Victor "V." Crane
Cidade Natal: Saffron
Carreira: Treinador/Coordenador
Idade: 23
Altura: 1,78m
Peso: 82kg
Carreira: Treinador/Coordenador
Idade: 23
Altura: 1,78m
Peso: 82kg
Descrição física: De porte físico médio, tem o tipo de corpo atlético o suficiente para indicar que ele não é sedentário e pratica alguma atividade física, no caso, Freerunning. Ele tem um olhar bastante sério e apático, com olheiras profundas e irrecuperáveis, que fazem com que ele seja julgado como antipático ou até mesmo alguém agressivo, o que gera bastante frustração nele. Normalmente está vestido com uma calça jeans preta, um casaco de tecido esportivo, um par de luvas com esferas de metal nos punhos, um lenço grande, parecido com um cachecol, amarrado na região do pescoço e um par de óculos parecidos com de aviador - acessório que pertencia ao seu pai - que deixa pendurado no pescoço e utiliza apenas quando vai correr. Um rapaz com aparência de mais novo do que realmente é, aparenta ter menos de 18, sendo necessário sempre mostrar a identidade em locais para maiores. Possui um cabelo bastante bagunçado, que não vê um creme há um bom tempo, sem pentear, tingido de púrpura. Ele tem olhos castanhos mas que são um pouco alaranjados. O rapaz fez um procedimento "estético" de partir a língua no meio, como um Ekans.
Personalidade: Ele tem poucos escrúpulos, desde que esteja sendo pago vai fazer quase qualquer coisa. Ele só não faz mal a crianças (mesmo que não diretamente, se V. perceber que a ação dele levará algum mal, ele não vai fazer) mas todo o resto tá liberado. Ele também tem a honra entre os ladrões (sem dedurar, basicamente). Ele é um rapaz "anti-Pokémon". Explicando melhor este termo, ele tem uma certa aversão com as criaturas assim como alguém que não gosta de gato ou cachorro. Ele acha que a sociedade se tornou fraca por depender tanto dos Pokémon para ter mais conforto, mesmo com tanta tecnologia a disposição, que apenas é aprimorada na área relacionada a Pokémon, quando podia estar sendo aprimorada em diversas outras. Também é uma pessoa que, por sua aparência, acaba sempre por ser julgado como alguém não confiável, um arruaceiro ou coisa do gênero, principalmente quando acontece a raridade de alguém conversar com V., por conta de seu humor bastante ácido e muito uso das palavras de baixo calão. Pior ainda entre as pessoas que tenham algum envolvimento com a polícia, pois seu rosto já é marcado. Por fim, é apenas um rapaz perdido que quer poder viver de maneira confortável, coisa que nunca teve.
Biografia: Nascido em Saffron, Victor é um garoto de uma família bastante humilde. O pai era um aviador que sofreu um acidente durante um teste de voo de uma aeronave nova. Ela mal decolou e começou a pegar fogo, fazendo com que boa parte do corpo dele tenha sido queimada, incapacitando-o de continuar voando. A mãe de V. apenas trabalhava como enfermeira todos os dias, mas não como as Enfermeiras Joy que cuidam dos Pokémon e sim uma enfermeira que cuida de humanos. Sendo assim, a família de V. não tem muitas riquezas materiais mas foram, por um bom tempo, bastante ricos em união.
Isso até Thomas Crane, seu pai, falecer. O laudo médico indica que foi um infarto, mas para Victor isso não faz nenhum sentido, já que seu pai sempre fora alguém saudável e ativo, mesmo depois do acidente. Ele simplesmente não acredita nesta história mas também não sabe dizer por qual razão seu pai faleceu. V. era muito ligado com ele e, principalmente, sentia que o pai era como um herói. Vê-lo falecer, ainda mais de uma forma completamente capciosa, era algo insuportável para o garoto.
Assim, foi onde ele começou a "se perder" na vida. Com os plantões de sua mãe no hospital ficando cada vez mais frequentes, Victor começou a cada vez mais deixar de lado seus compromissos como estudante. Não terminou a escola por abandono, faltando apenas um ano para terminar. Agora ele era o que as pessoas consideravam como "arruaceiro" ou "vândalo", pois estava sempre com seu grupo de "amigos" fora da escola, vadiando por aí. Eles nunca haviam cometido nenhum tipo de crime mais sério mas coisas como vandalismo eram bem comuns. Isso estava para mudar, com a atitude de Royce, um dos membros desse bando. O grupo estava numa praça, sentados de bobeira. Royce estava fumando. Clark parecia estar dormindo, com seus óculos escuros no rosto e um boné por cima. Leona olhava para o céu, contemplativa. Ralf estava dividindo uma garrafa de cachaça barata com V e Whip estava lendo um livro.
Rompendo a calmaria do momento, Royce exclama uma ideia absurda: Que eles deveriam tentar assaltar um banco. Depois de uma longa discussão, sendo V. e Whip os principais discordantes da ideia, o grupo acabou cedendo concordando com as ideias de Royce e Ralf. Era a primeira vez que cometeriam um crime que não fosse vandalismo.
De forma resumida, o assalto deu muito errado. Quem acabou pagando o preço foi Victor, o único a ser detido. Num momento de fuga, Royce e Ralf coagiram as meninas a deixar V. para trás e Clark acabou se vendo obrigado a ir também pois ficar para ajudar o rapaz significaria ser preso também. O rosto de Victor ficou em todos os jornais e agora ele tem uma ficha criminal. Ninguém mais daria um emprego formal a ele. Portanto, é o motivo de nunca abandonar os "trampos". Victor foi atuado por tentativa de assalto a mão armada e passou três anos recluso. Cumpriu mais um ano de condicional em regime semiaberto pelo bom comportamento e sua sentença foi diminuída em mais dois anos depois deste ano em regime semiaberto, também pelo bom comportamento.
O rapaz se separou dessa gangue mas ainda mantém contato com Clark, Leona e Whip, pela amizade, mas não trabalha mais com eles. V se tornou muito independente, fazendo seus próprios trampos, tentando subir na vida. Seu objetivo era se tornar um mercenário conhecido e respeitado, tanto pela polícia quanto pelos criminosos, queria ser um homem que pode trabalhar pra qualquer um dos lados e que todos saibam disso e respeitem. Além, é claro, de se tornar muito rico, deixando pra trás qualquer tipo de lembrança de já ter sido pobre e de precisar trabalhar pra alguém apenas pra cobrir os custos de uma cirurgia, sem nenhum tipo de lucro.
No entanto, as coisas não saíram nem um pouco como planejado. Durante um dos "trampos", V. acabou ficando inconsciente por um tempo e se encontrava num terreno baldio, todo sujo e com dores no corpo.
Desde então, em todos os dias de sua vida ele tem algum pesadelo relacionado a suicídio. Essa mesma sombra roxa aparece sempre tentando desmotivá-lo a continuar vivo e o rapaz segue negando as sugestões. Já eram oito meses que V não dormia direito, evitava dormir para não ter esse tipo de sonho novamente, mas claro, eventualmente teria de passar por ele pois o corpo se exaure e não tem mais como se manter de pé. Cafeína se tornou um vício. Energéticos eram bebidos como se fossem água para se manter acordado e evitar a sombra arroxeada que o atormentava. O pior é que Victor agora sequer lembrava de como isso começou e não fazia a menor ideia de como parar.
Depois de oito meses neste inferno pessoal, V. se encontrava com o braço fraturado e sendo recuperado por uma amiga de infância, Cassandra Wards, agora uma cirurgiã tanto de Pokémon quanto de humano. Ela é extremamente rica, e mora numa mansão nos arredores de Saffron, um pouco mais afastada da grande cidade e Victor estava lá, sendo tratado de uma forma "caseira", com o auxílio de uma Chansey. O rapaz fora permitido de descansar ali por aquele dia para ir embora no dia seguinte. Como seu sono era parco por conta dos pesadelos, ele acabou acordando na madrugada. Ao ir na cozinha, deparou-se com um homem mascarado e um Hypno que prontamente colocou V. para dormir.
Quando foi acordado por sua amiga, ambos descobriram o mesmo fato por visões diferentes. Cassandra encontrou um colar de ouro no bolso de V. e o rapaz percebeu que aquilo fora plantado em seu bolso. Ele tentou se explicar, mas a garota não acreditou, expulsando-o da casa dela. Victor estava determinado a encontrar quem havia forjado aquilo com ele, quem seria aquele homem mascarado.