Yoshiro Yakumo
Ah, você quer saber mais sobre a minha treinadora? Tudo bem, acho que posso lhe ajudar nisso. Só peço um pouco de paciência, a história pode ser meio longa...
Cidade Natal: Mauville City
Carreira: Treinadora
Idade: 16
Altura: 1,53
Meio baixinha, mas não comente, ela se irrita muito com isso.
Peso: 51kg
Ela ainda não me levou lá, parece estar evitando essa cidade por algum motivo… talvez ainda não se sinta pronta para reencontrar a família? Não sei, só espero que isso se resolva com o tempo. Yoshiro não gosta de tocar no assunto, mas sei que ela sente muita falta dos pais.
Carreira: Treinadora
E ainda bem! Se ela resolvesse virar coordenadora, eu estaria com problemas. Não sou nenhum Squirtle para soltar bolhinhas coloridas, muito menos um Totodile para ficar dançando! Não acho que os jurados ficariam muito impressionados com meu Water Gun. E as batalhas são bem mais divertidas para mim… no entanto, Yoshiro sempre olha para os coordenadores com tanto apreço e admiração. Tomara que um dia ela não resolva trocar de carreira.
Idade: 16
Idade mais que suficiente para se cuidar sozinha, contudo, essa menina parece uma criança às vezes… preciso ficar de olho nela para evitar que se meta em problemas.
Altura: 1,53
Meio baixinha, mas não comente, ela se irrita muito com isso.
Peso: 51kg
Não sei como, já vi Munchlax menos gulosos.
Descrição física:
É uma garota relativamente baixa para a idade, fato que sempre a incomodou, pois sente que seria mais respeitada se tivesse alguns centímetros a mais. Incomoda-lhe ter que erguer a cabeça para encarar os outros nos olhos e, por isso, costuma usar tênis que façam-na parecer um pouco mais alta (isso não engana ninguém, Yoshiro). Não usa sandálias com salto simplesmente por não conseguir se equilibrar bem nelas, aposto que ela não conseguiria dar nem cinco passos sem cair. Além disso, ela tem a pele clara, um pouco pálida porque, antes de fugir, passava muito pouco tempo exposta ao sol. Isso a deixa muito suscetível a queimaduras caso não passe protetor solar em dias quentes. E ela vive esquecendo de passar, então não se surpreenda se encontrá-la por aí mais vermelha que um Corphish.
Yoshiro não gosta de parecer frágil, embora seja exatamente essa a impressão que ela passe. Sua baixa estatura e as feições delicadas do seu rosto, as quais chegam até a ser meio infantis, contribuem muito para que a menina pareça totalmente inofensiva. Quando ela fica irritada, suas bochechas ficam muito vermelhas e sua voz fica notoriamente mais aguda, é difícil ouvir um sermão dela sem cair na risada. Quanto mais intimidadora ela tenta ser, mais engraçada fica. Talvez por isso ela não tenha muita moral... Yoshiro não tem nenhuma aura de liderança, é difícil para ela impor respeito respeito dos outros, sejam humanos ou Pokémons. A maioria das pessoas não consegue levá-la a sério. Embora seja uma treinadora, não é vista como autoridade nem pelos seus próprios Pokémons, eles têm mais respeito por mim do que por ela. Às vezes parece que eu que sou o verdadeiro líder do time. E, enquanto Yoshiro não se tornar mais madura e confiante, acho que essa situação não mudará.
Além disso, a menina tem cabelos tão escuros quanto o céu noturno e muito compridos, alcançam sua cintura. Seus olhos têm uma tonalidade semelhante, com a diferença de serem um pouco mais claros, deixando o tom azulado mais perceptível. Não há sobre eles a mesma dúvida que o cabelo dela gera - ninguém consegue decidir se os fios são pretos, azuis ou roxos. Além disso tudo, reparei que ela gosta muito de usar casacos. É uma alegria para ela quando o dia amanhece frio, o que lhe dá uma desculpa para usar casacos e até um cachecol vermelho. A razão de alguém querer usar um cachecol em uma região tão quente quanto Hoenn é um verdadeiro mistério para mim, contudo, ele parece ter um forte valor afetivo para a minha humana. Ela nunca me contou nada sobre quem lhe deu esse cachecol, e isso me mata de curiosidade, porque Yoshiro sempre me conta sobre tudo. Já perdi as contas de quantas vezes já tentei perguntar a ela sobre isso… infelizmente, ela não entende uma só palavra do que digo.
Yoshiro não gosta de parecer frágil, embora seja exatamente essa a impressão que ela passe. Sua baixa estatura e as feições delicadas do seu rosto, as quais chegam até a ser meio infantis, contribuem muito para que a menina pareça totalmente inofensiva. Quando ela fica irritada, suas bochechas ficam muito vermelhas e sua voz fica notoriamente mais aguda, é difícil ouvir um sermão dela sem cair na risada. Quanto mais intimidadora ela tenta ser, mais engraçada fica. Talvez por isso ela não tenha muita moral... Yoshiro não tem nenhuma aura de liderança, é difícil para ela impor respeito respeito dos outros, sejam humanos ou Pokémons. A maioria das pessoas não consegue levá-la a sério. Embora seja uma treinadora, não é vista como autoridade nem pelos seus próprios Pokémons, eles têm mais respeito por mim do que por ela. Às vezes parece que eu que sou o verdadeiro líder do time. E, enquanto Yoshiro não se tornar mais madura e confiante, acho que essa situação não mudará.
Além disso, a menina tem cabelos tão escuros quanto o céu noturno e muito compridos, alcançam sua cintura. Seus olhos têm uma tonalidade semelhante, com a diferença de serem um pouco mais claros, deixando o tom azulado mais perceptível. Não há sobre eles a mesma dúvida que o cabelo dela gera - ninguém consegue decidir se os fios são pretos, azuis ou roxos. Além disso tudo, reparei que ela gosta muito de usar casacos. É uma alegria para ela quando o dia amanhece frio, o que lhe dá uma desculpa para usar casacos e até um cachecol vermelho. A razão de alguém querer usar um cachecol em uma região tão quente quanto Hoenn é um verdadeiro mistério para mim, contudo, ele parece ter um forte valor afetivo para a minha humana. Ela nunca me contou nada sobre quem lhe deu esse cachecol, e isso me mata de curiosidade, porque Yoshiro sempre me conta sobre tudo. Já perdi as contas de quantas vezes já tentei perguntar a ela sobre isso… infelizmente, ela não entende uma só palavra do que digo.
Imagem :
Personalidade:
A personalidade dela é… um pouco difícil de descrever. De fato, às vezes chega a ser contraditória. À primeira vista, é uma garota tímida e atrapalhada que, embora não seja muito boa socializando, realmente gosta de estar na companhia de outras pessoas. Gosta de conversar e de aprender mais sobre o mundo, é muito curiosa e às vezes faz coisas sabendo que acabará mal, apenas porque não conseguiu resistir à curiosidade. No entanto, isso não significa que ela seja de todo impulsiva, embora às vezes realmente aja sem pensar. No geral, eu até diria que ela consegue ser sensata na maior parte do tempo. É uma garota muito inteligente, não se deixe enganar pela cara de boba dela. Subestimar Yoshiro é uma péssima ideia. Mesmo quando penso que ela estragou tudo, ela não perde a fé e geralmente encontra uma solução, essa menina nunca deixa de me surpreender.
Ela é muito carente, qualquer demonstração de afeto a faz se derreter. Isso se deve a não ter recebido muita atenção dos pais, imagino, eles estavam sempre ocupados com o trabalho. Fica triste quando está cercada por pessoas e nenhuma presta atenção nela, embora não pareça se incomodar em passar longos períodos sozinha, como quando está viajando. Acho que o que a faz se sentir mal não é o fato de estar desacompanhada, mas o de não ser notada. Talvez por isso ela sempre seja tão atenciosa comigo e com os outros Pokémons que captura, sabe como é se sentir rejeitada e não quer que passemos pelo mesmo. Quanto a isso, não tenho nenhuma reclamação - Yoshiro nos trata muito bem, cuida de nós como se fôssemos amigos de longa data. Todavia, vive arranjando confusão e nos arrastando junto, então sobra para nós cuidarmos dela! Isso é meio irritante, nunca conheci humana mais propícia a se meter em encrenca.
Ah, já disse que ela é muito mimada? Pois bem, ela é. Está acostumada a ter tudo que deseja na mão, não recebeu muitos “nãos” na infância e por isso não sabe lidar com eles. Quando não consegue algo que quer, reage com a mesma maturidade de uma menina de 6 anos. Ela se frustra facilmente e birras são comuns. Prefiro fingir que não a conheço nessas horas. Na verdade, isso é meio preocupante - quando não consegue o que quer, a conduta moral dela às vezes fica um pouco duvidosa… tenho medo de que ela faça besteira um dia. Portanto, tenho que afastá-la de más influências. Yoshiro é ingênua, fácil de moldar, companhias erradas poderiam fazer muito mal a ela. Queria que ela tivesse uma personalidade mais forte, às vezes ela nem sequer aparenta ter a idade que tem, parece ser uma garotinha que ainda não sabe nada do mundo. Vou torcer para que essa jornada consiga mudar isso, já está mais do que na hora de ela crescer.
Acho que o maior defeito da minha treinadora é a sua falta de experiência, tanto com o mundo quanto consigo mesma. Por ter tido uma vida tão restrita e regrada, ela não viveu muito, não aprendeu como as coisas funcionam na vida real. Com frequência parece que ela acredita ser a protagonista de algum desenho animado. Yoshiro ainda está aprendendo que não, as coisas não terminam sempre bem e tampouco foram feitas para dar certo. Conquistas são conseguidas na base de dedicação e esforço (ou ao menos muita sorte, mas isso já sei que ela não tem), e fracassos são mais comuns que vitórias. Ela precisa parar de romantizar a vida. Todavia, acho que isso é algo que apenas o tempo vai ensinar… só espero que essas lições não machuquem-na muito…
Ademais, essa garota é igualmente inexperiente lidando com suas próprias emoções. Não sabe como reagir diante de sentimentos fortes e não se conhece bem, a mente de Yoshiro é como uma terra estrangeira até para ela mesma. Apesar de tudo, eu te garanto que ela é uma boa menina. É doce e gentil, gosta de ajudar os outros e é muito leal àqueles que conseguem cativá-la. Ela com certeza tem seus (muitos) defeitos, mas fico feliz de estar viajando com Yoshiro. No início, eu estranhava como ela anda sempre com um sorriso meio bobo no rosto, parece perdida no mundo da lua, deve ser por isso que é tão distraída. Mas está tudo bem! Enquanto ela não acordar desse mundo fantasioso em que vive e aprender a se virar sozinha, estarei aqui para protegê-la. Não por ser minha treinadora, e sim por ser minha amiga. Guarde minhas palavras, não deixarei mal algum afligir a minha humana.
Ela é muito carente, qualquer demonstração de afeto a faz se derreter. Isso se deve a não ter recebido muita atenção dos pais, imagino, eles estavam sempre ocupados com o trabalho. Fica triste quando está cercada por pessoas e nenhuma presta atenção nela, embora não pareça se incomodar em passar longos períodos sozinha, como quando está viajando. Acho que o que a faz se sentir mal não é o fato de estar desacompanhada, mas o de não ser notada. Talvez por isso ela sempre seja tão atenciosa comigo e com os outros Pokémons que captura, sabe como é se sentir rejeitada e não quer que passemos pelo mesmo. Quanto a isso, não tenho nenhuma reclamação - Yoshiro nos trata muito bem, cuida de nós como se fôssemos amigos de longa data. Todavia, vive arranjando confusão e nos arrastando junto, então sobra para nós cuidarmos dela! Isso é meio irritante, nunca conheci humana mais propícia a se meter em encrenca.
Ah, já disse que ela é muito mimada? Pois bem, ela é. Está acostumada a ter tudo que deseja na mão, não recebeu muitos “nãos” na infância e por isso não sabe lidar com eles. Quando não consegue algo que quer, reage com a mesma maturidade de uma menina de 6 anos. Ela se frustra facilmente e birras são comuns. Prefiro fingir que não a conheço nessas horas. Na verdade, isso é meio preocupante - quando não consegue o que quer, a conduta moral dela às vezes fica um pouco duvidosa… tenho medo de que ela faça besteira um dia. Portanto, tenho que afastá-la de más influências. Yoshiro é ingênua, fácil de moldar, companhias erradas poderiam fazer muito mal a ela. Queria que ela tivesse uma personalidade mais forte, às vezes ela nem sequer aparenta ter a idade que tem, parece ser uma garotinha que ainda não sabe nada do mundo. Vou torcer para que essa jornada consiga mudar isso, já está mais do que na hora de ela crescer.
Acho que o maior defeito da minha treinadora é a sua falta de experiência, tanto com o mundo quanto consigo mesma. Por ter tido uma vida tão restrita e regrada, ela não viveu muito, não aprendeu como as coisas funcionam na vida real. Com frequência parece que ela acredita ser a protagonista de algum desenho animado. Yoshiro ainda está aprendendo que não, as coisas não terminam sempre bem e tampouco foram feitas para dar certo. Conquistas são conseguidas na base de dedicação e esforço (ou ao menos muita sorte, mas isso já sei que ela não tem), e fracassos são mais comuns que vitórias. Ela precisa parar de romantizar a vida. Todavia, acho que isso é algo que apenas o tempo vai ensinar… só espero que essas lições não machuquem-na muito…
Ademais, essa garota é igualmente inexperiente lidando com suas próprias emoções. Não sabe como reagir diante de sentimentos fortes e não se conhece bem, a mente de Yoshiro é como uma terra estrangeira até para ela mesma. Apesar de tudo, eu te garanto que ela é uma boa menina. É doce e gentil, gosta de ajudar os outros e é muito leal àqueles que conseguem cativá-la. Ela com certeza tem seus (muitos) defeitos, mas fico feliz de estar viajando com Yoshiro. No início, eu estranhava como ela anda sempre com um sorriso meio bobo no rosto, parece perdida no mundo da lua, deve ser por isso que é tão distraída. Mas está tudo bem! Enquanto ela não acordar desse mundo fantasioso em que vive e aprender a se virar sozinha, estarei aqui para protegê-la. Não por ser minha treinadora, e sim por ser minha amiga. Guarde minhas palavras, não deixarei mal algum afligir a minha humana.
Biografia:
Yoshiro é filha de grandes empresários e sempre teve uma vida muito confortável, cercada por todos os luxos que o dinheiro pode comprar. No entanto, tantos privilégios também vinham acompanhados de uma grande responsabilidade - desde pequena foi ensinada que deveria se destacar, ser a melhor em tudo que fizesse. Seus pais, Yukari e Ichiro Yakumo, viviam em um mercado de trabalho extremamente competitivo e estavam acostumados com a lei da cadeia alimentar: os menores e mais fracos são devorados, logo é preciso ser sempre o mais forte, ou ao menos o mais esperto, para garantir seu lugar no topo da cadeia.
Devido a essa ideologia, desde cedo cobraram muito da menina. Ela era sua única herdeira, então precisava ser digna! Aparecer em casa com qualquer nota abaixo de nove era inaceitável, não receber lugar de destaque nas composições textuais e trabalhos escolares, também. Colocaram na cabeça da garota que qualquer resultado abaixo do “ótimo” era um completo fracasso, ela devia agir almejando a perfeição, e jamais apenas “ficar na média”. Yoshiro não gostava daquilo, mas não reclamava, havia sido criada para ser uma “boa menina” e não queria contrariar seus pais. Minha futura treinadora era uma garota tranquila, só queria poder aproveitar mais seus dias e levar a vida no seu próprio ritmo. Infelizmente, isso não era uma opção.
Ela passava a maior parte do dia em casa, quando não estava estudando, estava vendo TV. Seus pais queriam que a filha ficasse em casa, onde sabiam que estaria segura. Se ela tivesse tido mais liberdade nessa época, com certeza não seria tão estabanada hoje em dia. Todos os pedidos da criança de sair para visitar seus amiguinhos ou para comparecer a alguma festa de aniversário eram prontamente negados. Com o tempo, seus colegas pararam de convidá-la. Aquela televisão era o maior entretenimento de Yoshiro, foi por ela que conheceu o mundo, que fez amigos (personagens de desenhos em sua maioria), que construiu uma pequena bolha ao seu redor, isolando-a do mundo. Comparado às aventuras dos seus desenhos prediletos, a vida real não tinha graça.
Nessa época nem passava pela cabeça dela sair em uma jornada. Seus pais queriam que ela tivesse uma profissão “de verdade”, porque diziam que treinadores não passam de um bando de vagabundos. Estou tentando ser imparcial aqui, mas eles realmente não facilitam. Enfim, eles fizeram questão de afastar dela qualquer influência, fosse física ou midiática, que pudesse levá-la a querer seguir esse rumo. Yoshiro já tinha sua vida decidida antes mesmo de ter nascido - se formaria em administração e levaria adiante a empresa da família. Claro que nunca perguntaram se ela queria isso.
De tanto ficar na frente da TV, ela não aprendeu direito a socializar. Conversar com outras pessoas e fazer amigos tornou-se um verdadeiro desafio para a menina. Como durante os recreios ela preferia ficar adiantando o dever de casa a brincar com as outras crianças, e como nunca falava com ninguém direito, começou a ser vista como arrogante ou, no mínimo, esquisita. No começo, não foi um problema para Yoshiro, ela sabia ignorar os olhares sobre si. Ou talvez nem sequer reparasse, sempre foi meio lerda. Mas logo esses olhares evoluíram, viraram implicâncias insistentes e desnecessárias, impossíveis de ignorar. Yoshiro havia sido criada para ser pacífica, submissa, nunca a ensinaram como se defender. Não tardou para que virasse o alvo favorito dos valentões da escola.
Como eu queria ter estado com ela nessa época… ensinaria uma boa lição a esse bando de trogloditas. Entretanto, Yoshiro precisou aturar isso sozinha por muito tempo. Não que ela tenha tentado manter segredo - contou para seus pais, porém, eles não levaram a sério. “Amigos implicam, é normal. Se você não der atenção, eles vão parar.”, era tudo que diziam. Estou realmente começando a ficar com raiva deles. Tudo bem que a vida de empresários deve ser difícil e corrida, mas custa tanto assim dar atenção à própria filha? Não notaram o quão infeliz ela estava se tornando, vivia coagida como um Meowth assustado. Os professores também estavam a par da situação. Contudo, um dos meninos era filho do diretor, então o que podiam fazer? (Muita coisa, na verdade, mas não sem colocar seus empregos em risco).
As provocações e insultos, disfarçados de brincadeiras, sempre tinham uma conotação cruel. Começaram a realmente magoá-la. Se antes a escola era entediante, agora havia se tornado um verdadeiro tormento. Ela sentia medo sempre que amanhecia, pois sabia que em breve teria que voltar para lá. E eles a estariam esperando, com suas piadas maldosas e suas risadas debochadas. Era comum que colocassem o pé quando a menina estivesse passando, fazendo-a tropeçar e cair, derrubando qualquer material que estivesse segurando. Também que escondessem seu material escolar (nessa época, levou várias broncas por ser “tão negligente” com suas coisas a ponto de sempre perdê-las) ou tomassem seu lanche. Gente assim pede para levar um Water Gun na cara, não acha?
No começo, ela não se defendia, tentava seguir o que seus pais lhe diziam e fingia não se importar. Mas a raiva daqueles trogloditas apenas crescia. Chegou um momento no qual ela não aguentou mais. Na primeira ofensa que ouviu, fechou a mão em um punho e acertou-o no rosto do menino (puxa, Yoshiro, devia ter dado outro!). Se ele não tivesse revidado, ela com certeza teria sido expulsa. Porém, revidou. E o fez com grande gosto, aquele covarde, tanto que realmente exagerou. No dia seguinte, minha menina mal conseguiu levantar da cama. Foi preciso ver a filha naquele estado para seus pais perceberem a gravidade do que estava acontecendo.
Resolveram mudá-la de escola. Eles tinham um amigo que era professor no colégio interno mais renomado da região, e ele prometeu que cuidaria de Yoshiro lá. Ficava em outra cidade, em Lilycove, mas a menina já estava com seus 12 anos, idade suficiente para ficar longe dos pais. Foi a melhor escolha que tomaram. Lá, Yoshiro conseguiu amigo de verdade, que cuidaram dela como se fossem uma família. Foi a primeira vez que ela se sentiu tão querida e aceita em um grupo. Embora ainda passasse a maior parte do tempo estudando, aprendeu a conviver melhor com as pessoas e a aproveitar mais a vida. Ela passou quatro anos nesse internato, os quais foram, definitivamente, os melhores que já tinha tido.
Quando completou 16, estava no terceiro ano do ensino médio. Assim como seus amigos, que eram fascinados por Pokémons, ela também tinha desenvolvido muito interesse por nós. Decidiu que queria seguir alguma carreira que envolvesse o contato direto conosco, como uma enfermeira Pokémon, uma treinadora ou talvez uma pesquisadora. No entanto, seus pais decretaram a sentença: ela faria administração e trabalharia na empresa da família, não tinham colocado-a naquele colégio para que ela ficasse alimentando sonhos bobos. Durante sua vida inteira, Yoshiro nunca tinha desobedecido seus pais. Mas, só daquela vez, ela achou que valia a pena. Queria ter a chance de escolher seu futuro, e assumir os negócios dos pais realmente não era o que ela queria. Contudo… como escapar daquilo, se ainda era dependente deles? Não poderia cursar universidade nenhuma sem o apoio financeiro dos pais.
Nesse mesmo período, quase todos os seus amigos estavam passando pelo mesmo problema. Alguns queriam ser treinadores, outros coordenadores ou criadores, e não estavam dispostos a abrir mão dos seus sonhos sem lutar. Aquele internato havia se tornado um lar para eles, todavia, se não escapassem dali, nunca teriam a chance de decidir o rumo das próprias vidas. Por isso, resolveram planejar uma fuga. A ideia original era simples - dentro de algumas semanas seria realizada uma excursão para Petalburg. E um dos amigos de Yoshiro, Daisuke, de alguma forma tinha conseguido passagens para Slateport. O pai dele trabalha nessas embarcações, acho que conseguiu com ele. De qualquer forma, deu uma a cada um dos seus amigos. “Façam o que quiserem com elas”, lhes disse.
Yoshiro foi a que mais hesitou antes de aceitar. Mas se era sua única chance de seguir seus sonhos, como recusar? Daisuke, sabendo que aquele ato de rebeldia seria muito mais difícil para ela do que para os outros, resolveu dá-la uma ajuda extra. A passagem que deu a Yoshiro era de uma embarcação diferente daquela onde os outros iriam, partiria algumas horas depois, para dar mais tempo para a menina decidir. Também seria o mesmo barco no qual um conhecido de Daisuke estaria viajando, e o menino havia pedido para que ele entregasse à jovem um pacote com os itens básicos de um treinador - uma Pokedéx, algumas Pokébolas, essas coisas.
Quando se despediram, Daisuke também deu a ela um último presente: um Pokémon para que ela pudesse começar sua jornada. Eu! Ele já tinha me dito que eu ganharia uma nova dona, então eu estava bem nervoso para essa viagem. Quando a vi pela primeira vez, ela já estava dentro do barco, a caminho de Slateport. Por sorte, descobri rápido que Yoshiro é uma boa menina, apenas meio estabanada. Tinha um sorriso doce e ingênuo que me cativou desde a primeira vez que a vi. Ela ainda parecia insegura quanto à escolha que tinha feito, devia ser assustador para ela estar fazendo aquilo. No entanto, também parecia aliviada. Afinal, agora teria a chance de viver em busca da própria felicidade, e não apenas de atender às expectativas alheias.
Infelizmente, aquela viagem não terminou como o planejado. Antes que o navio chegasse ao seu destino, ele foi atacado por um grupo de criminosos. Ouvi-os se apresentando como Equipe Aqua… não sei o que eles queriam, mas acho que estavam procurando alguém específico, porque não os vi tentando roubar nada. Ordenavam ataques aos seus Pokémons, porém estes só acertavam paredes e móveis, não estavam mirando nas pessoas. Yoshiro ouviu o barulho e correu para fora dos seus aposentos. Ao invés de seguir o exemplo dos outros passageiros e correr para longe do tumulto, ela foi em direção a ele, queria descobrir o que estava acontecendo. Nessas horas eu realmente questiono a sanidade dessa menina…
Não tive escolha, segui-a. Havia acabado de encontrar minha nova treinadora e não a deixaria se matar desse jeito. Ela correu para a proa, onde alguns treinadores estavam tentando enfrentar os Aquas. Não sei se ela realmente tinha esperança de ser alguma ajuda… mas, se tinha, bastou ver alguns dos combatentes para notar que não havia espaço para nós ali. Um Mightyena tentando cravar suas presas em um Kadabra, o qual teleportava-se para fora do alcance dele; um Golbat formando uma ventania para proteger-se das chamas que um Arcanine cuspira contra ele, um Golduck digladiando com um Scizor… aquilo era briga de peixe grande, não era para nós. Yoshiro tentou dar meia volta, mas não conseguiu, estava presa em meio à linha de fogo.
Eu tentei protegê-la. Ainda era fraco, mas juro que tentei! Não queria que a minha humana se machucasse. No entanto, quando o Golduck errou seu Water Gun, eu não consegui tirá-la do caminho do ataque. O jato de água foi tão forte que a jogou para fora da embarcação. O mar não estava tranquilo, o Rain Dance invocado pelos criminosos havia agitado as ondas, tornando-as mais fortes e agressivas. Se eu não fizesse nada, minha treinadora iria se afogar… tive que saltar na água, não havia escolha. Era meu dever salvá-la.
Por sorte, o barco não estava tão longe do seu destino, então consegui levá-la até a praia de Slateport. Nunca fui tão grato por ser um Mudkip… se a água não fosse meu elemento, não teria conseguido arrastar Yoshiro comigo até lá. Porém, agora estávamos sozinhos, em uma cidade que não conhecíamos, e Yoshiro tinha passado muito perto de se afogar. Com certeza não tinha sido o começo de jornada que ela esperava… mas não vou deixar que isso arruíne o sonho dela. Essa menina demorou tanto para conseguir sua liberdade… e, agora que finalmente a tem, ajudarei Yoshiro a protegê-la. Ela não voltará a ser um pássaro engaiolado, pode acreditar em mim.
Devido a essa ideologia, desde cedo cobraram muito da menina. Ela era sua única herdeira, então precisava ser digna! Aparecer em casa com qualquer nota abaixo de nove era inaceitável, não receber lugar de destaque nas composições textuais e trabalhos escolares, também. Colocaram na cabeça da garota que qualquer resultado abaixo do “ótimo” era um completo fracasso, ela devia agir almejando a perfeição, e jamais apenas “ficar na média”. Yoshiro não gostava daquilo, mas não reclamava, havia sido criada para ser uma “boa menina” e não queria contrariar seus pais. Minha futura treinadora era uma garota tranquila, só queria poder aproveitar mais seus dias e levar a vida no seu próprio ritmo. Infelizmente, isso não era uma opção.
Ela passava a maior parte do dia em casa, quando não estava estudando, estava vendo TV. Seus pais queriam que a filha ficasse em casa, onde sabiam que estaria segura. Se ela tivesse tido mais liberdade nessa época, com certeza não seria tão estabanada hoje em dia. Todos os pedidos da criança de sair para visitar seus amiguinhos ou para comparecer a alguma festa de aniversário eram prontamente negados. Com o tempo, seus colegas pararam de convidá-la. Aquela televisão era o maior entretenimento de Yoshiro, foi por ela que conheceu o mundo, que fez amigos (personagens de desenhos em sua maioria), que construiu uma pequena bolha ao seu redor, isolando-a do mundo. Comparado às aventuras dos seus desenhos prediletos, a vida real não tinha graça.
Nessa época nem passava pela cabeça dela sair em uma jornada. Seus pais queriam que ela tivesse uma profissão “de verdade”, porque diziam que treinadores não passam de um bando de vagabundos. Estou tentando ser imparcial aqui, mas eles realmente não facilitam. Enfim, eles fizeram questão de afastar dela qualquer influência, fosse física ou midiática, que pudesse levá-la a querer seguir esse rumo. Yoshiro já tinha sua vida decidida antes mesmo de ter nascido - se formaria em administração e levaria adiante a empresa da família. Claro que nunca perguntaram se ela queria isso.
De tanto ficar na frente da TV, ela não aprendeu direito a socializar. Conversar com outras pessoas e fazer amigos tornou-se um verdadeiro desafio para a menina. Como durante os recreios ela preferia ficar adiantando o dever de casa a brincar com as outras crianças, e como nunca falava com ninguém direito, começou a ser vista como arrogante ou, no mínimo, esquisita. No começo, não foi um problema para Yoshiro, ela sabia ignorar os olhares sobre si. Ou talvez nem sequer reparasse, sempre foi meio lerda. Mas logo esses olhares evoluíram, viraram implicâncias insistentes e desnecessárias, impossíveis de ignorar. Yoshiro havia sido criada para ser pacífica, submissa, nunca a ensinaram como se defender. Não tardou para que virasse o alvo favorito dos valentões da escola.
Como eu queria ter estado com ela nessa época… ensinaria uma boa lição a esse bando de trogloditas. Entretanto, Yoshiro precisou aturar isso sozinha por muito tempo. Não que ela tenha tentado manter segredo - contou para seus pais, porém, eles não levaram a sério. “Amigos implicam, é normal. Se você não der atenção, eles vão parar.”, era tudo que diziam. Estou realmente começando a ficar com raiva deles. Tudo bem que a vida de empresários deve ser difícil e corrida, mas custa tanto assim dar atenção à própria filha? Não notaram o quão infeliz ela estava se tornando, vivia coagida como um Meowth assustado. Os professores também estavam a par da situação. Contudo, um dos meninos era filho do diretor, então o que podiam fazer? (Muita coisa, na verdade, mas não sem colocar seus empregos em risco).
As provocações e insultos, disfarçados de brincadeiras, sempre tinham uma conotação cruel. Começaram a realmente magoá-la. Se antes a escola era entediante, agora havia se tornado um verdadeiro tormento. Ela sentia medo sempre que amanhecia, pois sabia que em breve teria que voltar para lá. E eles a estariam esperando, com suas piadas maldosas e suas risadas debochadas. Era comum que colocassem o pé quando a menina estivesse passando, fazendo-a tropeçar e cair, derrubando qualquer material que estivesse segurando. Também que escondessem seu material escolar (nessa época, levou várias broncas por ser “tão negligente” com suas coisas a ponto de sempre perdê-las) ou tomassem seu lanche. Gente assim pede para levar um Water Gun na cara, não acha?
No começo, ela não se defendia, tentava seguir o que seus pais lhe diziam e fingia não se importar. Mas a raiva daqueles trogloditas apenas crescia. Chegou um momento no qual ela não aguentou mais. Na primeira ofensa que ouviu, fechou a mão em um punho e acertou-o no rosto do menino (puxa, Yoshiro, devia ter dado outro!). Se ele não tivesse revidado, ela com certeza teria sido expulsa. Porém, revidou. E o fez com grande gosto, aquele covarde, tanto que realmente exagerou. No dia seguinte, minha menina mal conseguiu levantar da cama. Foi preciso ver a filha naquele estado para seus pais perceberem a gravidade do que estava acontecendo.
Resolveram mudá-la de escola. Eles tinham um amigo que era professor no colégio interno mais renomado da região, e ele prometeu que cuidaria de Yoshiro lá. Ficava em outra cidade, em Lilycove, mas a menina já estava com seus 12 anos, idade suficiente para ficar longe dos pais. Foi a melhor escolha que tomaram. Lá, Yoshiro conseguiu amigo de verdade, que cuidaram dela como se fossem uma família. Foi a primeira vez que ela se sentiu tão querida e aceita em um grupo. Embora ainda passasse a maior parte do tempo estudando, aprendeu a conviver melhor com as pessoas e a aproveitar mais a vida. Ela passou quatro anos nesse internato, os quais foram, definitivamente, os melhores que já tinha tido.
Quando completou 16, estava no terceiro ano do ensino médio. Assim como seus amigos, que eram fascinados por Pokémons, ela também tinha desenvolvido muito interesse por nós. Decidiu que queria seguir alguma carreira que envolvesse o contato direto conosco, como uma enfermeira Pokémon, uma treinadora ou talvez uma pesquisadora. No entanto, seus pais decretaram a sentença: ela faria administração e trabalharia na empresa da família, não tinham colocado-a naquele colégio para que ela ficasse alimentando sonhos bobos. Durante sua vida inteira, Yoshiro nunca tinha desobedecido seus pais. Mas, só daquela vez, ela achou que valia a pena. Queria ter a chance de escolher seu futuro, e assumir os negócios dos pais realmente não era o que ela queria. Contudo… como escapar daquilo, se ainda era dependente deles? Não poderia cursar universidade nenhuma sem o apoio financeiro dos pais.
Nesse mesmo período, quase todos os seus amigos estavam passando pelo mesmo problema. Alguns queriam ser treinadores, outros coordenadores ou criadores, e não estavam dispostos a abrir mão dos seus sonhos sem lutar. Aquele internato havia se tornado um lar para eles, todavia, se não escapassem dali, nunca teriam a chance de decidir o rumo das próprias vidas. Por isso, resolveram planejar uma fuga. A ideia original era simples - dentro de algumas semanas seria realizada uma excursão para Petalburg. E um dos amigos de Yoshiro, Daisuke, de alguma forma tinha conseguido passagens para Slateport. O pai dele trabalha nessas embarcações, acho que conseguiu com ele. De qualquer forma, deu uma a cada um dos seus amigos. “Façam o que quiserem com elas”, lhes disse.
Yoshiro foi a que mais hesitou antes de aceitar. Mas se era sua única chance de seguir seus sonhos, como recusar? Daisuke, sabendo que aquele ato de rebeldia seria muito mais difícil para ela do que para os outros, resolveu dá-la uma ajuda extra. A passagem que deu a Yoshiro era de uma embarcação diferente daquela onde os outros iriam, partiria algumas horas depois, para dar mais tempo para a menina decidir. Também seria o mesmo barco no qual um conhecido de Daisuke estaria viajando, e o menino havia pedido para que ele entregasse à jovem um pacote com os itens básicos de um treinador - uma Pokedéx, algumas Pokébolas, essas coisas.
Quando se despediram, Daisuke também deu a ela um último presente: um Pokémon para que ela pudesse começar sua jornada. Eu! Ele já tinha me dito que eu ganharia uma nova dona, então eu estava bem nervoso para essa viagem. Quando a vi pela primeira vez, ela já estava dentro do barco, a caminho de Slateport. Por sorte, descobri rápido que Yoshiro é uma boa menina, apenas meio estabanada. Tinha um sorriso doce e ingênuo que me cativou desde a primeira vez que a vi. Ela ainda parecia insegura quanto à escolha que tinha feito, devia ser assustador para ela estar fazendo aquilo. No entanto, também parecia aliviada. Afinal, agora teria a chance de viver em busca da própria felicidade, e não apenas de atender às expectativas alheias.
Infelizmente, aquela viagem não terminou como o planejado. Antes que o navio chegasse ao seu destino, ele foi atacado por um grupo de criminosos. Ouvi-os se apresentando como Equipe Aqua… não sei o que eles queriam, mas acho que estavam procurando alguém específico, porque não os vi tentando roubar nada. Ordenavam ataques aos seus Pokémons, porém estes só acertavam paredes e móveis, não estavam mirando nas pessoas. Yoshiro ouviu o barulho e correu para fora dos seus aposentos. Ao invés de seguir o exemplo dos outros passageiros e correr para longe do tumulto, ela foi em direção a ele, queria descobrir o que estava acontecendo. Nessas horas eu realmente questiono a sanidade dessa menina…
Não tive escolha, segui-a. Havia acabado de encontrar minha nova treinadora e não a deixaria se matar desse jeito. Ela correu para a proa, onde alguns treinadores estavam tentando enfrentar os Aquas. Não sei se ela realmente tinha esperança de ser alguma ajuda… mas, se tinha, bastou ver alguns dos combatentes para notar que não havia espaço para nós ali. Um Mightyena tentando cravar suas presas em um Kadabra, o qual teleportava-se para fora do alcance dele; um Golbat formando uma ventania para proteger-se das chamas que um Arcanine cuspira contra ele, um Golduck digladiando com um Scizor… aquilo era briga de peixe grande, não era para nós. Yoshiro tentou dar meia volta, mas não conseguiu, estava presa em meio à linha de fogo.
Eu tentei protegê-la. Ainda era fraco, mas juro que tentei! Não queria que a minha humana se machucasse. No entanto, quando o Golduck errou seu Water Gun, eu não consegui tirá-la do caminho do ataque. O jato de água foi tão forte que a jogou para fora da embarcação. O mar não estava tranquilo, o Rain Dance invocado pelos criminosos havia agitado as ondas, tornando-as mais fortes e agressivas. Se eu não fizesse nada, minha treinadora iria se afogar… tive que saltar na água, não havia escolha. Era meu dever salvá-la.
Por sorte, o barco não estava tão longe do seu destino, então consegui levá-la até a praia de Slateport. Nunca fui tão grato por ser um Mudkip… se a água não fosse meu elemento, não teria conseguido arrastar Yoshiro comigo até lá. Porém, agora estávamos sozinhos, em uma cidade que não conhecíamos, e Yoshiro tinha passado muito perto de se afogar. Com certeza não tinha sido o começo de jornada que ela esperava… mas não vou deixar que isso arruíne o sonho dela. Essa menina demorou tanto para conseguir sua liberdade… e, agora que finalmente a tem, ajudarei Yoshiro a protegê-la. Ela não voltará a ser um pássaro engaiolado, pode acreditar em mim.