do corpo. Logo a água não devia ser tão prejudicial para ele, enfim, único motivo pra ele ficar animado com tomar um banho de cachoeira.

As meninas seguiam, passavam por mais um pouco de mato, andando por um caminho terroso, mas fechado por uma quantidade enorme de árvores altíssimas, arranha-céus naturais. Era um caminho meio complicado, mas elas não tinham nada com o que se preocupar, nem estavam mais na ressaca, logo poderiam ver os obstáculos sem problemas. Elas saíram com alguns ralados nas pernas por algumas farpas soltas no meio do caminho, mas nada demais.

Quer dizer outra coisa que tinha no caminho é que elas podiam ouvir o constante barulho do roçar de folhas e de algo caminhando por aquele caminho terroso, mas parecia ser algo muito pequeno, mas em grande quantidade. Provavelmente apenas alguns bug-types locais. Não era nada preocupante aparentemente e enfim elas tinham vista para o exuberante rio e a ainda mais exuberante cachoeira.

O som da água caindo podia ser ouvido bem antes que as meninas pudessem ver o rio, mas a água que caía e seguia o curso do rio não estava em uma correnteza muito intensa, perfeita para relaxar por ali. Era um momento que elas deviam aproveitar, literalmente não tinha nenhum problema na vista delas... por enquanto.

la gosta de me provocar, não é? Não me compare a um a pervertida, Lisanna Rayd! Sou eu quem deveria estar fazendo isso com você! Minha reação diante tudo aquilo? Fiquei nervosa e inflei as bochechas ficando em meu modo de defesa caso ela tentasse apertá-las de novo. Ela ainda me perguntou qual segredo para um pokémon do tipo fogo gostar de cachoeira. Sério, Lisanna?

-Lys, é só um banho de cachoeira, não é como se alguém estivesse atacando ele com Waterfall ou algo do tipo. É só um banho normal como o de casa. Que foi? Você não higieniza os seus, é? - perguntei num tom provocativo -Acho que isso deve combinar com você, cavaleira suja. hahaha!

Saí correndo à sua frente para evitar que ela me pegasse, então chegamos ao curso do rio. Se quisesse chegar na cachoeira, eu deveria seguir o fluxo inverso da correnteza, não é? Claro que sim, Flora, isso é óbvio. Tudo bem, foi isso que eu fiz e devo dizer... Incrível! Totalmente incrível! A cachoeira é um lugar tão belo! Por que eu não saí em busca de uma antes? -Olha, Lys! Eu vou entrar na água primeiro! - rapidamente, encontrei um lugar para poder me trocar, colocando a roupa de banho. Essa parte de baixo parecida com uma saia era tão bonitinha.

Antes que eu pudesse entrar na água, peguei as outras quatro pokébolas e liberei cada um de meus pokémons. Era um momento único que eles deveriam aproveitar também. Além de Combusken e Kadabra, estavam conosco Nidorina, Cubone, Beautifly e o mais novo de nossa equipe, Tropius -Hehe! Aproveitem a cachoeira! Não sei quando veremos outra de novo. Bora lá! - corri até a borda e entrei na água, Combusken e Kadabra foram logo em seguida. Nidorina preferiu dormir à margem e a borboleta começou a se juntar às flores. Cubone estava meio solitária, gostava de ficar em seu canto, apesar de vez ou outra olhar para nós. Por fim, Tropius descia o pescoço para beber um pouco da água juntando-se às árvores em seguida.

-Espero que isso não acabe tão cedo.

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